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Ética OAB

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APOSTILA 
 
 
ESPECIFICIDADES DA PROVA DA OAB 
A IMPORTÂNCIA DA DEONTOLOGIA JURÍDICA 
PARA O EXAME DA ORDEM 
 
 
Professor: Ricardo José Magalhães Ferreira 
 
 
2.015/01 
ESPECIFICIDADES DA PROVA DA OAB - A IMPORTÂNCIA DA 
DEONTOLOGIA JURÍDICA PARA O EXAME DA ORDEM 
 
Professor: Ricardo José Magalhães Ferreira 
Dúvidas enviar para: E-mail: ricardo_ferreiraadv@hotmail.com 
Contato: (64) 9230-9090 – (64) 9971-9818 
Whatszap- (64) 8457-4020 
Facebook: Ricardo Ferreira 
 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: 
 
 Estatuto da OAB, Lei ordinária 8.906/94. 
 
 Código de ética e disciplina do OAB/95. 
 
 Regulamento geral do estatuto da OAB. 
 
 Provimento 94 (publicidade na advocacia). 
 
 Provimento136 (delibera sobre o exame da ordem). 
 
 Provimento 112 (delibera sobre a sociedade de advogados). 
 
 Provimento 114 (delibera sobre a atuação da advocacia pública). 
 
DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO: Os artigos 8º ao 12ª do estatuto da OAB, 
trazem os requisitos essenciais a inscrição do advogado, são eles: 
 
1) Capacidade civil, ou seja, o candidato de comprovar estar apto a 
realizar todos os atos da vida civil. 
 
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
 
I - capacidade civil; 
 
OBSERVAÇÃO: A OAB, não questiona a veracidade da informação, basta a 
simples afirmação do acadêmico de que possui referida capacidade. 
 
2) Apresentar diploma ou certificado de graduação no curso de direito, 
que deve ser no curso de bacharel em direito, realizado em instituição 
obrigatoriamente reconhecida pelo MEC. 
 
Art. 8º “... 
 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, 
obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada 
e credenciada; 
 
§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado 
em direito no Brasil, deve fazer prova do título de 
graduação, obtido em instituição estrangeira, 
devidamente revalidado, além de atender aos demais 
requisitos previstos neste artigo. 
 
3) Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares se brasileiro. 
 
Art. 8º “...Para inscrição como advogado é necessário: 
 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se 
brasileiro; 
 
4) Aprovação no exame da ordem (pela legislação anterior não havia 
necessidade, havia um estágio supervisionado pela OAB). Se 
aprovado, o acadêmico recebe um certificado de aprovação sem prazo 
de validade, ou seja, imprescritível. 
 
Art. 8º “... 
 
IV - aprovação em Exame de Ordem; 
 
OBSERVAÇÃO: As regras gerais sobre a aplicação e avaliação da prova do 
exame da ordem, está regulamentada no Provimento 136 da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
Art. 8º “... 
 
§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em 
provimento do Conselho Federal da OAB. 
 
5) Não exercer atividade incompatível com a advocacia (atividade que 
gere conflito de interesses insanável ao exercício da advocacia, 
exemplos: 
 
Art. 8º “... 
 
V - não exercer atividade incompatível com a 
advocacia; 
 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do 
Poder Legislativo e seus substitutos legais; 
 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, 
dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes 
classistas, bem como de todos os que exerçam função 
de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da 
administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 
1127-8) 
 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em 
Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, 
em suas fundações e em suas empresas controladas ou 
concessionárias de serviço público; 
 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário 
e os que exercem serviços notariais e de registro; 
 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a atividade policial de qualquer 
natureza; 
 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em 
instituições financeiras, inclusive privadas. 
 
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o 
ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo 
temporariamente. 
 
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que 
não detenham poder de decisão relevante sobre 
interesses de terceiro, a juízo do conselho competente 
da OAB, bem como a administração acadêmica 
diretamente relacionada ao magistério jurídico. 
 
Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, 
Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da 
Administração Pública direta, indireta e fundacional 
são exclusivamente legitimados para o exercício da 
advocacia vinculada à função que exerçam, durante o 
período da investidura. 
 
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: 
 
I - os servidores da administração direta, indireta e 
fundacional, contra a Fazenda Pública que os 
remunere ou à qual seja vinculada a entidade 
empregadora; 
 
II - os membros do Poder Legislativo, em seus 
diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações públicas, 
entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público. 
 
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do 
inciso I os docentes dos cursos jurídicos. 
 
6) Ter idoneidade moral, ou seja, uma boa conduta e reputação ilibada, e 
não ter sido condenado por crime infamante, ou seja, crime que traz 
uma repercussão negativa para a advocacia. 
 
OBSERVAÇÃO: Não se trata necessariamente crimes cometidos com violência 
ou hediondos, más aqueles que possam repercutir negativamente ao exercício da 
atividade, temos como exemplos, o estelionato cometido por advogado, furto 
com abuso de confiança etc. 
 
Art. 8º “... 
 
VI - idoneidade moral; 
 
IMPORTANTE: Qualquer pessoa interessada poderá questionar essa 
idoneidade e requerer a instauração de um incidente de inidoneidade moral, com 
ampla defesa e contraditório, se dois terços dos conselheiros entenderem pela 
procedência do incidente o candidato terá sua inscrição negada, podendo 
posteriormente, fazendo prova da sua idoneidade voltar a requerer a inscrição. 
 
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer 
pessoa, deve ser declarada mediante decisão que 
obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os 
membros do conselho competente, em procedimento 
que observe os termos do processo disciplinar. 
 
7) Prestar compromisso junto ao conselho competente da OAB, da 
seccional onde pretende exercer a atividade com prevalência, 
(domicílio profissional, seu escritório). 
 
OBSERVAÇÃO: Trata-se de obrigação personalíssima devendo ser prestada 
pessoalmente, não podendo ser delegada a terceiro. 
 
Art. 8º “... 
 
VII - prestar compromisso perante o conselho. 
 
INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR: A OAB tem como regra geral, que o 
advogado terá uma inscrição apenas (inscrição principal), más se o profissional 
preferir exercer a atividade em mais de um Estado, ou passar a atuar em outro 
Estado da Federação com habitualidade (mais de 5 causas ao ano) terá mais de 
uma inscrição (inscrição suplementar), que serão identificados por uma sigla 
logo após o número da inscrição barra “A”, prevalecendo como domicílioprofissional o de sua residência, e terá que pagar tantas anuidades, quanto forem 
suas inscrições e está taxa o isenta do pagamento da contribuição sindical 
obrigatória e é fixada por cada subseção. 
 
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser 
feita no Conselho Seccional em cujo território pretende 
estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do 
regulamento geral. 
 
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede 
principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na 
dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 
 
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a 
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em 
cujos territórios passar a exercer habitualmente a 
profissão considerando-se habitualidade a intervenção 
judicial que exceder de cinco causas por ano. 
 
TRANSFERÊNCIA DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL: Em caso de mudança 
definitiva de endereço profissional, o advogado poderá requerer junto a 
subseção que está inscrito sua transferência em pedido formal, neste caso o 
número da inscrição do advogado será modificado, conforme sequência no novo 
domicílio. 
 
DESVINCULAMENTO DA INSCRIÇÃO: Possível de duas formas, são elas: 
 
 CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO: Quando o advogado decidir se 
desligar definitivamente ou ocorrente um dos fatos elencados no artigo 11 
do Estatuto. 
 
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
 
I - assim o requerer; 
 
II - sofrer penalidade de exclusão; 
 
III - falecer; 
 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade 
incompatível com a advocacia; 
 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para 
inscrição. 
 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e 
IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo 
conselho competente ou em virtude de comunicação 
por qualquer pessoa. 
 
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não 
restaura o número de inscrição anterior - deve o 
interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, 
VI e VII do art. 8º. 
 
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido 
de inscrição também deve ser acompanhado de provas 
de reabilitação. 
 
