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AFYA CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade II Professor (es): Período: 202501 Turma: Data: N1 ESPECÍFICA_2 PERIODO_08ABRIL_2025.1_IESC RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 15491 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: (FESAR) Um paciente de 60 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2 há 15 anos, procura atendimento médico para acompanhamento regular da sua condição. Durante a consulta, o médico revisa o plano de cuidados, ajusta a medicação, verifica os resultados dos exames laboratoriais recentes e reforça a importância da adesão ao tratamento e da prática de exercícios físicos. Além disso, uma criança de 5 anos é levada ao pronto-socorro com febre alta, tosse e dificuldade respiratória, sendo diagnosticada com pneumonia. O médico prescreve antibióticos e orienta os pais sobre os cuidados necessários durante a recuperação. Considerando o modelo de Mendes (2011), associe as situações clínicas descritas às respostas do sistema de saúde. I. Paciente com diabetes mellitus tipo 2. II. Cetoacidose diabética (diabetes agudizada). III. Acompanhamento regular do paciente com hipertensão. IV. Atendimento da criança com pneumonia no pronto-socorro. Sendo correto, Alternativas: (alternativa A) I - Proativa/Contínua; II - Proativa/Contínua; III - Reativa/Episódica; IV - Reativa/Episódica. (alternativa B) I - Reativa/Episódica; II - Proativa/Contínua; III - Reativa/Episódica; IV - Proativa/Contínua. (alternativa C) I - Reativa/Episódica; II - Reativa/Episódica; III - Proativa/Contínua; IV - Proativa/Contínua. (alternativa D) (CORRETA) I - Proativa/Contínua; II - Reativa/Episódica; III - Proativa/Contínua; IV - Reativa/Episódica. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 1 de 15 Resposta comentada: I - Proativa/Contínua: O diabetes mellitus tipo 2 é uma condição crônica que exige acompanhamento contínuo e medidas proativas para controlar a doença e prevenir complicações. II - Reativa/Episódica: Cetoacidose diabética (CAD) é uma condição aguda derivada de uma doença crônica (diabetes) que demanda uma resposta imediata e episódica do sistema de saúde, como o atendimento no pronto-socorro. III - Proativa/Contínua: O acompanhamento regular do paciente com hipertensão é uma ação proativa e contínua do sistema de saúde, visando o controle da doença a longo prazo. IV - Reativa/Episódica: O atendimento da criança com pneumonia no pronto-socorro é uma resposta reativa e episódica a uma condição aguda. Referência: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. p. 27-28. 2ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA MANACAPURU) Uma equipe de Saúde da Família, em uma unidade básica de saúde (UBS), de uma cidade de médio porte, identificou que os pacientes com diabetes tipo 2 apresentavam baixa adesão ao tratamento, resultando em complicações frequentes. Para enfrentar esse desafio, os profissionais decidiram realizar encontros quinzenais de educação em saúde, nos quais utilizavam rodas de conversa para compartilhamento de angústias e melhoria do diálogo. Além disso, incorporaram o uso de um aplicativo de monitoramento glicêmico para que os pacientes registrassem suas medições diárias e recebessem feedback remoto da equipe multiprofissional. a) Com base no caso apresentado, identifique e classifique os tipos de tecnologia em saúde utilizados pela equipe (leve, leve-dura ou dura), justificando sua resposta. b) Após a identificação dos tipos de tecnologia empregados, proponha uma outra ação ou medida que utilize o mesmo nível tecnológico descrito no caso, explicando como essa nova estratégia poderia contribuir para o cuidado dos pacientes. Alternativas: -- 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 2 de 15 Resposta comentada: a) Identificação e classificação dos tipos de tecnologia em saúde utilizados pela equipe. (0,75). No caso apresentado, a equipe de Saúde da Família emprega diferentes tipos de tecnologia em saúde. Conforme a explicação a seguir. Tecnologia leve: as rodas de conversa de angústias e melhoria do diálogo representam o uso de tecnologias leves, pois envolvem o compartilhamento de conhecimentos, a comunicação interpessoal e o fortalecimento do vínculo entre profissionais e pacientes. Esse tipo de tecnologia é fundamental para a construção do cuidado na Atenção Básica. Tecnologia dura: o uso do aplicativo de monitoramento glicêmico se encaixa como tecnologia dura, pois envolve um instrumento tecnológico estruturado que permite a coleta e análise de dados sobre a glicemia dos pacientes. Esse tipo de tecnologia contribui para o acompanhamento remoto, possibilitando intervenções mais oportunas e personalizadas. Tecnologia leve-dura: a interação da equipe multiprofissional com os dados coletados no aplicativo pode ser considerada uma tecnologia leve-dura, pois combina um instrumento tecnológico (o aplicativo) com a interpretação e aplicação das informações pelos profissionais de saúde. Esse processo envolve o uso de conhecimentos técnico- científicos para avaliar e planejar intervenções individualizadas para os pacientes. b) Após a identificação dos tipos de tecnologia empregados, pode-se propor outra ação que utilize o mesmo nível tecnológico para fortalecer o cuidado aos pacientes com diabetes. Algumas possibilidades incluem: (0,75). Outra ação baseada em tecnologia leve: realização de visitas domiciliares pelos agentes comunitários de saúde. Essa estratégia fortalece o vínculo com os pacientes, permite identificar barreiras individuais ao cuidado e melhora a adesão às orientações. Outra ação baseada em tecnologia dura: implementação de um monitor contínuo de glicose para pacientes com dificuldade de controle glicêmico, permitindo um acompanhamento mais preciso das variações glicêmicas ao longo do dia. Essa tecnologia pode auxiliar na adaptação do tratamento e na prevenção de complicações. Outra ação baseada em tecnologia leve-dura: realização de uma palestra explicativa sobre a doença e fatores de risco. Referências: FRANCO, T. B., & Elias MERHY, E. (2012). Cartografias do Trabalho e Cuidado em Saúde. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 6(2), pág. 151-163. Disponível em: https://www.tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/1120/1034. Acesso em: 27 nov. 2024. BRITO, J.C de. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2005. Sep. 21 (5):1612–4. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102- 311X2005000500039. Acesso em: 27 nov. 2024. 3ª QUESTÃO 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 3 de 15 Enunciado: (FESAR) Dona Maria, 68 anos, residente em área rural, apresenta histórico de hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. Durante uma visita do agente comunitário de saúde (ACS), ela relata cansaço e inchaço nas pernas. O agente a encaminha para a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, onde o médico solicita exames e ajusta a medicação. Após alguns dias, Dona Maria apresenta piora do quadro, com falta de ar intensa. Ela é levada pela família ao pronto- socorro do hospital municipal, onde é diagnosticada com insuficiência cardíaca descompensada. Após estabilização do quadro, ela é encaminhada para internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para monitoramento e tratamento intensivo. Após a alta da UTI, Dona Maria é transferida para a enfermaria, onde permanece por mais alguns dias para acompanhamento e reabilitação. Considerando o caso hipotético, descreva os respectivos níveis de atenção à saúde utilizados pela Dona Maria, justificando sua resposta com trechos do caso hipotético. Alternativas: -- Resposta comentada: O caso de Dona Maria ilustra a utilização dos três níveis de atenção à saúde na Rede de Atenção à Saúde (RAS), conforme proposto por Mendes (2011). 1. Atenção Primária à Saúde (APS): (0,5) Serviço: Unidade Básica de Saúde (UBS). Justificativa: "Durante uma visita do agente comunitário de saúde (ACS), ela relata cansaçoe inchaço nas pernas." O ACS a encaminha para a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, onde o médico solicita exames e ajusta a medicação." A APS é a porta de entrada preferencial na RAS, responsável pelo acompanhamento contínuo das condições de saúde, ações de promoção e prevenção, e coordenação do cuidado. Atenção Secundária à Saúde: (0,5) Serviço: Pronto-socorro do hospital municipal. Justificativa: "Após alguns dias, Dona Maria apresenta piora do quadro, com falta de ar intensa. Ela é levada pela família ao pronto-socorro do hospital municipal, onde é diagnosticada com insuficiência cardíaca descompensada." A atenção secundária é caracterizada por serviços especializados, como pronto-socorro e ambulatórios, para casos que exigem maior complexidade e tecnologia. Atenção Terciária à Saúde: (0,5) Serviço: Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria do hospital municipal. Justificativa: "Após estabilização do quadro, ela é encaminhada para internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para monitoramento e tratamento intensivo. Após a alta da UTI, Dona Maria é transferida para a enfermaria, onde permanece por mais alguns dias para acompanhamento e reabilitação." A atenção terciária abrange serviços de alta complexidade, como UTIs e hospitais especializados, para casos graves que necessitam de intervenções intensivas e tecnologia avançada. Referência: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. p. 27-28. 