DOSAGEM DO CONCRETO

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DOSAGEM DO CONCRETO
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1. OBJETIVO 
DETERMINAR A COMPOSIÇÃO MAIS ECONÔMICA QUE OBEDEÇA AOS REQUISITOS TÉCNICOS ESPECIFICADOS, LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO A TRABALHABILIDADE REQUERIDA, ENVOLVENDO O PROCESSO DE MISTURA, TRANSPORTE, LANÇAMENTO E ADENSAMENTO, BEM COMO AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS PELOS PROJETOS QUANTO A RESITÊNCIA E AGENTES AGRESSIVOS.
ESSA COMPOSIÇÃO (PROPORCIONAMENTO) DOS MATERIAIS CONSTITUINTES DO CONCRETO DEVEM SER DEFINIDOS COM BASE EM RESULTADOS EXPERIMENTAIS DE ENSAIOS EXECUTADOS EM LABORATÓRIOS E PARTE SEMPRE DO CIMENTO, ADOTADO COMO UNIDADE (EM PESO), SENDO OS DEMAIS MATERIAIS RELACIONADOS A QUANTIDADE DO CIMENTO.
MÁXIMA TRABALHABILIDADE POSSÍVEL COM MENOR CONSUMO DE CIMENTO E MENOR RELAÇÃO ÁGUA CIMENTO.
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2. TIPOS DE DOSAGEM
DOSAGEM NÃO EXPERIMENTAL OU EMPÍRICA 
DOSAGEM EXPERIMENTAL 
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2.1 DOSAGEM NÃO EXPERIMENTAL OU EMPÍRICA 
A PROPORÇÃO DOS MATERIAIS É FIXADA PELA EXPERIÊNCIA DO CONSTRUTOR OU ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE TABELAS. DE ACORDO COM A NB 12655, A DOSAGEM NÃO EXPERIMENTAL SÓ É PERMITIDA PARA OBRAS DE PEQUENO VULTO (CONCRETO CLASE C10), SENDO A QUANTIDADE MÍNIMA DE CIMENTO DE 300 Kg/m³ E RESPEITADAS AS CONDIÇÕES DE TRABALHABILIDADE.
C ≥ 300 Kg/m³
X (RELAÇÃO ÁGUA CIMENTO A/C) MÍNIMO COMPATÍVEL COM A TRABALHABILIDADE
PROPORÇÃO DE AGREGADO MIÚDO NO VOLUME DO AGREGADO ENTRE 30 E 50 % FIXADA DE MANEIRA A OBTER-SE UM CONCRETO DE TRABALHABILIDADE ADEQUADA AO SEU EMPREGO.
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2.2 DOSAGEM EXPERIMENTAL 
OS MATERIAIS CONSTITUINTES E O CONCRETO OBTIDO SÃO PREVIAMENTE ENSAIADOS EM LABORATÓRIO. A DOSAGEM EXPERIMENTAL VISA ESTABELECER O TRAÇO DO CONCRETO COM RESITÊNCIA E A TRABALHABILIDADE PREVISTAS. A DOSAGEM EXPERIMENTAL PODERÁ SER FEITA POR QUALQUER MÉTODO QUE ESTABELEÇA UMA CORRELAÇÃO ENTRE ESSES PARÂMETROS. OS MÉTODOS DE DOSAGEM MAIS CONHECIDOS SÃO: MÉTODO DO ACI (AMERICAN CONCRETE INSTITUTE), MÉTODO DO ABCP (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND), MÉTODO DO IPT (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DE SÃO PAULO) E MÉTODO INT (INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA).
A DOSAGEM EXPERIMENTAL, QUE ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À FIXAÇÃO DO FATOR ÁGUA CIMENTO (X), DEPENDE DA RESITÊNCIA DE DOSAGEM, DAS CARACTERÍSTICAS DA OBRA E DA DEFINIÇÃO DE UMA TRABALHABILIDADE COMPATÍVEL, TANTO COM OS MATERIAIS QUANTO COM A EXECUÇÃO DO CONCRETO. 
CONFORME A NBR 12655, A DOSAGEM DE CONCRETO CLASSE C15 OU SUPERIOR DEVE SER ESTABELECIDA ATRAVÉS DE PROCESSO EXPERIMENTAL OU RACIONAL.
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3. ELEMENTOS NECESSÁRIOS À DOSAGEM:
I) DA OBRA E DO PROJETO
DIMENSÕES DAS PEÇAS E TAXAS DE ARMADURA
fck
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO DA OBRA (DURABILIDADE)
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO, TRANSPORTE, LANÇAMENTO E ADENSAMENTO
RIGOR DO CONTROLE TECNOLÓGICO
II) CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS 
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DOS AGREGADOS
MASSA ESPECÍFICA REAL E APARENTE DOS MATERIAIS
NATUREZA DOS AGREGADOS
TIPO E CLASSE DE CIMENTO 
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4. CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL
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CLASSES DE AGRESSIVIDADE VERSUS QUALIDADE DO CONCRETO
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5. RESISTÊNCIA DE DOSAGEM
SEGUNDO A NBR 6118, A RESISTÊNCIA DE DOSAGEM É CALCULADA PELA FÓRMULA : fcj = fck + 1,65 Sd , ONDE:
fck = RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À COMPRESSÃO, ESPECIFICADA NO PROJETO ESTRUTURAL
fcj = RESISTÊNCIA DO CONCRETO À COMPRESSÃO, PREVISTA PARA A IDADE DE j DIAS, CALCULADA EM FUNÇÃO DO fck E DAS CONDIÇÕES EM QUE O CONCRETO É PRODUZIDO
Sd = DESVIO PADRÃO AMOSTRAL DO CONCRETO, PARÂMETRO QUE INDICA A DISPERSÃO DA VARIÁVEL ESTATÍSTICA RESISTÊNCIA Á COMPRERSSÃO (QUANTO MENOR Sd TANTO MELHOR E MAIS UNIFORME O CONCRETO, SENDO MENOR A DIFERENÇA ENTRE OS VALORES DE fck E fcj
Sd = 4,0 MPa – CONTROLE RIGOROSO (PROFISSIONAIS PRESENTE NA OBRA E MATERIAIS EM PESO) – CONDIÇÃO A, APLICÁVEL ÀS CLASSES C10 E ATÉ C80
Sd = 5,5 MPa – CONTROLE RAZOÁVEL (PROFISSIONAIS PRESENTE NA OBRA, CIMENTO EM PESO E O RESTANTE EM VOLUME) – CONDIÇÃO B, APLICÁVEL ÀS CLASSES C10 ATÉ C25
Sd = 7,0 MPa – CONTROLE REGULAR (CIMENTO EM PESO E O RESTANTE EM VOLUME) – CONDIÇÃO C, APLICÁVEL ÀS CLASSES C10 E C15
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CURVA DE GAUSS PARA RESISTÊNCIA DO CONCRETO Á COMPRESSÃO
 fcm = RESISTÊNCIA MÉDIA DO CONCRETO Á COMPRESSÃO
fck = RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À COMPRESSÃO
fck = fcm – 1,65s
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6. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP /ACI 
ESTE MÉTODO É INDICADO PARA CONCRETOS DE CONSISTÊNCIA SEMI-PLÁSTICA À FLUIDA E CONTRAINDICADO PARA CONCRETOS COM AGREGADOS LEVES. OS RESULTADOS DEVEM SER TESTADOS NUMA MISTURA EXPERIMENTAL PARA A COMPROVAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ESPECIFICADAS PARA O CONCRETO.
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6.1 DEFINIÇÃO DA RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO (A/C)
CONSIDERA-SE NESTA ETAPA A DURABILIDADE E RESISTÊNCIA MECÂNICA QUE SE DESEJA DO CONCRETO.
A RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO PODE SER ESTIMADA PELO QUADRO A SEGUIR, OBTIDO ATRAVÉS DE TRAÇOS REALIZADOS PELA ABCP COM CIMENTOS DE MARCAS, TIPOS E CLASSES DISTINTAS. SE A CLASSE DO CIMENTO NÃO É CONHECIDA, ADOTA-SE A CLASSE 25, QUE É MÍNIMA ESPECIFICADA PARA CIMENTOS NACIONAIS.
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RELAÇÃO A/C EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA DO CIMENTO
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6.2 : DETERMINAÇÃO APROXIMADA DE CONSUMO DE ÁGUA (CA) 
A QUANTIDADE DE ÁGUA NECESSÁRIA PARA QUE O CONCRETO ATINJA UM DETERMINADO ABATIMENTO DEPENDE DA DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA, DA GRANULOMETRIA E FORMA DOS AGREGADOS E DA QUANTIDADE DE AR INCORPORADO. NA FALTA DE VALORES EXPERIMENTAIS E DE UMA LEI MATEMÁTICA QUE CONDUZA A RESULTADOS SEGUROS, PODE-SE ESTIMAR A QUANTIDADE DE ÁGUA PELO QUADRO A SEGUIR:
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CONSUMO DE ÁGUA 
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EXPERIMENTALMENTE O CONSUMO DE ÁGUA PODE SER OBTIDO EM 2 OU 3 TENTATIVAS COM O EMPREGO DA EXPRESSÃO:
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6.3 DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE CIMENTO (C) 
O CONSUMO DE CIMENTO (C) É IGUAL AO QUOCIENTE DO CONSUMO DE ÁGUA (CA) PELA RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO (A/C).
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6.4 DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (CG)
O CONSUMO DO AGREGADO GRAÚDO PODE SER OBTIDO DO QUADRO A SEGUIR, EM FUNÇÃO DA DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA (DMÁX) E DO MÓDULO DE FINURA (MF) DA AREIA.
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A DETERMINAÇÃO DE CG É FEITA PELA EXPRESSÃO:
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EM GERAL, O AGREGADO GRAÚDO É UTILIZADO NA COMPOSIÇÃO DE DUAS OU MAIS GRADUAÇÕES. NO BRASIL, AS BRITAS SÃO CLASSIFICADAS COMERCIALMENTE EM GRADUAÇÕES QUE VÃO DA BRITA ZERO (B0) ATÉ A BRITA QUATRO (B4) E, EXPERIÊNCIAS REALIZADAS PELA ABCP, REVELARAM QUE É POSSÍVEL OBTER MENORES VOLUMES DE VAZIOS UTILIZANDO-SE AS COMPOSIÇÕES INDICADAS NO QUADRO DE PROPORCIONAMENTO DE BRITAS.
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CLASSIFICAÇÃO DAS BRITAS
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PROPORCIONAMENTO DAS BRITAS
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6.5 DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO (CM)
A DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DA AREIA É FEITA PELA DIFERENÇA DOS DEMAIS CONSTITUINTES DO CONCRETO JÁ DETERMINADOS, ANTERIORMENTE. 
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7. RELAÇÕES IMPORTANTES
RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO: a/c 
 RESISTÊNCIA E DURABILIDADE
CONCRETOS FABRICADOS COM TRAÇOS DIFERENTES, PORÉM COM MATERIAIS DA MESMA PROCEDÊNCIA, RELAÇÃO A/C E GRANULOMETRIA IGUAIS TEM RESISTÊNCIAS IGUAIS.
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RELAÇÃO ÁGUA/MATERIAIS SECOS: (A%) TRABALHABILIDADE/CONSISTÊNCIA
A PERCENTAGEM ÁGUA/MATERIAIS SECO (A%) É PRATICAMENTE INDEPENDENTE DO TRAÇO PARA UMA DADA TRABALHABILIDADE.