RESTAURAÇÃO DA INSCRIÇÃO: O advogado pode requerer a restauração 
de sua inscrição a qualquer momento, por vontade próprio no caso do inciso I, 
ou demonstrando que restabeleceu os requisitos da inscrição e se excluído por 
crime infamante, deverá ter se reabilitado, entretanto não mais terá seu número 
originário, mas sim um novo na ordem das inscrições que estão sendo 
requeridas. 
 
 LICENCIAMENTO: Neste caso o advogado não se desvincula 
totalmente da Ordem, ele continua advogado mas se afasta de suas 
atividades, são motivos de afastamento, o requerimento justificado, 
exercício temporário de atividade incompatível e doença mental curável. 
 
Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
 
I - assim o requerer, por motivo justificado; 
 
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade 
incompatível com o exercício da advocacia; 
 
III - sofrer doença mental considerada curável. 
 
CONSEQUÊNCIAS DO LICENCIAMENTO: 
 
 Fica dispensado de pagar anuências. 
 
 Não fica obrigado a votar nas eleições da OAB dos conselhos seccionais. 
 
 Não poderá se utilizar dos benefícios da caixa de assistência dos 
advogados. 
 
 Impedido de exercer a atividade da advocacia enquanto licenciado. 
 
ATIVIDADES PRIVATIVAS DO ADVOGADO: 
 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
 
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e 
aos juizados especiais; 
 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas. 
 
ADIN 1.127-8: Proposta em 1994 pela AMB (Associação dos Magistrado 
Brasileiros), julgada pelo Ministro Relator Marco Aurélio de Melo em 26 maio 
de 2006, retirando a expressão “a qualquer órgão”. 
 
EXCEÇÕES: Justiça de Paz, Justiça do Trabalho, salvo no TRT, e Juizados 
Cíveis, até 20 salários mínimos, Criminais na audiência de conciliação e 
Registro de Pessoas Jurídicas M.E. e EPP. 
 
POSICIONAMENTO DA OAB SOBRE A FUNÇÃO DO ADVOGADO: 
Segundo posiciona a OAB, o advogado tem uma dupla função, no seu ministério 
privado, ele exerce uma função social e possui múnus público na defesa dos 
interesses do seu cliente, limitado a aplicação correta da lei, do Estado 
Democrático de Direito e pela efetivação do texto constitucional, e vedado ao 
advogado a advocacia temerária (aventuras judiciais). 
 
INSTRUMENTO PROCURATÓRIO: Documento pelo qual o cliente 
constitui o advogado como defensor de seus direitos, não obrigatório em casos 
específicos, como nos atos urgentes (Ver artigo 37 do CPC), defensoria pública 
(mandato aparente), e nos casos de nomeação em ata (apud acta). 
 
PRAZO DE VALIDADE DO MANDATO: Em regra o mandato vale até a 
conclusão do feito ou enquanto houver confiança recíproca, podendo ser 
encerrada pelo cliente através de uma revogação, sem se desonerar dos 
pagamentos proporcionais, ou pelo advogado por meio de renúncia ficando 
vigilante pelo processo pelo prazo de 10 dias, ou substabelecer sem reservas a 
outro advogado, com a anuência do cliente. 
 
SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE PODERES: O advogado 
não renuncia ao feito, ao contrário, permanece como procurador más distribui 
atribuições a outros advogados. 
 
SÃO DIREITOS DO ADVOGADO: Segundo determinam os artigos 6º e 7º 
do Estatuto: 
 
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre 
advogados, magistrados e membros do Ministério 
Público, devendo todos tratar-se com consideração e 
respeito recíprocos. 
 
Parágrafo único. As autoridades, os servidores 
públicos e os serventuários da justiça devem dispensar 
ao advogado, no exercício da profissão, tratamento 
compatível com a dignidade da advocacia e condições 
adequadas a seu desempenho. 
 
Art. 7º São direitos do advogado: 
 
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o 
território nacional; 
 
II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e 
do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório 
ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua 
correspondência e de suas comunicações, inclusive 
telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão 
determinada por magistrado e acompanhada de 
representante da OAB; 
 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, 
de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da 
advocacia; 
 
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e 
reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes 
se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis; 
 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando 
preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da 
advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena 
de nulidade e, nos demais casos, a comunicação 
expressa à seccional da OAB; 
 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença 
transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, 
com instalações e comodidades condignas, assim 
reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão 
domiciliar; 
 
VI - ingressar livremente: 
 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos 
cancelos que separam a parte reservada aos 
magistrados; 
 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, 
cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de 
registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora 
da hora de expedientee independentemente da 
presença de seus titulares; 
 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione 
repartição judicial ou outro serviço público onde o 
advogado deva praticar ato ou colher prova ou 
informação útil ao exercício da atividade profissional, 
dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde 
que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
 
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe 
ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este 
deva comparecer, desde que munido de poderes 
especiais; 
 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de 
quaisquer locais indicados no inciso anterior, 
independentemente de licença; 
 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas 
e gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-
se a ordem de chegada; 
 
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso 
ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do 
relator, em instância judicial ou administrativa, pelo 
prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for 
concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7) 
 
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou 
tribunal, mediante intervenção sumária, para 
esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a 
fatos, documentos ou afirmações que influam no 
julgamento, bem como para replicar acusação ou 
censura que lhe forem feitas; 
 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante 
qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a 
inobservância de preceito de lei, regulamento ou 
regimento; 
 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou 
órgão de deliberação coletiva da Administração 
Pública ou do Poder Legislativo; 
 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes 
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública 
em geral, autos de processos findos ou em andamento, 
mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a 
sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar 
apontamentos; 
 
XIV - examinar em qualquer repartição policial, 
mesmo sem procuração, autos de flagrante e de 
inquérito, findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos; 
 
XV - ter vista dos processos judiciais ou 
administrativos de qualquer natureza, em cartório ou 
na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos 
legais; 
 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem 
procuração, pelo prazo de dez dias; 
 
XVII - ser publicamente desagravado, quando 
ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; 
 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de 
advogado; 
 
XIX - recusar-se a depor como testemunha em 
processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou 
sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi 
advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo 
constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo 
profissional; 
 
XX - retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão para ato judicial, após trinta 
minutos do horário designado e ao qual ainda não 
tenha comparecido a autoridade que deva presidir a 
ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. 
 
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
 
2) quando existirem nos autos documentos originais de 
difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante 
que justifique a permanência dos autos no cartório, 
secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade 
em despacho motivado, proferido de ofício, mediante 
representação ou a requerimento da parte interessada; 
 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que 
houver deixado de devolver os respectivos autos no 
prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não 
constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis 
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de 
sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos 
que cometer. 
 
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em 
flagrante, por motivo de exercício da profissão, em 
caso de crime inafiançável, observado o disposto no 
inciso IV deste artigo. 
 
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem 
instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, 
delegacias de polícia e presídios, salas especiais 
permanentes para os advogados, com uso e controle 
assegurados à OAB. 
 
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício 
da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o 
conselho competente deve promover o desagravo 
público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade 
criminal em que incorrer o infrator. 
 
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da 
prática de crime por parte de advogado, a autoridade 
judiciária competente poderá decretar a quebra da 
inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste 
artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de 
busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser 
cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos 
documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a 
clientes do advogado averiguado, bem como dos 
demais instrumentos de trabalho que contenham 
informações sobre clientes. 
 
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se 
estende a clientes do advogado averiguado que estejam 
sendo formalmente investigados como seus partícipes 
ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu 
causa à quebra da inviolabilidade. (Incluído pela Lei nº 
11.767, de 2008) 
 
PONTOS IMPORTANTES: Dentre os direitos elencados, destacam-se: 
 
 Nos moldes constitucionais, a não existência de hierarquia entre 
advogados, magistrados e membros do Ministério Público. 
 
 Inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e 
dados, etc., salvo caso de busca ou apreensão determinada por 
magistrado e acompanhada de representante da OAB, quando o 
advogado estiver sendo investigado criminalmente, ou para buscar dados 
de clientes que estejam em concurso com ele no cometimento de crime. 
 
 Se o advogado for preso em flagrante, para que seja lavrado o auto, exige-
se a presença de representante da OAB, nos crimes comuns haverá 
apenas a comunicação ao órgão. 
 
