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CIENCIAS DA NATUREZA APOSTILA

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INTRODUÇÃO
Com o objetivo de deixá-los inteirados no que tange ao 
conhecimento das tecnologias ligadas ao ramo da eletricidade 
e do magnetismo, apresentamos, neste fascículo, situações e 
fenômenos envolvendo este tão empolgante conteúdo da Física. 
O que seria de nossas vidas sem os aparelhos eletrodomésticos? 
Eles são efeitos diretos da eletricidade e do magnetismo. 
A tecnologia moderna avança fugazmente depois do domínio dos 
fenômenos eletromagnéticos, por isso sua importância em todos 
os exames de vestibulares. Tenham, todos, um ótimo proveito.
OBJETO DO CONHECIMENTO
Eletricidade e Magnetismo
Eletricidade
Disponível em: http://www.jornaldoalgarve.pt
A eletricidade é um fenômeno físico originado por 
cargas elétricas estáticas ou em movimento e por sua interação. 
Quando uma carga se encontra em repouso, produz forças 
sobre outras situadas à sua volta. Se a carga se desloca, produz 
também campos magnéticos.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e negativas. 
As cargas de nome igual (mesmo sinal) se repelem e as de nomes 
distintos (sinais diferentes) se atraem.
A eletricidade se origina da interação de certos tipos 
de partículas subatômicas. A partícula mais leve que leva carga 
elétrica é o elétron, que, assim como a partícula de carga 
elétrica inversa à do elétron, o próton, transporta a unidade 
fundamental de carga (1,60217646 × 10−19 C). Cargas elétricas 
de valor menor são tidas como existentes em subpartículas 
atômicas, como os quarks.
Os átomos, em circunstâncias normais, contêm elétrons, 
e, frequentemente, os que estão mais afastados do núcleo se 
desprendem com muita facilidade. Em algumas substâncias, 
como os metais, proliferam-se os elétrons livres. Dessa maneira, 
um corpo fi ca carregado eletricamente graças à reordenação 
dos elétrons.
Um átomo neutro tem quantidades iguais de carga 
elétrica positiva e negativa. A quantidade de carga elétrica 
transportada por todos os elétrons do átomo, que, por 
convenção, é negativa, está equilibrada pela carga positiva 
localizada no núcleo. Se um corpo contiver um excesso de 
elétrons, fi cará carregado negativamente. Ao contrário, com a 
ausência de elétrons, um corpo fi ca carregado positivamente, 
devido ao fato de que há mais cargas elétricas positivas no 
núcleo.
Bons condutores são, na grande maioria, da família dos 
metais: ouro, prata e alumínio, assim como alguns novos materiais, 
de propriedades físicas alteradas, que conduzem energia com 
perda mínima, denominados supercondutores. Já a porcelana, 
o plástico, o vidro e a borracha são bons isolantes. Isolantes são 
materiais que não permitem o fl uxo da eletricidade.
Eletrostática
Disponível em: http://www.brasilescola.com
ENEM EM FASCÍCULOS - 2012 14
Fascículo
Neste fascículo, estudaremos um fenômeno físico muito presente em nossa vida cotidiana: a Eletricidade, detalhando sobre a Eletrostática e 
Eletrodinâmica. Acompanharemos o trabalho de dois grandes cientistas da humanidade: James Maxwell, que determinou a relação entre a 
eletricidade e o magnetismo, desenvolvendo a Teoria do Eletromagnetismo, e Albert Einstein, com sua teoria do efeito fotoelétrico, que lhe 
rendeu o Prêmio Nobel de Física. Ainda neste fascículo, buscaremos explicações científi cas para as chuvas ácidas, o efeito estufa, o buraco 
na camada de ozônio por meio das funções e reações inogânicas. Para fi nalizar, veremos o que são e como são transmitidas as doenças 
contagiosas (programa de saúde), por meio de vírus, bactérias, protozoários, fungos e vermes. Chegamos a este último fascículo de Ciências 
da Natureza e suas Tecnologias certos de que trabalhamos grandes temas com os quais você irá se deparar na prova do Enem 2012.
Sucesso em seus estudos!
CARO ALUNO,
Enem em fascículos 2012
2 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda 
as propriedades e o comportamento de cargas elétricas 
em repouso, ou que estuda os fenômenos do equilíbrio da 
eletricidade nos corpos que, de alguma forma, tornam-se 
carregados de carga elétrica, ou eletrizados.
Histórico
O estudo científi co da eletrostática não é dividido em 
três partes como muita gente pensa: atrito, contato e indução. 
O fenômeno eletrostático mais antigo conhecido é o que ocorre 
com o âmbar amarelo no momento em que recebe o atrito e 
atrai corpos leves.
Tales de Mileto, no século VI a.C., já conhecia o 
fenômeno e procurava descrever o efeito da eletrostática no 
âmbar. Também os indianos da Antiguidade aqueciam certos 
cristais que atraíam cinzas quentes atribuindo ao fenômeno 
causas sobrenaturais. O fenômeno, porém, permaneceu através 
dos tempos apenas como curiosidade.
Benjamin Franklin, com sua experiência sobre as 
descargas atmosféricas, demonstrou o poder das pontas 
inventando o para-raios. Porém, foi Coulomb quem executou 
o primeiro estudo sistemático e quantitativo da estática, 
demonstrando que as repulsões e atrações elétricas são 
inversamente proporcionais ao quadrado da distância, em 
1785. Descobriu ainda o cientista que a eletrização ocorrida nos 
condutores é superfi cial. Os resultados obtidos por Coulomb 
foram retomados e estudados por Laplace, Poisson, Biot, Gauss 
e Faraday.
Princípios da eletrostática
Segundo o Princípio da Conservação da Carga Elétrica, 
num sistema eletricamente isolado, é constante a soma 
algébrica das cargas elétricas. Já segundo o Princípio da Atração 
e Repulsão de Cargas, cargas de mesmos sinais se repelem e 
cargas de sinais opostos se atraem.
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica é o ramo da eletricidade que estuda 
as propriedades e o comportamento das cargas elétricas em 
movimento.
Corrente elétrica
A corrente elétrica 
é o f luxo ordenado de 
partículas portadoras de 
carga elétr ica. Sabe-se 
que, microscopicamente, 
as cargas livres estão em 
movimento aleatório devido 
à agitação térmica. Apesar desse movimento desordenado, ao 
estabelecermos um campo elétrico na região das cargas, verifi ca-
se um movimento ordenado que se apresenta superposto ao 
primeiro. Esse movimento recebe o nome de movimento de 
deriva das cargas livres.
Raios são exemplos de corrente elétrica, bem como o 
vento solar, porém a mais conhecida, provavelmente, é a do 
fl uxo de elétrons através de um condutor elétrico, geralmente 
metálico. A unidade padrão no SI para medida de intensidade 
de corrente é o ampère (A). 
Sentido da corrente
No início da história da eletricidade, defi niu-se o sentido 
da corrente elétrica como sendo o sentido do fl uxo de cargas 
positivas, ou seja, as cargas que se movimentam do polo positivo 
para o polo negativo. Naquele tempo, nada se conhecia sobre 
a estrutura dos átomos. Não se imaginava que em condutores 
sólidos as cargas positivas estão fortemente ligadas aos núcleos 
dos átomos e, portanto, não pode haver fl uxo macroscópico 
de cargas positivas em condutores sólidos. No entanto, quando 
a física subatômica estabeleceu esse fato, o conceito anterior 
já estava arraigado e era amplamente utilizado em cálculos e 
representações para análise de circuitos.
Esse sentido continua a ser utilizado até os dias de hoje 
e é chamado sentido convencional da corrente. Em qualquer 
tipo de condutor, esse é o sentido contrário ao fl uxo líquido das 
cargas negativas ou o sentido do campo elétrico estabelecido 
no condutor. Na prática, qualquer corrente elétrica pode ser 
representada por um fl uxo de portadores positivos sem que disso 
decorram erros de cálculo ou quaisquer problemas práticos.
O sentido real da corrente elétrica depende da natureza 
do condutor. Nos sólidos, as cargas cujo fl uxo constitui a 
corrente real são os elétrons livres; nos líquidos, os portadores 
de corrente são íons positivos e íons negativos; enquanto que 
nos gases são íons positivos,íons negativos e elétrons livres. 
O sentido real é o sentido do movimento de deriva das cargas 
elétricas livres (portadores). Esse movimento se dá no sentido 
contrário ao campo elétrico se os portadores forem negativos, 
caso dos condutores metálicos, e, no mesmo sentido do campo, 
se os portadores forem positivos. Mas existem casos onde 
verifi camos cargas se movimentando nos dois sentidos. Isso 
acontece quando o condutor apresenta os dois tipos de cargas 
livres, condutores iônicos por exemplo. É interessante notar 
que, nesses casos, onde portadores de carga dos dois tipos 
estão presentes, ambos contribuem para variações de carga 
com mesmo sinal em qualquer volume limitado do condutor, 
porque cargas positivas entrando no volume escolhido, ou 
cargas negativas saindo do volume escolhido, signifi cam um 
aumento da quantidade de cargas positivas. Essa é a razão 
para ser necessário introduzir uma convenção de sentido para 
a corrente.
