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Inflorescência Na maior parte das angiospermas as flores estão dispostas em grupos denominados inflorescências, mais raramente elas ocorrem isoladas. Uma inflorescência é um ramo ou sistema de ramos caulinares que portam flores. Neste caso, o meristema apical do eixo caulinar formador da inflorescência produz primórdios foliares, que se diferenciam em brácteas, e na axila de cada bráctea nasce uma flor ou uma nova gema que formará um ramo lateral com flores. Existem vários tipos de inflorescências, que podem ser agrupadas, de acordo com o desenvolvimento, em dois grandes grupos: Racemosas, Monopodiais ou Indefinidas e Cimosas, Cimeira ou Definidas. 4.1 Inflorescência Racemosa, Monopodial ou Indefinida São aquelas em que o eixo principal cresce mais que os ramos laterais e termina com uma gema, portanto potencialmente apresenta crescimento indeterminado. Esta gema apical está sempre produzindo novas flores, de tal modo que podemos encontrar, ao mesmo tempo em um ramo, botões, flores e até frutos amadurecendo a partir do ápice. As flores se desenvolvem de baixo para cima ou de fora para dentro. As inflorescências racemosa ou monopodial podem ser classificadas em: Racemo ou Cacho - Flores pediceladas dispostas em um único eixo e localizadas em diferentes posições do ramo principal (Fig. 1). Exemplos: chuva-de-ouro (Senna spp - Fabaceae) e giesta (Spartium jeinceu -, Fabaceae). Figura 1. Racemo Corimbo - Tipo especial de racemo, no qual as flores pediceladas estão inseridas em diferentes alturas no eixo principal, mas que atingem todas, uma mesma altura (Fig. 2). Exemplo: xixi-demacaco (Spathodea milotic -, Bignoniaceae). Figura 2. Corimbo Espiga - É semelhante à anterior, mas com flores sésseis saindo em toda a extensão do eixo principal (Fig. 3). Exemplo: milho (Zea may - Poaceae). Figura 3 – Espiga Espádice - Tipo especial de espiga com o eixo principal espesso, protegido na base por uma bráctea vistosa e bem desenvolvida, denominada espata (Fig. 4). Exemplo: antúrio (Anthurium andraeanum – Araceae). Figura 4. Espádice Capítulo ou Pseudanto - Espiga com eixo curto, espessado ou achatado formando um receptáculo. As flores são sésseis, protegidas por brácteas e densamente dispostas na mesma altura (Fig. 5). Exemplo: margarida (Chrysanthemum leucanthemum - Asteraceae). Figura 5 – Esquema de um corte transversal do capítulo ou pseudanto de uma Asteraceae. Observação: Pseudanto é o nome genérico usado para algumas inflorescências condensadas em que as flores ficam dispostas de forma similar a uma única flor. Os pseudantos mais comuns são os capítulos e os ciátios. Umbela - Flores pediceladas inseridas em uma mesma altura do eixo principal único e curto (Fig. 6). Exemplo: ixora (Ixora sp. - Rubiaceae). Figura 6 – Esquemas de Umbela. 4.1.1 Inflorescência Racemosa, Monopodial ou Indefinida Compostas Panícula - É um racemo composto (flores dispostas em vários eixos), onde um eixo racemoso principal sustenta dois ou mais eixos racemosos laterais, no qual as partes, bem como o conjunto, são racemos (Fig. 7). Exemplo: quaresmeira (Tibuchina granulos - Melastomataceae). Figura 7 – Esquemas de Panícula Umbela de umbelas - As flores estão dispostas em vários eixos e as partes, bem como, o todo são umbelas (Fig. 8). Exemplo: salsa (Ipomoea asarifolia - Convolvulaceae). Figura 8 – Esquema de Umbela de umbelas 4.2 Inflorescência Cimosa, Simpodial ou Definida São aquelas inflorescências onde quando cada eixo termina em uma flor, de onde se forma um novo ramo com outra flor apical, e assim sucessivamente. As inflorescências cimosas ou simpodiais podem ser classificadas em: Uníparas ou Monocásio - São aquelas em que se desenvolve uma gema de cada vez; cada flor é formada por uma gema diferente (Fig. 9). Figura 9 - Esquema de Monocásio Os monocásios podem ser de dois tipos: Escorpióide - Quando as gemas desenvolvem sempre do mesmo lado do eixo (Fig. 10 A e B). Exemplo: miosótis (Veronica prostrata - Scrophulariaceae). Helicóide - Quando as gemas se desenvolvem em lados alternados do eixo (Fig. 10 C). Exemplo: lírio-de-São-José (Hemerocallis flava - Liliaceae). A B C Figura 10 - Esquemas de Monocásio: A e B – Escorpióide; C – Helióide. Ripídio - quando as flores e os pedicelos formam um leque saindo de lados alternados, porém no mesmo plano do eixo. Exemplo: palma-de-Santa Rita (Gladiolus hortulanus - Iridaceae). Bíparas ou dicásio - são aquelas em que se desenvolvem duas gemas de cada vez. Estas ultrapassam o eixo que as formam e deixa de crescer, terminando em uma flor (Fig. 1). Exemplo: coroade-cristo (Euphorbia millii - Euphorbiaceae). Figura 1 - Esquemas de Dicásio Multíparas ou pleiocásio - são aquelas em que se desenvolvem mais de duas gemas de cada vez. 4.3 Tipos especiais de inflorescências Espigueta - Unidade básica de inflorescência característica da família Poaceae, consistindo de uma espiga muito reduzida, envolvida por várias brácteas muito modificadas densamente dispostas. (Fig. 12). Exemplo: gramíneas em geral. A B C Figura 12. Inflorescência de Gramínea. A – Geral; B e C – Detalhes das Espiguetas–. Ciátio (Pseudanto) - O ciátio é característico em algumas espécies de Euphorbiaceae e consiste de uma inflorescência formada por um invólucro de brácteas, que geralmente apresenta um ou mais nectários bem evidentes, que envolve um conjunto de pequenas flores estaminadas aclamídeas, rodeando uma flor pistilada central aclamídea. (Fig. 13). Exemplo: coroa-de-cristo (Euphorbia milli - Euphorbiaceae). Figura 13 - Ciátio Sicônio - Inflorescência carnosa com receptáculo côncavo. Possui numerosas e pequenas flores encerradas na concavidade, havendo apenas uma estreita abertura no ápice (Fig. 14). Exemplo: figo (Ficus carica - Moraceae). Figura 14 – Sicônio 2a. Apenas 1 flor por axilar foliar ou apenas 1 terminal FLOR SOLITÁRIA 2b. Duas a três flores por axila foliar FLOR EM FASCÍCULO do eixo da inflorescência UMBELA alturas iguais) CORIMBO RACEMO (Cacho) 6b. Inflorescências ramificadas PANÍCULA apresentar uma bráctea envolvente ESPÁDICE 9b. Eixo da inflorescência pouco ou não espessado ESPIGA à mesma altura CAPÍTULO MONOCÁSIO 11a Inflorescências com flores que se desenvolvem sempre em lados alternos MONOCÁSIO HELICOIDAL lado MONOCÁSIO ESCORPIÓIDE 1a. Flores solitárias ou em grupos de até três flores axilares ou terminais. 1b. Flores reunidas em inflorescências com mais de três flores, axilares ou terminais. 3a. Inflorescência de crescimento indeterminado (RACEMOSAS). 4a. Flores pediceladas. 5a. Todos os pedicelos do mesmo tamanho, saindo quase que do mesmo ponto 6a. Inflorescências não ramificadas (eixo simples). 7a. Flores partindo de vários pontos do eixo principal e chegando a 7b. Flores partindo de vários pontos do eixo principal e chegando a alturas diferentes 4b. Flores sésseis (sem pedicelo). 8a. Eixo principal da inflorescência alongado, com flores dispostas em várias alturas. 9a. Eixo principal da inflorescência espesso e geralmente carnoso, podendo 8b. Eixo principal da inflorescência achatado, com as flores dispondo-se aproximadamente 3b. Inflorescências de crescimento determinado (CIMOSAS). 10a. Inflorescência na qual se observa a maturação de uma flor por vez 11b. Inflorescências com flores que se desenvolvem sempre do mesmo
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