 Sigilo profissional, o advogado não é obrigado a revelar segredos sobre 
seus clientes. 
 
 Desagravo público, sempre que ofendido no desempenho de suas funções 
ou violado em suas prerrogativas, a OAB, tomando conhecimento do fato 
via requerimento, verificando a relevância do fato (ofensa pessoal não 
viabiliza o desacato), fara um repúdio público dirigido a autoridade ou 
pessoa que tenha violado essas prerrogativas, lida e publicada em jornais e 
revistas da OAB. 
 
 Direito de se retirar de local onde se deveria realizar ato judicial, após 30 
minutos, se a autoridade judiciária não comparecer sem se justificar ou 
avisar sobre o atraso, fazendo com que sua presença seja constatada nos 
autos, e comprovando que ele aguardou por todo este período. 
 
 Imunidade do advogado por suas manifestações e palavras em juízo e fora 
dele, respondendo pelos excessos que cometer, no que se refere a injúria e 
difamação, o desacato foi considerado inconstitucional pelo STF. 
 
DEVERES DO ADVOGADO: Os deveres do advogado não se encontram 
previstos no Estatuto, má sim no Código de Ética e Disciplina da OAB, que 
elencam a obrigação do advogado junto aOAB, sua categoria profissional e seus 
clientes, são eles: 
 
Artigo 2º - O advogado, indispensável à administração 
da Justiça, é defensor do Estado democrático de 
direito, da cidadania, da moralidade pública, da 
Justiça e da paz social, subordinando a atividade do 
seu Ministério Privado à elevada função pública 
que exerce. 
 
Parágrafo único. São deveres do advogado: 
 
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza 
e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter 
de essencialidade e indispensabilidade; 
 
II – atuar com destemor, independência, 
honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade 
e boa-fé; 
 
III – velar por sua reputação pessoal e profissional; 
 
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu 
aperfeiçoamento pessoal e profissional; 
 
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, 
do Direito e das leis; 
 
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, 
prevenindo, sempre que possível, a instauração de 
litígios; 
 
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura 
judicial; 
 
VIII – abster-se de: 
 
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou 
do cliente; 
 
 b) patrocinar interesses ligados a outras atividades 
estranhas à advocacia, em que também atue; 
 
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho 
manifestamente duvidoso; 
 
d) emprestar concurso aos que atentem contra a 
ética, a moral, a honestidade e a dignidade da 
pessoa humana; 
 
e) entender-se diretamente com a parte adversa 
que tenha patrono constituído, sem o assentimento 
deste. 
 
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e 
pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e 
difusos, no âmbito da comunidade. 
 
 Manter uma conduta íntegra, obedecer os ditames do Estatuto do 
Regulamento e leis correlata se manter atualizado e não utilizar da 
advocacia para se auto promover. 
 
 Com relação ao cliente, o advogado tem a obrigação, em um primeiro 
momento de evitar o litígio, ou seja, sempre orientar seu cliente a buscar 
uma composição evitando buscar o judiciário. 
 
 Sempre buscar informar corretamente seu cliente sobre os riscos da 
demanda, como os riscos de incidir em custas e verbas sucumbenciais, no 
caso de derrota judicial (obrigação de meio). 
 
 Prestar as informações sobre o andamento do processo, sempre que 
solicitado por seu cliente, bem como prestar contas sobre despesas 
efetuadas e valores recebidos, e ao final, devolver todos os documentos 
não utilizados sob seu poder ao cliente. 
 
 Obrigação de zelar pela correta aplicação da lei, estás proibido de 
falsear a verdade nos autos (litigância temerária), devendo advertir seu 
cliente que não pode buscar o judiciário com má fé. 
 
 O advogado não pode deixar o feito ao abandono, sair do processo sem 
prévio aviso ao cliente, deixar de praticar os atos devidos, tendo em vista 
que poderá ser responsabilizado pelos prejuízos que causar ao cliente por 
dolo ou culpa, tanto na esfera administrativa quanto civil e criminal. 
 
 Não pode patrocinar causas de dois ou mais clientes que possuam 
interesse opostos, no caso de jurisdição voluntária, se durante o processo 
surgir conflitos de interesse, o advogado deverá escolher qual parte 
pretende patrocinar, sem se valer de informação sob confiança, ou deixar 
a causa. 
 
 O advogado não pode atuar no mesmo feito como preposto e patrono de 
uma empresa ao mesmo tempo. 
 
 O advogado deve defender seu cliente na esfera criminal mesmo sem 
acreditar em sua inocência. 
 
SOCIEDADE DE ADVOGADOS: Não se trata de mero acordo informal de 
interesses entre advogados que se agrupam para dividir despesas, nesse caso 
estaríamos diante de um mero grupamento de advogados, para a OAB, para se 
configurar uma sociedade de advogados, necessário se fazem os requisitos do 
artigo 15 ao 17 do Estatuto e do Provimento 112/2006 da OAB. 
 
CONCEITO DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS: É a sociedade de 
advogados formalmente constituída registrada e aprovada no âmbito da Ordem 
dos Advogados do Brasil, e com o devido registro do seu contrato social no 
Conselho Seccional da OAB do Estado em que se localiza a sociedade e que 
pretenda atuar com prevalência, constituída somente por advogados 
regularmente inscritos nos quadros da Ordem. 
 
NATUREZA JURÍDICA DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS: Segundo a 
norma posta, a sociedade de advogados não se enquadra em nenhuma forma 
societária prevista no Código Civil de 2002 e nem na Lei 6.404/76, segundo 
classificação da própria OAB, trata-se de uma sociedade civil de prestação de 
serviços de advocacia. 
 
JUSTIFICATIVA: A sociedade de advogados não pode ter características 
mercantilistas tendo em vista que o Estatuto veda a captação de clientela, seja 
via propaganda, por intermédio de terceiros, vincular sua atividade a outra etc. 
 
AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: A sociedade de 
advogados somente adquire sua personalidade jurídica mediante o registro e 
aprovação de seu contrato social pelo Conselho seccional do estado onde atua 
com prevalência, recebendo um número de inscrição. 
 
INSTALAÇÃO DE FILIAIS DA SOCIEDADE EM OUTRO ESTADOS 
DA FEDERAÇÃO: Para instalar uma filial em outro estado, necessário o 
arquivamento de termo aditivo no contrato social arquivado no Conselho 
seccional onde se localiza a matriz, e, em seguida o registro da filial no 
Conselho sede da filial, e, obrigatoriamente, uma inscrição suplementar neste 
Estado de todos os advogados sócios. 
 
NOME DA SOCIEDADE: No registro do nome da sociedade de advogados, é 
obrigatório o emprego de razão social (nomes ou prenomes de um ou mais 
sócios), admitindo-se o emprego da expressão &, seguido do objeto da 
sociedade, ou seja, as expressões advogados associados, escritório de advocacia, 
assessoria jurídica etc., e devera ainda o contrato social, determinar pela 
permanência ou não do nome do sócio que vier a falecer. 
 
PARTICULARIDADES SOBRE A SOCIEDADE: 
 
 Havendo o licenciamento de um dos sócios, este deverá ser apenas 
anotado no contrato original, más continua a fazer parte da sociedade, no 
caso de exclusão, seu nome deverá ser excluído também da sociedade. 
 
 O mesmo advogado não pode integrar mais de uma sociedade no mesmo 
Estado. 
 
 Pessoas casadas, independentemente do regime adotado podem constituir 
sociedade, desde que ambos advogados. 
 
 Uma mesma sociedade de advocacia não podem atender a clientes com 
interesses opostos. 
 
 O código de Ética e disciplina é aplicável a sociedade como um todo, e 
os sócios respondem com responsabilidade subsidiária e ilimitada por 
seus atos não excluindo a responsabilidade disciplinar. 
 
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade 
civil de prestação de serviço de advocacia, na forma 
disciplinada nesta lei e no regulamento geral. 
 
§ 1º A sociedade de advogados adquire personalidade 
jurídica com o registro aprovado dos seus atos 
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja 
base territorial tiver sede. 
 