Eletromagnetismo
O eletromagnetismo é o nome da teoria unifi cada 
desenvolvida por James Maxwell para explicar a relação entre a 
eletricidade e o magnetismo. Essa teoria baseia-se no conceito 
de campo eletromagnético.
O campo magnético é resultado do movimento de 
cargas elétricas, ou seja, é resultado de corrente elétrica. 
O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética 
quando associada a ímãs.
Elétrons atravessando
a seção reta de um fio
Elétrons atravessando
a seção reta de um fio
Disponível em: http://www.novafi sica.net
Disponível em: http://www.ifi .unicamp.br
Enem em fascículos 2012
3Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A variação do fl uxo magnético resulta em um campo elétrico 
(fenômeno conhecido por indução eletromagnética, mecanismo 
utilizado em geradores elétricos, motores e transformadores de 
tensão). Semelhantemente, a variação de um campo elétrico gera 
um campo magnético. Devido a essa interdependência 
entre campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar 
em uma única entidade chamada campo eletromagnético.
A Teoria do Eletromagnetismo foi o que permitiu o desenvolvimento 
da Teoria da Relatividade Especial por Albert Einstein em 1905.
A força eletromagnética
A força que um campo eletromagnético exerce sobre 
cargas elétricas, chamada força eletromagnética, é uma das 
quatro forças fundamentais. As outras são: a força nuclear forte 
(que mantém o núcleo atômico coeso), a força nuclear fraca 
(que causa certas formas de decaimento radioativo) e a força 
gravitacional. Quaisquer outras forças provêm necessariamente 
dessas quatro forças fundamentais.
A força eletromagnética tem a ver com praticamente 
todos os fenômenos físicos que se encontram no cotidiano, com 
exceção da gravidade. Isso porque as interações entre os átomos 
são regidas pelo eletromagnetismo, já que são compostos por 
prótons, elétrons, ou seja, por cargas elétricas. Do mesmo 
modo, as forças eletromagnéticas interferem nas relações 
intermoleculares, ou seja, entre nós e quaisquer outros objetos. 
Assim, podem-se incluir fenômenos químicos e biológicos 
como consequência do eletromagnetismo. Cabe ressaltar que, 
conforme a eletrodinâmica quântica, a força eletromagnética é 
resultado da interação de cargas elétricas com fótons.
O eletromagnetismo clássico
A T e o r i a d o 
E l e t r o m a g n e t i s m o f o i 
desenvolv ida por vár ios 
f ís icos durante o século 
XIX, culminando finalmente 
no trabalho de James Clerk 
Maxwell, o qual unificou 
as pesqu isas anter iores 
em uma ún ica teor ia e 
d e s c o b r i u a n a t u r e z a 
eletromagnética da luz. No 
eletromagnetismo clássico, 
o campo eletromagnético 
obedece a uma série de 
equações conhecidas como 
equações de Maxwell, e a 
força eletromagnética, pela 
Lei de Lorentz.
Uma das características 
do eletromagnetismo clássico 
é a dificuldade em associar 
com a mecânica clássica, 
compatível, porém, com a 
relatividade especial. Conforme 
as equações de Maxwell, a 
velocidade da luz é uma 
constante, depende apenas 
da permissividade elétrica e 
permeabilidade magnética 
do vácuo. Isso, porém, viola a 
invariância de Galileu, a qual 
já era, há muito tempo, base da mecânica clássica. Em 1905, 
Albert Einstein resolveu o problema com a Teoria da Relatividade 
Especial, a qual abandonava as antigas leis da cinemática para 
seguir as transformações de Lorentz, as quais eram compatíveis 
com o eletromagnetismo clássico.
A Teoria da Relatividade mostrou também que, 
adotando-se um referencial em movimento em relação a um 
campo magnético, tem-se, então, um campo elétrico gerado. 
Assim como também o contrário era válido, então, de fato, foi 
confi rmada a relação entre eletricidade e magnetismo. Portanto, 
o termo eletromagnetismo estava consolidado.
O efeito fotoelétrico
Metal
––
Luz
Electrão
 Disponível em: http://www.infopedia.pt
Em outra publicação sua no mesmo ano, Einstein pôs 
em dúvida vários princípios do eletromagnetismo clássico. 
Sua Teoria do Efeito Fotoelétrico (pela qual ganhou o Prêmio 
Nobel em Física) afi rmava que a luz tinha, em certo momento, 
um comportamento corpuscular, isso porque a luz demonstrava 
carregar corpos com quantidades discretas de energia. 
Esses corpos, posteriormente, passaram a ser chamados de 
fótons. Através de sua pesquisa, Max Planck mostrou que 
qualquer objeto emite radiação eletromagnética discretamente 
em pacotes, ideia que leva à Teoria de Radiação de Corpo Negro. 
Todos esses resultados estavam em contradição com a Teoria 
Clássica da Luz como uma mera onda contínua. As teorias de 
Planck e Einstein foram as causadoras da Teoria da Mecânica 
Quântica, a qual, quando formulada em 1925, necessitava ainda 
de uma Teoria Quântica para o Eletromagnetismo.
Essa teoria só veio a aparecer em 1940, conhecida hoje 
como Eletrodinâmica Quântica; essa é uma das teorias mais 
precisas da Física nos dias de hoje.
Resumo teórico
Eletricidade e Magnetismo
• Correte elétrica (i)
 
i
q
t
=
∆
∆
• Lei de Ohm
 
i
U
R
=
Potência elétrica e energia elétrica
Todos os aparelhos elétricos necessitam de energia 
elétrica para funcionar. Quando recebem essa energia, eles a 
transformam em outra forma de energia. Assim, um ventilador 
transforma energia elétrica em energia mecânica e energia 
térmica; uma lâmpada de fi lamento transforma energia elétrica 
em luminosa e térmica; um chuveiro elétrico transforma energia 
elétrica em térmica etc.
Disponível em: http://www.icms.org
Disponível em: http://2.bp.blogspot.com
Enem em fascículos 2012
4 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Quanto maior for a quantidade de energia transformada 
numa dada unidade de tempo, maior será a potência do 
aparelho. Portanto, potência elétrica é uma grandeza que mede 
a rapidez com que a energia elétrica é transformada em outra 
(ou outras) forma de energia, numa dada unidade de tempo.
Defi ne-se potência elétrica (P
o
) como a razão entre a 
energia elétrica transformada ou transferida (W) e o intervalo 
de tempo (∆t) dessa transformação. 
P
W
t
P W
Wo
o
=
→ ( )
→
∆
pot ncia medida em watt no SI
 energia 
ê –
– medida em joule no SI
 intervalo de tempo – medid
J
t
( )
→∆ oo em segundos no SIS( )



Observe na expressão acima que, quanto maior for a 
potência de um aparelho, maior será a quantidade de energia 
por ele dissipada.
Quando uma dada quantidade de carga elétrica Q é 
transportada pela força elétrica de um ponto a outro, cuja 
diferença de potencial é U, a energia transferida W (trabalho 
da força elétrica) é fornecido pela expressão →W=Q · U → P
o
=W/∆t
→ i=Q/∆t → P
o
=Q · U/∆t → P
o
=i · U
Sendo o joule (J) uma unidade de energia elétrica 
muito pequena, para medir o consumo de energia elétrica de 
residências,prédios, fábricas, etc , essa medida, em joules (J) 
é expressa por um número muito grande e, assim, na prática 
usa-se o quilowatt-hora (kWh), cuja relação com o joule é a 
seguinte: W=P
o
 · ∆t.
P i U
P W
o
o
=
→ ( )
→·
–pot ncia medida em watt no SI
i intensidad
ê
ee da corrente elétrica – medida em ampère no SI
U dif
A( )
→ eerença de potencial – medida em volt no SItensão V( ) ( )



Transmissão de energia elétrica
Transformador
Usina HidroelétricaTRANSMISSÃO
GERAÇÃOA
B
E C
D
F
CONSUMIDORES COMERCIAIS
E INDUSTRIAIS DISTRIBUIÇÃO
DISPOSITIVOS DE
AUTOMAÇÃO DA
DISTRIBUIÇÃO
CONSUMIDORES RESIDENCIAIS
Subestação
Distribuidora
Subestação
Transmissora
Força magnética (Fm)
1. Sobre partículas eletrizadas em movimento dentro de um 
campo magnético
� � �
Fm q v B sen= · · · θ
2. Sobre fi os condutores
Fm B i l sen= · · · θ
Fm: módulo da força magnética
Regra da mão direita ( sobre partículas eletrizadas )
B
Q (–)
F
v
Regra da mão direita ( sobre fi os condutores )
Força
Magnética
Campo
Magnético
Corrente
Elétrica
QUESTÃO COMENTADA
Compreendendo a Habilidade
– Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação 
e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou 
tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas 
ou ambientais.
C-6
H-22
• Uma das aplicações dos raios X é na observação dos ossos 
do corpo humano.
 
Os raios X são obtidos quando elétrons emitidos por um 
fi lamento aquecido são acelerados por um campo elétrico 
e atingem um alvo metálico com velocidade muito grande. 
