Aglomerantes: Definição, Histórico e Classificação

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AGLOMERANTES
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1. DEFINIÇÃO
MATERIAIS, GERALMENTE PULVERULENTOS, QUE QUANDO MISTURADOS COM A ÁGUA, FORMAM PASTA QUE TÊM A PROPRIEDADE DE SE SOLIDIFICAR E ENDURECER POR SIMPLES SECAGEM, OU EM CONSEQUÊNCIA DE REAÇÕES QUÍMICAS, ADERINDO ÀS SUPERFÍCIES COM AS QUAIS FORAM POSTAS EM CONTATO.
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2. EXEMPLOS
ARGILAS
ASFALTOS
CALES
GESSOS
CIMENTOS
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3. HISTÓRICO
REGISTROS HISTÓRICOS INDICAM QUE A ARGILA TENHA SIDO O PRIMEIRO AGLOMERANTE MINERAL UTILIZADO PELO HOMEM NA CONSTRUÇÃO DE SUAS EDIFICAÇÕES. 
ALGUNS VESTÍGIOS DA APLICAÇÃO DA ARGILA COMO AGLOMERANTE NO ASSENTAMENTO DE PEDRAS OU TIJOLOS DE BARRO COZIDO, DATAM DOS TEMPOS DOS ASSÍRIOS E BABILÔNIOS 
O GESSO, POR EXEMPLO, FOI ENCONTRADO EM ALGUMAS EDIFICAÇÕES EGÍPCIAS; A CAL FOI EMPREGADA EM CONSTRUÇÕES EGÍPCIAS, GREGAS, ETRUSCAS E ROMANAS, HAVENDO REGISTROS DE SUA UTILIZAÇÃO EM 2700 A.C. NA PIRÂMIDE DE QUÉOPS. AS POZOLANAS (SOLOS OU CINZAS VULCÂNICAS) ERAM USADAS POR GREGOS E ROMANOS EM ARGAMASSAS DE CAL E AREIA, PARA AUMENTAR SUA RESISTÊNCIA MECÂNICA. 
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4. USO
PASTA = AGLOMERANTE + ÁGUA
NATA = PASTA MUITO FLUIDA
ARGAMASSA = PASTA + AGREGADO MIÚDO
CONCRETO = ARGAMASSA + AGREGADO GRAÚDO
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5. QUALIDADES ESSENCIAIS
RESISTÊNCIA MECÂNICA
DURABILIDADE
ADESIVIDADE
TRABALHABILIDADE
ECONOMIA
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6. CLASSIFICAÇÃO
Poliméricos
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DE ACORDO COM O MECANISMO DE ENDURECIMENTO, OS AGLOMERANTES PODEM SER CLASSIFICADOS EM: 
AGLOMERANTES QUIMICAMENTE INERTES: SEU ENDURECIMENTO OCORRE DEVIDO À SECAGEM DO MATERIAL. A ARGILA É UM EXEMPLO DE AGLOMERANTE INERTE. 
AGLOMERANTES QUIMICAMENTE ATIVOS: SEU ENDURECIMENTO SE DÁ POR MEIO DE REAÇÕES QUÍMICAS. É O CASO DA CAL E DO CIMENTO. 
OS AGLOMERANTES QUIMICAMENTE ATIVOS SÃO SUBDIVIDIDOS EM TRÊS GRUPOS: 
AGLOMERANTES AÉREOS: SÃO AQUELES QUE CONSERVAM SUAS PROPRIEDADES E PROCESSAM SEU ENDURECIMENTO SOMENTE NA PRESENÇA DE AR. COMO EXEMPLO DESTE TIPO DE AGLOMERANTE, TEMOS O GESSO E A CAL. 
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS: CARACTERIZADOS POR CONSERVAREM SUAS PROPRIEDADES EM PRESENÇA DE AR E ÁGUA, MAS SEU ENDURECIMENTO OCORRE SOB INFLUÊNCIA EXCLUSIVA DA ÁGUA. O CIMENTO É O PRINCIPAL AGLOMERANTE HIDRÁULICO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL. 