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados o Código de 
Ética e Disciplina, no que couber. 
 
§ 3º As procurações devem ser outorgadas 
individualmente aos advogados e indicar a sociedade 
de que façam parte. 
 
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma 
sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma 
área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
 
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado noregistro da sociedade e arquivado junto ao Conselho 
Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados 
à inscrição suplementar. 
 
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade 
profissional não podem representar em juízo clientes 
de interesses opostos. 
 
Art. 16. Não são admitidas a registro, nem podem 
funcionar, as sociedades de advogados que apresentem 
forma ou características mercantis, que adotem 
denominação de fantasia, que realizem atividades 
estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito 
como advogado ou totalmente proibido de advogar. 
 
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome 
de, pelo menos, um advogado responsável pela 
sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, 
desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
 
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade 
incompatível com a advocacia em caráter temporário 
deve ser averbado no registro da sociedade, não 
alterando sua constituição. 
 
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro 
civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de 
sociedade que inclua, entre outras finalidades, a 
atividade de advocacia. 
 
Art. 17. Além da sociedade, o sócio responde 
subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos 
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, 
sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que 
possa incorrer. 
 
 
ADVOGADOS ASSOCIADOS: Embora não façam parte do contrato social 
(não são sócios), más, mediante termo expresso ou verbal a parte, participam 
com parte do lucro ou resultado da sociedade em determinadas demandas. 
 
ADVOGADO EMPREGADO: Aquele que possui vínculo empregatício na 
esfera administrativa (subordinação, habitualidade, onerosidade e 
pessoalidade - SHOP) com empresa particular ou sociedade de advogados, 
regida pela CLT e legislação trabalhista como um todo, passando a ter direito 
a férias, 13º salário e outros benefícios de um empregado comum, más passa 
também a ter que cumprir jornada de trabalho com subordinação. 
 
OBSERVAÇÃO: Em regra, a jornada do advogado contratado deverá ser de 4 
horas diárias ou 20 semanais, se está jornada for fixada em 8 horas diárias 
ou 40 semanais, trata-se de dedicação exclusiva, qualquer hora excedente 
deverá ser paga como hora extra com 100% de acréscimo, trata-se de norma 
cogente (de aplicação obrigatória), e se trabalhar no período de 20:00h as 
05:00h, horário noturno segundo a OAB, terá direito a adicional de 25% no 
valor hora. 
 
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de 
advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a 
independência profissional inerentes à advocacia. 
 
Parágrafo único. O advogado empregado não está 
obrigado à prestação de serviços profissionais de 
interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de 
emprego. 
 
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado 
será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado 
em acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
 
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado 
empregado, no exercício da profissão, não poderá 
exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a 
de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção 
coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. 
 
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como 
período de trabalho o tempo em que o advogado 
estiver à disposição do empregador, aguardando ou 
executando ordens, no seu escritório ou em atividades 
externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas 
com transporte, hospedagem e alimentação. 
 
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada 
normal são remuneradas por um adicional não inferior 
a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo 
havendo contrato escrito. 
 
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas 
de um dia até as cinco horas do dia seguinte são 
remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional 
de vinte e cinco por cento. 
 
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou 
pessoa por este representada, os honorários de 
sucumbência são devidos aos advogados empregados. 
 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, 
percebidos por advogado empregado de sociedade de 
advogados são partilhados entre ele e a empregadora, 
na forma estabelecida em acordo. 
 
CONTRATO DE HONORÁRIOS: Também denominado contrato de 
prestação de serviços de advocacia, é o contrato firmado entre o advogado o 
sociedade de advogados e o cliente, mediante contraprestação. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: É o valor devido ao advogado mediante 
prestação de serviços, e se dividem em 3 tipos, são eles: 
 
 HONORÁRIOS CONTRATADOS OU CONVENCIONADOS: São 
aqueles previamente estabelecidos entre o advogado ou sociedade de 
advogados e seu cliente, preferencialmente mediante contrato escrito, e 
possuem limite mínimo fixado em tabela de honorários elaborada por 
cada seccional em Unidade de Referência de Honorários (URH), ou em 
porcentagem, sobre o máximo, não existe limite. 
 
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura 
aos inscritos na OAB o direito aos honorários 
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial 
e aos de sucumbência. 
 
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários 
são fixados por arbitramento judicial, em remuneração 
compatível com o trabalho e o valor econômico da 
questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos 
na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
 
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato 
de honorários antes de expedir-se o mandado de 
levantamento ou precatório, o juiz deve determinar 
que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da 
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este 
provar que já os pagou. 
 
OBSERVAÇÃO: Não existe forma imposta de pagamento dos honorários, a 
OAB sugere que, salvo disposição em contrário, a cobrança e 3 parcelas, sendo 
1/3 no início, 1/3 em sede de decisão de 1º grau e 1/3 ao final do feito. 
 
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos 
honorários é devido no início do serviço, outro terço 
até a decisão de primeira instância e o restante no 
final. 
 
CLÁUSULA “QUOTA LITIS”: Honorários vinculados ao êxito na demanda, 
ou seja, o advogado somente recebe se houver sucesso na ação, somente deverão 
ser recebidos em pecúnia e não podem ser fixados acima do proveito do cliente. 
 
Código de Ética e Disciplina, Art. 36. Os honorários 
profissionais devem ser fixados com moderação, 
atendidos os elementos seguintes: 
 
I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade 
das questões versadas; 
 
II – o trabalho e o tempo necessários; 
 
III – a possibilidade de ficar o advogado impedido de 
intervir em outros casos, ou de se desavir com outros 
clientes ou terceiros; 
 
IV – o valor da causa, a condição econômica do cliente 
e o proveito para ele resultante do serviço profissional; 
 
V – o caráter da intervenção, conforme se trate de 
serviço a cliente avulso, habitual ou permanente; 
 
VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou não do 
domicílio do advogado; 
 
VII – a competência e o renome do profissional; 
 
VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
 
 HONORÁRIOS ARBITRADOS JUDICIALMENTE: Arbitrados em 
sentença ou acórdãos, respeitando os limites mínimos da tabela, e são 
comuns no caso de nomeação de defensor dativo, e são fixados em 
Unidades de Honorários Dativos (UHD), a ser recebidos pelo causídico 
mediante petição endereçada ao Tribunal do Estado. 
 
Art. 22. A prestação de serviço profissional asseguraaos inscritos na OAB o direito aos honorários 
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial 
e aos de sucumbência. 
 
§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar 
causa de juridicamente necessitado, no caso de 
impossibilidade da Defensoria Pública no local da 
prestação de serviço, tem direito aos honorários 
fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo 
Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. 
 
OBSERVAÇÃO: Pode ocorrer da parte sucumbente ter condições de 
contratar advogado e por má fé ou omissão, deixa de fazê-lo, comparecendo 
em juízo desprovido de defensor técnico, neste caso o juiz nomeia um 
defensor e fixa os honorários más, quem paga e o próprio assistido. 
 
 HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA OU SUCUMBENCIAIS: Não 
excluem os honorários contratados e são os honorários devidos pela 
parte vencida ao advogado da parte vencedora, ainda que este atue em 
causa própria. 
 
CPC - Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar 
ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários 
advocatícios. Esta verba honorária será devida, 
também, nos casos em que o advogado funcionar em 
causa própria 
 
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez 
por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) 
sobre o valor da condenação, atendidos: 
 
a) o grau de zelo do profissional; 
 
b) o lugar de prestação do serviço; 
 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho 
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu 
serviço. 
 
§ 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor 
inestimável, naquelas em que não houver condenação 
ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, 
embargadas ou não, os honorários serão fixados 
consoante apreciação equitativa do juiz, atendidas as 
normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. 
 
§ 5o Nas ações de indenização por ato ilícito contra 
pessoa, o valor da condenação será a soma das 
prestações vencidas com o capital necessário a 
produzir a renda correspondente às prestações 
vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, também 
mensalmente, na forma do § 2o do referido art. 602, 
inclusive em consignação na folha de pagamentos do 
devedor. 
 
