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Apostila - EAD - Nutrição

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CETAC 
Centro de Ensino e Treinamento 
em Anatomia e Cirurgia Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Auxiliar Veterinário - EAD 
 
Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nutrição 
 
 
Estados nutricionais - Escore de condição corporal 
Para avaliar a ECC é necessário que o cão esteja em estação, ou seja, com os 
quatro membros tocando o solo. Observe-o de lado e de cima e compare com 
o quadro. Leve em conta as características raciais (saluki, whippet). Observe-o 
de lado e de cima, avalie se o animal apresenta cintura visível, se as costelas 
estão aparentes, verifique se o abdômen está pendular quando visto de lado. 
Verifique a largura do pescoço. Feito isso compare com o quadro e gradue. 
 
 
 
Palpômetro – é outro método para avaliação do escore corporal animal, este 
sistema é confiável, mas pode gerar duvida em cães peludos ou em raças 
brevilíneas. O cão deve estar em estação e acima dele palpe suas costelas, 
devemos senti-las, mas não vê-las, outro parâmetro é verificar a cintura, se ela 
existe. Esse método não serve para galgos. 
 
Caso o cão esteja acima do peso o veterinário deve ser procurado, ele irá 
descartar possíveis doenças endócrinas que levem a obesidade e então 
montará uma dieta específica e acompanhará o tratamento. Esta dieta deve ter 
menor quantidade de gordura e maior quantidade de proteína, sendo que 
aminoácidos como a carnitina devem estar presentes. A freqüência deve ser 
aumentada, ou seja, a quantidade diária de ração deve ser fracionada em 3 ou 
4 refeições diárias, isso manterá o cão saciado. 
 
Obesidade canina 
É comum ouvirmos que cães bonitos são aqueles que estão ‘fortes’ ou mesmo 
‘gordinhos’, é bom lembrar que o número de cães obesos vem aumentando de 
maneira alarmante e a culpa é mesmo de seus donos, pois eles não abrem a 
geladeira e nem vão ao pet comprar guloseimas. 
 
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O animal engordará quando a sua demanda calórica for menor que a ingestão 
de alimento, ou seja, ele come muito mais do que precisa. Alguns fatores 
predispõem o ao excesso de peso segue alguns exemplos: 
 Comida ad libitum – à vontade - Instinto – predadores com períodos de 
escassez - Centro da saciedade falho 
 Porções exageradas – tipo de ração – quantidade diária recomendada 
 Petiscos – somam a dieta diária, frutas em excesso, recompensar com 
carinho, passeios e não com comida 
 Uma única refeição não é indicada, pois o dono acaba por exagerar na 
porção e o cão come rapidamente 
 Dieta inapropriada para as condições e hábitos do animal 
 Problemas comportamentais 
 Falta de atividade física 
 Competição alimentar (entre cães ou mesmo entre cães e gatos) 
 Predisposição racial – Cocker, labrador, golden, dach, etc. 
 Castração e idade 
 Doenças como hipotiroidismo e hiperadrenocorticismo 
 
 
 
Impactos da obesidade no cão 
 
 Doenças osteoarticulares como alterações em coluna, hérnias de disco, 
luxações de patela, piora nos quadros de displasia coxo femural 
 Cardiomiopatias 
 Dificuldades respiratórias 
 Hiperlipidemia 
 Riscos anestésicos 
 Doenças dermatológicas (dermatites de dobras e malasseziose) 
 Incontinência urinária 
 Cálculos de bexiga 
 Infiltrado gorduroso no fígado (hepatopatias) 
 Calos de apoio 
 
Dietas 
Primeiramente deve-se optar por um único tipo de dieta, caseira ou comercial. 
A dieta comercial é prática e auxilia muito no cotidiano doméstico, já está 
balanceada. Existem muitas marcas e diferenças entre elas. O ideal é escolher 
a que mais se adaptam as condições nutricionais do seu cão. 
 
 
 
 
 
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Tipos básicos de ração 
 
 Filhote 
1. Raças pequenas 
2. Raças médias 
3. Raças grandes e gigantes 
 Adulto 
1. Raças pequenas 
2. Raças médias 
3. Raças grandes e gigantes 
 Sênior – idosos 
 
Animais com menos de 1 ano de raças pequenas e médias devem comer ração 
especial para filhotes até completarem 1 ano de vida. Cães grandes e gigantes 
devem ser alimentados com ração para filhotes até os 18 meses de vida. Após 
este período deve-se trocar por ração para animais adultos, mantendo este tipo 
de alimentação até os 7 anos de vida, quando passam a ser considerados 
idosos e para esta fase existem rações especiais. 
 
Situações especiais exigem alimentação especial, ou seja, animais obesos 
devem ter dietas especiais, animais com problemas de saúde como 
cardiomiopatias (problemas de coração), hepatopatias (problemas de fígado), 
nefropatas (problemas nos rins) e outras também devem receber dietas 
balanceadas que auxiliem nos problemas médicos. 
 
Dietas Pré-Cirúrgicas e Jejum Pré-Cirúrgico 
Animais que serão submetidos a cirurgias eletivas devem estar em boas 
condições gerais, exames pré cirúrgico são recomendados. Animais caquéticos 
devem ter seu estado geral melhorados antes do procedimento, assim após a 
avaliação médica que não tenha apontado nenhuma doença que necessite de 
tratamento específico o animal deve ser submetido a uma dieta hipercalórica e 
que o faça aumentar seu peso melhorando suas condições gerais. 
 
Em animais adultos de grande e médio porte o jejum deve ser de 12 horas para 
alimentos sólidos e de 6 horas para líquido. Filhotes e animais de pequeno 
porte o jejum deve ser de 6 horas para alimentos sólidos e de 3 horas para 
água. Cuidado com os quadros de hipoglicemia em animais adultos e filhotes 
de raças micro (menos de 2 kg). 
 
Dieta pós cirúrgica 
O período logo após o procedimento cirúrgico é chamado de pós imediato, este 
período compreende as 4 primeiras horas, neste intervalo o animal deve ficar 
em observação e não deve ser oferecido nenhum tipo de alimento ou água. 
Cirurgias de trato digestivo devem seguir uma dieta rigorosa prescrita pelo 
cirurgião. Esta dieta varia conforme a extensão e complicações cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
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Dietas Pré-Exames 
Para exames de glicemia o animal deve estar em jejum de no mínimo 6 horas. 
Em exames de imagem como ultrassonografias e endoscopias pedem-se jejum 
de 8 horas. 
 
Manejo nutricional de pacientes internados 
A dieta depende exclusivamente do quadro médico do animal, por exemplo, 
animais com problemas renais devem ser alimentados com dietas pobres em 
proteína. Existem dietas comerciais para animais convalescentes, são rações 
úmidas e muito palatáveis. 
 
Dieta neonatal 
Os neonatos devem ser alimentados unicamente com o leite materno, mas em 
casos de animais órfãos ou abandonados deve-se alimentá-los com 
sucedâneos comerciais ou caseiros. Existem sucedâneos em pó para a fase 
inicial do filhote, ou pode ser feito com uma receita simples: 
 1 Gema de ovo 
 Creme de Leite 
 Leite Nan® ou Ninho® 
 Pitada de Sal 
 Óleo Vegetal 
 Mel 
 10 Gotas de Kalyamon® 
 Diluir em Água Filtrada.

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