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WBA0301_v1.0 SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E SISTEMAS DE ATERRAMENTO APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Lucas dos Santos Araújo Claudino Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno As descargas atmosféricas são fenômenos naturais que não podem ser impedidos e oferecem grande risco a estruturas, edificações, patrimônios e à vida, o que pode ser feito é apenas o controle das consequências dessas descargas. Tendo em vista esse cenário, é de extrema importância que seja implementada alguma metodologia de proteção para reduzir os danos causados pelas descargas. Este é o objetivo de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas: eliminar ou reduzir os danos possíveis. O objetivo desta disciplina é capacitar o aluno para dimensionar e analisar projetos sobre a aplicação de aterramentos e proteção de sistemas elétricos, utilizando as normas vigentes para projetos de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Com isso, esta disciplina fornece todas as ferramentas necessárias para o estudo de riscos e necessidade de implantação de SPDA. Além disso, detalha todos os subsistemas que compõem uma estrutura de proteção, incluindo os objetos de captação, descida e aterramento. Por meio dos estudos realizados ao longo da disciplina, será possível aprender sobre a origem das descargas atmosféricas, conceito fundamental para o entendimento da estrutura de proteção. Além de quais os níveis de proteção passíveis de serem aplicados a uma edificação e a metodologia de projeto do SPDA e do subsistema de aterramento de acordo com os requisitos extraídos a partir da análise de risco. 3 Exemplos de projeto e dimensionamento serão fornecidos, para que todos os conceitos possam ser aplicados, culminando em um projeto completo do SPDA, desde a análise da estrutura até a especificação de materiais e dimensionamento de condutores. INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Origem de descargas atmosféricas e elementos do SPDA ______________________________________________________________ Autoria: Lucas dos Santos Araújo Claudino Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno 5 DIRETO AO PONTO Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) tem como principal função proteger uma estrutura (chamada de volume) contra os efeitos de descargas atmosféricas. O SPDA não impede que as descargas ocorram, ele apenas garante que elas serão direcionadas para um sistema capaz de captar e dissipar as cargas provindas dessa descarga. Para projetar corretamente um SPDA, primeiramente é preciso saber qual a origem dos raios, que é relacionada ao transporte de massas de ar repletas de partículas de água que, quando em fricção umas com as outras, polarizam as nuvens. As descargas atmosféricas podem ser classificadas de quatro maneiras, conforme ilustra o diagrama da Figura 1, sendo elas relacionadas ao seu sentido de propagação (do solo para a nuvem, ou vice-versa) e à polaridade das cargas que fluem na descarga: Figura 1 – Linha do tempo da evolução das políticas de atenção às urgências e emergências Fonte: elaborada pelo autor. 6 Após a compreensão da origem das descargas atmosféricas, o passo mais importante é compreender quais são as estruturas que compõem um sistema de proteção contra descargas atmosféricas. A Figura 2 contém a classificação dos subsistemas de um SPDA, assim como indicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2001) na norma NBR 5.419. Figura 2 – Classificação dos subsistemas de um SPDA Fonte: elaborada pelo autor. Para elaborar um projeto de SPDA, o primeiro passo é a escolha do método de proteção, que vai influenciar na topologia de distribuição dos captores, na quantidade de condutores de descida e também no sistema de aterramento. Os três métodos indicados pena norma NBR 5.419-3 para dimensionamento são (ABNT, 2015, p. 10): 1. Método Franklin. 2. Método Faraday. 3. Método eletrogeométrico (da esfera rolante). O método da esfera rolante é considerado o mais completo para proteção de estruturas; o método Franklin se baseia no princípio 7 de inserção de um captor a uma grande altura para gerar um ângulo de proteção elevado; e o método Faraday é indicado para os casos de proteção em edificações que apresentam uma grande área horizontal, para evitar a utilização de muitos captores do tipo Franklin. Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5.419-3: proteção de estruturas contra descargas atmosféricas parte 3 – danos físicos a estruturas e perigos à vida: referências. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. 