Estatuto da OAB - Art. 24. A decisão judicial que fixar 
ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os 
estipular são títulos executivos e constituem crédito 
privilegiado na falência, concordata, concurso de 
credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. 
 
§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento 
ou convenção individual ou coletiva que retire do 
advogado o direito ao recebimento dos honorários de 
sucumbência. 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1.194-4: No caso do 
parágrafo 3º do artigo 24 do Estatuto, o STF entendeu ser inconstitucional, e por 
unanimidade, os ministros julgaram este dispositivo inconstitucional, dando 
interpretação conforme a Constituição Federal. Eles seguiram o voto do ministro 
Maurício Corrêa, segundo o qual o advogado da parte vencedora poderá 
negociar a verba honorária de sucumbência com seu constituinte, já que se 
trata de direito disponível. 
 
NORMAS DE COMPORTAMENTO: A OAB em sua legislação, traz uma 
série de normas de comportamento ao advogado, no caso de descumprimento 
ou violação destas, após o devido processo legal, poderá ser cominada uma 
sanção ao advogado. 
 
OBSERVAÇÃO: A esfera disciplinar administrativa da OAB, não exclui a 
possibilidade de uma ação na justiça comum, seja no âmbito civil ou criminal, 
e correm em separado más um pode servir de prova ao outro. 
 
INFRAÇÕES DISCIPLINARES: A lei traz um rol meramente 
exemplificativo, ou seja, o advogado poderá incorrer em violações 
administrativas não previstas, desde que a conduta seja considerada reprovável 
ao exercício da profissão. 
 
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
 
 Exercer a advocacia estando impedido, por exemplo um Deputado 
Federal, ou facilitar o seu exercício aos não inscritos ou impedidos. Nesse 
caso haverá a infração disciplinar ne crime de exercício ilegal da 
profissão. 
 
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou 
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos; 
 
 Constituir sociedade fora das normas, exemplo, advocacia conjuntamente 
com escritório de contabilidade ou se registrada em junta comercial etc. 
 
II - manter sociedade profissional fora das normas e 
preceitos estabelecidos nesta lei; 
 
 Captação de causas com ou sem intermédio de terceiros, utilizando-se de 
publicidade irregular ou cobrando honorários abaixo da tabela por 
exemplo. 
 
III - valer-se de agenciador de causas, mediante 
participação nos honorários a receber; 
 
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a 
intervenção de terceiros; 
 
 Assinar feitos de terceiros, por exemplo, bacharel em direito ainda não 
aprovado na Ordem. 
 
V - assinar qualquer escrito destinado a processo 
judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, 
ou em que não tenha colaborado; 
 
 Advogar em desacordo a lei, advocacia temerária. 
 
VI - advogar contra literal disposição de lei, 
presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior; 
 
 Violar sigilo profissional, salvo nas hipóteses legais, por exemplo, se for 
afrontado, ou seja, delatado pelo seu cliente, ou no caso de ameaça ao 
advogado ou terceiros. 
 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
 
 Fazer acordo com a parte contrária sem o consentimento de seu cliente, 
ou ciência de seu advogado. 
 
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa 
sem autorização do cliente ou ciência do advogado 
contrário; 
 
 Trazer prejuízo a seu cliente, causar prejuízo processual, abandonar 
causa, ou negar-se, sem justa causa prestar assistência quando nomeado. 
 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao 
seu patrocínio; 
 
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a 
anulação ou a nulidade do processo em que funcione; 
 
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de 
decorridos dez dias da comunicação da renúncia; 
 
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência 
jurídica, quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública; 
 
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e 
habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas 
pendentes; 
 
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação 
doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para 
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; 
 
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização 
escrita deste, imputação a terceiro de fato definido 
como crime; 
 
 Deixar de cumprir determinações da OAB, depois de notificado. 
 
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, 
determinação emanada do órgão ou de autoridade da 
Ordem, em matéria da competência desta, depois de 
regularmente notificado; 
 
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para 
realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-
la; 
 
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer 
importância para aplicação ilícita ou desonesta; 
 
XIX - receber valores, da parte contrária ou de 
terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem 
expressa autorização do constituinte; 
 
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do 
cliente ou da parte adversa, por si ou interposta 
pessoa;XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas 
ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros 
por conta dele; 
 
 Reter processos abusivamente. 
 
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos 
recebidos com vista ou em confiança; 
 
 Deixar de pagar anuidades, multas e outros serviços da OAB após 
notificado. 
 
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e 
preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo; 
 
 Cometer reiterados erros que demonstrem sua inépcia, o advogado tem a 
obrigação de se manter atualizado. 
 
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem 
inépcia profissional; 
 
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia; 
 
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos 
para inscrição na OAB; 
 
 Tornar-se inidôneo para o exercício da advocacia ou praticar crime 
infamante 
 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o 
exercício da advocacia; 
 
XXVIII - praticar crime infamante; 
 
 Estagiário que excede suas permissões, ou seja, fora do juízo, poderá 
praticar todos os atos desde que de interesse da parte e com autorização de 
um advogado, em juízo, poderá fazer carga e devolução de autos, 
requerer certidões em cartórios e assinar petição de juntada de 
documentos aos autos. 
 
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua 
habilitação. 
 
 Dentre as condutas incompatíveis temos pratica reiterada de jogo de azar, 
causar escândalos públicos e embriagues ou uso de tóxicos com 
habitualidade. 
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: 
 
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado 
por lei; 
 
b) incontinência pública e escandalosa; 
 
c) embriaguez ou toxicomania habituais. 
 
SANÇÕES DISCIPLINARES: Constatada a prática de uma infração 
disciplinar, é instaurado um processo disciplinar pelo Tribunal de Ética e 
Disciplina de cada Conselho, franqueada a ampla defesa ao advogado ou 
estagiário, e ao final, confirmada a infração, os órgãos competentes aplicam 
a sanção disciplinar. 
 
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: 
 
CENSURA: Modalidade de sanção mais branda, feita a portas fechadas e 
sem publicidade, em linhas gerais, seria um puxão de orelha no advogado, no 
entanto fica anotado no histórico do advogado. 
 
Art. 35. “... 
 
I - censura; 
 
CABIMENTO: Nas hipóteses do inciso I a XVI do artigo 35 do Estatuto da 
OAB, e no inciso XXIX, referente ao estagiário, além de violações do Código de 
Ética ou outro preceito do Estatuto não previsto no artigo 34. 
 
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: 
 
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do 
art. 34; 
 
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
 
III - violação a preceito desta lei, quando para a 
infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. 
 
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em 
advertência, em ofício reservado, sem registro nos 
assentamentos do inscrito, quando presente 
circunstância atenuante. 
 
OBSERVAÇÃO: A censura poderá ser convertida em advertência, todas as 
vezes que houver existência de uma circunstância atenuante artigo 40 caput, ao 
invés de puxão de orelha sigiloso, um mero conselho, não será anotada no 
histórico do advogado. 
 
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são 
consideradas, para fins de atenuação, as seguintes 
circunstâncias, entre outras: 
 
I - falta cometida na defesa de prerrogativa 
profissional; 
 
II - ausência de punição disciplinar anterior; 
 
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou 
cargo em qualquer órgão da OAB; 
 
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à 
causa pública. 
 
SUSPENSÃO: São mais grave, tornando o advogado temporariamente 
impedido de exercer a advocacia, ou seja, não perde as características de 
advogado más, será afastado temporariamente de suas atividades. 
 
Art. 35. “... 
 
II - suspensão; 
 
CABIMENTO: Será aplicada no caso de das faltas disciplinares previstas nos 
incisos XVII ao XXV do artigo 34 do Estatuto. 
 
Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: 
 
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 
34; 
 
II - reincidência em infração disciplinar. 
 
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do 
exercício profissional, em todo o território nacional, 
pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com 
os critérios de individualização previstos neste 
capítulo. 
 
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a 
suspensão perdura até que satisfaça integralmente a 
dívida, inclusive com correção monetária. 
 
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão 
perdura até que preste novas provas de habilitação. 
 