POLIMÉRICOS: QUE EMDURECEM PELA REAÇÃO DEVIDO A POLIMERIZAÇÃO DE UMA MATRIZ, EX: RESINA ACRÍLICA E RESINA EPOXÍCA
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QUANTO À COMPOSIÇÃO, OS AGLOMERANTES SÃO CLASSIFICADOS EM: 
AGLOMERANTES SIMPLES: SÃO FORMADOS POR APENAS UM PRODUTO COM PEQUENAS ADIÇÕES DE OUTROS COMPONENTES COM O OBJETIVO DE MELHORAR ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO FINAL. NORMALMENTE AS ADIÇÕES NÃO ULTRAPASSAM 5% EM PESO DO MATERIAL. O CIMENTO PORTLAND COMUM É UM EXEMPLO DESTE TIPO DE MATERIAL. 
AGLOMERANTES COM ADIÇÃO: SÃO COMPOSTOS POR UM AGLOMERANTE SIMPLES COM ADIÇÕES EM QUANTIDADES SUPERIORES AS ESPECIFICADAS, COM O OBJETIVO DE CONFERIR PROPRIEDADES ESPECIAIS AO AGLOMERANTE, COMO MENOR PERMEABILIDADE, MENOR CALOR DE HIDRATAÇÃO, MENOR RETRAÇÃO, ENTRE OUTRAS. 
AGLOMERANTES COMPOSTOS: FORMADOS PELA MISTURA DE SUBPRODUTOS INDUSTRIAIS OU PRODUTOS DE BAIXO CUSTO (POZOLANA, ESCÓRIA DE ALTO FORNO) COM AGLOMERANTE SIMPLES. O RESULTADO É UM AGLOMERANTE COM CUSTO DE PRODUÇÃO RELATIVAMENTE MAIS BAIXO E COM PROPRIEDADES ESPECÍFICAS. COMO EXEMPLO, TEMOS O CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO E O CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO.. 
MISTO: AQUELES QUE RESULTAM DA MISTURA DE DOIS AGLOMERANTES SIMPLES.
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DE ACORDO COM O TEMPO QUE O AGLOMERANTE DESENVOLVE A PEGA NA PASTA, PODEMOS CLASSIFICÁ-LO EM: 
AGLOMERANTE DE PEGA RÁPIDA: QUANDO A PASTA INICIA SUA SOLIDIFICAÇÃO NUM INTERVALO DE TEMPO INFERIOR A 30 MINUTOS. 
AGLOMERANTE DE PEGA SEMI-RÁPIDA: QUANDO A PASTA INICIA SUA SOLIDIFICAÇÃO NUM INTERVALO DE TEMPO ENTRE 30 A 60 MINUTOS. 
AGLOMERANTE DE PEGA NORMAL: QUANDO A SOLIDIFICAÇÃO DA PASTA OCORRE NUM INTERVALO DE TEMPO ENTRE 60 MINUTOS E 6 HORAS.
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LIGANTES : HIDRÓFILOS 
 HIDRÓFOBOS 
 
HIDRÓFILOS: AEREOS (EX. CAL E GESSO)
 HIDRÁULICOS (EX. CIMENTO)
HIDRÓFOBOS: MATERIAIS BETUMINOSOS 
 E RESINAS
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7. CAL
AGLOMERANTE SIMPLES, QUIMICAMENTE ATIVO, AÉREO, PULVERULENTO DE COR ESBRANQUIÇADA, RESULTANTE DA CALCINAÇÃO DAS ROCHAS CALCÁRIAS.
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7.1 FABRICAÇÃO 
A CAL É PRODUZIDA A PARTIR DE ROCHAS CALCÁRIAS COM ELEVADOS TEORES DE CARBONATO DE CÁLCIO, COMO É O CASO DO CARBONATO DE CÁLCIO (CACO3), CARBONATO DE MAGNÉSIO (MgCO3) E DA DOLOMITA (CACO3 . MGCO3). ENTRE AS IMPUREZAS ENCONTRADAS NESTAS ROCHAS ENCONTRAM-SE: SÍLICA (SiO2), ÓXIDOS DE FERRO (FeO3) E DE ALUMÍNIO (Al2O3). 
APÓS A BRITAGEM E CLASSIFICAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA PASSA POR UMA MOAGEM E É CONDUZIDA AO FORNO DE CALCINAÇÃO. 
