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Tecnologia das Construções I Profª: Engª Tereza Cristina Magalhães, M.Sc. terezacristinamagalhaes@yahoo.com.br tereza.magalhaes@newtonpaiva.br CURSO: Engenharia Civil – 6º período mailto:terezacristinamagalhaes@yahoo.com.br mailto:tereza.magalhaes@newtonpaiva.br 6. ALVENARIA SISTEMAS DE VEDAÇÃO 6.1 – Tipos de paredes e finalidades 6.2 – Tipos e materiais empregados 6.3 – Formas de execução 6.4 – Vergas e encunhamentos 6.5 – Sistemas de vedação. 6.1- Tipos de paredes e finalidades. As vedações verticais podem ser entendidas como um sistema do edifício formado por elementos que dividem os ambientes internos, controlam a ação indesejáveis , constituindo suporte e proteção para as instalações dos edifícios e ainda servem para proporcionar condições de habitabilidade necessárias às edificações. As alvenarias são os sistemas construtivos mais antigos existentes. Podem ser entendida como um componente construído em obra pela união entre unidades (blocos e tijolos) e o elemento de ligação (argamassas de assentamento), formando um conjunto monolítico e estável. Alguns tipos de alvenaria podem ser citados: A) Alvenaria ciclópica: É aquela em que os blocos ou unidades não têm padronização de dimensões. Normalmente executadas com pedras de grandes diâmetros assentadas com argamassas de cimento, cal e areia, podendo ainda ser assentadas com a utilização de barros. B) Alvenaria de vedação: Utilizada para fechamento de vãos ou delimitação de áreas. Nas estruturas em concreto armado ou aço, os espaços são preenchidos com elementos sem a função estrutural de sustentação, apenas suportando seu peso próprio. C) Alvenaria Estrutural: Sistemas Construtivos em que a alvenaria tem a função de suportar os esforços estruturais da edificação. Nesse sistema, a padronização das unidades ou blocos é condição principal para a eficácia e segurança do sistema construtivo, já que a modulação do projeto, no sentido vertical e horizontal, é condição primeira. 6.2- Tipos e materiais empregados. Para aplicação das alvenarias existem diversos tipos de elementos que podem ser utilizados na execução das paredes. Os mais comuns entre todos são os tijolos de barro comum, os blocos cerâmicos ou blocos de concreto, havendo ainda outros tipos de elementos como os tijolos sílicos calcários, blocos de concreto celular etc. Cada tipo possuem características diferentes mas todas necessitam de cuidados comuns tais como armazenamento, manuseio etc. a) Blocos cerâmicos - Matéria prima é a argila que é extrudada e seca em fornos; - Possuem furos longitudinais e baixa porosidade; - Normalmente empregados em alvenaria de vedação e possuem baixo custo; - Também existem os blocos cerâmicos com função estrutural. Fonte: google.com.br b) Blocos concreto - Matéria prima é o concreto executado com pedrisco, areia e cimento; - Podem ser fabricados com função de vedação ou estrutural; - Fornecidos (assim como também os cerâmicos) em blocos tipo canaleta para execução de vergas e vigas e o meio-bloco. Fonte: google.com.br c) Tijolo cerâmico comum (maciço) - Obtido pela moldagem do barro seco ao sol e depois cozido em fornos; - Custo mais elevado; - Usados para vedação, como elemento de decoração (ficam à vista) e para encunhamento; - Alvenarias feitas com esses tijolos são mais pesadas mas possuem mais resistência no sentido de suportar furações para insertes metálicos. Fonte: google.com.br d) Blocos silicocalcáreos - Formado de areia e cal, com pequenas dosagens de cimento; - Alta resistência; - Excelente isolante térmico e acústico; - Pode ser usado em alvenaria estrutural não armada; - Usado também em alvenaria tipo à vista. Fonte: google.com.br Fonte: prensil.com.br e) Blocos de concreto celular autoclavado (CCA) - Feito pela mistura de cimento, cal, areia e alumínio em pó; - Extremamente leve, resistente e de fácil manejo; - Podem ser serrados, furados e pregados e assentados de maneira convencional (atenção para a argamassa de assentamento!); - Utilizado como vedação, enchimento de lajes. Fonte: google.com.br Argamassas para assentamento. Independente do tipo de blocos ou tijolos, são usadas argamassas para assentá-los. As argamassas são compostas de cimento, cal hidratada e areia. Podem ser produzidas no canteiro de obras ou industrializadas. O traço convencionalmente usado para essa argamassa é: Traços (volume) de argamassas para assentamento de alvenaria. Composição em volume Cimento Cal hidratada Areia Argamassas de assentamento 1 2 6 a 10 Argamassa de encunhamento 1 3 10 a 12 Fonte: SALGADO,J. Produtividade por m² para alvenaria de 9cm de espessura. Pedreiro (h) Servente (h) Argamassa (m³) Material (un) Tijolo comum 5,7 x 9 x 19 1,60 1,60 0,025 84,0 Tijolo furado 9x19x19 1,60 1,60 0,12 25,0 Bloco concreto 9x19x39 0,66 0,66 0,007 13,1 Produtividade De acordo com o TCPO (Tabela de Composição de Preços para Orçamento) 2003, a produtividade de alguns elementos de alvenaria podem ser descritos na tabela a seguir: Fonte: SALGADO,J. 6.3 – Formas de execução A execução da alvenaria deve seguir rigorosamente as indicações de projeto, traços de argamassas, vãos e quaisquer outros detalhes que venham fazer parte do projeto. Cada camada de alvenaria é chamada de fiada. Algumas orientações devem ser seguidas independente do tipo da alvenaria mas, normalmente os projetos de alvenaria são insuficiente ou inexistentes (principalmente em casos de alvenaria de vedação e obras de pequeno porte). Juntas de assentamento: As juntas de assentamento, que podem variar de 1 a 2cm de espessura, devem ser em amarração para fins de distribuir adequadamente as tensões, movimentações térmicas. Podem ser frisadas ou retas em ambas as faces da alvenaria, devendo- se adotar sistemas de impermeabilização quando elas ficarem expostas à umidade. Fonte: SALGADO,J. As juntas secas não é uma boa técnica construtiva pois podem comprometer a união entre os elementos e causar prejuízo quanto à distribuição das tensões verticais oriundas de esforços externos e do peso próprio Espessuras das alvenarias: Podem ser variadas de acordo com o posicionamento dos tijolos ou blocos. Podem ter as seguintes nomenclaturas: - Alvenaria de cutelo: construída no sentido da sua menor espessura; Fonte: SALGADO,J. - Alvenaria de meia vez: alvenaria executada quando os tijolos são assentados no seu sentido longitudinal, uma após o outro. - Alvenaria de uma vez: executada quando os tijolos são assentados no seu sentido transversal. Fonte: SALGADO,J. Fonte: SALGADO,J. - Alvenaria de uma vez e meia: quando os tijolos são assentados considerando os seus sentidos longitudinais e transversal. Fonte: SALGADO,J. Locação das paredes: - Antes de locar as paredes, é necessário conferir a posição de cada componente estrutural: pilares, vigas e outros; - Após a marcação da primeira fiada é preciso marcar o início da alvenaria, com posição de eixo de cada parede ou , na maioria das vezes, o alinhamento da face do lado em que o pedreiro vai executar a alvenaria; - É recomendado usar trena de aço para evitar distorções, marcando inicialmente os cantos e encontros de paredes; - Também é indispensável o uso de esquadro de 90°na marcação da primeira fiada. Fonte: PINI Fonte: PINI Fonte: PINI Fonte: PINI Fonte: PINI Fonte: PINI Fonte: PINI G:/NEWTON PAIVA/VÍDEOS/Mãos à Obra programa 14 Alvenaria de Elevação Piso Superior parte 1.mp4 Ligação da alvenaria com pilares de concreto Atenção deve ser dada ao encontro da alvenaria com a estrutura de concreto, de tal forma que haja interação (amarração) entre esses dois elementosde construção. Várias são as formas de ligação entre elas, destacam-se: a) Tela galvanizada: recorta-se a tela com largura igual à largura da alvenaria, fixando-a na estrutura por meio de pinos de aço. A distância entre as telas deve ser de três a quatro fiadas e posicionadas entre as juntas de assentamento. Fonte: SALGADO,J. b) Chapisco: a superfície da estrutura de concreto deve ser chapiscada com argamassa de cimento e areia no traço em volume de 1:3 (com aditivo) ou usado chapisco colante industrializado. Antes da execução do chapisco deve-se retirar toda a sujeira , desmoldante, nata de cimento entre outros que prejudiquem a aderência do chapisco. c) Ferros de espera (“fio cabelo”): nesse caso são colocados ferros (ɸ 6,3 mm ou ɸ 5mm) de espera na estrutura que podem ser fixados junto com a concretagem do pilar, o que requer uma precisão mais rigorosa no posicionamento. Outra alternativa é a fixação desses ferros por meio de adesivos à base epóxi. Dessa forma, faz-se furos de aproximadamente 5cm de profundidade na estrutura do pilar , utilizando furadeira apropriada com broca de diâmetro maior que o do ferro. Preenche o furo com cola Epóxi e posteriormente coloca o ferro de espera. Os ferros também devem ser colocados aproximadamente a cada 3 ou 4 fiadas e ter comprimento livre de 40cm. Fonte: ceramicasantaluzia.com.br Amarração entre as fiadas das alvenarias. Quando não há encontro entre alvenaria e estrutura, são feitas as chamadas “amarrações” entre as suas fiadas a fim de deixar uma parede engastada ou ligada com a outra. Fonte: goiarte.com.br 6.4- Vergas e encunhamentos. Encunhamento: Em alvenarias destinadas a fechamento de vãos entre estruturas (alvenaria de vedação), deve-se deixar um pequeno vão entre a alvenaria e a viga estrutural porque, se forem elevadas até o final, pode acontecer um destacamento da alvenaria da estrutura devido à acomodação entre as diversas fiadas de alvenaria, além das acomodações estruturais. Para prevenir essa situação, para-se a alvenaria cerca de 20cm antes do encontro com a viga (dependendo do tipo do material usado para o encunhamento). Após o período de acomodação e cura da argamassa de assentamento e ainda depois do adicionamento das cargas principais do pavimento superior, faz-se o fechamento desse pequeno vão que é chamado de encunhamento. O encunhamento pode ser feito com tijolos maciços assentados na diagonal ou com argamassas e/ou espumas expansivas ou espumas de poliuretano. Fonte: www.ufrgs.br Vergas: Os contornos dos vãos de portas e janelas estão sujeitos a tensões concentradas em virtude das solicitações mecânicas a que as paredes estarão sujeitas, causando fissuras indesejáveis nos cantos e no meio do vão dos caixilhos. Para evitar essa situação são executadas as vergas, contravergas e cintas de amarração que tendem a dar suporte às movimentações. - Verga: elemento estrutural executado acima dos vãos dos caixilhos. - Contraverga: elemento estrutural executado imediatamente abaixo dos vãos dos caixilhos de janelas e vãos abertos em alvenarias. - Cinta de amarração: viga de pequena seção, executada no final da alvenaria (respaldo) com a finalidade de promover solidarização (amarração) entre as alvenarias da construção. Tem também a função de melhor distribuir o peso da laje e da cobertura sobre a alvenaria. Referências: • SALGADO, J. Técnicas e Práticas Construtivas. 2ª ed. rev. Érica. São Paulo, 2009. • YAZIGI, W. A técnica de edificar. 10ª ed. Revisada e atualizada. PINI. São Paulo, 2009.
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