OBSERVAÇÃO: Em regra, o prazo de suspensão será de 30 dias a 12 meses, a 
critério do Tribunal de Ética e Disciplina de cada Conselho, entretanto existem 
exceções onde o prazo será indeterminado, quando o advogado deixar de 
prestar contas até as preste ao cliente, deixar de pagar o OAB até o 
pagamento, e em caso de inépcia, onde deverá passar por novo exame da 
Ordem. 
 
EXCLUSÃO: Sanção mais grave, neste caso o advogado terá sua inscrição 
cancelada e será excluído do quadros da OAB. O procedimento ocorre 
mediante processo administrativo, facultada a ampla defesa ao advogado, e 
depende de 2/3 da aprovação do Conselho para se efetivar. 
 
CABIMENTO: A exclusão somente ocorre em três hipóteses, são elas: 
 
 Quando este se tornar inidôneo para o exercício da profissão. 
 
 Quando este cometer crime infamante, ou seja, aqueles crimes que 
atentam contra a conduto do advogado. 
 
 Fazer falsa prova dos requisitos para admissão nos quadros da OAB. 
 
Art. 35. “... 
 
III - exclusão; 
 
OBSERVAÇÃO: Mesmo após a exclusão o advogado poderá se reabilitar e 
voltar a integrar os quadros da OAB, em regra ocorre por pedido formar após 
um ano da exclusão, fazendo novamente as provas de obtenção dos requisitos 
para a inscrição, se tratando de cometimento de crime infamante, deverá cumprir 
a pena e esperar a prescrição do crime. 
 
Art. 35. “... 
 
IV - multa. 
 
SANÇÃO DE MULTA: Esta sanção sempre será aplicada acompanhada de 
outra, sempre será cumulada a censura ou com a suspensão, com valor que 
poderá variar entre uma e dez anuidades. 
 
CABIMENTO DA MULTA: Quando existir no caso concreto, circunstâncias 
agravantes, no entanto, o Estatuto não delimita o que seriam estas 
circunstâncias, nesse caso, necessária a análise do caso concreto para a 
cominação da multa. 
 
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são 
consideradas, para fins de atenuação, as seguintes 
circunstâncias, entre outras: 
 
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do 
inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele 
revelada, as circunstâncias e as consequências da 
infração são considerados para o fim de decidir: 
 
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da 
multa e de outra sanção disciplinar; 
 
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa 
aplicáveis. 
 
IMPORTANTE: Com relação as sanções de suspensão e exclusão, estas serão 
públicas, ou seja, a OAB publica listas anuais dos advogados suspensos ou 
excluídos, nesse caso, se a multa for aplicada em conjunto a suspensão, será 
pública, no entanto, a censura ocorre em sigilo, neste caso a eventual multa 
aplicada, o sigilo se impõe, ou seja, a multa acompanha o status da sanção 
que acompanhar. 
 
Parágrafo único. As sançõesdevem constar dos 
assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado 
da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de 
censura. 
 
REABILITAÇÃO DO ADVOGADO: Independentemente da sanção aplicada 
ao advogado, a este é lícito buscar o retorno a seu status de primariedade, 
requerendo uma reabilitação, por exemplo, no caso de pleitear um cargo na 
OAB que exige a primariedade. 
 
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer 
sanção disciplinar requerer, um ano após seu 
cumprimento, a reabilitação, em face de provas 
efetivas de bom comportamento. 
 
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar 
da prática de crime, o pedido de reabilitação depende 
também da correspondente reabilitação criminal. 
 
PRESCRIÇÃO NO PROCESSO DISCIPLINAR: A pretensão do Conselho 
nos processos disciplinares não é eterna, nesse caso, teremos dois tipos de 
prescrição: 
 
 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA: Seria o prazo hábil a 
OAB, para dar início ao processo disciplinar, ou seja, 5 anos, a contar da 
constatação oficial do fato. 
 
 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: Ocorre a prescrição intercorrente, 
se estando o processo já instaurado, ficar paralisado por mais de 3 anos, 
sem despacho ou julgamento. Que poderá ser declarada de ofício pela 
OAB, ou a pedido da parte interessada. 
 
Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações 
disciplinares prescreve em cinco anos, contados da 
data da constatação oficial do fato. 
 
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar 
paralisado por mais de três anos, pendente de 
despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de 
ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem 
prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela 
paralisação. 
 
INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL: A lei não se refere a 
suspensão do prazo más quanto a interrupção, esta ocorre em três hipóteses 
interrompendo o prazo e passando a contar do início, são eles. 
 
 Com a instauração do procedimento. 
 
 Com a notificação válida do advogado. 
 
 Com decisão recorrível de qualquer dos órgãos da OAB. 
 
Art. 43. “... 
 
§ 2º A prescrição interrompe-se: 
 
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela 
notificação válida feita diretamente ao representado; 
 
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer 
órgão julgador da OAB. 
 
PROCESSO DISCIPLINAR: Artigos 70 a 76 do Estatuto da OAB, artigos 51 
a 58 do Código de ética e Disciplina, e na lacuna legal, aplicam-se as regras do 
Código de Processo Penal. 
 
Art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se 
subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da 
legislação processual penal comum e, aos demais 
processos, as regras gerais do procedimento 
administrativo comum e da legislação processual civil, 
nessa ordem. 
 
OBSERVAÇÃO: Nos procedimentos de mera consulta, por exemplo, no caso 
de dissolução de sociedade de advogados, divisão de honorários e demais 
procedimentos, na lacuna legal, aplicam-se as regras do Código de Processo 
Civil. 
 
DISPOISIÇÕES GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTO DISCIPLINAR 
 
COMPETÊNCIA: Como regra geral, será competente para processar e julgar o 
procedimento disciplinar o conselho seccional do local onde a infração (por 
ação ou omissão) foi cometida, independentemente do local de inscrição 
principal do advogado representado, lembrando que o processo disciplinar 
não afasta a instauração de um processo judicial de reparação civil ou 
criminal. 
 
Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos 
na OAB compete exclusivamente ao Conselho 
Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a 
infração, salvo se a falta for cometida perante o 
Conselho Federal. 
 
§ 1º Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do 
Conselho Seccional competente, julgar os processos 
disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por 
relatores do próprio conselho. 
 
§ 2º A decisão condenatória irrecorrível deve ser 
imediatamente comunicada ao Conselho Seccional 
onde o representado tenha inscrição principal, para 
constar dos respectivos assentamentos. 
 
 
EXCEÇÕES: Teremos apenas duas exceções à regra geral, caso em que, o 
procedimento será instaurado no conselho federal, são elas: 
 
1) Quando a infração disciplinar tiver sido cometida perante o Conselho 
Federal da OAB, ou se o infrator for membro do Conselho Federal 
ou Presidente de Conselho Seccional. Nesse caso o procedimento 
disciplinar será instaurado diretamente no Conselho Federal. 
 
2) Nos julgamentos de suspensão preventiva, espécie de medida 
cautelar que será aplicada pelo Conselho Seccional de inscrição do 
advogado, quando a infração por este cometida for de grande 
repercussão, ou que atente contra os princípios da Ordem. Nesse caso 
o Conselho Federal julga apenas a suspensão e não o mérito da 
infração disciplinar. 
 
Art. 70. “... 
 
§ 3º O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde 
o acusado tenha inscrição principal pode suspendê-lo 
preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à 
dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão 
especial para a qual deve ser notificado a comparecer, 
salvo se não atender à notificação. Neste caso, o 
processo disciplinar deve ser concluído no prazo 
máximo de noventa dias. 
 
OBSERVAÇÃO: Em se tratando de medida disciplinar aplicada 
antecipadamente, a suspensão preventiva, deverá ser julgado em no máximo 
90 dias, após este prazo esta medida será revogada, e a manutenção da medida 
até julgamento da infração na sucessão onde está ocorreu, depende de 2/3 
dos votos dos conselheiros federais. 
 
PRAZOS PROCESSUAIS: A regra geral é de 15 (quinze) dias para todos os 
atos, notificação da parte para comparecimento, apresentação de defesa prévia, 
apresentação de razões finais, etc. 
 
Art. 69. Todos os prazos necessários à manifestação de 
advogados, estagiários e terceiros, nos processos em 
geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para 
interposição de recursos. 
 
§ 1º Nos casos de comunicação por ofício reservado, ou 
de notificação pessoal, o prazo se conta a partir do dia 
útil imediato ao da notificação do recebimento. 
 
§ 2º Nos casos de publicação na imprensa oficial do ato 
ou da decisão, o prazo inicia-se no primeiro dia útil 
seguinte. 
 
OBSERVAÇÃO: O processo disciplinar no âmbito da OAB é sigiloso, e este 
sigilo e indisponível, podendo tomar conhecimento do processo apenas as partes 
interessadas, testemunhas e órgãos competentes. 
 
PROCEDIMENTOS EM ESPÉCIE: Regras gerais. 
 
 O procedimento disciplinar inicia por peça de Representação interposta 
pelo cliente interessado, qualquer autoridade que tenha tomado 
conhecimento do fato ou terceiro interessado, ou de ofício pela OAB. 
 
Art. 71. A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, 
quando o fato constituir crime ou contravenção, deve 
ser comunicado às autoridades competentes. 
 
Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou 
mediante representação de qualquer autoridade ou 
pessoa interessada. 
 
§ 1º O Código de Ética e Disciplina estabelece os 
critérios de admissibilidade da representação e os 
procedimentos disciplinares. 
 
§ 2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu 
término, só tendo acesso às suas informações as partes, 
seus defensores e a autoridade judiciária competente. 
 
OBSERVAÇÃO: A representação não pode ser anônima para resguardar o 
direito das partes, e juntamente a inicial, o Representante deverá trazer as 
provas que pretende produzir. 
 
 A peça inicial deverá ser endereçadaao 1º Relator (obrigatoriamente 
deverá ser conselheiro) para que dela tome conhecimento, o Conselho de 
ética e Disciplina só toma conhecimento do processo num segundo 
momento, podendo o Relator agir da seguinte forma: 
 
Art. 73. Recebida a representação, o Presidente deve 
designar relator, a quem compete a instrução do 
processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser 
submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina. 
 
§ 1º Ao representado deve ser assegurado amplo 
direito de defesa, podendo acompanhar o processo em 
todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de 
procurador, oferecendo defesa prévia após ser 
notificado, razões finais após a instrução e defesa oral 
perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião 
do julgamento. 
 
§ 2º Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar 
pelo indeferimento liminar da representação, este deve 
ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, 
para determinar seu arquivamento. 
 
§ 3º O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado 
por motivo relevante, a juízo do relator. 
 
§ 4º Se o representado não for encontrado, ou for revel, 
o Presidente do Conselho ou da Subseção deve 
designar-lhe defensor dativo; 
 
§ 5º É também permitida a revisão do processo 
disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação 
baseada em falsa prova. 
 
 Quando verificar que faltam pressupostos de admissibilidade, poderá 
de plano, manifestar pelo arquivamento. Essa decisão caberá 
somente ao Presidente do conselho). 
 
 Faltando elementos necessários a interposição da Representação, o 
Relator deverá mandar notificar o interessado, para querendo, no prazo 
de 15 (quinze) dias, trazer aos autos as informações complementares. 
 
 Estando presente os requisitos necessários, o Relator manda notificar o 
advogado representado, para que este, num prazo de 15 (quinze) dias 
(prorrogáveis pelo Relator dependendo da complexidade da 
causa), traga ao processo sua defesa prévia. 
 
OBSERVAÇÃO: Na defesa prévia, o Representado deverá apresentar todas as 
suas teses de defesa, o rol de testemunhas e os documentos que pretender juntar 
aos autos, e se este não responder a notificação, o Relator irá nomear um 
defensor dativo para acompanhar o processo. 
 
 Retornando o Aviso de Recebimento da notificação cumprido, o processo 
volta as mãos do Relator que poderá chegar as seguintes conclusões: 
 
 Se entender pela procedência das justificativas apresentadas, o relator 
manifesta pelo indeferimento liminar da Representação (ato privativo 
do Presidente do conselho). 
 
 Não se convencendo, determina realização de audiência de instrução, 
onde serão ouvidas as partes. 
 
FORMALIDADES DA AUDIÊNCIA: Na audiência serão ouvidas as partes, 
ao final, o Relator irá verificar a necessidade de novas diligências, não havendo, 
passa as razões finais, primeiro ao Representante e depois ao Representado, em 
prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, findo este prazo, os autos voltam 
conclusos ao 1º Relator que irá elaborar seu parecer preliminar, concluindo a 1ª 
fase do procedimento. 
 
2ª FASE DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR: Após a emissão do parecer 
do 1º Relator, o processo será remetido ao Tribunal de ética e Disciplina, e será 
designado um 2º Relator que, embora não necessite ser conselheiro, deverá ser 
membro integrante do Tribunal, que poderá tomar as seguintes medidas: 
 
 Verificando a necessidade de novas diligências, devera intimar as partes 
para as devidas providências. 
 Não havendo necessidade de novas providências, o 2º Relator determina a 
inserção dos autos na pauta de Seção de Julgamento, com prazo mínimo 
de antecedência de 20 (vinte) dias para notificar as partes, que, desejando 
possam fazer suas sustentações orais. Em seguida, o Tribunal de Ética de 
Disciplina profere o julgamento final. 
 
POSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS: Das decisões do 
Conselho de ética e Disciplina, cabe recurso para o Conselho Seccional, e deste 
para o Conselho Federal, ambos com prazo decadencial de 15 dias. 
 
PARTICULARIDADE: Ao Conselho Seccional caberá recurso de qualquer 
decisão, entretanto, deste para o Conselho Federal, apenas no caso de decisão 
não unânime, ou se houver violação da legislação pertinente ou divergência 
jurisprudencial. 
 
LEGITIMADOS: Partes interessadas e o Presidente da Seccional da OAB onde 
tramitou o procedimento disciplinar. 
 
Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas 
administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a 
que o profissional suspenso ou excluído devolva os 
documentos de identificação. 
 
Art. 75. Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as 
decisões definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, 
quando não tenham sido unânimes ou, sendo 
unânimes, contrariem esta lei, decisão do Conselho 
Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o 
regulamento geral, o Código de Ética e Disciplina e os 
Provimentos. 
 
Parágrafo único. Além dos interessados, o Presidente 
do Conselho Seccional é legitimado a interpor o 
recurso referido neste artigo. 
 
Art. 76. Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas 
as decisões proferidas por seu Presidente, pelo 
Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da 
Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados. 
 
REVISÃO PROCESSUAL: Possível sempre que houver erro de julgamento ou 
nova prova. 
 
PUBLICIDADE DO ADVOGADO: Segundo a norma posta, ao advogado é 
licita a utilização da publicidade meramente informativa, ou seja, aquela que 
é procurada e não imposta, com isso a OAB busca afastar as características de 
mercantilismo da atividade advocatícia. 
 
Art. 2º. Entende-se por publicidade informativa: 
 
a) a identificação pessoal e curricular do advogado ou 
da sociedade de advogados; 
 
b) o número da inscrição do advogado ou do registro 
da sociedade; 
 
c) o endereço do escritório principal e das filiais, 
telefones, fax e endereços eletrônicos; 
 
d) as áreas ou matérias jurídicas de exercício 
preferencial; 
 
e) o diploma de bacharel em direito, títulos acadêmicos 
e qualificações profissionais obtidos em 
estabelecimentos reconhecidos, relativos à profissão de 
advogado (art. 29, §§ 1º e 2º, do Código de Ética e 
Disciplina); 
 
f) a indicação das associações culturais e científicas de 
que faça parte o advogado ou a sociedade de 
advogados; 
 
g) os nomes dos advogados integrados ao escritório; 
 
h) o horário de atendimento ao público; 
 
i) os idiomas falados ou escritos. 
 
NORMATIZAÇÃO DA PUBLICIDADE: As regras da publicidade do 
advogado, encontram-se estampadas no provimento 94/2000 da OAB, e no 
Código de ética e Disciplina, artigos 28 a 34. 
 