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7.2 CALCINAÇÃO
NA CALCINAÇÃO DO CALCÁRIO NATURAL, O CARBONATO DE CÁLCIO É SUBMEMETIDO A UMA TEMPERATURA APROXIMADA DE 900 ºC DECOMPÕE-SE EM ÓXIDOS DE CALCIO E ANIDRIDOS CARBÔNICOS.
 CaCO3 + CALOR → CaO + CO2 (900 ºC)
O PRODUTO RESULTANTE DA CALCINAÇÃO CHAMA-SE CAL VIVA OU CAL VIRGEM, QUE TEM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DA ROCHA ORIGINAL E APRESENTAM-SE SOB A FORMA DE GRÃOS DE VÁRIOS TAMANHOS.
O CARBONATO DE MAGNÉSIO (MgCO3) COMPORTA-SE DE MANEIRA SEMELHANTE A UMA TEMPERATURA LIGEIRAMENTE INFERIOR
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7.3 EXTINÇÃO
EXTINÇÃO (HIDRATAÇÃO): OPERAÇÃO DE HIDRATAÇÃO DO ÓXIDO
 CaO + H2O → Ca(OH)2
O HIDRÓXIDO RESULTANTE DENOMINA-SE:
 CAL EXTINTA – QUANDO A HIDRATAÇÃO SE REALIZA NO LOCAL DO EMPREGO DO MATERIAL, NORMALMENTE NO CANTEIRO DE OBRA.
 CAL HIDRATADA – QUANDO A HIDRATAÇÃO SE PROCESSA NA FÁBRICA.
 A CAL EXTINTA OU CAL HIDRATADA É O AGLOMERANTE UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM MISTURA COM ÁGUA E AREIA, EM PROPORÇÕES ADEQUADAS, NA ELABORAÇÃO DE ARGAMASSAS. O ENDURECIMENTO DESSAS ARGAMASSAS DEPENDE DO AR ATMOSFÉRICO, DAÍ O NOME DE CAL AÉREA.
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7.4 CARBONATAÇÃO
RECOMBINAÇÃO DO HIDRÓXIDO COM O GÁS CARBÔNICO PRESENTE NA ATMOSFERA RECONSTITUINDO O CARBONATO ORIGINAL.
 Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (EM PRESENÇA DE ÁGUA)
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CICLO DA CAL
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7.5 CLASSIFICAÇÃO
DE ACORDO COM A COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM: CAL CÁLCICA (MÍNIMO DE 75 % DE CaO) E CAL MAGNESIANA (MÍNIMO DE 20 % MgO), DEVENDO SEMPRE A SOMA DE CaO COM MgO SER SUPERIOR A 95 %. OS COMPONENTES ARGILOSOS SiO2, Al2O3 E FeO3 DEVEM SOMAR NO MÁXIMO 5 % .
DE ACORDO COM O RENDIMENTO EM PASTA: CAL GORDA (RENDIMENTO > 1,82m³) E CAL MAGRA (RENDIMENTO < 1,82m³). GERALMENTE A CAL MAGNESIANA É MAGRA.
 RENDIMENTO EM PASTA – VALOR DO VOLUME EM PASTA OBTIDO COM UMA TONELADA DE CAL VIVA (1t DE CAL VIVA → 1,82 m³ DE PASTA OU 550 Kg DE CAL VIVA →1 m³ DE PASTA).
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CAL DOLOMÍTICA – PRODUZIDA A PARTIR DE CALCÁRIOS DOLOMÍTICOS, APRESENTA GRANDE EXPANSÃO NO SEU PROCESSO DE ENDURECIMENTO.
A EXPANSÃO DE HIDRATAÇÃO OCORRE DURANTE A EXTINÇÃO DA CAL VIVA, QUANDO O ÓXIDO DE CAL SE TRANSFORMA EM HIDRÓXIDO.
A HIDRATAÇÃO DA CAL CÁLCICA É RÁPIDA, MAS A DA CAL DOLOMÍTICA É MUITO LENTA, RESTANDO, SEMPRE, UMA PROPORÇÃO DE ÓXIDO DE MAGNÉSIO LIVRE, O QUAL SOFRE HIDRATAÇÃO POSTERIOR AO EMPREGO DA ARGAMASSA, PROPORCIONANDO, POR SUA EXPANSÃO CONFINADA, O APARECIMENTO DE FISSURAS. 