Se 1,0.1018 elétrons (e=1,6.10–19C) atingem o alvo por 
segundo, a corrente elétrica no tubo, em A, é de:
a) 8.10–38 b) 0,08
c) 0,16 d) 0,32
e) 3,20
Comentário
Cálculo da carga transportada no tubo
Q = n · e = 1018 · 1,6 · 10–19 
Cálculo da intensidade da corrente elétrica no tubo:
Q = 1,6 · 10–1C
 i = Q/∆t = 0,16/1 → i = 0,16 A
Resposta correta: c
�
Enem em fascículos 2012
5Ciências da Natureza e suas Tecnologias
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compreendendo a Habilidade
– Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais 
ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e/ou do 
eletromagnetismo.
C-6
H-21
01. Resolver a questão com base nas informações a seguir.
O músculo cardíaco sofre contrações periódicas, as quais 
geram pequenas diferenças de potencial, ou tensões 
elétricas, entre determinados pontos do corpo.
A medida dessas tensões fornece importantes informações 
sobre o funcionamento do coração. Uma forma de realizar 
essas medidas é através de um instrumento denominado 
eletrocardiógrafo de fi o.
Miocárdio
(Múculo cardíaco)
Esse instrumento é constituído de um ímã que produz um 
campo magnético intenso por onde passa um fi o delgado 
e fl exível. Durante o exame, eletrodos são posicionados 
em pontos específi cos do corpo e conectados ao fi o. 
Quando o músculo cardíaco se contrai, uma tensão surge 
entre esses eletrodos e uma corrente elétrica percorre o 
fi o. Utilizando um modelo simplifi cado, o posicionamento 
do fi o retilíneo no campo magnético uniforme do ímã do 
eletrocardiógrafo pode ser representado como indica a 
fi gura a seguir, perpendicularmente ao plano da página, 
e com o sentido da corrente saindo do plano da página.
fio
i
B
Com base nessas informações, pode-se dizer que, quando 
o músculo cardíaco se contrai, o fi o sofre uma defl exão:
a) lateral e diretamente proporcional à corrente que o percorreu. 
b) lateral e inversamente proporcional à intensidade do campo 
magnético em que está colocado. 
c) vertical e inversamente proporcional à tensão entre os 
eletrodos. 
d) lateral e diretamente proporcional à resistência elétrica do fi o. 
e) vertical e diretamente proporcional ao comprimento do fi o.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de 
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas 
ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações 
matemáticas ou linguagem simbólica.
C-5
H-17
02. O médico e cientista inglês William Gilbert (1544-1603), 
retomando as experiências pioneiras com os fenômenos 
elétricos, realizadas pelo fi lósofo grego Tales de Mileto, 
no século VI a.C. (experiências que marcaram o início da 
Ciência da Eletricidade, fundamental para o progresso de 
nossa civilização) verificou que vários corpos, ao serem 
atritados, se comportam como o âmbar e que a atração 
exercida por eles se manifestava sobre qualquer outro 
corpo, mesmo que este não fosse leve. Hoje, observa-se 
que a geração de eletricidade estática por atrito é mais 
comum do que se pode imaginar e com várias aplicações.
A respeito dessas experiências, analise as proposições a seguir.
corrente
I. Em regiões de clima seco é relativamente comum um 
passageiro sentir um pequeno choque ao descer de um 
veículo e tocá-lo. Isto ocorre porque, sendo o ar seco, 
bom isolante elétrico, a eletricidade estática adquirida 
por atrito não se escoa para o ambiente, e o passageiro, 
ao descer, faz a ligação do veículo com o solo.
II. Ao caminharmos sobre um tapete de lã, o atrito 
dos sapatos com o tapete pode gerar cargas que se 
acumulam em nosso corpo. Se tocarmos a maçaneta de 
uma porta, nessas condições, poderá saltar uma faísca, 
produzindo um leve choque. Esse processo é conhecido 
como eletrização por indução.
III. É muito comum observar-se, em caminhões que 
transportam combustíveis, uma corrente pendurada na 
carroceria, que é arrastada no chão. Isso é necessário 
para garantir a descarga constante da carroceria que, 
sem isso, pode, devido ao atrito com o ar durante o 
movimento, apresentar diferenças de potencial, em 
relação ao solo, sufi cientemente altas para colocar em 
risco a carga infl amável.
IV. Quando penteamos o cabelo num dia seco, podemos 
notar que os fi os repelem-se uns aos outros. Isso ocorre 
porque os fios de cabelo, em atrito com o pente, 
eletrizam-se com carga de mesmo sinal.
A partir da análise feita, assinale a alternativa correta.
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras. 
d) Apenas as proposições I, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as proposições são verdadeiras.
DE OLHO NO ENEM
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Ressonância magnética é uma técnica que permite determinar 
propriedades de uma substância através do correlacionamento 
da energia absorvida contra a frequência, na faixa de mega-
-hertz (MHz) do espectro magnético, caracterizando-se como 
sendo uma espectroscopia. Usa as transições entre níveis de 
energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies 
(átomos ou íons) contidas na amostra. Isso se dá, necessariamente, 
sob a infl uência de um campo magnético e sob a concomitante 
irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada.
Disponível em: http://3.bp.blogspot.com
Enem em fascículos 2012
6 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
INTRODUÇÃO
Nosso objetivo com este novo fascículo é mostrar mais 
uma relação da Química com o cotidiano.
A grande maioria das substâncias químicas utilizadas no 
dia a dia apresenta propriedades bem defi nidas, caracterizando 
uma função química. Ácidos, bases, sais e óxidos representam 
algumas dessas funções.
Quando usamos um comprimido efervescente para 
combater uma azia ou o excesso de acidez estomacal, estamos 
nos benefi ciando da ação antiácida do bicarbonato de sódio 
(NaHCO
3
).
Em relação aos fenômenos da chuva ácida, do efeito 
estufa, da degradação da camada de ozônio e do smog 
fotoquímico, temos a presença de diversas funções e reações 
inorgânicas.
Esse tema apresenta umariqueza teórica muito grande 
e será explanado a seguir.
OBJETO DO CONHECIMENTO
Funções e Reações Inorgânicas
O conjunto de substâncias 
que apresentam propriedades 
semelhantes é denominado 
função química. Na química 
inorgânica, podemos citar como 
mais importantes: ácidos, bases, 
sais e óxidos. Os membros dessas 
funções participam de diversas 
reações, denominadas reações 
inorgânicas. Algumas delas 
exigem condições específicas 
para ocorrerem. O detalhamento das funções e a classifi cação, 
bem como as condições de ocorrência, das reações inorgânicas 
serão mostradas a seguir.
 Reações envolvendo óxidos.
dióxido de enxofre
óxidos de nitrogênio
óxidos de nitrogênio
reações químicas
no ar e nas nuvens
hidrocarbonetos
Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br.
Ácidos
Disponível em: http://ibiubi.com.br.
Segundo o conceito de Arrhenius, são substâncias que, 
em meio aquoso, sofrem ionização, gerando, como único 
cátion, o íon hidrônio (H
3
O+), representado, às vezes de forma 
simplifi cada, por H+.
Equação geral:
HX + H
2
O → H
3
O+ + X– 
Forma simplifi cada:
HX → H+ + X–
Exemplos de ácidos no cotidiano 
a) Ácido sulfúrico
H2SO4
HO OH
O
S
O
É o ácido mais importante para a indústria química.
É bom salientar que um dos indicadores econômicos de um 
país é a produção de ácido sulfúrico. Essa substância é obtida 
a partir das seguintes etapas:
S
(s)
 + O
2(g)
 → SO
2(g)
2SO
2(g)
 + O
2(g)
 → 2SO
3(g)
SO
3(g)
 + H
2
O
(�) → H2SO4(aq)
É fixo, ou seja, pouco volátil, e apresenta dois 
hidrogênios ionizáveis (diácido).
O ácido sulfúrico tem diversas aplicações:
• O maior consumo de ácido sulfúrico pela indústria 
química é na fabricação de fertilizantes, como os 
superfosfatos e o sulfato de amônio;
Enem em fascículos 2012
7Ciências da Natureza e suas Tecnologias
• É o ácido das baterias usadas nos automóveis;
• É consumido em enormes quantidades, em inúmeros 
processos industriais, como processos da indústria 
petroquímica, fabricação de papel, corantes etc;
• O ácido sulfúrico concentrado é um dos desidratantes mais 
enérgicos. Assim, ele carboniza os hidratos de carbono, 
como os açúcares, o amido e a celulose; a carbonização é 
devido à desidratação desses materiais;
• O ácido sulfúrico concentrado tem ação corrosiva sobre os 
tecidos dos organismos vivos também devido à sua ação 
desidratante. Produz sérias queimaduras na pele. Por isso, 
é necessário extremo cuidado ao manusear esse ácido.
As chuvas ácidas em ambientes poluídos com dióxido de enxofre 
contêm H2SO4 e causam grande impacto ambiental.
Observação:
b) Ácido clorídrico
H C�
É considerado um ácido volátil, monoácido e forte. Dos 
hidrácidos (ácidos sem oxigênio), somente HC�, HBr e HI, nessa 
ordem, são fortes. É o principal componente do suco gástrico, 
responsável por algumas reações que ocorrem no nosso 
estômago. Comercialmente, é conhecido como ácido muriático 
(ácido clorídrico impuro). É vendido em uma concentração de 
30% em massa, mas as soluções de ácido muriático contêm 
de 10 a 12% em massa de HC�.