51 p. PARA SABER MAIS O projeto de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas envolve diversas etapas, como o levantamento da topologia da edificação, a análise da incidência média de descargas atmosféricas na região da edificação, o cálculo e posicionamento dos captores, o dimensionamento do subsistema de descida e também o projeto do subsistema de aterramento. O subsistema de aterramento é essencial para um projeto de SPDA e também para qualquer outro tipo de instalação elétrica residencial, predial ou industrial. O aterramento é, basicamente, uma conexão entre o solo e o eletrodo de aterramento. O ideal é que essa conexão seja feita da melhor forma possível, para que a resistência ôhmica dessa conexão seja baixa e então apresente um caminho fácil para o fluxo de cargas em possíveis descargas atmosféricas. 8 Quando o subsistema de aterramento não é do tipo natural, é necessário utilizar elementos específicos para fazer conexões entre cabos e eletrodos, a fim de se obter uma conexão (ou emenda) resistente contra impactos mecânicos, às intempéries, forneça a baixa resistência ôhmica exigida pelas normas vigentes e possa então garantir a equipotencialidade entre as diversas estruturas metálicas e a malha de aterramento. As instalações elétricas, geralmente, possuem estruturas metálicas (carcaças metálicas, antenas, calhas, ferragens estruturais e diversos outros componentes) que não estão energizadas. Porém, em caso de falhas do sistema de isolamento entre as estruturas metálicas e possíveis condutores de energia, é preciso que o subsistema de aterramento funcione como ferramenta para garantir que o potencial dessas estruturas esteja abaixo dos níveis nocivos ao usuário e também faça conexão para que os equipamentos de proteção possam agir corretamente. Um exemplo fundamental de equipamento de proteção que necessita do subsistema de aterramento funcionando corretamente é o DPS (dispositivo de proteção contra surtos). Esses dispositivos atuam quando um surto de tensão (descarga atmosférica) não é captado pelo SPDA e então atinge a instalação elétrica. O DPS irá, então, atuar para dispersar uma porção dessa corrente de descarga para o eletrodo de aterramento. Sendo assim, um DPS de 40 kA, por exemplo, possui a capacidade de dispersar para o eletrodo de aterramento uma energia equivalente a uma descarga elétrica de 40 kA, protegendo, então, a instalação elétrica desse surto. Este exemplo ilustra a importância de um subsistema de aterramento realizado corretamente. Se o aterramento não está em conformidade com as normas vigentes, o dispositivo de 9 proteção não será capaz de dispersar o surto de tensão. Logo, o surto pode fluir para a instalação elétrica interna e danificar equipamentos e componentes. TEORIA EM PRÁTICA Para garantir a integridade das estruturas e instalações elétricas, é necessária a elaboração de projetos de SPDA corretos, que considerem as características do volume a ser protegido, desde suas dimensões até a incidência média de descargas atmosféricas sobrea região. Imagine que você possui uma empresa especializada na realização de projetos de instalação elétrica e SPDA. Um novo cliente chegou ao seu escritório relatando que está com vários problemas relacionados à captação de descargas atmosféricas. Ele relatou que nunca realizou um projeto de SPDA para a residência, e agora precisa urgentemente de proteção contra essas descargas. Como você já possui bastante experiência com a elaboração de projetos de SPDA, sabe que a melhor escolha de metodologia de projeto é aquela que está de acordo com a edificação. Sendo assim, antes de analisar o local, você perguntou ao cliente qual é o tipo de residência, pois assim será possível escolher de antemão o método de proteção mais adequado para o cálculo SPDA. O cliente relatou que se trata uma residência de pequeno porte: um sobrado de aproximadamente 10 metros de largura, 12 metros de comprimento e altura média de 10 metros. A partir dessa informação, já é possível escolher qual será o método mais indicado. Sua tarefa agora é fazer um estudo 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina comparativo sobre os métodos de proteção utilizados em sistema de proteção contra descargas atmosféricas para poder mostrar ao seu cliente qual é a opção mais indicada para a residência dele. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Este livro contém fundamentos básicos para elaboração de projetos elétricos, que são base para os estudos de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. O capítulo 11 trata sobre o sistema de aterramento das instalações elétricas. Na instalação, o aterramento tem algumas funções bastante definidas, como, por exemplo, a sensibilização de equipamentos de proteção, a criação de caminho para possíveis descargas elétricas e a constituição de um caminho de baixa resistência para o fluxo de correntes de falha. O capítulo ainda apresenta uma seção específica de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, com um resumo dos elementos de um SPDA e sintetização dos métodos de proteção. Além disso, o capítulo contém explicações físicas sobre a origem das descargas atmosféricas e sobre a equipotencialização, que é um conceito muito importante para garantir a segurança