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TemaTema 33 EmpirismoEmpirismo JurídicoJurídico:: oo DireitoDireito comocomo ExperiênciaExperiência.. ConteúdoConteúdo:: 11 UnidimensionalismoUnidimensionalismo factualfactual dodo DireitoDireito.. 22 ExperiênciaExperiência ee conflitosconflitos jurídicosjurídicos.. 22..11 FenômenoFenômeno jurídicojurídico:: oo direitodireito derivadoderivado dodo fatofato jurídicojurídico.. 22..11..11 FatoFato simplessimples ee fatofato jurídicojurídico.. 33 CorrenteCorrente fenomenológicafenomenológica.. 33..11 CausalismoCausalismo jurídicojurídico:: aa causalidadecausalidade comocomo princípioprincípio orientadororientador dada práticaprática jurídicajurídica.. 44 OO critériocritério dada eficáciaeficácia.. 55 OO critériocritério dada completudecompletude.. Texto Completo Disponível em:Texto Completo Disponível em: www.jurismestre.com.brwww.jurismestre.com.br contato@jurismestre.com.brcontato@jurismestre.com.br https://www.facebook.com/pablo.jimenezserranohttps://www.facebook.com/pablo.jimenezserrano 1- Direito como Experiência. Premissa 1: “O Direito, quando concebido como ciência, não pode deixar de considerar as leis que enunciam a estrutura e o desenvolvimento da experiênciaexperiência jurídicajurídica, ou seja, aqueles nexosnexos que, com certa constância e uniformidade, ligam entre si e governam o Direito como experiênciaexperiência jurídicajurídica”. (REALE, 1969, p. 53) Máximas: - Ex facto, oritur ius. [Do fato se origina o direito]. - Da mihi factum, dabo tibi ius. [Dá-me o fato, dar-te-ei o direito]. Premissa 2: “O direitodireito é um fatofato que se liga a outros fatos por meio de nexos de causalidadecausalidade. Do fato, passar-se-ia à regra jurídica, por meio de um laço necessário de causalidade”. Princípio: Causalidade. Objeto: Fatos e fenômenos Estudo de Caso Direito como Experiência. Estudo de Casos: Caso 1. “Como já se sabia em Roma ubi societas, ibi jus (onde está a sociedade está o direito) – o direito segue a evolução social, estabelecendo normas para a disciplina dos fenômenos já postos. Não é diferente neste caso: o ato de constituição da união homoafetiva existe, ocorre e gera efeitos juridicamente relevantes, que portanto, merecem tratamento pelo direito”. (Voto Ministro Luiz Fux, julgamento da ADI 4.277) (Disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 15/07/2011) Questões: 1 Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2 Caracterize a postura juspositivista em destaque. Teoria Pura do Direito Kelsen, Hans, 1881-1973. Teoria pura do direito / Hans Kelsen ; [tradução João Baptista Machado]. 6. ed. São Paulo : Martins Fontes, 1998, p.2. Se analisarmos qualquer dos fatos que classificamos de jurídicos ou que têm qualquer conexão com o Direito - por exemplo, uma resolução parlamentar, um ato administrativo, uma sentença judicial, um negócio jurídico, um delito, etc. -, poderemos distinguir dois elementos: primeiro, um ato que se realiza no espaço e no tempo, sensorialmente perceptível, ou uma série de tais atos, uma manifestação externa de conduta humana; segundo, a sua significação jurídica, isto é, a significaçãosignificação queque oo atoato temtem dodo pontoponto dede vistavista dodo DireitoDireito. Kelsen, Hans, 1881-1973. Teoria pura do direito / Hans Kelsen ; [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. - São Paulo : Martins Fontes, 1998, p.3. 4. A norma a) A norma como esquema de interpretação O fato externo que, de conformidade com o seu significado objetivo, constitui um ato jurídico (lícito ou ilícito), processando-se no espaço e no tempo, é, por isso mesmo, um evento sensorialmente perceptível, uma parcela da natureza, determinada, como tal, pela lei da causalidade. Simplesmente, este evento como tal, como elemento do sistema da natureza, não constitui objeto de um conhecimento especificamente jurídico - não é, pura e simplesmente, algo jurídico. O que transforma este fato num ato jurídico (lícito ou ilícito) nãonão éé aa suasua facticidadefacticidade, não é o seu ser natural, isto é, o seu ser tal como determinado pela lei da causalidade e encerrado no sistema da natureza, mas o sentido objetivo que está ligado a esse ato, a significação que ele possui. Kelsen, Hans, 1881-1973. Teoria pura do direito / Hans Kelsen ; [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. - São Paulo : Martins Fontes, 1998, p.3. O sentidosentido jurídicojurídico específico, a sua particular significaçãosignificação jurídicajurídica, recebe-a o fato em questão porpor intermédiointermédio dede umauma normanorma que a ele se refere com o seu conteúdo, que lhe empresta a significaçãosignificação jurídicajurídica, por forma que oo atoato podepode serser interpretadointerpretado segundosegundo estaesta normanorma. AA normanorma funcionafunciona comocomo esquemaesquema dede interpretaçãointerpretação. Por outras palavras: o juízo em que se enuncia que um ato de conduta humana constitui um ato jurídico (ou antijurídico) é o resultado de uma interpretação específica, a saber, de uma interpretação normativa. Mas também na visualização que o apresenta como um acontecer natural apenas se exprime uma determinada interpretação, diferente da interpretação normativa: a interpretação causal. (...) Isso quer dizer, em suma, que oo conteúdoconteúdo dede umum aconteceracontecer fáticofático coincidecoincide comcom oo conteúdoconteúdo dede umauma normanorma queque consideramosconsideramos válidaválida. Concepção normativa do Fato e do Ato Jurídico... Causalidade no Direito Simples fato – Fato jurídico – Ato jurídico Quando o conteúdo de um acontecer fático coincide com o conteúdo de uma norma? Código Civil Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Causalidade no Direito Ato jurídico Código Civil Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Empirismo versus Direito Natural Unidimensionalismo Factual do Direito Os empiristas contestam a existência do Direito Natural, dizendo que não existe outro Direito além do Direito Positivo, que brota dos fatos e que existe em função dos fatos, cujas relações não nos é dado ultrapassar.1 DIREITO FATO (1) - FATO (2) - FATO (3) - FATO (4) Experiência e conflito 1 REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 5. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 1969, p. 90. Definição do Direito: Experiência e Conflitos Jurídicos O Direito é fundamentalmente umum conjuntoconjunto dede experiênciasexperiências vividasvividas.1 O Direito, como toda ciênciaciência positivapositiva, implica em uma atitude realistarealista, enquanto analisaanalisa fatosfatos dodo comportamentocomportamento humanohumano e até mesmo enquanto estuda normas, que são apreciadas pela Dogmática Jurídica como um “já dado”, algo posto senão imposto à interpretação e à sistematização do jurista como tal.2 O Direito descansa nas experiênciasexperiências existenciaisexistenciais de decisões ou de serie dedecisões sobre concretos conflitosconflitos dede interessesinteresses. Assim, o DireitoDireito sese aplicaaplica aa diferentesdiferentes fatos,fatos, atosatos ee situaçõessituações. O Direito se ocupa, em rigor, de um conjunto de conflito que devem receber certa solução, a mais correta ou a mais aceitável.3 1 REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 5. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 1969, p. 116. 2 DÍEZ-PICAZO, Luis. Experiencias jurídicas y teoría del derecho. 3. ed. Corregida y puesta al día. España, Barcelona: Ariel, 1999, p. 5-22. 3 DÍEZ-PICAZO, Luis. Experiencias jurídicas y teoría del derecho. 3. ed. Corregida y puesta al día. España, Barcelona: Ariel, 1999, p. 5-22. Estudo de casos Justiça Negada: Jurisprudência em Conflito Caso 2. Ação declaratória. União estável entre pessoas do mesmo sexo. Manifesta impossibilidade jurídica do pedido (...). 1. A impossibilidade jurídica do pedido ocorre quando a ordem jurídica não permite a tutela jurisdicional pretendida. 2. Diante da norma expressa, contida no art. 226, § 3º , da CF, somente entidade familiar por constituir união estável o relacionamento afetivo entre homem e mulher (...). (Tribunal de Justiça de MG, Relator: Rui Caetano Levi Lopes, Julgado em 22/03/2005. Publicado em 01/04/2005. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 30/06/2011) Questões: 1 Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2 Caracterize a postura juspositivista em destaque. Justiça Afirmada: Jurisprudência em Conflito Caso 3. APELAÇÃO. UNIÃO HOMOSSEXUAL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. APELO DA SUCESSÃO. A união homossexual merece proteção jurídica, porquanto traz em sua essência o afeto entre dois seres humanos com o intuito relacional (...), em face dos princípios constitucionais vigentes, centrados na valorização do ser humano. (Tribunal de Justiça do RS. Relator: Rui Portanova, Julgado em 10/06/2010. Publicado em 18/06/2010. (Decisão disponível em: <http://www.tjrs.jus.br>. Acesso em: 30/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Referências: SERRANO, Pablo Jiménez. Teoria do Direito. Rio de Janeiro: Jurismestre, 2015. SERRANO, Pablo Jiménez. Curso de Filosofia Jurídica. Rio de Janeiro: Jurismestre, 2015. SERRANO, Pablo Jiménez. Filosofia do Direito. Campinas, SP: Alínea, 2014. SERRANO, Pablo Jiménez. Epistemologia do Direito: para uma melhor compreensão da ciência do direito. Campinas, SP: Alínea, 2007. ________. Como Estudar Direito: para melhor apreender o saber jurídico. Campinas, SP: Alínea, 2007. ________. Compêndio de Metodologia da Ciência do Direito. Primeira e Segunda Parte. São Paulo: Catálise, 2004. _______. Hermenêutica e Interpretação Jurídica. Rio de Janeiro: Jurismestre, 2015. Fim da apresentaçãoFim da apresentação
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