As suas principais aplicações no cotidiano são:
• Tratamento de metais ferrosos;
• Na construção civil, é usado para remover respingos 
de cal (após a caiação) de pisos e azulejos. Neste caso, 
é mais conhecido como ácido muriático: agente de 
limpeza de alta potencialidade;
• É um reagente muito usado na indústria e no laboratório.
c) Ácido fosfórico
H
H
H
O
O
P
O
O
152 pm
157 pm
Disponível em: http://knol.google.com.
É um triácido moderado e deliquescente (dissolve-se 
na própria água que absorve). Apresenta diversas aplicações 
no cotidiano:
• Acidulante em refrigerantes, principalmente no tipo cola, 
geleias, doces e molhos para saladas;
• Fabricação de fertilizantes para a agricultura;
• Tratamento de efl uentes;
• Polimento de peças de alumínio.
d) Ácido nítrico
HNO
3
HO
O
O
N
Disponível em: http://windows2universe.org.
É um monoácido forte e de alto poder oxidante. Sua 
obtenção, em escala industrial, pode ser feita a partir da 
oxidação da amônia:
4 5 4 6
2 2
3 2
3 2 800 2
2 2
2 2 3
NH O NO H O
NO O NO
NO H O HNO N
Pt+  → +
+  →
+  → +
°
∆ OO
Quando misturado com o ácido clorídrico concentrado 
na proporção de 3(HC�) : 1(HNO
3
), dá origem a uma solução 
denominada de água régia, capaz de oxidar o ouro e a platina 
(metais nobres).
• A principal aplicação do ácido nítrico é na produção de 
fertilizantes.
• O ácido nítrico, em várias concentrações, é utilizado para 
fabricação de corantes e explosivos (destacadamente a 
nitroglicerina, a nitrocelulose, além do ácido píctrico).
Bases ou Hidróxidos
Segundo a teoria de Arrhenius, são compostos que, em 
meio aquoso, sofrem dissociação, gerando, com o único ânion, o 
íon hidróxido (OH–). As bases de Arrhenius podem ser metálicas 
(NaOH, Ca(OH)
2
, A�(OH)
3
 ...) ou não (NH
3
).
A solubilidade dos hidróxidos varia de acordo com a tabela 
abaixo.
1 2
bases solúveis
solubilidade aum
enta
demais basesbases de metaisalcalinoterrosos
bases de metais
alcalinos e amônia
LiOH
NaOH
KOH
RbOH
CsOH
solubilidade em água diminui
pouco solúvel
pouco solúvel
parcialmente
solúveis
�
�
�
�
�
�
Be(OH)2
Ba(OH)2
Mg(OH)2
Ca(OH)2
Sr(OH)2
Disponível em: http://agracadaquimica.com.br.
As bases mais usadas no cotidiano:
a) Hidróxido de sódio (comercialmente conhecida como soda 
cáustica) – NaOH
• É a base mais importante no laboratório e na indústria; 
• Usado na fabricação de sabão e glicerina (reação de 
saponifi cação);
• Usado na limpeza doméstica (exige muita cautela 
durante o manuseio, pois é muito corrosivo);
• Usado na fabricação de papel.
b) Hidróxido de cálcio – Ca(OH)
2 
 
• É conhecido como cal hidratada ou cal extinta; 
• É obtido a partir da reação da cal (CaO) com água;
• É muito utilizado na caiação (pintura com tinta de água). 
c) Amônia – NH
3
• Sua solução aquosa é muito conhecida como amoníaco; 
• É utilizada na fabricação do ácido nítrico; 
• É utilizada na fabricação de sais de amônio, que agem 
como fertilizantes; 
• É utilizada na fabricação de produtos de limpeza.
Enem em fascículos 2012
8 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Sais
Disponível em: http://terrabrasilonline.blogspot.com.
São compostos iônicos obtidos pela neutralização parcial 
ou total de ácidos com bases. Quando colocados em meio 
aquoso, liberam pelo menos um cátion diferente do H
3
O+ e 
um ânion diferente do OH–. Exemplos de sais:
a) Cloreto de sódio – NaC�
• É obtido pela evaporação da água do mar, nas salinas. 
É o principal componente do sal de cozinha, usado na 
nossa alimentação. No sal de cozinha, além do NaC�, 
existem outros sais, como iodetos de sódio e potássio 
(Na� e KI), cuja presença é obrigatória por lei. Sua falta 
pode acarretar a doença denominada bócio.
b) Fluoreto de sódio – NaF
• É um dos componentes dos cremes dentais, pois inibe 
a desmineralização dos dentes, tornando-os menos 
suscetíveis à cárie.
c) Carbonato de sódio – Na
2
CO
3
• É conhecido como barrilha ou soda e utilizado no 
tratamento de água de piscina, na fabricação de sabões, 
remédios, corantes, papel etc. 
 Sua principal aplicação, no entanto, é na fabricação de 
vidro comum.
d) Bicarbonato de sódio ou hidrogenocarbonato de sódio 
– NaHCO
3
 
• É muito utilizado como antiácido estomacal (comprimidos 
efervescentes) e bucal (creme dental).
• É utilizado como fermento de massas de bolos e pães.
Óxidos
São compostos binários (2 elementos), dos quais o 
oxigênio é o elemento mais eletronegativo.
Exemplos: Na
2
O, CaO, Fe
2
O3
, ZnO, PbO
2 
...
Os óxidos são classificados de acordo com seu 
comportamento químico:
Ácidos
Básicos
Anfóteros
Neutros
Duplos
Peróxidos
Superóxidos
CLASSIFICAÇÃO
DOS ÓXIDOS
Disponível em: http://profjoaoneto.com.
QUESTÃO COMENTADA
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de 
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas 
ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações 
matemáticas ou linguagem simbólica.
C-5
H-17
• Leia o texto a seguir.
CHUVA ÁCIDA
Em áreas geográfi cas não contaminadas por emissões 
antropogênicas o pH da chuva é aproximadamente 5,6.
Isso é devido ao equilíbrio entre CO
2(aq)
 e HCO
3
– na 
atmosfera. Quando o pH está abaixo desse valor a chuva é 
considerada ácida.
H
2
CO
3
 → H+ + HCO
3
– (1)
Na Europa e Estados Unidos já foram observadas 
amostras de chuva com pH < 3. No Brasil, em medidas efetuadas 
em amostras de chuva, coletadas em Niterói e no Rio de Janeiro, 
foram encontrados valores de pH entre 4,3 e 5,3.
Vários compostos químicos têm grande infl uência na 
acidez da chuva. Dentre eles destacam-se o SO
2
, os óxidos de 
nitrogênio e os ácidos inorgânicos voláteis. O SO
2
 atmosférico 
pode sofrer oxidação catalítica, através do H
2
O
2
, O
3
 e/ou radicais 
OH–, resultando na produção de ácido sulfúrico. A reação pode 
ocorrer em fase gasosa ou em fase líquida, quando o SO
2
 está 
dissolvido em microgotas de chuva, nuvens ou neblinas. Vários 
metais podem agir como catalisadores.
SO OH H O O
Fe Mn V
H SO2 2 4 22 2 3
-, ,
, ,
 → ( )
Os óxidos de nitrogênio (NO, NO
2
 e N
2
O
5
) participam de 
uma série de reações que produzem ácido nítrico. A presença 
ou não de radiação solar pode determinar a predominância de 
algumas reações:
−  →  →
−
−
( )durante o dia NO NO HNO
durante a noite N O
O hv
OH
H
3
2 3
3
2 5
22
3 4
O HNO → ( )
Por outro lado, a amônia, que é produzida naturalmente 
por algas e bactérias através de processos biológicos, quando 
presente na atmosfera age como neutralizante dos ácidos fortes.
2 3 2 4 4 2 4 5
3 3 4 3 6
NH H SO NH SO
NH HNO NH NO
+ → ( )
+ →
( )
( )
• Sobre o texto e as reações citadas é correto afi rmar que:
a) a água da chuva coletada em Niterói e no Rio de Janeiro 
deve apresentar uma concentração hidrogeniônica entre 
10–9,7 e 10–8,7 mol/L.
b) a reação representada pela equação ( 2 ) não apresenta 
mudança de nox devido a presença de catalisadores . 
c) nas reações com os óxidos de nitrogênio que ocorrem 
durante o dia, o ácido produzido é considerado forte, 
monoácido, ternário e volátil . 
d) as reações ( 5 ) e ( 6 ) são neutralizações ácido-base . 
Os sais produzidos geram soluções com caráter básico.
e) chuvas com pH em torno de 5,6 são consideradas não 
ácidas, ou seja, levemente alcalinas .
Enem em fascículos 2012
9Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Comentário
As chuvas coletadas em Niterói e no Rio de Janeiro, 
apresentam concentração hidrogeniônica entre 10–5,3 e 10–4,3 mol/L. 
As reações ( 2 ) e ( 3 ) são redox. O HNO3 é um ácido forte , volátil , 
ternário e monoprótico. As reações ( 5 ) e ( 6 ) são de neutralização 
e geram sais cujas soluções são de caráter ácido. Dizer que a chuva 
tem pH em torno de 5,6 signifi ca uma água de pouca acidez .