de SPDAs e instalações elétricas. O aluno pode acessar este livro por meio da plataforma Minha Biblioteca, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. Indicações de leitura 11 GERBAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Aterramento. In: RIZZATO, F. A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. São Paulo: Bookman Companhia Editora Ltda., 2017. Cap. 11, p. 163-179. Indicação 2 Esta obra, além de todas as especificações necessárias para a elaboração de projetos elétricos prediais (como previsão de cargas, divisão de circuitos, padrão de fornecimento de energia, dimensionamento de eletrodutos e dispositivos de proteção contra sobrecorrentes), contém um capítulo dedicado à proteção contra descargas atmosféricas. O capítulo 11, primeiramente, fala sobre as generalidades sobre proteção contra sobretensão; na sequência, aborda o fenômeno físico por trás das descargas atmosféricas. Em seguida, o capítulo trata sobre as metodologias de proteção contra descargas atmosféricas e finalmente executa um projeto e esquematização de instalação de sistemas SPDA. O capítulo ainda fornece algumas definições muito importantes para o SPDA, como, por exemplo, a diferença entre descarga atmosférica e raio, a definição de ponto de impacto e volume a proteger. Na seção de projeto de SPDA, a obra fornece uma análise criteriosa das tabelas e especificações fornecida pela norma NBR 5.419:2005. O único ponto importante a ser observado é que essa norma foi reformulada em 2015, por isso pode haver ligeiras modificações nos requisitos de projeto. Para realizar a leitura, o aluno deve acessar a plataforma Minha Biblioteca, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. 12 LIMA FILHO, D. L. Proteção contra descargas atmosféricas. In: LIMA FILHO, D. L. Projetos de instalações elétricas prediais. 12. ed. São Paulo: Érica, 2011. Cap. 11, p. 226-241. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Devido aos danos que podem ser causados por descargas atmosféricas, instituições normativas (como a Associação Brasileira de Normas Técnicas) elaboram regras rígidas para elaboração de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Essas exigências devem ser seguidas para que o volume protegido esteja realmente sob proteção do sistema de proteção implementado. Os sistemas de SPDA, para que sejam corretamente projetados, precisam ser compostos pelo subsistema de __________, pelos condutores de __________ e pelo sistema de __________. Assinale a alternativa que preenche corretamente as três lacunas. 13 a. Para-raios; descida; terra. b. Para-raios; descida; aterramento. c. Captores; subida; aterramento. d. Captores; descida; aterramento. e. Captores; descida; para-raios. 2. Os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas não têm a função de evitar que essas descargas ocorram ou atinjam a estrutura protegida. Eles são responsáveis por estabelecer um caminho de baixa resistência para o fluxo das cargas provindo da descarga atmosférica. Para que isso ocorra, é preciso escolher o método de proteção mais adequado à edificação, e então o projeto e dimensionamento do SPDA a partir dessa escolha. A respeito dos métodos de proteção Franklin, Faraday e eletrogeométrico, assinale a alternativa correta. a. O método da esfera rolante é considerado o mais simples para proteção de estruturas, por isso não é indicado para grandes edificações. b. O método eletrogeométrico se baseia no princípio de inserção de um captor a uma grande altura para gerar um ângulo de proteção elevado. c. O método Franklin é indicado para a proteção em edificações que apresentam uma grande área horizontal, evitando, assim, a utilização de muitos captores do tipo Faraday. d. O método Faraday é baseado no ato de se inserir um captor a uma grande altura, gerando, então, um elevado ângulo de proteção. 14 e. O método Faraday é indicado para os casos de proteção em edificações que apresentam uma grande área horizontal, para evitar a utilização de muitos captores do tipo Franklin. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: Segundo a norma NBR 5.419:2015, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas é dividido nos seguintes subsistemas: captores, descida e aterramento. Portanto, a alternativa “captores; descida; aterramento” é a que preenche corretamente as lacunas do trecho. Questão 2 - Resposta E Resolução: O método da esfera rolante pode ser considerado como o mais completo para proteção de estruturas. O método Franklin se baseia no princípio de inserção de um captor a uma grande altura para gerar um ângulo de proteção elevado. O método Faraday é indicado para os casos de proteção em edificações que apresentam uma grande área horizontal, para evitar a utilização de muitos captores do tipo Franklin. TEMA 2 Níveis de proteção e suas aplicações em equipamentos, linhas, subestações e cabines ______________________________________________________________ Autoria: Lucas dos Santos Araújo Claudino Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias C. Moreno 16 DIRETO AO PONTO A elaboração de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas envolve o desenvolvimentode várias etapas, sendo que todas devem ser baseadas nas recomendações fornecidas pela norma NBR 5.419. O primeiro passo, que afeta todo o projeto do SPDA, é a análise de risco, identificação das probabilidades de danos à estrutura e ao equipamento e a classificação quanto ao nível de proteção. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015), por meio da NBR 5419-2, a estrutura a ser protegida pode ser classificada em quatro níveis, assim como ilustra a Figura 1, sendo que a corrente IP é a corrente máxima de pico da descarga. O nível I é a classificação dada àqueles locais onde uma falha do sistema elétrico de proteção pode ocasionar danos a estruturas vizinhas ou também ao meio ambiente. Exemplos: depósitos de materiais inflamáveis, postos de combustível. O nível II é para aquelas estruturas que, caso ocorram falhas devido a descargas atmosféricas, os danos serão elevados ou poderá ocorrer a perda de objetos/bens históricos. Exemplos: escolas, museus. Nível III é aplicado a estruturas comuns, como, por exemplo, escritórios e residências. O nível IV é aplicado a estruturas não inflamáveis, nas quais exista pouco acesso ou circulação de pessoas, como depósitos e estoques. 17 Figura 1 – Classificação das descargas atmosféricas Fonte: elaborada pelo autor. Além do nível de proteção necessário para a edificação, é importante saber qual a característica da carga instalada no local, pois isso determina se há a necessidade de proteção adicional. A norma NBR 5.419 subdivide a proteção contra descargas atmosféricas em duas partes: externa e interna, sendo que a externa abrange o SPDA e a interna contém a proteção contra impulso eletromagnético da descarga atmosférica (LEMP) que pode atingir equipamentos eletrônicos, exigindo a utilização de medidas de proteção (MPS) e divisão em zonas de proteção contra raios (ZPR). Para sintetizar essa classificação, observe a Figura 2. 18 Figura 2 – Subdivisão da proteção contra descargas atmosféricas Fonte: elaborada pelo autor. PARA SABER MAIS A necessidade (ou não) de um SPDA e/ou medidas de proteção contra surto é avaliada a partir da análise de risco no local, sendo o risco dividido em quatro níveis (R1, R¬2, R¬3 e R¬4), e o SPDA se faz necessário quando o risco determinado (R) for maior do que o risco tolerável (RT), ou seja, quando R > RT, e a análise de risco é feita da de acordo com as especificações presentes na Figura 3. 19 Figura 3 – Síntese da análise de risco em SPDA Fonte: adaptada de ABNT NBR 5.419-1 (2015, p. 13). Quando a avaliação de risco leva ao nível R4, é necessário também avaliar a viabilidade econômica da implantação do SPDA, considerando-se o custo das perdas residuais (CRL) consequentes da descarga, o custo das medidas de proteção (CPM) é menor do que o custo que haveria caso não houvesse implementação de medidas de proteção (CL): CRL + CPMde um sistema de proteção contra descargas atmosféricas pode precisar de um investimento significativo, mas os danos provocados por possíveis descargas atmosféricas, em grande parte dos casos, supera o valor do investimento. Sendo assim, por meio da metodologia de avaliação de risco, é possível mostrar a viabilidade econômica que o SPDA pode trazer. Para realizar a leitura, o aluno deve acessar a plataforma Ged Web, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5.419-2: proteção contra descargas atmosféricas parte 2: gerenciamento de risco: referências. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. 104 p. 24 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A classificação de uma estrutura quanto ao nível de proteção (classes I, II, III e IV) dita quais serão as características construtivas do SPDA. Por isso é imprescindível elaborar uma análise de risco cuidadosa e posteriormente seguir com os passos de elaboração de projeto do sistema de proteção. Segundo a norma NBR 5.419, assinale a alternativa que contém um item que não depende da classe de proteção do SPDA. a. Raio da esfera rolante e tamanho da malha de proteção. b. Parâmetros máximos e mínimos aceitáveis da descarga atmosférica. c. Comprimento mínimo dos eletrodos de aterramento. d. Espessura mínima das tubulações metálicas presentes em sistemas de captação. e. Ângulo de proteção para o método Franklin. 