DOLOMITA – CARBONATO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO (CaMg(CO3)2).
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7.6 PROPRIEDADES
PLASTICIDADE 
RETENÇÃO DE ÁGUA 
INCORPORAÇÃO DE AREIA 
RETRAÇÃO 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES 
RENDIMENTO 
ENDURECIMENTO 
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7.6.1 PLASTICIDADE 
MENOR OU MAIOR FACILIDADE NA APLICAÇÃO DAS ARGAMASSAS COMO REVESTIMENTO. A CAL É PLÁSTICA QUANDO SE ESPALHA FACILMENTE, RESUTANDO NUMA SUPEDRFÍCIE LISA SOB O RASTO DA COLHER DE PEDREIRO, E NÃO-PLÁSTICA QUANDO ELA É ARRASTADA POR SE AGARRAR A COLHER DE PEDREIRO. CAL MAGNESIANA PRODUZ ARGAMASSAS BEM MAIS PLÁSTICAS (TRABALHÁVEIS) QUE AS CÁLCICAS.
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7.6.2 RETENÇÃO DE ÁGUA 
A RETENÇÃO DE ÁGUA É UMA PROPRIEDADE MUITO IMPORTANTE, EVITANDO A PERDA EXCESSIVA DA ÁGUA DE AMASSAMENTO DA ARGAMASSA, POR SUCÇÃO, PARA OS BLOCOS OU TIJOLOS. É UMA MEDIDA INDIRETA DA PLASTICIDADE DA CAL, UMA VEZ QUE CAL PLÁSTICA TÊM ALTA
CAPACIDADE RETENÇÃO DE ÁGUA, EMBORA O INVERSO NEM SEMPRE SEJA VERDADEIRO. ESTA PROPRIEDADE É, TAMBÉM, IMPORTANTE POR PROLONGAR O TEMPO NO ESTADO PLÁSTICO DA ARGAMASSA FRESCA, AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE DO PEDREIRO.
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7.6.3 INCORPORAÇÃO DE AREIA 
PROPRIEDADE QUE EXPRESSA A FACILIDADE DA PASTA DE CAL HIDRATADA ENVOLVER E RECOBRIR OS GRÃOS DO AGREGADO E, CONSEQÜENTEMENTE, UNINDO OS MESMOS. CAL COM ALTA PLASTICIDADE E ALTA RETENÇÃO DE ÁGUA TÊM MAIOR CAPACIDADE DE INCORPORAR AREIA. COMPARATIVAMENTE, O PODER DE INCORPORAÇÃO DE AREIA DA CAL HIDRATADA É DE 1 : 3 A 4 ENQUANTO QUE, NO CIMENTO É DE 1 : 2 A 2,5. ESTA PROPRIEDADE JUSTIFICA O EMPREGO DA CAL NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS.
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7.6.4 RETRAÇÃO
A CARBONATAÇÃO DO HIDÓXIDO REALIZA-SE COM PERDAS DE VOLUME, RAZÃO PELA QUAL O PRODUTO ESTÁ SUJEITO A RETRAÇÃO.
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7.6.5 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
O USO DA CAL HIDRATADA CONTRIBUI MUITO POUCO PARA A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DAS ARGAMASSAS. ISTO LEVOU, ALGUNS CONSTRUTORES A SUBSTITUÍ-LA PELO CIMENTO PORTLAND, QUANDO DE SEU APARECIMENTO NO COMEÇO DO SÉCULO E, SÓ MAIS TARDE, COM A OCORRÊNCIA DE FALHAS NESTAS CONSTRUÇÕES, VERIFICOU-SE QUE A CAL HIDRATADA CONFERIA ÀS ARGAMASSAS OUTRAS PROPRIEDADES ALÉM DE AGLOMERANTE QUE, NÃO ERAM APRESENTADAS PELO CIMENTO PORTLAND. 
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7.6.6 CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES 
ESTA PROPRIEDADE É CONFERIDA À ARGAMASSA PELA CAL HIDRATADA E, TORNA-SE DE GRANDE IMPORTÂNCIA QUANDO APLICADA EM PAREDES OU LAJES MUITO SOLICITADAS. 