Resposta correta: c
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compreendendo a Habilidade
– Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais 
que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem 
social, econômica ou ambiental.
C-5
H-19
EFEITO ESTUFA
Quando a radiação solar indide sobre o nosso planeta, 
encontra em primeiro lugar a atmosfera. Esta é constituída 
principalmente de N
2
 (78%) e O
2
 (21%), além de outros gases 
(ex. CO
2
, H
2
O, O
3
, CH
4
, etc.) em percentagens mínimas (1%) 
que permitem a passagem de 70% da radiação solar incidente, 
refl etindo de volta os outros 30%. Da radiação que atravessa a 
atmosfera parte será absorvida, aquecendo o solo, os oceanos e 
a própria atmosfera, provocando a evaporação (com formação 
de nuvens e chuvas), ventos e correntes oceânicas.
Nesse processo deve ser estabelecido um equilíbrio e 
parte desse calor, sob forma de radiação infravermelha, deve 
ser reemitido para o espaço. Para sair da ação da Terra, essa 
radiação deve atravessar a atmosfera. Entretanto, esta que era 
praticamente transparente à luz solar, retém a maior parte da 
radiação infravermelha, pois moléculas de CO
2
, H
2
O, O
3
 e CH
4
 
entre outras, têm uma estrutura que permite a elas vibrarem 
nas frequências correspondentes à da radiação infravermelha. 
Isso provoca uma maior absorção de calor pela atmosfera e 
consequentemente maior refl exão de calor para o solo. Apesar 
destas moléculas existirem em número relativamente pequeno 
(< 1%), elas estão na concentração adequada para manterem 
o equilíbrio da temperatura terrestre. Na ausência destas, a 
radiação infravermelha emitida pelo solo retornaria para o 
espaço, provocando muito frio à noite.
Um dos fatores que podem alterar o equilíbrio térmico 
do ambiente é a concentração dos gases responsáveis pelo 
efeito estufa. Desde meados do século passado, devido ao 
desenvolvimento tecnológico e à destruição de florestas, 
verifi cou-se um aumento na quantidade de dióxido de carbono, 
metano, óxido do nitroso, clorofl uorcarbonetos (CFC), ozônio e 
outros gases de origem natural e antropogênica. Só a emissão 
de CO
2
 causada pela queima de combustíveis fósseis foi avaliada 
em 5 bilhões de toneladas anuais, em todo o mundo, e mais 
0,4 a 2,5 bilhões provocados pelo desfl orestamento. Em 1880 a 
concentração de CO
2
 na atmosfera era da ordem de 280 ppm, 
hoje os valores são cerca de 350 ppm e uma projeção para o ano 
2050 prevê 500 a 700 ppm, caso nenhuma medida seja adotada.
03. Em relação as substâncias citadas no texto e suas 
propriedades é possível inferir que:
a) uma molécula diatômica possui mais tipos de movimento 
que uma triatômica, logo tende a ser mais estufa.
b) em 1880, a concentração de CO
2
 era da ordem de 2,8% 
e passou a 3,5% nos dias atuais.
c) os gases estufa redirecionam o infravermelho térmico 
através de movimentos moleculares.
d) dos gases citados apenas o CO
2
 é apolar e o O
3
 possui 
geometria trigonal planar.
e) o metano é um gás mais estufa que o dióxido de carbono 
por apresentar polaridade molecular.
Compreendendo a Habilidade
– Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais 
que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem 
social, econômica ou ambiental.
C-5
H-19
04. Em uma estação de tratamento de lixo é realizada a 
produção de gás combustível formado essencialmente 
por metano, a partir da biodegradação dos resíduos. Para 
tanto, os dejetos de natureza orgânica, contidos em um 
reator, sofrem uma transformação anaeróbica, por meio 
de bactérias específi cas, em condições controladas. Uma 
dessas condições determinantes da efi ciência de todo o 
processo é o pH, que deve ser mantido numa faixa entre 
6,8 e 7,2.
 
 Constatado um valor de pH igual a 8,8 no reator e sabendo 
que sais de ácidos ou bases fracas alteram o pH do meio, 
para esse valor retornar à faixa ideal citada no texto, deve 
ser adicionado ao reator:
a) NH
4
NO
3
 (aq) b) Na
2
CO
3
 (aq)
c) NaC� (aq) d) NaOH (aq)
e) KNO
3 
(aq)
DE OLHO NO ENEM
GASES EMITIDOS PELO GADO ESTÃO ASSOCIADOS AO
AQUECIMENTO DA SUPERFÍCIE TERRESTRE
Quem ouve falar em 
efeito estufa imediatamente 
relaciona a carros, edifícios… 
poluição. Engana-se quem 
pensa quesó nas cidades 
se formam os gases nocivos 
que contribuem para esse 
fenômeno. A agricultura e a 
pecuária, atividades típicas do 
campo, têm uma parcela na 
emissão de tais gases, como 
metano (CH
4
), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N
2
O) e 
outros óxidos de nitrogênio (NO
x
).
De acordo com pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, 
as principais fontes de emissões no setor agropecuário são o cultivo 
de arroz irrigado por inundação, a queima de resíduos agrícolas, 
o processo de fermentação entérica da pecuária ruminante e seus 
dejetos e o uso agrícola dos solos.
A eructação, arrotos dos bois, é responsável pela liberação 
de gás metano. O alimento consumido, gramíneas, forma um caldo 
onde estão presentes bactérias. “Quando o animal respira, o gás é 
liberado juntamente com o gás carbônico”, explica a pesquisadora 
Disponível em: http://arteandre.com.br.
Enem em fascículos 2012
10 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
da Embrapa Meio Ambiente, Magda Aparecida Lima. Considerando 
cerca de 165 milhões de animais, somente no rebanho bovino 
brasileiro, produzindo anualmente uma média de 60 quilos de metano 
cada, pode-se imaginar as proporções mundiais da questão. Segundo 
ela, o metano possui um poder de aquecimento global vinte e uma 
vezes maior que o gás carbônico (CO
2
).
Magda coordena a Rede Agrogases, fórum que reúne 
especialistas na discussão sobre temas relacionados às emissões. 
Um dos projetos integrantes da Rede, “Dinâmica de carbono e 
gases de efeito estufa em sistemas de produção agropecuária, 
florestal e agroflorestal brasileiros”, realiza pesquisas na 
agropecuária, para tentar quantifi car os gases produzidos pelos 
rebanhos. Segundo a pesquisadora, os países em desenvolvimento 
realizam relatórios periódicos, a cada cinco anos aproximadamente, 
enquanto que os países desenvolvidos apresentam seus resultados 
anualmente. Em 2004, o Brasil apresentou seu primeiro relatório 
na COP-10, em Buenos Aires.
Poucos conhecem os impactos ambientais causados 
pela criação de gado, o que difi culta ainda mais as ações para 
controle e redução dos gases emitidos. Magda diz que já estão 
sendo realizados alguns testes na alimentação dos animais. “Não 
é um cálculo simples, as pesquisas estão só começando”, diz 
ela, antecipando que, no próximo ano, deverão começar a ser 
quantifi cadas também as emissões de outros gases nocivos, como 
o óxido nitroso, presente nos dejetos dos animais. A etapa inicial 
da pesquisa tem o objetivo de inventariar os rebanhos. “Mas, 
primeiro, vamos aprofundar o conhecimento quanto ao potencial 
dos animais.”
Diversos fatores podem infl uenciar as emissões, como o clima 
e o comportamento do rebanho, de modo a variar a quantidade de 
gás emitido. “O gado não pode ser visto como vilão, é preciso pensar 
em toda a cadeia produtiva”, alerta Magda, lembrando que outros 
processos também geram a emissão de gases. A Embrapa usa como 
referência nas pesquisas redes existentes em outros países, como as 
americanas CASMGS, Consortium for Agricultural Soils Mitigation of 
Greenhouse Gases, e a Gracenet.
Danielle Jordan – Ambiente Brasil, 27 de julho de 2005.
Disponível em: http://ambientebrasil.com.br.
ANOTAÇÕESANOTAÇÕES
INTRODUÇÃO
Abordaremos neste fascículo o tema programa de saúde, 
com ênfase em doenças contagiosas ou transmissíveis. O assunto 
em voga está presente nas áreas biológicas de microbiologia e 
parasitologia, encontrando-se no tópico “Principais doenças que 
afetam a população brasileira” do programa do Exame Nacional do 
Ensino Médio – Enem. Devido à sua grande importância, traremos 
questões refl exivas e contextualizadas sobre esse assunto. 
OBJETO DO CONHECIMENTO
Programa de Saúde – Doenças 
Contagiosas
O que são doenças contagiosas ou transmissíveis?
Chamam-se doenças contagiosas ou transmissíveis aquelas 
causadas por agentes capazes de se transferir de um ser vivo para outro. 
Esses agentes são os vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos e os 
vermes. 
As moléstias transmissíveis têm enorme importância dado o 
grande número de pessoas que afetam e as consequências de ordem 
médica, social e econômica que acarretam. Constituem, por isso, um sério 
problema de saúde pública, exigindo dos governos constante vigilância 
e a adoção de medidas efi cazes no seu combate. 
Infelizmente, a ocorrência dessas enfermidades é tanto maior 
quanto menores forem os recursos econômicos, alimentares, habitacionais 
e educacionais de uma população. Condições de subdesenvolvimento, 
gerando organismos debilitados pela fome, e moradias de péssimas 
condições e sem saneamento básico abrem campo para a proliferação 
desses males, que constituem um verdadeiro fl agelo da humanidade. 
No Brasil, dadas as disparidades de condições socioeconômicas 
verifi cadas nas várias regiões, as doenças contagiosas apresentam 
estatísticas desanimadoras. Podemos afi rmar que uma respeitável 
parte da força de trabalho do país sofre dessas moléstias, estando 
os doentes incapacitados para o trabalho. Um dos resultados disso 
é uma grave crise social, gerada pelos dispêndios do Estado não só 
na manutenção dos enfermos como em campanhas de erradicação 
das doenças. Mesmo assim, nem todos os doentes chegam a receber 
a devida assistência, direito que possuem como cidadãos, dada a 
precariedade do sistema médico-hospitalar de nosso país, que se 
mantém em permanente crise por falta de recursos e de uma política 
de saúde compatível com as nossas reais necessidades.
Taxa específi ca de mortalidade por doenças infecciosas 
segundo as regiões – Brasil, 2000 (por 100 mil habitantes)
Região/
UF
0 a 4
anos
60 a 69 
anos
70 a 79 
anos
80 anos 
e mais
90 e 
mais
2000
Brasil 41,7 58,2 108,6 230,2 95,6
Norte 52,0 49,0 120,5 232,3 92,1
Nordeste 61,0 50,5 90,6 196,6 85,0
Sudeste 29,0 62,2 117,0 248,4 101,7
Sul 27,9 46,0 80,0 195,3 73,4
Centro-
Oeste 38,7 103,7 213,9 406,0 167,3
SVS/MS.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br
Enem em fascículos 2012
11Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Quais são os conceitos mais importantes no estudo das 
doenças contagiosas?
• Agente infeccioso 
É todo organismo, micro ou macroscópico, capaz de 
provocar infecção. São agentes infecciosos: vírus, bactérias, 
fungos, protozoários e vermes. 
• Infecção e infestação
A infecção representa a invasão do corpo por 
microparasitos (vírus, bactérias, fungos e protozoários). Note-se 
que infecção não quer dizer doença, pois nem sempre está 
acompanhada de manifestações clínicas. 
A infestação representa a invasão do organismo por 
macroparasitos (vermes e artrópodes, por exemplo). 
• Vetor biológico e vetor mecânico
Vetores biológicos são organismos capazes de 
transmitir agentes infecciosos. Estes desenvolvem uma 
fase de seu ciclo biológico no interior do corpo do vetor. 
Vários artrópodes se comportam como vetores de agentes 
infecciosos. Como exemplo, temos o inseto barbeiro, vetor 
biológico da doença de Chagas. 
Quando um ser apenas transporta um agente 
infeccioso, sem que este durante o transporte se reproduza, 
não se fala em vetor biológico, mas em vetor mecânico, 
como exemplo, a barata transportando o vírus da hepatite A. 
• Hospedeiro e portador 
Hospedeiro é o ser em cujo corpo agentes infecciosos 
necessitam viver temporariamente. Distinguem-se dois tipos 
de hospedeiros: o defi nitivo e o intermediário. 
Os hospedeiros são ditos defi nitivos quando neles o 
parasito se reproduz sexuadamente. O homem é considerado 
o hospedeiro defi nitivo de muitos parasitos, como lombriga, 
tênia etc. São considerados intermediários quando neles 
o parasito ou não se reproduz ou o faz assexuadamente. 
O homem, por exemplo, é hospedeiro intermediário do 
 sp, protozoário causador da malária. 
Dá-se o nome de portador ao homemou animal 
que abriga um agente infeccioso, sem, contudo, evidenciar 
manifestações clínicas da moléstia provocada por ele, mas 
sendo capaz de transmiti-lo a outrem. 
• Períodos de incubação e transmissibilidade 
O período de transmissão representa o tempo 
decorrido entre a penetração do agente infeccioso no 
organismo e o aparecimento dos primeiros sintomas de 
doença. 
O período de transmissibilidade representa o intervalo 
de tempo durante o qual o agente infeccioso pode ser 
transmitido de um ser para outro. 
• Endemias, epidemias e pandemias
Uma doença tem um número esperado de casos 
dentro de um determinado período de tempo. Quando o 
número verifi cado de casos corresponde estatisticamente 
ao número esperado, fala-se em endemia. Se o número 
observado de casos dentro de certo período de tempo for 
estatisticamente maior que o esperado, fala-se em epidemia.
São muitas as doenças endêmicas no Brasil, podendo-
se citar como exemplos a doença de Chagas, a malária, a 
hepatite viral, a esquistossomose e a tuberculose. 
Como exemplos de doenças que costumam apresentar 
epidemias, encontram-se a meningite meningocócica, a 
dengue e o sarampo. 
É útil lembrar que uma doença endêmica pode se 
tornar epidêmica, bastando para isso que haja um aumento 
do número de casos além do limite esperado. 
As pandemias são doenças contagiosas de caráter 
super alarmante que se alastram rapidamente por todo um 
país, por todo um continente ou, até mesmo, por todo o 
mundo. A história registra fatos dramáticos ocorridos com a 
propagação mundial da gripe espanhola, em 1918, quando 
morreram milhões de pessoas em todos os continentes, não 
havendo nem condição de sepultamento dos cadáveres. 
Também famoso fi cou o surto da peste negra, denominação 
que celebrizou uma propagação pandêmica de peste bubônica 
na Ásia e na Europa, em meados do século XIV, e que, 
desastradamente, dizimou cerca de 1/3 de toda a população 
europeia. Mais recentes e menos calamitosos foram os surtos 
pandêmicos de variantes mais agressivas de gripe verifi cados 
dentro destes últimos 30 anos, quando a Medicina já contava 
com recursos terapêuticos mais adiantados, notadamente 
dos antivirais, específi cos para combaterem vírus, e dos 
antibióticos, que combatem bactérias e que, apesar de não 
atuarem sobre os vírus, pelo menos destroem as bactérias 
que se aproveitam do enfraquecimento orgânico provocado 
pelas infecções viróticas. 
A seguir, procuraremos mostrar as principais doenças que 
ocorrem em nosso meio e cujo conhecimento deve ser 
necessário e compulsório para a formação global dos nossos 
educandos, quaisquer que sejam os rumos profissionais que 
venham a tomar. Só assim, estaremos preparando o caminho 
para o desenvolvimento de uma nova geração, mais capaz de 
compreender os meios de se alcançar uma sociedade mais sadia 
e construtiva. 
Quais são as principais doenças contagiosas que 
acometem a população brasileira?
Viroses: catapora, herpes simples labial e genital, rubéola, 
sarampo, varíola, poliomielite, raiva, dengue, febre amarela, 
mononucleose, gripe, resfriado comum, caxumba, hepatite, 
condiloma acuminado e Aids.
Bacterioses: acne, erisipela, impetigo, botulismo, lepra, 
meningite, tétano, brucelose, febre maculosa, gangrena gasosa, 
peste bubônica, tifo, antraz, coqueluche, difteria, pneumonia, 
tuberculose, cárie, cólera, febre tifoide, salmonelose, cancro 
mole, leptospirose, gonorreia e sífi lis.
Protozooses: amebíase, giardíase, balantidiose, doença de 
Chagas, doença do sono, leishmaniose visceral, leishmaniose 
tegumentar, tricomoníase, malária e toxoplasmose.
Micoses: tiníase, candidíase, blastomicose, histoplasmose, 
paracoccidioimicose, criptococose e aspergilose.
Verminoses: teníase, cisticercose, hidatose, esquistossomose, 
ascaridíase, amarelão, oxiurose, estrongiloidíase, filariose, 
dracunculose e bicho geográfi co.
Enem em fascículos 2012
12 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
QUESTÃO COMENTADA
Compreendendo a Habilidade
– Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando 
implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-
primas ou produtos industriais.
C-8
H-29
• Leia o texto e analise os dados da tabela a seguir:
 A rubéola é uma doença causada por vírus, cuja transmissão 
se dá pelo contato direto, por secreções ou pelo ar e, ao 
atingir as mulheres grávidas, pode causar malformações 
nos fetos. Em 2003, a vacina tríplice viral contra sarampo, 
rubéola e caxumba passou a fazer parte do calendário de 
vacinação e suas coberturas vacinais mantiveram-se em 
100% da meta estabelecida em todas as regiões até 2005. 
O número total de casos no Brasil passou de 749 em 2003 
para 365 em 2005.
Participação das macrorregiões geográfi cas
nos casos de rubéola, 2003 a 2005
2003
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Norte
2004 2005
percentual de casos de rubéola por região (%)
Sul Centro-Oeste Nordeste Sudeste
Rede informações para a saúde. (adaptado)
www.ripsa.org.br, acesso em: setembro de 2009.