25 2. A utilização de um SPDA diminui a probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas danificarem estruturas e equipamentos internos aos volumes protegidos. Sendo assim, casos em que existem equipamentos eletrônicos sensíveis exigem utilização de medidas adicionais de proteção, como a divisão em zonas de proteção contra raios (ZPR). A respeito das zonas de proteção contra raios, assinale a alternativa correta. a. As ZPR possuem um DPS comum para todas as linhas condutoras que entram na zona de proteção. b. Os equipamentos mais sensíveis devem ser associados à ZPR 0, pois assim estarão imunes contra descargas atmosféricas. c. A região que contenha os equipamentos mais sensíveis precisam possuir uma ZPR associada, e cada zona e fronteira entre zonas necessita de medidas de proteção específicas. d. A divisão em zonas de proteção exclui a necessidade de instalação de captores e sistema de aterramento. e. Se um condutor é equipotencializado em uma fronteira entre duas ZPR, ele não precisa ser protegido novamente caso adentre em outra ZPR. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: A norma NBR 5.419-3, em seu item 4.1, cita, entre outros, a espessura mínima de placas ou 26 tubulações metálicas nos sistemas de captação como não dependentes da classe de SPDA. Questão 2 - Resposta C Resolução: As ZPR possuem DPS ou equipotencialização para cada linha que entra na zona, sendo que os equipamentos mais sensíveis devem estar alocados nas zonas mais interiores, e não na ZPR 0. Caso um condutor precise entrar em uma zona mais sensível (ZPR 2), ele precisa ser equipotencializado novamente para reduzir ainda mais a probabilidade de ocorrência de LEMP. É importante dizer que a utilização de divisão em ZPR não exclui a implementação do SPDA com captores, subsistema de descida e aterramento. TEMA 3 Sistemas de aterramentos e normas vigentes ______________________________________________________________ Autoria: Lucas dos Santos Araujo Claudino Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno 28 DIRETO AO PONTO O sistema de proteção contra descargas atmosféricas é dividido em três subsistemas: captação, descida e aterramento. Cada um deles tem uma função muito importante, e o SPDA só é completo se todos estão funcionando corretamente. O subsistema de aterramento merece uma atenção especial, pois, na grande maioria dos casos, possui funções adicionais, e não somente a propriedade de auxílio à proteção contra descargas atmosféricas. Portanto, para um projeto completo do sistema de aterramento, é importante seguir as recomendações de ao menos duas normas: a NBR 5.419 – Proteção contra descargas atmosféricas e a NBR 5.410 – Instalações elétricas de baixa tensão (ABNT, 2015). Porém, se o projeto envolver indústrias ou edificações que necessitem entrada de energia em média tensão, é preciso utilizar também a norma NBR 14.039 – Instalações elétricas de média tensão1 (ABNT, 2004). Ao se estudarem todas essas normas, é possível extrair recomendações para os principais componentes constituintes de um subsistema de aterramento. O dimensionamento, projeto e a alocação correta desses elementos construtivos irão garantir que as características básicas do aterramento sejam garantidas. O Quadro 1 contém um resumo dos elementos e características do sistema de aterramento, e a explicação detalhada de cada um dos itens pode ser obtida por meio do estudo cuidadoso das normas elencadas acima. 1 É importante ressaltar também que edificações específicas, como hospitais e postos de serviços, possuem normas também específicas para regulamentar as suas instalações elétricas. Portanto, é indispensável a utilização de outras normas nesses casos. 29 Quadro 1 – Resumo dos principais elementos e características de um sistema de aterramento Fonte: elaborada pelo autor. Assim como toda instalação elétrica de baixa, média ou alta tensão, o sistema de aterramento precisa seguir normas de segurança, tanto para garantir que o projeto seja elaborado visando a segurança do usuário como medidas de proteção que devem ser tomadas a fim de garantir uma execução correta e segura do projeto de proteção contra descargas atmosféricas e aterramento. Com essa finalidade, o antigo Ministério de Trabalho e Emprego criou em 1978 e atualizou em 2016 a Norma Regulamentadora no 10, que prescreve recomendações e exigências para a segurança em instalações elétricas e serviços em eletricidade. A fim de resumir os pontos dessa norma regulamentadora que são pertinentes aos serviços em sistemas de aterramento e aplicações do sistema elétrico de potência, observe a Figura 1. 30 Figura 1 – Resumo dos principais pontos de segurança a serem observados na NR-10 durante o projeto e a execução de sistemas de aterramento Fonte: elaborada pelo autor. Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5.419-3: proteção de estruturas contra descargas atmosféricas parte 3 – danos físicos a estruturas e perigos à vida: referências. Rio de Janeiro, ABNT, 2015. 51 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5.410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, ABNT, 2004. 