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7.7.7 RENDIMENTO
VOLUME DE PASTA DE CAL OBTIDO COM UMA TONELADA DE CAL VIVA. A CAL É GORDA QUANDO O RENDIMENTO DA PASTA FOR MAIOR QUE 1,82 E MAGRA QUANDO O RENDIMENTO DA PASTA FOR MENOR QUE 1,82.
DE UM MODO GERAL, A CAL MAGNESIANA É MAGRA.
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7.7.8 ENDURECIMENTO 
DECORRE DA RECARBONATAÇÃO DA CAL HIDRATADA PELA ABSORÇÃO DO CO2 PRESENTE NA ATMOSFERA. ESPESSURAS DE REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS ACIMA DE 20 mm PODEM PREJUDICAR O PROCESSO DE RECARBONATAÇÃO DA ARGAMASSA, IMPEDINDO A EFETIVAÇÃO DAS REAÇÕES PRÓXIMO À INTERFACE SUBSTRATO X ARGAMASSA E, CONSEQUENTEMENTE, REDUZINDO A ADERÊNCIA DO REVESTIMENTO.
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7.8 OUTRAS CARACTERÍSTICAS
MASSA ESPECÍFICA = 2,20 t /m³ (Kg / dm³)
MASSA UNITÁRIA = 0,4 A 0,7 t / m³
RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO = 1,0 A 3,0 MPa AOS 28 DIAS.
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7.9 TIPOS
TIPOS DE CAL – NBR 7175
CH-I CAL HIDRATADA ESPECIAL
CH-II CAL HIDRATADA COMUM
CH-III CAL HIDRATADA COMUM COM CARBONO
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EXIGÊNCIAS
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7.10 UTILIZAÇÃO
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO É UTILIZADO NAS ARGAMASSAS SIMPLES OU MISTA PARA ALVENARIAS E REVESTIMENTOS, MISTURAS SOLO-CAL, PRODUÇÃO DE TIJOLO SÍLICO-CAL E NO PREPARO DE TINTAS.
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7.11 ENSAIOS
DE CONSISTÊNCIA – MEDIDA POR UM ENSAIO DE PENETRAÇÃO DE AGULHA
DE PLASTICIDADE – DETERMINADA POR ENSAIOS DE UMA PASTA DE CONSISTÊNCIA STANDART NO PLASTICÍMETRO DE EMEY. 
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A CAL HIDRATADA NAS ARGAMASSAS
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8. GESSO
AGLOMERANTE AÉREO, SIMPLES, CONSTITUÍDO BASICAMENTE DE SULFATOS MAIS OU MENOS HIDRATADOS E ANIDROS DE CÁLCIO, OBTIDOS PELA CALCINAÇÃO (DESIDRATAÇÃO) DA GIPSITA NATURAL (CaSO4), CONSTITUÍDA DE SULFATO BIIDRATADO DE CÁLCIO GERALMENTE ACOMPANHADO DE CERTA PROPORÇÃO DE IMPUREZAS, COMO SÍLICA, ALUMINA, ÓXIDO DE FERRO, CARBONATOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO, VARIANDO DE UMA PROPORÇÃO MUITO PEQUENA ATÉ AO LIMITE MÁXIMO DE CERCA DE 6 %.
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8.1 OBTENÇÃO
O GESSO DE CONSTRUÇÃO É UM AGLOMERANTE SIMPLES, PRODUZIDO A PARTIR DA CALCINAÇÃO DA GIPSITA, UMA ROCHA CONSTITUÍDA ESSENCIALMENTE DO MINERAL GIPSITA (CaSO4 + 2H2O), SULFATO DE CÁLCIO DIIDRATADO. O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO GESSO COMPREENDE 3 FASES: 
 BRITAGEM DA ROCHA 
 TRITURAÇÃO 
 CALCINAÇÃO (COZIMENTO) 
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8.2 CALCINAÇÃO
A CALCINAÇÃO DA ROCHA A TEMPERATURAS ENTRE 150°C E 250°C, TRANSFORMA O SULFATO DE CÁLCIO DIIDRATADO EM SEMI-HIDRATOS
ENTRE 100ºC E 300ºC SÃO PRODUZIDOS DUAS VARIEDADES DE SULFATO-ANIDIDRO SOLÚVEL (SO4Ca)
EM TEMPERATURAS ACIMA DE 300ºC É PRODUZIDO O SULFATO-ANIDRO INSOLÚVEL 
O MATERIAL RESULTANTE DA CALCINAÇÃO É MOÍDO, RESULTANDO UM PÓ BRANCO E FINO, QUE É, ENTÃO, ENSACADO. ESTE GESSO É CONHECIDO COMO GESSO CALCINADO OU GESSO DE ESTUCADOR E, APÓS MISTURADO A ÁGUA, ENDURECE EM APROXIMADAMENTE 20 MINUTOS. 