 Dentre os fatores geográfi cos que contribuem para explicar 
a distribuição dos casos de rubéola pelas grandes regiões 
do país está a:
a) difi culdade de acesso às áreas de maior concentração 
populacional, o que reduz a cobertura vacinal nas 
regiões com menor incidência da doença.
b) diferença na densidade demográfi ca, na circulação de 
pessoas e na composição da rede urbana de cada região.
c) dispersão da população e as grandes distâncias entre os 
locais de vacinação e de residência da população alvo 
nas regiões com maior incidência da doença.
d) prioridade dada às regiões com maior percentual de 
população rural nas campanhas de vacinação da tríplice viral.
e) ausência, em determinadas regiões do país, de sistemas 
de transporte efi cientes e capazes de viabilizar a ampla 
distribuição das vacinas.
Comentário
A questão remete ao conhecimento das diferenças entre 
as macrorregiões brasileiras, sobretudo no tocante à distribuição 
da população e a composição das redes urbanas regionais.
Em paralelo exige a leitura atenta do texto, em especial das indicações 
sobre as formas de contágio, e do gráfi co que revela a distribuição 
regional do número de casos de rubéola no período 2003 – 2005.
A maior concentração de casos ocorre nas regiões Sudeste e 
Nordeste e está relacionada ao fato de que são as duas macrorregiões 
mais populosas do país, com diversos pontos de elevada densidade 
demográfi ca e com intensa circulação de pessoas e mercadorias 
proporcionada pela composição e pela complexidade das redes urbanas 
intrarregionais. Esses fatores facilitam o contágio que ocorre pelo 
contato direto, por secreções ou pelo ar. Por sua vez, a região Norte, com 
a implantação da ampla cobertura vacinal se manteve relativamente 
estável nas últimas posições e a região Sul onde fatores geográfi cos 
semelhantes aos presentes no Sudeste e Nordeste também atuam, 
aumentou sua participação no número de casos da doença.
Resposta correta: b
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compreendendo a Habilidade
– Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou 
processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas 
biológicos.
C-4
H-15
05. Uma pessoa pretende processar um hospital com o argumento 
de que a doença de Chagas, da qual é portadora, foi ali 
adquirida em uma transfusão de sangue. A acusação:
a) não procede, pois a doença de Chagas é causada por um 
verme platelminto que se adquire em lagoas.
b) não procede, pois a doença de Chagas é causada por um 
protozoário transmitido pela picada de mosquitos.
c) não procede, pois a doença de Chagas resulta de uma 
malformação cardíaca congênita.
d) procede, pois a doença de Chagas é causada por um 
protozoário que vive no sangue.
e) procede, pois a doença de Chagasé causada por um vírus 
transmitido por contato sexual ou por transfusão sanguínea.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem 
e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como 
texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem 
simbólica.
C-5
H-17
06. Leia o texto a seguir.
Ao noticiar o desenvolvimento de mecanismos de 
prevenção contra a esquistossomose, um texto jornalístico 
trouxe a seguinte informação:
Proteína do parasita da doença “ensina” organismo a 
se defender dele.
Folha de S. Paulo, 06/08/2010.
 Traduzindo a notícia em termos biológicos, é correto afi rmar 
que uma proteína, presente:
a) no platelminto causador da doença, ao ser introduzida 
no ser humano, estimula resposta imunológica que, 
depois, permite o reconhecimento do parasita no caso 
de uma infecção.
Enem em fascículos 2012
13Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) no platelminto causador da doença, serve de modelo 
para a produção de cópias de si mesma no corpo 
do hospedeiro que, então, passa a produzir defesa 
imunológica contra esse parasita.
c) no molusco causador da doença, estimula a produção 
de anticorpos no ser humano, imunizando-o contra uma 
possível infecção pelo parasita.
d) no molusco causador da doença, atua como anticorpo, 
no ser humano, favorecendo a resposta imunológica 
contra o parasita.
e) no nematelminto causador da doença, pode ser utilizada 
na produção de uma vacina capaz de imunizar o ser 
humano contra infecções por esses organismos.
DE OLHO NO ENEM
DENGUE
A dengue é a enfermidade causada pelo vírus da 
dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, 
que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e 
DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para 
o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os 
outros três.
A transmissão se faz pela picada da fêmea contaminada 
do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, pois o macho 
se alimenta apenas de seiva de plantas. No Brasil, ocorre, na 
maioria das vezes, por Aedes aegypti. Após um repasto de 
sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus, 
depois de 8 a 12 dias de incubação. A transmissão mecânica 
também é possível, quando o repasto é interrompido e o 
mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro 
suscetível próximo. Um único mosquito desses, em toda a sua 
vida (45 dias, em média), pode contaminar até 300 pessoas.
Não há transmissão por contato direto de um doente 
ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes 
de água ou alimento.
Quando uma pessoa é infectada por um dos 4 sorotipos 
virais, torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns 
meses e, posteriormente, mantém-se imune, pelo resto da 
vida, ao tipo pelo qual foi infectado. Se voltar a ter dengue, 
dessa vez um dos outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade 
maior que a doença seja mais grave que a anterior, mas não é 
obrigatório que aconteça.
A classifi cação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação 
com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta 
dos vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica 
ocorrem em pessoas anteriormente infectadas por um dos 
quatro tipos de vírus.
 Os sintomas iniciais são inespecífi cos, como febre alta 
(normalmente entre 38° e 40 °C) de início abrupto, mal-estar, 
anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos 
olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar, pode 
provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz), 
hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, 
com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente 
mortais. Ocorre frequentemente também hepatite e, por 
vezes, choque mortal devido às hemorragias abundantes para 
cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas 
vermelhas na pele) e dores agudas das costas (origem do nome, 
doença “quebra-ossos”).
Disponível em: http://pt.wikipedia.org
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Compreendendo a Habilidade
– Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, 
substâncias, objetos ou corpos celestes.
C-6
H-20
01. Nos choques elétricos, as correntes que fl uem através do 
corpo humano podem causar danos biológicos que, de 
acordo com a intensidade da corrente, são classifi cados 
segundo a tabela a seguir.
Corrente elétrica Dano biológico
I Até 10 mA Dor e contração
muscular
II De 10 mA até 20 mA Aumento das 
contrações musculares
III De 20 mA até 100 mA Parada respiratória
IV De 100 mA até 3 A Fibrilação ventricular 
que pode ser fatal
V Acima de 3 A Para cardiáca, 
queimaduras graves
Duran, J. E. R. Biofísica – fundamentos e 
aplicações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003, p. 178 (adaptado)
Considerando que a resistência do corpo em situação 
normal e da ordem de 1500 Ω, em qual das faixas acima 
se enquadra uma pessoa sujeita a uma tensão elétrica de 
220V?
a) I b) II
c) III d) IV
e) V
Compreendendo a Habilidade
– Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais 
ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e/ou do 
eletromagnetismo.
C-6
H-21
02. Em 2008, o maior acelerador de partículas já construído 
foi colocado em funcionamento. E, em julho de 2012 
detectou pela primeira vez a partícula de Deus, Bóson 
de Higgs. Em seu primeiro teste, um feixe de prótons foi 
mantido em movimento circular dentro do grande anel, 
sendo gradativamente acelerado até a velocidade desejada.
z
x
y
Enem em fascículos 2012
14 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A fi gura mostra uma secção reta desse anel. Admita que 
um feixe de prótons esteja sendo conduzido de modo 
acelerado no sentido do eixo y. De acordo com as leis 
do eletromagnetismo, os campos elétrico e magnético, 
nessa ordem, na origem do sistema de eixos indicado, têm 
sentidos que apontam para o:
a) positivo de y e negativo de z. 
b) positivo de y e positivo de z. 
c) positivo de y e positivo de x.
d) negativo de y e positivo de z. 
e) negativo de y e negativo de x
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, 
sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se 
destinam.
C-5
H-18
03. De acordo com um fabricante, uma lâmpada fl uorescente 
cujos valores nominais são 11 W / 127 V equivale a uma 
lâmpada incandescente de valores nominais 40 W / 127 V. 
Essa informação signifi ca que:
a) ambas dissipam a mesma potência e produzem a mesma 
luminosidade.
b) ambas dissipam a mesma potência, mas a luminosidade 
da lâmpada fl uorescente é maior.
c) ambas dissipam a mesma potência, mas a luminosidade 
da lâmpada incandescente é maior.
d) a lâmpada incandescente produz a mesma luminosidade 
que a lâmpada fl uorescente, dissipando menos potência.
e) a lâmpada fl uorescente produz a mesma luminosidade 
que a lâmpada incandescente, dissipando menos 
potência.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de 
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas 
ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações 
matemáticas ou linguagem simbólica.
C-5
H-17
04. A diarreia, citada no texto, é um dos sintomas mais 
comuns de parasitoses do trato digestivo humano.
A maior incidência dessas doenças ocorre em regiões sem 
água tratada e sistema de esgoto sanitário.
 Assinale a alternativa correta que contém apenas doenças 
cuja medida preventiva está associada a instalações sanitárias 
adequadas.
a) Ascaridíasse, difteria, doença de Chagas e teníase.
b) Amarelão, dengue, esquistossomose e teníase.
c) Amebíase, cólera, esquistossomose e giardíase.
d) Ascaridíase, cisticercose, leishmaniose e oxiurose.
e) Ancilostomose, cólera,febre tifoide e malária.
Compreendendo a Habilidade
– Analisar perturbações ambientais, identifi cando fontes, transporte e/ou 
destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, 
produtivos ou sociais.
C-3
H-10
05. O principal produto da indústria química é o ácido sulfúrico. 
Sua formação a partir de minérios de enxofre, como a pirita, 
FeS
2
, ocorre simplifi cadamente a partir das equações:
4FeS
2
 + 11O
2
 → 2Fe
2
O
3
 + 8SO
2
2SO
2
 + O
2
 → 2SO
3
SO
3
 + H
2
O → H
2
SO
4
 O processo requer cuidado ambiental para que, entre outras 
situações, não haja liberação de SO
2
 ou SO
3
 para o meio 
ambiente. Essa cautela se deve ao fato de que:
a) esses óxidos apresentam características ácidas e, na 
atmosfera, podem provocar a formação de chuvas com 
pH inferior a 7.
b) esses óxidos possuem características neutras mas são 
danosos ao ambiente devido à formação de hidróxidos 
insolúveis.
c) esses óxidos apresentam características alcalinas e 
podem causar precipitações de pH ácido.
d) esse óxidos possuem características ácidas e podem 
provocar no ambiente precipitações de pH superior a 7.
e) esses óxidos possuem características básicas podendo 
causar alcalinação de solos contaminados.
Compreendendo a Habilidade
– Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou 
reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
C-3
H-8
06. Uma aplicação do carbonato de sódio sólido (Na
2
CO
3
) ocorre 
em fi ltros de chaminés industriais para promover a conversão 
do SO
2
 produzido pela queima de combustíveis fósseis em 
sulfi to de sódio sólido (Na
2
SO
3
) e outro composto. Sobre essa 
reação e o processo descrito, assinale a alternativa correta.
a) Essa reação anula por completo os problemas ambientais 
causados por essas indústrias.
b) A reação em questão ainda produz CO
2
, principal 
componente causador do efeito estufa.
c) Combustíveis fósseis, segundo o enunciado, são ricos 
em SO
2
 em sua composição.
d) O sal Na
2
CO
3
também pode ser utilizado para acidifi cação 
de solos alcalinos.
e) A reação de formação do Na
2
SO
3
 forma o gás CO, que 
não provoca danos perceptíveis ao organismo humano.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas 
ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam.
C-5
H-18
07. Um esquema geral para o tratamento da água em uma ETA 
(Estação de Tratamento de Água) poderia ser dado por:
 
Filtração
grosseira
Filtração
em areia
Decantação
Cloração Fluoretação
Floculação pela produção
de hidróxido de alumínio
(A�(OH)
3
)
Enem em fascículos 2012
15Ciências da Natureza e suas Tecnologias
 A respeito desse processo e das características das funções 
inorgânicas presentes direta ou indiretamente, assinale a 
alternativa correta.
a) Na fi ltração grosseira há a realização de um procedimento 
que envolve reações químicas.
b) Na fi ltração em areia são eliminados os sais dissolvidos 
na água a ser tratada.
c) Na decantação há a redissolução de quase todos os 
sedimentos formados pela fl oculação.
d) A fl oculação pode ser conseguida pela adição de sais de 
alumínio, como A�
2
(SO
4
)
3
, e de óxido de cálcio (CaO) à 
água em tratamento.
e) A desinfecção da água ocorre através do processo de 
fl uoretação.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de 
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas 
ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações 
matemáticas ou linguagem simbólica.
– Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, 
analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de 
alimentos, matérias-primas ou produtos industriais.
C-5
C-8
H-17
H-29
08. O tratamento de infecções bacterianas foi possível com a 
descoberta dos antibióticos, substâncias estas capazes de 
matar bactérias. Como exemplos de mecanismos de ação 
dos antibióticos, podemos citar:
Ação I: inibe a enzima responsável pelo desemparelhamento 
 das fi tas do DNA.
Ação II: inibe a ligação da RNA polimerase, DNA-
 dependente.
Ação III: ao ligar-se a subunidade ribossomal inibe a 
 ligação do RNA transportador.
 Quanto à interferência direta dessas ações nas células 
bacterianas, é correto afi rmar que a:
a) ação I inibe a duplicação do DNA, impedindo a 
multiplicação da célula.
b) ação II inibe a tradução, interferindo na síntese de DNA 
bacteriano.
c) ação III inibe a transcrição do RNA mensageiro.
d) ações I e III inibem a síntese de ácidos nucleicos.
e) ações II e III inibem a síntese de proteínas bacterianas.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem 
e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como 
texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem 
simbólica.
C-5
H-17
09. Leia o texto abaixo.
SAIBA MAIS SOBRE A DENGUE
O que é?
 Doença viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito 
Aedes aegypti, que vive perto do homem em busca de 
sangue para o desenvolvimento dos ovos. Da eclosão dos 
ovos à fase adulta levam-se dez dias.
 Onde e quando é mais frequente?
 A infestação é mais intensa no verão, devido à combinação 
de umidade e temperatura altas com a grande incidência 
de chuvas, que forma ambiente propício à reprodução do 
mosquito. Áreas onde há concentração de pessoas são 
as mais sujeitas ao ataque do Aedes aegypti e, por isso, 
deposita ovos apenas em recipientes que estejam dentro 
ou próximo de residências e escritórios.
revistagloborural.globo.com
 Considerando as condições ambientais propícias para o 
desenvolvimento do Aedes aegypti, pode-se inferir que as 
áreas prioritárias para o combate à dengue no Brasil deverão 
ser as:
a) regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, pois 
combinam grande concentração populacional em área de 
clima tropical úmido, com chuvas e calor concentrados no 
verão.
b) comunidades ribeirinhas da Amazônia, devido ao clima 
tropical alternadamente úmido e seco, com chuvas 
abundantes durante o verão, invernos secos e rios perenes.
c) áreas litorâneas do Nordeste brasileiro, em que predominam 
o clima mediterrâneo e a formação de muitos manguezais, 
ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti.
d) regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba, pois 
combinam concentração populacional em área de clima 
subtropical, com chuvas bem distribuídas ao longo de todo 
o ano.
e) comunidades ribeirinhas do Pantanal matogrossense, pois o 
clima tropical de monções, caracterizado pela concentração 
de chuvas no inverno, deixa a região permanentemente 
inundada.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de 
linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas 
ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações 
matemáticas ou linguagem simbólica.
C-5
H-17
10. O homem pré-histórico se locomovia a uma velocidade 
média de 5 quilômetros por hora, enquanto que depois de 
domesticar os cavalos sua velocidade média passou para 18 
quilômetros por hora. Atualmente, com um carro, os seres 
humanos podem viajar tranquilamente a 80 quilômetros 
por hora e, se for de avião, percorrerão grandes distâncias 
em um intervalo de tempo pequeno, já que sua velocidade, 
em média, é de 900 quilômetros por hora.
 A diminuição do tempo e as facilidades de viagem 
provocaram uma grande mobilidade das pessoas, de modo 
que há uma maior circulação entre elas. Porém, há algumasdesvantagens. Uma pessoa que se infecta ao entrar em 
contato com um agente causador de doença pode levar 
o causador da doença de um lugar a outro sem que os 
sintomas iniciais da doença se manifestem, uma vez que 
os sintomas de algumas doenças demoram a aparecer.
 Hoje, com a facilidade dos transportes, é muito grande a 
probabilidade de uma pessoa levar um agente patogênico 
de um lugar a outro sem que a doença tenha se 
manifestado. É o que ocorre no caso da Infl uenza A (H1N1) 
– antes chamada de gripe suína.
 Como base nas considerações acima mencionadas, 
podemos afi rmar que:
a) o aumento da velocidade de locomoção melhorou a 
qualidade de vida das pessoas e não trouxe nenhum 
risco a elas.
b) a tecnologia é ruim, pois facilitou a disseminação de 
doenças entre os continentes.
c) a tecnologia é boa, pois fez o homem viajar mais 
rapidamente, independentemente do risco.
d) apesar do risco maior da disseminação das doenças 
houve aumento da população, pois a melhoria da 
qualidade de vida e dos medicamentos aumentou 
também a expectativa de vida.
e) todo avanço tecnológico é positivo.
Enem em fascículos 2012
16 Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Expediente
Diretor-Superintendente: Tales de Sá Cavalcante 
Diretora Pedagógica: Hilda Prisco
Diretora Controller: Dayse Tavares
Supervisão Pedagógica: Marcelo Pena
Gerente do FBEscolas: Fernanda Denardin
Gerente Gráfi co: Andréa Menescal
Coordenador Gráfi co: Sebastião Pereira
Projeto Gráfi co: Joel Rodrigues e Franklin Biovanni
Editoração Eletrônica: Erbínio Rodrigues
Ilustrações: Gilberto e João Lima
Revisão: Kelly Gurgel
OSG.: 62038/12
GABARITOS
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01 02 03 04 05 06
a d c a d a
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01 02 03 04 05
d a e c a
06 07 08 09 10
b d a a d
ANOTAÇÕESANOTAÇÕES

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