209 p. PARA SABER MAIS Um ponto muito importante, que foi comentado ao longo do estudo é que o sistema de aterramento deve ser projetado para suportar todas as suas funções, ou seja, deve servir de escoamento para 31 descargas atmosféricas, conexão para aterramento de equipamentos internos e também para a malha de proteção de eventuais subestações. Porém, essas funções são elencadas em normas distintas. O ponto confuso entre todas as normas é o fato de ambas estarem, na realidade, tratando sobre a mesma infraestrutura de aterramento. Para melhor entender o ponto comum entre as normas, observe que a norma NBR 5.410 diz que, no mínimo, o eletrodo de aterramento deve circundar a edificação. Esse eletro está desenhado ao redor de uma edificação fictícia na Figura 2. Agora, considerando que dentro da edificação existem duas subestações (SE1 e SE2 da Figura 2), a norma NBR 14.039 diz que o eletrodopara a subestação deve ser uma malha sob o piso, e essa malha está, portanto, conectada ao eletrodo único da edificação. Figura 2 – Infraestrutura de aterramento de uma edificação fictícia Fonte: elaborada pelo autor . 32 Além disso, a norma NBR 5.419 diz que o subsistema de descida do SPDA deve também estar conectado ao eletrodo de aterramento, assim como ilustra a Figura 3 (ABNT, 2015). Dessa forma, é possível observar como todas essas normas tratam, de forma complementar, a infraestrutura de aterramento da edificação. TEORIA EM PRÁTICA O projeto e a implementação de um SPDA possuem diversas etapas, sendo que todas são fundamentais para a elaboração adequada do sistema necessário para proteção da edificação. Uma etapa muito importante é o dimensionamento do subsistema de aterramento, considerando que essa infraestrutura de aterramento deverá ser também utilizada pelas instalações elétricas. Para aplicar seus conhecimentos sobre especificação e dimensionamento de sistemas de aterramento, você deverá, a partir de algumas informações fornecidas, elaborar uma descrição da infraestrutura necessária (eletrodo e hastes de aterramento, cabos condutores, conexões, etc.) para garantir que o projeto do subsistema de aterramento de um SPDA esteja de acordo com as normas. Para essa tarefa, considere as seguintes características e especificações: • O imóvel possui 14 andares, largura igual a 20 metros e 23 metros de comprimento. • Classe II de SPDA. • Resistividade do solo igual a 2.000 Ω/metro. 33 • Serão instalados cinco condutores de descida. A partir dessas informações, indique quantas hastes de aterramento serão necessárias, qual o tipo de eletrodo de aterramento e seu comprimento mínimo, a distância de instalação do eletrodo e a seção dos condutores a serem utilizados. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Este artigo contém um estudo criterioso sobre três topologias de aterramento, discutindo suas vantagens e mostrando resultados sobre a resistência e o potencial gerado no solo para cada topologia utilizada. Além disso, o artigo ainda compara os resultados com os valores limiares de resistência de aterramento fornecidos pelas concessionárias para a utilização de transformadores de distribuição. O aluno pode acessar este livro por meio da plataforma EBSCOhost, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. BERTOLO, H. C; OLIVEIRA FILHO, D.; PIZZIOLO, T. A.; RODRIGUES, D. E.; MONTEIRO, P. M. B.; XAVIER, G. A. Projeto de aterramento para sistema monofilar com retorno pelo terra. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, [s.l.], v. 15, n. 2, p. 205-210, fev. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1415- 43662011000200014. Indicações de leitura http://dx.doi.org/10.1590/s1415-43662011000200014 http://dx.doi.org/10.1590/s1415-43662011000200014 34 Indicação 2 O livro oferece vários capítulos que tratam sobre a proteção contra descargas atmosféricas e a utilização do sistema de aterramento. Ele aborda o dimensionamento da infraestrutura de aterramento segundo os critérios da NBR 5.410, além de discutir os esquemas de aterramento e a utilidade dessa infraestrutura para a proteção contra sobretensão. Para realizar a leitura, o aluno deve acessar a plataforma Biblioteca Virtual 3.0, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2003. 680 p. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A implementação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas exige, basicamente, o dimensionamento de três subsistemas: captores, descida e aterramento. O subsistema de aterramento é uma parte essencial para o SPDA, e a infraestrutura de aterramento, também chamada de malha de 35 aterramento, possui alguns elementos principais. Assinale a alternativa que contém os elementos principais corretos de uma malha de aterramento. a. Eletrodos de conexão, condutores de aterramento, solo e condutor de proteção. b. Eletrodos de aterramento, condutores de aterramento, conexões e condutor de proteção. c. Captores, condutores de descida, eletrodo de aterramento e condutor de proteção. d. Eletrodos de aterramento, hastes de aterramento, fixadores e conexões. e. Eletrodos de aterramento, fixadores, condutor de proteção e condutores de descida. 