4ª QUESTÃO 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 4 de 15 Enunciado: (AFYA ITABUNA) Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Santa Clara, a Equipe de Saúde da Família (ESF) realiza diversas atividades para promover a saúde da população. Durante uma semana típica de trabalho, os profissionais da equipe desempenham as seguintes ações: I. Acolhimento e escuta qualificada dos usuários que procuram atendimento na unidade. II. Ações de promoção e prevenção da saúde, como palestras sobre hipertensão e diabetes. III. Indicação de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa. IV. Registro das informações dos atendimentos nos prontuários eletrônicos, garantindo a continuidade do cuidado. V. Identificação de famílias em situação de vulnerabilidade e encaminhamento para serviços sociais quando necessário. Com base nesse cenário, assinale a alternativa que indica corretamente todas as atividades que são atribuições comuns a todos os profissionais da Equipe Saúde da Família (ESF). Alternativas: (alternativa A) II, IV e V. (alternativa B) (CORRETA) I, II, IV e V. (alternativa C) I, II, III, IV e V. (alternativa D) I, II e III. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 5 de 15 Resposta comentada: Resposta correta: apenas as atividades I, II, IV e V. A Equipe de Saúde da Família (ESF) é composta por diferentes profissionais, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, dentistas e assistentes sociais. Embora cada categoria tenha atribuições específicas, algumas atividades são comuns a todos os profissionais da equipe: Acolhimento e escuta qualificada: todos os profissionais devem acolher os usuários e oferecer escuta qualificada, pois essa é uma diretriz fundamental da Atenção Primária à Saúde (APS). Ações de promoção e prevenção da saúde: a promoção da saúde e a prevenção de doenças são responsabilidades de toda a equipe, sendo realizadas por meio de palestras, orientações individuais e atividades comunitárias. Registro das informações nos prontuários eletrônicos: o correto preenchimento dos registros clínicos é essencial para garantir a continuidade do cuidado e é uma prática comum a todos os profissionais. Identificação de famílias em situação de vulnerabilidade e encaminhamento: todos os membros da equipe devem estar atentos às condições sociais dos pacientes e encaminhá-los para assistência social, quando necessário. Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa: essa é uma atividade exclusiva de médicos, não sendo uma função comum a todos os membros da ESF. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Brasília: Ministério da Saúde, 2017, portaria 2436/2017. 5ª QUESTÃO Enunciado: (UNIDEP) Um homem de 45 anos, alcoolizado, hipertenso, sofreu um acidente de moto e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sendo encaminhado para um hospital de referência. Na unidade hospitalar, ele recebeu atendimento na sala de emergência, onde foi estabilizado e posteriormente transferido para um hospital de maior complexidade devido à gravidade das lesões. Com base na organização da Rede de Atenção à Saúde no Brasil, qual rede foi utilizada nesse atendimento? 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 6 de 15 Alternativas: (alternativa A) Rede de Atenção às Doenças Crônicas (RADC) – voltada para o acompanhamento e tratamento de condições como diabetes e hipertensão. (alternativa B) (CORRETA) Rede de Urgência e Emergência (RUE) – organiza o atendimento pré-hospitalar e hospitalar para casos de urgência e emergência, garantindo acesso rápido e contínuo ao cuidado. (alternativa C) Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência (RASPcD) – estruturada para garantir o atendimento especializado para reabilitação física, auditiva, visual e intelectual. (alternativa D) Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) – responsável pelo cuidado de pacientes com transtornos mentais e uso abusivo de substâncias psicoativas, incluindo dependência de álcool. Resposta comentada: Resposta correta: O paciente utilizou serviços pré-hospitalares (SAMU), atendimento hospitalar de emergência e foi encaminhado para um hospital de maior complexidade, caracterizando o fluxo dentro da Rede de Urgência e Emergência (RUE). A Rede de Urgência e Emergência (RUE) tem como objetivo garantir atendimento rápido e organizado para casos de urgência e emergência, integrando serviços como o SAMU, UPAs, pronto-socorros e hospitais de referência. Distratores: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é voltada ao cuidado de pessoas com transtornos mentais e dependência química. Conta com CAPS, leitos psiquiátricos em hospitais gerais, residências terapêuticas e outros serviços de apoio. Um exemplo seria um paciente em crise de esquizofrenia que recebe atendimento em um CAPS e, se necessário, é encaminhado para internação. A Rede de Atenção às Doenças Crônicas (RADC) organiza o cuidado de pacientes com condições como diabetes, hipertensão e câncer, promovendo um acompanhamento contínuo. Inclui UBS, centros especializados e hospitais de referência. Um paciente hipertenso, por exemplo, pode ser acompanhado na UBS e encaminhado para um cardiologista caso haja complicações. Por fim, a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência (RASPcD) atende pessoas com deficiência física, auditiva, visual e intelectual, oferecendo serviços de reabilitação e dispositivos assistivos, como próteses e órteses. Um exemplo seria um paciente com amputação que recebe prótese e reabilitação em um Centro Especializado em Reabilitação (CER). Referências: MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde: revisão bibliográfica, fundamentos, conceito e elementos constitutivos. In: MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Organização Pan- Americana da Saúde, 2011, 2010. Cap. 2. (Fundamentos e conceitos, pág. 71 a 84). CARVALHO, N. R. O. Redes de Atenção à Saúde: a atenção à saúde organizada em redes. Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. São Luís, 2016. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 7 de 15 6ª QUESTÃO Enunciado: (UNISL PORTO VELHO) Pedro, 33 anos, buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde em seu bairro após ter sofrido uma queda na rua de sua casa, resultante de um ataque de cachorro, referindo apenas precisar de alguns curativos nas mãos e em membrosinferiores. Foi realizada a higienização das lesões, a notificação compulsória e as devidas orientações. Com base no relato acima, pode-se afirmar que o nível de atenção e densidade tecnológica no atendimento de Pedro foi de: Alternativas: (alternativa A) atenção terciária e alta densidade tecnológica. (alternativa B) atenção secundária e baixa densidade tecnológica. (alternativa C) (CORRETA) atenção primária e baixa densidade tecnológica. (alternativa D) atenção secundária e intermediária densidade tecnológica. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 8 de 15 Resposta comentada: O atendimento de Pedro ocorreu na Unidade Básica de Saúde (UBS), caracterizando um nível de atenção primário. O cuidado prestado envolveu procedimentos de baixa complexidade, como higienização das lesões, curativos, notificação compulsória e orientações. 1. Atenção Primária → UBS é a porta de entrada do SUS e realiza ações de promoção, prevenção e pequenos atendimentos clínicos. 2. Baixa densidade tecnológica → O atendimento foi baseado em tecnologias leves (acolhimento, escuta e orientação) e leve-duras (protocolos e notificação obrigatória), sem necessidade de exames sofisticados ou equipamentos complexos (tecnologias duras). Caso Pedro necessitasse de suturas complexas, antibióticos intravenosos, exames complementares ou ainda cirurgias, poderia ser encaminhado para um serviço de média ou alta complexidade (UPA ou hospital). Níveis de atenção: são arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à saúde). Níveis de atenção: são arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à saúde). Níveis de atenção: são arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à saúde). Referência: CARVALHO, N. R. O. Redes de Atenção à Saúde: a atenção à saúde organizada em redes. Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. São Luís, 2016. 7ª QUESTÃO Enunciado: (FMIT) Uma paciente de 58 anos, com diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica, procura atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) devido ao descontrole glicêmico e aumento da pressão arterial. O médico da unidade prescreveu medicação, solicitou exames e encaminhou a paciente para um endocrinologista. Entretanto, semanas depois, a paciente relata dificuldades para agendar a consulta com o especialista e obter retorno sobre seus exames. Além disso, ao buscar atendimento em um pronto-socorro para uma crise hipertensiva, foi prescrito um medicamento ao qual a paciente possui alergia. Com base no caso descrito acima, assinale a alternativa que representa o modelo de organização do sistema de saúde aplicado no caso da paciente, levando em consideração as redes de atenção à saúde. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 9 de 15 Alternativas: (alternativa A) Sistema universal, pois a paciente tem acesso ao atendimento, independentemente da dificuldade de comunicação entre os serviços. (alternativa B) Sistema de Rede de Atenção à Saúde, pois a paciente foi encaminhada a um especialista e recebida na Unidade Básica de Saúde, garantindo a integralidade do cuidado. (alternativa C) (CORRETA) Sistema fragmentado, pois há descontinuidade no cuidado, falta de integração entre os serviços e dificuldades no acesso ao especialista. (alternativa D) Sistema de atenção primária integrado, pois a Unidade Básica de Saúde garantiu o atendimento inicial e realizou os encaminhamentos necessários para os outros níveis de atenção. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 10 de 15 Resposta comentada: Resposta correta: Sistema fragmentado, pois há descontinuidade no cuidado, falta de integração entre os serviços e dificuldades no acesso ao especialista, está correto porque descreve uma situação comum de fragmentação no sistema de saúde, que pode ser observada no caso do paciente. O caso apresenta: 1. Descontinuidade sem cuidado: A descontinuidade do cuidado ocorre quando há uma quebra na sequência dos atendimentos ou falta de acompanhamento contínuo, o que prejudica o tratamento adequado do paciente. 2. Falta de integração entre os serviços: A falta de integração entre os serviços é uma característica de sistemas fragmentados de saúde. O sistema deveria ser mais coeso e permitir uma troca de informações entre os diferentes níveis de atendimento (Unidade Básica de Saúde, pronto-socorro, especialistas). 3. Dificuldades no acesso a especialistas: A dificuldade que a paciente tem para agendar uma consulta com o endocrinologista reflete uma barreira no acesso a especialistas, o que também é um indicativo de fragmentação. Distratores: Embora a paciente tenha sido encaminhada a um especialista, isso por si só não significa que há uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) funcionando. As redes de atenção são detalhadas pela coordenação do cuidado, comunicação entre serviços e continuidade no acompanhamento . No caso apresentado, há falhas no fluxo entre os pontos de atenção, evidenciando um sistema fragmentado. O fato de um paciente ter acesso ao atendimento não indica que o sistema seja universal no sentido estrutural e funcional. A universalidade, um dos princípios do SUS, refere-se ao direito de todos ao acesso à saúde, mas não garante, por si só, que o sistema seja bem organizado ou eficiente. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem papel essencial na resolutividade do cuidado, mas sua atuação não pode ser entendida isoladamente. Nesse caso descrito, não se conseguiu garantir a continuidade do cuidado, nem a comunicação entre os diferentes níveis. Referência: MENDES, E.V. As situações das condições de saúde e os sistemas de atenção à saúde. In: MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, 2011, 2010. Cap. 1. 8ª QUESTÃO 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 11 de 15 Enunciado: (UNIDEP) Na UBS do município de São José, a médica Dra. Fernanda realiza o atendimento contínuo de pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Antes da Portaria GM/MS n.º 3.493/2024, a UBS recebia recursos do Programa Previne Brasil com base em componentes como “Indicadores de Saúde” e “Cadastramento de Gestantes”. De acordo com essa mudança, analise as afirmações abaixo, quanto aos novos indicadores que constituirão o cofinanciamento federal proposto na Portaria GM/MS nº 3.493/2024. I - Componente fixo para manutenção das equipes de Saúde da Família. II - Componente de vínculo e acompanhamento territorial para as Estratégias de Saúde da Família e Equipes de Atenção Primária. III - Componente per capita de base populacional para ações no âmbito da APS. IV - Componente para Atenção à Saúde Bucal. Está correto apenas o que se afirma em: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) I, II, III e IV. (alternativa B) I e IV. (alternativa C) II e III. (alternativa D) I, II e III. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 12 de 15 Resposta comentada: Do cofinanciamento federal do Piso de Atenção Primária à Saúde (NR) "Art. 9º O cofinanciamento federal de apoio à manutenção da Atenção Primária à Saúde (APS) será constituído por: I - componente fixo para manutenção das equipes de Saúde da Família - eSF e das equipes de Atenção Primária - eAP e recurso de implantação para eSF, eAP, equipes de Saúde Bucal - eSB e equipes Multiprofissionais - eMulti; II - componente de vínculo e acompanhamento territorial para as eSF e eAP; III- componente de qualidade para as eSF, eAP, eSB e eMulti; IV - componente para implantação e manutenção de programas, serviços, profissionais e outras composições de equipes que atuam na APS; V - componente para Atenção à Saúde Bucal; e VI - componente per capita de base populacional para ações no âmbito da APS. Referência: BRASIL. Portaria GM/MS n.º 3.493, de 10 de abril de 2024. 9ª QUESTÃO Enunciado: (UNIGRANRIO BARRA) Uma Unidade Básica de Saúde (UBS) atende diariamente a uma população adscrita e conta com diferentes composições de equipe, conforme a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Considerando os tipos de equipes que podem atuar nesse cenário, analise as afirmativas a seguir: I – A equipe de Saúde da Família (eSF) é a base do modelo da UBS e deve ser composta, no mínimo, por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo ser ampliada com outros profissionais. II – A Equipe de Atenção Básica (eAB) pode atuar em UBSs, mas sua composição é mais flexível, não exigindo a presença de agentes comunitários de saúde. III – A Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) trata-se de uma equipe multiprofissional que deve estar cadastrada no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, e com responsabilidade de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade. IV – A Equipe de Saúde Bucal (eSB) modalidade I é composta por cirurgião-dentista e auxiliar ou técnico em saúde bucal. É correto apenas o que se afirma em: 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 13 de 15 Alternativas: (alternativa A) II e III. (alternativa B) (CORRETA) I, II, III e IV. (alternativa C) I, II e IV. (alternativa D) I e II. Resposta comentada: A afirmativa I está correta, pois a eSF é a base do modelo da UBS, com composição mínima obrigatória de 1 médico, 1 enfermeiro e 1 auxiliar ou técnico de enfermagem. (PNAB 2017, seção 3.4.1, p. 10). A afirmativa II está correta. A eAB pode atuar na USF e tem composição flexível, sem necessidade obrigatória de ACS. (PNAB 2017, seção 3.4.2, p. 10). A afirmativa III está correta, pois a equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) trata-se de uma equipe multiprofissional. Ela deve estar cadastrada no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, e com responsabilidade de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade. (PNAB 2017, seção 3.6.1, p. 14). A afirmativa IV está correta. A eSB pode estar vinculada a uma eSF e atuar na USF, sendo composta por cirurgião-dentista e auxiliar/técnico em saúde bucal. (PNAB 2017, seção 3.4.3, p. 10). Portanto, a alternativa correta é a 4ª, pois todas as afirmativas estão de acordo com a PNAB 2017. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, 22 set. 2017. Seção 1, p. 68. 10ª QUESTÃO Enunciado: (UNIDEP) Uma médica da Unidade Básica de Saúde (UBS) atende um paciente com sintomas que indicam a necessidade de um especialista. Após a consulta, ela encaminha o paciente para o especialista apropriado e organiza um retorno para a UBS após a consulta especializada, garantindo a continuidade do cuidado. Assinale a alternativa que corresponde à diretriz da PNAB que está sendo contemplada nesse caso. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 14 de 15 Alternativas: (alternativa A) Participação da comunidade. (alternativa B) Coordenação do cuidado. (alternativa C) (CORRETA) Integralidade. (alternativa D) Universalidade. Resposta comentada: Coordenação do cuidado. Errada. A universalidade refere-se ao direito de acesso de toda a população aos serviços de saúde, porém é um princípio da PNAB, não uma diretriz. Coordenação do cuidado. Correta. A coordenação do cuidado está sendo claramente contemplada, pois a médica organiza o encaminhamento ao especialista e garante a continuidade do acompanhamento, integrando o cuidado entre os diferentes níveis de atenção. Universalidade. Errada. A integralidade se refere ao cuidado completo e contínuo, porém é um princípio da PNAB, não uma diretriz. Participação da comunidade. Errada. A participação da comunidade não é abordada no caso, pois não há menção à participação ativa da comunidade no cuidado ao paciente. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2436 de 21 de setembro de 2017. 000154.91001c.7cc36f.4d3a53.680adb.c3c084.9ad41c.d2008 Pgina 15 de 15