OS SEMI-HIDRATOS E OS SULFATOS-ANIDROS SOLÚVEIS, UMA VEZ MISTURADO À ÁGUA DE AMASSAMENTO, SE DISSOLVE REGENERANDO DIIDRATOS (CASO4 + 2H2O), CUJA CRISTALIZAÇÃO APRESENTA FORMA DE AGULHAS ALONGADAS E É RESPONSÁVEL PELO ENDURECIMENTO E RESISTÊNCIA MECÂNICA DA PASTA DE GESSO. O SULFATO-ANIDRO ISOLÚVEL É PRATICAMENTE INERTE.
COMO A QUANTIDADE DE ÁGUA TEM GRANDE INFLUÊNCIA NO TEMPO DE ENDURECIMENTO, FREQÜENTEMENTE AMASSA-SE O GESSO COM EXCESSO DE ÁGUA (NUNCA ACIMA DE 80%) PARA QUE A PASTA ESTEJA TRABALHÁVEL POR UM MAIOR TEMPO. 
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8.3 CLASSIFICAÇÃO
O GESSO É CLASSIFICADO DE ACORDO COM CRITÉRIOS QUE SE BASEIAM NA PROPORÇÃO DE SULFATO SEMI-HIDRATADO, NA FINURA, NA DEFINIÇÃO DE PROPORÇÕES RETIDAS EM DETERMINADAS PENEIRAS E NO TEMPO DE INÍCIO E FIM DE PEGA.
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8.4 CARACTERÍSTICAS
ENDURECIMENTO RÁPIDO
PLASTICIDADE DA PASTA FRESCA
LISURA DA SUPERFÍCIE ENDURECIDA
RETRAÇÃO EVITADA POR PEQUENA EXPANSÃO DIMENSIONAL
APÓS ENDURECIDO, NÃO É ESTÁVEL NA ÁGUA.
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8.5 PROPRIEDADES
O GESSO É UM PÓ BRANCO, DE ELEVADA FINURA, DE DENSIDADE APARENTE DE 0,70 A 1, 00, DIMINUINDO COM O GRAU DE FINURA. SUA DENSIDADE ABSOLUTA É DE CERCA DE 2,7. 
PEGA – A VELOCIDADE DE ENDURECIMENTO DAS PASTAS DE GESSO DEPENDE DOS SEGUINTES FATORES: TEMPERATURA E TEMPO DE CALCINAÇÃO, FINURA, QUANTIDADE DE ÁGUA DE AMASSAMENTO E DA PRESENÇA DE IMPUREZAS OU ADITIVOS.
RESISTÊNCIA MECÂNICA – AS PASTAS DE GESSO, DEPOIS DE ENDURECIDAS, ATINGEM RESISTÊNCIA Á TRAÇÃO ENTRE O, 7 E 3,5 MPa E À COMPRESSÃO ENTRE 5 E 15 MPa.
ADERÊNCIA – AS PASTAS DE GESSO ADEREM MUITO BEM AO TIJOLO, PEDRA E FERRO, E ADEREM MAL ÁS SUPERFÍCIES DE MADEIRA.
ISOLAMENTO – AS PASTAS DE GESSO ENDURECIDAS TÊM EXCELENTES PROPRIEDADES DE ISOLAMENTO TÉRMICO, ISOLAMENTO ACÚSTICO, IMPERMEABILIDADE AO AR E RESISTÊNCIA AO FOGO.
CONDUTIBILIDADE TÉRMICA – MUITO FRACA (0,40 cal/h/cm²/ºC/cm), CERCA DE 1/3 DO VALOR PARA O TIJOLO COMUM.
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8.5 UTILIZAÇÃO
NA CONSTRUÇÃO CIVIL É USADO EM REVESTIMENTOS INTERNOS (PASTA /ARGAMASSA), FABRICAÇÃO DE PRÉ-MOLDADOS (PLACAS PARA FORRO E PAINÉIS PARA DIVISÓRIAS) E ACABAMENTOS DIVERSOS. 
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9. CIMENTO SOREL (CIMENTOS DE 
 OXICLORETOS)
AGLOMERANTE FORMADO PELA MISTURA DA MAGNÉSIA (MgO) CALCINADA COM O CLORETO DE ZINCO E ÓXIDO DE ZINCO COM CLORETO DE MAGNÉSIA (EM SOLUÇÃO DE 22º BAUME DE CONCENTRAÇÃO).
A MAGNÉSIA É OBTIDA POR CALCINAÇÃO DA MAGNESITA (MgC0³)
O CLORETO DE MAGNÉSIO É OBTIDO DA CARNALITA (CLORETO DUPLO DE MAGNÉSIO E POTÁSSIO)
NÃO É USADO COMUMENTE NO BRASIL
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10. CAL HIDRÁULICA
AGLOMERANTE OBTIDO PELA CALCINAÇÃO DE ROCHAS CALCÁRIAS, QUE NATURALMENTE OU ARTIFIALMENTE CONTENHA UMA PORÇÃO APRECIÁVEL DE MATERIAIS ARGILOSOS (SiO2 – SÍLICA, Al2O3 – ALUMINA, Fe2O3 – ÓXIDO DE FERRO) E QUE TÊM A PROPRIEDADE DE ENDURECER SOB A ÁGUA.
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10.1 ÍNDICE DE HIDRAULICIDADE
RELAÇÃO ENTRE AS PROPORÇÕES DOS CONSTITUINTES ARGILOSOS E DOS CONSTITUINTES ALCALINOS, QUE DEFINE O SEU COMPORTAMENTO COM RELAÇÃO AO PROCESSO DE ENDURECIMENTO.
 IH = SiO2 + Al2O3 + Fe2O3
 CaO + Mgo
HIDRAULICIDADE – PROPRIEDADE QUE CARACTERIZAM OS AGLOMERANTES HIDRÁULICOS, ISTO É , DE ENDURECER QUANDO MISTURADOS COM ÁGUA E RESISTIR APÓS O ENDURECIMENTO QUANDO SUBMETIDOS Á AÇÃO DISSOLVENTE DA ÁGUA.
 
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11. CIMENTO
AGLOMERANTE HIDRÁULICO, PULVERULENTO, OBTIDO PELA CALCINAÇÃO DA MISTURA DEVIDAMENTE DOSADA DE CALCÁRIO E ARGILA, ATÉ A FUSÃO PARCIAL (CERCA DE 1450 ºC), SEGUIDA DE MOAGEM.
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11.1 CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS
CIMENTO DE PEGA RÁPIDA (<30MIN)
CIMENTO DE PEGA NORMAL(>60MIN):
 NATURAL
 ARTIFICIAL(PORTLAND)
* PEGA – FASE INICIAL DO PROCESSO DE ENDURECIMENTO, TRANSFORMAÇÃO DA PASTA PLÁSTICA EM CORPO SÓLIDO
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12. CIMENTOS RESISTENTES Á AÇÃO DE ÁCIDOS 
PRODUTOS ORGÂNICOS, USUALMENTE RESINAS OU PLÁSTICOS,
ENTRE ELES PODEMOS CITAR AS RESINAS FURAN, AS RESINAS FENÓLICAS E AS RESINAS EPÓXI.
 PRINCIPAL PROPRIEDADE: RESISTÊNCIA A UMA LARGA VARIEDADES DE AGENTES CORROSIVOS.
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13. CAL POZOLÂNICA 
AGLOMERANTE OBTIDO DA MISTURA DE CINZA VULCÂNICA COM CAL HIDRATADA NA PROPORÇÃO DE 25 A 45 %.
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14. CAL METALÚRGICA 
AGLOMERANTE OBTIDO DA MISTURA DE ESCÓRIA DE ALTO FORNO FINAMENTE PULVERIZADA COM A CAL HIDRÁULICA.
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