PROIBIÇÕES EXPRESSAS: Com vistas a afastar o mercantilismo da 
atividade, a OAB, entre outros, veda expressamente os seguintes meios de 
informação: 
 
 Alusão a preços e forma de pagamento pelos serviços prestados. 
 
 Características do escritório, como por exemplo, ambiente refrigerado e 
com estacionamento próprio. 
 
 Utilização de propaganda em rádio, televisão, outdoors, panfletagem, 
serviços de 0800, convênios, etc. 
 
 Plotagem em carros informando endereço e qualificação do profissional. 
 
MEIOS LÍCITOS DE PROPAGANDA: Lembrando se tratar de mera 
propaganda informativa, ou seja, aquela procurada. 
 
 Cartão de visitas, podendo conter as especializações do advogado. 
 
 Mala direta, com informações básicas dirigida aos clientes, por 
exemplo informar a mudança de endereço do escritório. 
 
 Revistas jurídicas,classificados, listas telefônicas, placas na fachada do 
escritório, desde que se trate de propaganda meramente informativa. 
 
FINS E ORGANIZAÇÃO DA OAB: Os artigos 44 a 62 do Estatuto da OAB e 
Regulamento Geral, artigos 44 a 127, trazem as atribuições essenciais e 
regulamentações inerentes a atividade. 
 
ATRIBUIÇÕES ESSENCIAIS: São elas: 
 
 Defesa da Constituição Federal, do estado democrático de direito e da 
correta aplicação da lei, sendo titular no polo ativo, para promover ações 
de interesse coletivo. 
 
Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 
serviço público, dotada de personalidade jurídica e 
forma federativa, tem por finalidade: 
 
I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado 
democrático de direito, os direitos humanos, a justiça 
social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida 
administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da 
cultura e das instituições jurídicas; 
 
Art. 133 CF. O advogado é indispensável à 
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos 
e manifestações no exercício da profissão, nos limites 
da lei. 
 
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da 
justiça. 
 
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta 
serviço público e exerce função social. 
 
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na 
postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao 
convencimento do julgador, e seus atos constituem 
múnus público. 
 
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável 
por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. 
 
 
 
 Promover com exclusividade a representação, normatização, a defesa e a 
disciplina da atividade advocatícia em todo território nacional. 
 
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no 
território brasileiro e a denominação de advogado são 
privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB), 
 
 Determinar os critérios de seleção e inscrição do advogado. 
 
 Traçar as normas de conduta do profissional. 
 
 Exercer o controle da atividade. 
 
Art. 3º. “... 
 
II - promover, com exclusividade, a representação, a 
defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a 
República Federativa do Brasil. 
 
§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração 
Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico. 
 
§ 2º O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
 Cobrar anuidades dos advogados inscritos, com vistas a custear suas 
atividades, entretanto, devido ao papel social da OAB, esta possui isenção 
fiscal. 
 
OBSERVAÇÃO: A anuidade dispensa o advogado o isenta da contribuição 
sindical obrigatória. 
 
DISTRIBUIÇÃO DA RECEITA: As anuidades serão distribuídas da seguinte 
forma: 
 
 10% da arrecadação de todas as Subseções será repassado para o 
Conselho Federal. 
 
 3% para o Fundo Cultural de cada conselho seccional que oferece cursos, 
palestras de grandes autores etc. 
 
 2% para O Fundo de integração e desenvolvimento do advogado (FIDA). 
 
 45% ficam no Conselho seccional pra cobrir os gastos administrativos. 
 
 20% serão destinados a Caixa de Assistência dos Advogados. 
 
 20% também ficam na secional para cobertura de outros gastos. 
 
ORGÃOS DA OAB: A Ordem dos advogados do Brasil se divide nos 
seguintes órgãos, todos eles colegiados, ou seja, compostos de diretoria e 
conselheiros, todos são cargos gratuitos de relevante serviço público. 
 
Art. 133 CF. O advogado é indispensável à 
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos 
e manifestações no exercício da profissão, nos limites 
da lei. 
 
Art. 45. São órgãos da OAB: 
 
I - o Conselho Federal; 
 
II - os Conselhos Seccionais; 
 
III - as Subseções; 
 
IV - as Caixas de Assistência dos Advogados. 
 
CONSELHO FEDERAL: Órgão máximo da OAB e dotado de personalidade 
jurídica próprio, com sede na Capital da República, composto de delegações 
compostas por 3 (três) advogados eleitos em cada uma das seccionais para 
conselheiros federais e seus ex presidentes, na forma de membro honorários 
vitalícios. 
 
Art. 45. São órgãos da OAB: 
 
I - o Conselho Federal; 
 
§ 1º O Conselho Federal, dotado de personalidade 
jurídica própria, com sede na capital da República, é o 
órgão supremo da OAB. 
 
OBSERVAÇÃO: No âmbito do Conselho Federal, os ex presidentes eleitos até 
julho de 1994, ano da promulgação do Estatuto da OAB, terão direito a voz e a 
voto, os demais, apenas voz, e o Presidente atual, voz e voto de qualidade 
(desempate). 
 
ELEIÇÃO DO PRESIDENTE NACIONAL DA OAB: Eleito por votos de 
todos as conselheiros federais, e o presidente do conselho federal não precisa ser 
conselheiro federal eleito. 
 
ÓRGÃOS DO CONSELHO FEDERAL: São órgãos do Conselho Federal: 
 
 Conselho pleno, presidido pelo Presidente nacional da OAB e 
representado pelo secretário geral. 
 
 Órgão especial do conselho, presidido pelo vice Presidente e representado 
pelo secretário geral. 
 
 Primeira Câmara, presidida pelo secretário geral. 
 
 Segunda Câmara, presidida pelo secretário geral adjunto. 
 
 Terceira Câmara, presidida pelo tesoureiro. 
 
CONSELHOS SECCIONAIS: Órgãos estaduais, com personalidade jurídica 
própria, composto por Presidente, Vice Presidente, Secretário Geral, Secretário 
Geral Adjunto, Tesoureiro e conselheiros seccionais, e os seus ex presidentes, 
como membros honorários vitalícios, apenas com direito a voz. 
 
Art. 45. São órgãos da OAB: 
 
II - os Conselhos Seccionais; 
 
§ 2º Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade 
jurídica própria, têm jurisdição sobre os respectivos 
territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal e 
dos Territórios. 
 
OBSERVAÇÃO: O número de conselheiros seccionais será determinado pelo 
número de advogados inscritos na seccional, ou seja, até 3000 inscritos serão 
24 conselheiros, após isso, a cada mais 3000 inscritos, mais um conselheiro até o 
limite de 60 conselheiros. 
 
SUBSEÇÕES DA OAB: São partes autônomas dos Conselhos Seccionais, por 
isso não possuem personalidade jurídica própria. E pode abranger um ou mais 
municípios, segundo a regra a seguir: 
 
 Será criada uma nova subseção no momento em que tiver no município, 
pelo menos 15 advogados inscritos, e será eleito um conselho apenas nos 
locais onde houver 100 ou mais advogados inscritos. 
 
Art. 60. A Subseção pode ser criada pelo Conselho 
Seccional, que fixa sua área territorial e seus limites de 
competência e autonomia. 
 
§ 1º A área territorial da Subseção pode abranger um 
ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da 
capital do Estado, contando com um mínimo de quinze 
advogados, nela profissionalmente domiciliados. 
 
CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS: Órgão criado pelo 
Conselho Seccional a partir do momento em que esta tiver mais de 1500 
advogados inscritos, possui personalidade jurídica própria, e se encarrega de 
prestar assistência aos advogados inscritos naquela seccional, e tem como 
atribuições: 
 
 Oferecer assistência aos seus vinculados, como seguro, planos de saúde, 
etc. 
 
 Criar serviço de seguridade complementar. 
 
Art. 45. São órgãos da OAB: 
 
IV - as Caixas de Assistência dos Advogados. 
 
§ 4º As Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas 
de personalidade jurídica própria, são criadas pelos 
Conselhos Seccionais, quando estes contarem com mais 
de mil e quinhentos inscritos. 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Os Conselhos Seccionais poderão sofrer 
intervenção federal

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