2. O projeto e a implementação de um sistema de aterramento envolve a análise criteriosa da estrutura a ser protegida e o estudo cuidadoso das normas pertinentes a cada caso. Sobre a implantação de uma infraestrutura de aterramento que atenda à norma NBR 5.419 e à norma de instalação elétrica de baixa ou média tensão, assinale a alternativa que contém uma afirmativa correta. a. Se o sistema de aterramento for utilizado para proteção contra descargas atmosféricas, ele não pode ser utilizado para aterramento dos equipamentos eletrônicos. b. O sistema de aterramento pode atender à proteção contra descargas atmosféricas e ao aterramento das instalações elétricas internas, contanto que as ligações sejam feitas apenas de forma direta. 36 c. O sistema de aterramento pode atender à proteção contra descargas atmosféricas e ao aterramento das instalações elétricas internas, contanto que as ligações sejam feitas apenas por meio do uso de DPS. d. O sistema de aterramento pode atender à proteção contra descargas atmosféricas e ao aterramento das instalações elétricas internas, e as ligações podem ser feitas de forma direta ou indireta. e. O sistema de aterramento pode atender à proteção contra descargas atmosféricas e ao aterramento das instalações elétricas internas, mas não pode atender ao aterramento de subestações. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: Os principais elementos de uma malha de terra são: eletrodos de terra, condutores de aterramento, conexões e condutor de proteção. Questão 2 - Resposta D Resolução: A infraestrutura de aterramento pode ser comum para a proteção contra descargas atmosféricas, para o aterramento das instalações elétricas internas e para as subestações, contanto que ela esteja atendendo simultaneamente a todas as normas pertinentes a cada finalidade do aterramento. TEMA 4 Projeto e dimensionamento de SPDA ______________________________________________________________ Autoria: Lucas dos Santos Araújo Claudino Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno 38 DIRETO AO PONTO O sistema de proteção contra descargas atmosféricas é fundamental para a garantia da integridade da instalação elétrica e da infraestrutura em caso de descarga atmosférica. Ele tem a principal função de reduzir danos à estrutura, à vida humana e ao patrimônio caso algum relâmpago atinja a edificação. É por isso que, ao elaborar um projeto de SPDA, você deve rigorosamente seguir alguns passos e garantir que todo o dimensionamento esteja em conformidade com as regras pertinentes ao local. Ao elaborar o projeto, o ideal é que você redija um documento chamado memorial descritivo, que contém as normas, metodologias e técnicas utilizadas para o dimensionamento, bem como os resultados obtidos e a especificação de materiais permitidos para a instalação. É claro que cada profissional possui sua própria maneira de elaborar um memorial e calcular os componentes para dimensionamento do SPDA. Porém, as análises devem ser comuns e baseadas nos requisitos fornecidos pelas normas. A Figura 1 contém uma síntesedos principais pontos que devem ser abordados e especificados ao elaborar um projeto de SPDA, desde a avaliação de necessidade até a especificação de componentes. 39 Figura 1 – Itens essenciais para o projeto de um SPDA Fonte: elaborada pelo autor. 40 PARA SABER MAIS O projeto do subsistema de captores é tão importante quanto todas as outras etapas de um SPDA, e para isso você pode utilizar qualquer um dos três métodos disponíveis para tal tarefa: captores Franklin, gaiola de Faraday ou método da esfera rolante. Para entender melhor a metodologia de projeto pelo método de gaiola de Faraday, considere um prédio de quatro andares, com altura igual a 15 metros, 40 metros de largura e 75 metros de comprimento. Deve-se, então, projetar os captores para uma proteção de classe III. Para essa classe de proteção, o tamanho máximo da malha tipo Faraday é 15x15 metros. Com isso, é possível calcular o número mínimo de condutores da malha captora em ambas as dimensões da edificação, de acordo com as Equações 1 e 2: A quantidade mínima de descidas é calculada a partir do perímetro do prédio e da especificação de distância da malha, considerando a proteção de classe III, de acordo com a Equação 3: 41 O resultado do projeto do subsistema de captores e condutores de descida é ilustrado na Figura 2. Observe que não foi especificado condutor horizontal extracircundando a edificação, pois a altura de prédio já é a distância máxima entre condutores recomendada pela norma. Figura 2 – Resultado do projeto de malha captora e condutores de descida Fonte: elaborada pelo autor. TEORIA EM PRÁTICA O dimensionamento do subsistema de captores e descida é essencial para o SPDA. O método Franklin é uma solução que, dentro de seus limites, apresenta um excelente custo-benefício. Porém, para edificações com grande área horizontal, ele se torna inviável. Considere uma edificação de quatro andares, 42 com altura igual a 15 metros, 20 metros de largura e 20 metros de comprimento. Caso seja instalada uma única haste captora de seis metros de altura no topo do edifício, identifique qual é a classe máxima de proteção oferecida por essa configuração. Após identificada a classe, calcule o número necessário de descidas para essa configuração de SPDA. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Este artigo contém um estudo sobre proteção contra descargas atmosféricas em subestações aplicando blindagem com cabos. Ele elabora o projeto da blindagem com método eletrogeométrico e posteriormente aplica algoritmos de otimização não linear para encontrar o número e configuração ótima dos condutores utilizados na captação das descargas atmosféricas. O aluno pode acessar este livro por meio da plataforma EBSCOhost, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. KHODADADI, A.; NAZARI, M. H.; HOSSEINIAN, S. H. Designing an optimal lightning protection scheme for substations using shielding wires. Engineering, Technology & Applied Science Research, [s.l.], v. 7, n. 3, p. 1.595-1.599, 2017. Indicações de leitura 43 Indicação 2 O livro oferece metodologias largamente utilizadas para a elaboração de projetos elétricos industriais. Sendo o SPDA uma parte fundamental da instalação elétrica industrial, o livro contém também esquemas de projeto e dimensionamento dos três subsistemas de um SPDA. Além disso, o livro é uma versão atual e, por isso, oferece o projeto baseado na revisão de 2015 das normas pertinentes ao projeto do SPDA. Para realizar a leitura, o aluno deve acessar a plataforma Minha Biblioteca, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. MAMEDE FILHO, J. Proteção contra descargas atmosféricas. In: MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. Cap. 13, p. 600-662. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O projeto de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas envolve o dimensionamento e a especificação de diversos componentes, como cabos, conexões e hastes. Para 44 esses elementos, as dimensões, espessuras e os materiais devem ser considerados. Acerca da especificação do subsistema de aterramento, segundo a norma NBR 5.419, assinale a alternativa correta. a. O eletrodo de aterramento não pode ser constituído de partes naturais da estrutura. b. O eletrodo de aterramento enterrado não pode estar abaixo de 1 metro do solo. c. O eletrodo de aterramento não pode ser constituído de alumínio. d. O eletrodo de aterramento em anel deve ser posicionado a uma distância de aproximadamente um metro das paredes externas. e. O subsistema de aterramento é o único cujos projeto e dimensionamento de componentes não dependem da classe de proteção adotada. 2. O SPDA é essencial para a garantia da segurança elétrica em estruturas e edificações. Por isso seu projeto deve ser realizado de acordo com normas, requisitos de segurança e análise de riscos. Somente o projeto corretamente elaborado é capaz de garantir que o SPDA exerça corretamente a função de reduzir a probabilidade de descargas atmosféricas causarem danos à estrutura ou aos sistemas internos. Sobre o projeto de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, assinale a alternativa que contém uma afirmação correta. 45 a. O projeto e posicionamento dos captores em edificações com mais do que 15 metros de altura pode ser realizado somente com o uso do método eletrogeométrico. b. O condutor de descida pode conter, no máximo, duas emendas ao longo de seu comprimento total. c. Todos os condutores metálicos da entrada de serviço de energia (carcaça de caixa de medição, transformadores e equipamentos) devem ser diretamente conectados ao sistema de aterramento. d. A interligação horizontal de condutores de descida ao redor de edificações tem a função principal de garantir a robustez mecânica do subsistema de descida. e. Durante a análise de risco e cálculo da necessidade do SPDA, deve-se excluir a zona de menor grau de proteção (Zona 1) dos cálculos e análises. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: O subsistema de aterramento deve ser projetado de acordo com a classe de proteção, sendo que componentes da estrutura ou eletrodos externos podem ser utilizado. O eletrodo enterrado deve estar, no mínimo, a 50 centímetros da superfície, e o alumínio pode ser utilizado para partes não enterradas. Questão 2 - Resposta C Resolução: O projeto e posicionamento dos captores em edificações com mais do que 15 metros de altura pode ser realizado com os métodos eletrogeométrico, gaiola de Faraday e método de Franklin. 46 O condutor de descida não pode conter emendas. A interligação horizontal de condutores de descida ao redor de edificações tem a função de garantir a baixa resistência do subsistema de descida e fornecer caminhos paralelos para o escoamento de correntes de descarga. Durante a análise de risco e o cálculo da necessidade do SPDA, devem-se considerar todas as zonas para os cálculos e análises. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito BotãoTEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5: