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OS ESTRANGEIROS E A NATURALIZAÇÃO
Estrangeiro é todo aquele que não adquire a nacionalidade brasileira, mas pode residir no Brasil devido a diversos fatores: visto de trabalho ou outro qualquer, atividade remunerada em empresa multinacional, possuir filhos, ser asilado político, etc.... Por força do artigo 5.º e pelo princípio da igualdade, gozam dos mesmos direitos e têm boa parte dos deveres, mas não todos os direitos e deveres: votar e ser votado, servir Exército.
 Existem limitações aos estrangeiros, havendo, portanto, uma lei própria, a Lei n. 6.815/1980, com as alterações da Lei n. 6.964/1981.
A locomoção do estrangeiro no território é livre, como para os brasileiros (art. 5.º, XV). A lei, contudo, disciplina o direito de qualquer pessoa entrar no território nacional, nele permanecer ou dele sair só ou com seus bens. O dispositivo ganha uma outra dimensão com o Estatuto dos Estrangeiros.
Todo estrangeiro pode entrar no País, desde que preencha os requisitos legais e obtenha visto de entrada (de trânsito, de turista, temporário, permanente, de cortesia, oficial ou diplomático). Não se concede visto ao estrangeiro menor de 18 anos desacompanhado de seu responsável.
Se quiser se tornar permanente, o estrangeiro deverá registrar-se no Ministério da Justiça e obter a chamada carteira de identidade de estrangeiros. Deve obter o visto de saída. Se for registrado como permanente, pode voltar independente de visto, se o fizer dentro de dois anos. 
PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO
 O procedimento de naturalização é de caráter administrativo, tramitando junto ao Ministério da Justiça, embora o certificado de naturalização emitido pelo Ministério da Justiça deva ser entregue ao naturalizado, em sessão solene, pelo Juiz Federal da cidade onde tenha domicílio o pleiteante. A doutrina entende que a concessão da naturalização é ato discricionário do governo brasileiro, no exercício do poder inerente à soberania do País, mesmo presentes todos os pressupostos legais previstos no Estatuto do Estrangeiro.
A única exceção é a chamada naturalização extraordinária, de índole constitucional, que prestigia o tempo de permanência que era de 30 anos e passou para 15 anos. Nesses casos, presentes os dois requisitos: ausência de condenação criminal e residência ininterrupta, além do requerimento, o pedido não pode ser rejeitado e não há, discricionariedade.
DIFERENÇAS ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS E ENTRE ESTES E OS ESTRANGEIROS
COM OS ESTRANGEIROS NO BRASIL 
I – PROPRIEDADE RURAL
 Determina a Constituição que a lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos em que tais negócios dependem de autorização do Congresso Nacional (art. 190 – A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os cargos que dependerão de autorização do Congresso Nacional).
II – REMESSAS DE VALORES
Também é função da lei disciplinar os investimentos de capital estrangeiro e regular remessas de lucros para o exterior (art. 172 –A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros).
III – AUTORIZAÇÃO PARA LAVRA
Na antiga redação do artigo 176, parágrafo 1.º da CF era vedado autorizar ou conceder a estrangeiros mesmo os residentes, a pesquisa e lavras de recurso minerais ou aproveitamento de potencial de energia elétrica. 
A Emenda n.º 6 de 15 de agosto de 1995, ao art. 176, parágrafo 1.º, passou-se a permitir a pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica, mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, a qualquer empresa constituída sob as leis brasileiras, e que tenha sua sede e administração no País, de acordo com o que dispuser a lei federal.
IV – SUCESSÃO DE BENS
A sucessão de bens estrangeiros situados no Brasil rege-se pela lei brasileira, sempre que não lhe for mais favorável à lei pessoal do “de cujus” (art. 5.º, XXXI).
V - ADOÇÃO DE CRIANÇAS
A Lei n. 8.069, em seus artigos 39 a 52, estabelece os casos e as condições em que estrangeiros poderão adotar crianças brasileiras (art. 227, parágrafo 5.º).
O gozo de direitos individuais e socais esculpidos na Constituição asseguram aos estrangeiros residentes no Brasil (a melhor leitura talvez fosse apenas “no Brasil”) a inviolabilidade do direito à vida, à segurança e à propriedade tanto quanto aos brasileiros (art. 5.º caput).
VI – DIREITOS SOCIAIS
No tocante aos direitos sociais, embora não haja menção expressa aos estrangeiros, também há vedações nesse sentido. 
O artigo 98 da Lei 6.815/80, assegura ao estrangeiro que se encontra no Brasil ao amparo de visto de turista, de trânsito ou temporário para estudos, é vedado o exercício de atividade remunerada. 
Porém, esta mesma lei contempla diversas situações que permitem a atividade do estrangeiro no Brasil, mediante a concessão de visto temporário.
Art. 13. O visto temporário poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:
I - em viagem cultural ou em missão de estudos;
II - em viagem de negócios;
III - na condição de artista ou desportista;
IV - na condição de estudante;
V - na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do Governo brasileiro;
VI - na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa estrangeira;
VII - na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa. 
Art. 14. O prazo de estada no Brasil, nos casos dos incisos II e III do art. 13, será de até noventa dias; no caso do inciso VII, de até um ano; e nos demais, salvo o disposto no parágrafo único deste artigo, o correspondente à duração da missão, do contrato, ou da prestação de serviços, comprovada perante a autoridade consular, observado o disposto na legislação trabalhista.
Parágrafo único. No caso do item IV do artigo 13 o prazo será de até 1 (um) ano, prorrogável, quando for o caso, mediante prova do aproveitamento escolar e da matrícula.
Art. 15. Ao estrangeiro referido no item III ou V do artigo 13 só se concederá o visto se satisfizer às exigências especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração e for parte em contrato de trabalho, visado pelo Ministério do Trabalho, salvo no caso de comprovada prestação de serviço ao Governo brasileiro.
A autorização para o estrangeiro exercer atividade remunerada no Brasil é dada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, depois satisfeitas pelas partes interessadas, trabalhador e empregador no caso de configuração de vínculo de emprego, as exigências disciplinadas na Resolução Administrativa nº 07/2004 do Conselho Nacional de Imigração. 
Exatamente por não atenderem aos requisitos estabelecidos na legislação nacional é que os imigrantes ilegais acabam sendo vítimas da exploração por parte de empresários escravagistas. 
Em regra não são indivíduos que ingressaram regularmente com visto de turista, de trânsito ou temporário para estudos. A própria entrada é ilegal, normalmente vêm com o intuito de encontrar trabalho, e conseqüentemente não podem exercer atividade remunerada ao amparo da legislação trabalhista. 
Um exemplo desta situação são os bolivianos no Estado de São Paulo, principalmente na capital. Tal situação levou os governos do Brasil e Bolívia a firmarem o Acordo Brasil/Bolívia em agosto/2005, visando a regularização dos imigrantes ilegais que são vítimas da exploração no trabalho. Por esse acordo, os imigrantes regularizados gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos às mesmas obrigações de natureza laboral em vigor para os nacionais do Estado receptor e da mesma proteção no que se refere à aplicação das leis relativasà higiene e à segurança do trabalho. 
No que tange à proteção previdenciária, o Brasil firmou acordos internacionais com diversos países (Argentina, Cabo Verde, Espanha, Grécia, Chile, Itália, Luxemburgo, Uruguai e Portugal), com vistas a que as contribuições à previdência social realizadas pelo nacional em cada país sejam reciprocamente aproveitadas no país em que o benefício previdenciário for requerido. 
Assim, por exemplo, se um uruguaio passar a residir legalmente no Brasil poderá aqui requerer benefício da previdência social brasileira aproveitando suas contribuições da previdência pública do Uruguai, e vice-versa. Por aí se vê a importância da adequada tutela ao trabalhador estrangeiro, pois eventual acordo que venha a ser firmado pelo Brasil nesta questão previdenciária alcançará também as contribuições passadas e não apenas as futuras.
VII- AÇÃO POPULAR
 No entanto, são impostas algumas restrições, como a impossibilidade de intentar com Ação Popular (art. 5.º LXXII) ou a necessidade de observar os requisitos legais específicos para ter acesso a cargos, empregos e funções públicas (art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”. 
A Lei n. 8.730, de 10-11-1993, estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para exercício de cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
De acordo com o parágrafo 3.º do art. 5.º da Lei n.8112/1990, as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e procedimentos previstos na própria lei.
O art. 207, parágrafo 1.º da CF-88 autoriza as universidades a admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei, que hoje é a de n. 9.515/97.
NATOS E NATURALIZADOS
Existem apenas as cinco diferenças que estão na própria Constituição, embora outras duas possibilidades estejam condicionadas ainda de acordo com a “Lei Maior”. A aquisição e gozo dos direitos civis: a lei não distingue nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e gozo dos direitos civis. Só haverá distinção quando a Constituição autorizar. É o que preconiza o parágrafo 2.º do art. 12.
As distinções são:
1) Extradição - Só o naturalizado pode ser extraditado, ainda assim no caso e crime comum, cometido anteriormente à naturalização, ou de comprovado envolvimento com tráfico de entorpecentes (art. 5.º, LI).
2) Cargos - Segundo, ocupar os cargos indicativos do artigo 12, parágrafo 3.º
Questão do Presidente da Câmara- Tem que ter 35 anos e ser brasileiro nato. Presidente e Vice da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado, Ministro do STF, da carreira diplomática, oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado de Defesa.
3)Naturalizado pode perder a nacionalidade brasileira pelo cancelamento de sua naturalização em virtude do comprovado envolvimento em atividade nociva ao interesse nacional. 
Ministério Público Federal propõe a ação e precisa ter sentença definitiva. Art. 12, parágrafo 4.º , I.
Perda da nacionalidade no âmago da Emenda n.º 3/94. Dinâmica diferenciada.
Primeira hipótese – atividades nocivas; Segundo – adquire outra, perde. Regra não pode ter outra, mas há exceções. Não inovou, pois sempre existiu. Soberania reconheceu (explicitude). 
Inovação é imposição da linha “b”.
Impõe como condição de exercício de direitos civis, como o direito ao trabalho, a naturalização. Nesse caso, não perde a nacionalidade brasileira, mas a hipótese é de 1994. Existe direito de reaquisição. Se ocorreu em 1990, estava o sujeito nos EUA e foi obrigado a servir o exército para continuar lá. Nada impede entrar com pedido para readquirir no STF, como base no princípio da inconstransgibilidade. 
Outro caso é inciso II da linha "a", de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira: dupla nacionalidade. Não perde a brasileira. 
Funções - Só os natos podem ocupar os postos do Conselho da República, artigo 89, VII;
Direito de Propriedade Natos ou naturalizados (10 anos)=> artigo 222 . Capítulo da Constituição Federal. Podem deter a propriedade de empresa jornalística. A Emenda n.º 36 rompeu uma tradição constitucional, pois as demais constituições sempre trouxeram cláusula de restrição. Agora pode 30 por cento do total ou votante. Naturalizados há mais de dez anos.
PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
	A Constituição regula os casos de perda de nacionalidade brasileira, que pode ter dois fundamentos: o cancelamento judicial da naturalização, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, e a aquisição de outra nacionalidade. 
	Com relação à segunda hipótese, a Constituição prevê duas exceções. A primeira respeitante à atribuição de nacionalidade originária pela lei de outro país. O filho de italianos que nasce no Brasil. Trata-se de uma decorrência do princípio da atribuição estatal da nacionalidade. O indivíduo não fez opção, mas é alcançado pela situação jurídica que lhe dá outra nacionalidade. A outra refere-se à imposição de naturalização pela lei estrangeira, como condição de permanência no respectivo território ou para exercício de direitos civis.
Princípio da não-extradição; Nato não pode ser extraditado, enquanto que o naturalizado em dois casos: crime cometido antes da naturalização e tráfico internacional de drogas. 
Definição é ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo, acusado de um delito, ou já condenado como criminoso, à justiça de outro, que o reclama. Portanto, a extradição depende do pedido.
É o chamado princípio da não extradição, ou seja, a regra vetor implica em normalmente não conceder a extradição, a exceção dos dois casos elencados no Artigo 5.º LI e LII –
LI – Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei (Legislação ordinária regula)
LII - não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
Com revelam Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior, a extradição tem lugar nas situações em que o estrangeiro, ou excepcionalmente o brasileiro naturalizado, comete crime no exterior. Nessas hipóteses, com fundamento em um tratado internacional de reciprocidade, o respectivo Estado pode solicitar a extradição do indivíduo ao Estado brasileiro, que, por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, poderá atender, ou não o pedido.
É chamada de extradição ativa quando o Brasil pede e passiva, quando outro Estado estrangeiro faz a solicitação junto ao STF.
O texto constitucional baseado no princípio da não-extradição enseja dois requisitos: 
que o brasileiro seja naturalizado ou português equiparado(só para Portugal);
que se trate de crime comum, anterior à naturalização, ou de comprovado envolvimento com o tráfico internacional de entorpecentes.
A compreensão do texto revela que o naturalizado, o crime tenha sido cometido quando a pessoa tinha outra nacionalidade. Proibida ainda extradição por crime político ou de opinião.
A locução “crime político ou de opinião” é vaga ou aberta e, visto que integrante do rol dos direitos e garantias fundamentais, deve ter interpretação ampliativa, de tal modo que, caso o delito de alguma forma tenha conexão com questões de caráter político, religioso ou filosófico, o Estado brasileiro estará impedindo de conceder a extradição. 
A existência de relações familiares (filhos brasileiros), a comprovação de vínculo conjugal por convivência “more uxório” do extraditando com pessoa de nacionalidade brasileira constituem fatos destituído de relevância jurídica para efeitos extradicionais, não impedindo, em conseqüência, a efetivação da extradiçãodo súdito estrangeiro, conforme consta na Súmula 412 do STF.
 
NÃO IMPEDE A EXTRADIÇÃO A CIRCUNSTÂNCIA DE SER O EXTRADITANDO CASADO COM BRASILEIRA OU TER FILHO BRASILEIRO.MAS A REGRA É NÃO-EXTRADITAR, PRINCIPALMENTE SE HOUVER UM FILHO, CRIANÇA OU ADOLESCENTE, QUE DEPENDA DO PAI OU MÃE.
 VEDADA A EXPULSÃO DE ESTRANGEIRO CASADO COM BRASILEIRA, OU QUE TENHA FILHO BRASILEIRO, DEPENDENTE DA ECONOMIA PATERNA.
Outros requisitos para concessão da extradição:
existência de tratado internacional de reciprocidade ou mesmo um compromisso; o Estado requerente deve fundamentar-se no tratado ou prometer reciprocidade;
Competência exclusiva da Justiça do Estado requerente para processar e julgar o extraditado, sendo o Brasil incompetente;
dupla incriminação ou tipicidade, ou seja, o fato deve ser crime tipificado simultaneamente no Brasil e no Estado solicitante;
pronunciamento condenatório definitivo ou ordem de prisão operante no país solicitante;
inocorrência de dupla prescrição;
comutação de eventual pena de morte;
Não sujeição a um tribunal ou juiz de exceção;
não se tratar de crime político ou de opinião (ou ainda não se tratar de uma contravenção ou crime punido com pena inferior a um ano de prisão);
julgamento perante o Supremo (por força do art. 102, I “g”).
Sempre importante lembrar que o julgamento do STF tem caráter autorizativo, de verificação dos requisitos, devendo a extradição, como ato de soberania, ser determinado pelo Presidente da República. Normalmente é o que ocorre.
Vale lembrar do Estatuto de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, que teve a presença de uma juíza brasileira, Silvia Steiner. O Decreto n. 4.388, de 25 de setembro de 2002, ao tratar da Cooperação Internacional e Auxílio Judiciário, em seu art. 102 faz distinções entre a entrega e a extradição.
Nos termos usados da legislação infra: Termos Usados – Para os fins do presente Estatuto: a) Por “entrega” entende-se a entrega de uma pessoa por um Estado ao Tribunal nos termos do presente Estatuto: b) Por “extradição”, entende-se a entrega de uma pessoa por um Estado a outro Estado conforme previsto em um tratado, em uma convenção ou no direito interno”.
Há uma divergência na doutrina, mas parte dela reconhece que é possível a entrega de brasileiro nato que tenha cometido crimes de competência do Estatuto para julgamento no TPI.
O TPI é instituição permanente, que tem a finalidade de substituir aos tribunais “ad hoc”, como os convocados pela ONU para julgamento dos crimes cometidos em Ruanda e na extinta Iugoslávia.. O TPI tem uma jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, mas de caráter subsidiário. Dessa forma, se o Estado, local dos crimes, se dispõe a julgar, não é necessário o TPI. Os julgamentos só podem ser feitos por crimes cometidos depois da vigência do Estatuto de Roma.
A competência se restringe aos seguintes crimes:
o crime de genocídio (art. 6.º);
crimes contra a humanidade (art. 7.º)
crimes de guerra (art. 8.º)
d) o crime de agressão
Expulsão – Diferente da extradição, é um ato unilateral, isso é, o Estado, ante a existência de uma atividade nociva ao interesse nacional, à segurança nacional ou à ordem política e social, determina a expulsão de estrangeiro que aqui esteja. Só estrangeiro e cabe ao Presidente da República.
É o vínculo coativo de retirar o estrangeiro do território nacional por delito ou atos que tornem inconveniente aos interesses nacionais. A iniciativa é do Brasil e a expulsão é decidida pelo Presidente, por meio de decreto, embora tal ato esteja sujeito ao controle de legalidade e constitucionalidade pelo Poder Judiciário.
Não se concede a expulsão quando o estrangeiro tiver cônjuge brasileiro, do qual não esteja separado de fato ou de direito, desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de cinco anos, ou quando tiver filho brasileiro que esteja comprovadamente sob sua guarda e dependência econômica, conforme consta da Súmula 1 do STF. Os órgãos do Ministério Público Federal remeterão ao Ministério da Justiça, de ofício, até trinta dias após o trânsito em julgado, cópia da sentença condenatória de estrangeiro autor de crime doloso ou de qualquer crime contra a segurança nacional, a ordem pública ou social, a economia popular, a moralidade ou a saúde pública, assim como da folha de antecedentes penais constantes dos autos.
O Ministro da Justiça, recebidos os documentos mencionados neste artigo, determinará a instauração de inquérito para a expulsão do estrangeiro (art. 68 do Estatuto dos Estrangeiros).
Deportação – Ocorre quando o estrangeiro adentre em território brasileiro(boliviano entra clandestinamente) ou nela permaneça de forma irregular (venceu o visto). Nesse caso, porquanto inatendidos os requisitos de permanência, o estrangeiro deve retirar-se do País. Não o fazendo, será deportado a seu país de origem ou procedência.
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