Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Edmar Fagundes de Almeida – IE-UFRJ Grupo de Economia da Energia Economia de escala e de escopo Grupo de Economia da Energia PLANO DA AULA � Economia de escala na visão neoclássica � Tipos de economias de escala � Fontes de economia de escala Conceito de “CUSTOS” �Horizonte: curto versus longo prazo −O que os diferencia? −No longo prazo todos os custos (insumos) são variáveis �CUSTO – qual o conceito econômico? −Todos os custos de produção + CUSTO DE OPORTUNIDADE • Rentabilidade da melhor alternativa de alocação dos recursos empregados • O custo do capital investido deve considerar o rendimento equivalente à aplicação financeira básica da economia (SELIC) �Curto prazo: −CUSTO FIXO – Não variam com a produção −CUSTO VARIÁVEL – variam com a produção −Custos irrecuperáveis – decorrentes de ativos específicos (não tem outra utilidade ou tem grande perda de valor para realocação) 3 Curvas de Custo no Curto Prazo � �� � = �� + �� � � � ��� ���� ��� � ⇒ ��� = �� � + �� � � ∴ ��� = ���� + ���� ��� = ∆�� � ∆� = ��� � �� 4 CMg CFMe CMe CVMe Curvas de Custo no Curto Prazo �Curto prazo � algum insumo está fixo (tipicamente capital) � Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes −���� � = � �, ! −"�#� = ∆�∆$ = %& $,' %' ⇒ %()�$ %' = %*& $,' %$* < 0 −"�#! = ∆�∆' = %& $,' %' ⇒ %()�' %' = %*& $,' %'* < 0 �Consequentemente: relação inversa entre CVMe (e CMg) e PMg −���� = -. �� = /' � 0�1� "��! = � ' ���ã� ���� = / ()�' −��# = ∆-. �∆� = 3 ∆' ∆4 0�1� "�#! = ∆4 ∆' ���ã� ��# = / ()�' 5 PMgL Ceteris paribus: K fixo � curto prazo L CMe em formato de U => no Curto prazo! 6q* = CMe (mínimo) CMg CMe �5�67 �É9:7 9;�<;��;=6; (�; ? ≤ ?∗) � �� � � � = �. �D � − 1. � � �G ≤ 0 ∴ � D � = � D � � − � � �G ≤ 0 ∴ � D � ≤ � �� ⇒ ��# ≤ ��� �5�67 �É9:7 �<;��;=6; (�; ? ≥ ?∗) � �� � � � = �. �D � − 1. � � �G ≥ 0 ∴ � D � = � D � � − � � �G ≥ 0 ∴ � D � ≥ � �� ⇒ ��# ≥ ��� Q Regra do quociente: LONGO PRAZO: todos os insumos variam � Até agora estávamos no curto prazo, algum insumo fixo −Produtividades Marginais (dos insumos) decrescentes �Mas no longo prazo, todos os insumos podem variar −Se multiplicarmos todos os insumos, o que acontece com o produto?! −A resposta nos diz o tipo de RETORNOS DE ESCALA −Os RETORNOS podem ser Decrescentes, Constantes ou Crescentes � Se multiplicarmos os insumos por m > 0, o que acontece com o produto? −� 1�,1! = 1I� �, ! ���� J ��K �� �L� � ������� �� �K0�L�: �; J < 1 ⇒ �������K ��0��K0����K �; J = 1 ⇒ �������K 0��K�����K �; J > 1 ⇒ �������K 0��K0����K (J indica o grau de homogeneidade da função) 7 EXEMPLOS � � �, ! = �� + O! −� 1�,1! = �1� + O1! = 1 �� + O! = 1�(�, !) −Retorno constante de escala (J = 1) � � �, ! = ��[/G + O![/G −� 1�,1! = � 1� [/G + O 1! [/G = 1[/G ��[/G + O![/G = 1[/G�(�, !) −Retorno decrescente de escala (J = 1/2) � � �, ! = �! −� 1�,1! = 1�1! = 1G�! = 1G� �, ! −Retorno crescente de escala � � �, ! = �^![_^ , ���� 0 ≤ ` ≤ 1 −J = ` + 1 − ` = 1 ⇒Retorno constante de escala � � �, ! = �^!a −Depende de ` + d 8 �Custo Médio no Longo Prazo (CMeLP) − Retornos Constantes de Escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção também dobra; o custo médio é constante para todos os níveis de produção. − Retornos Crescentes de Escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção mais do que dobra; o custo médio diminui com o aumento da produção. − Retornos Decrescentes de Escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção aumenta menos do que o dobro; o custo médio se eleva com o aumento da produção. Em português... Formato do CMe no longo prazo � A teoria neoclássica pressupõe que a curva de CMe de longo prazo é formada pela envoltória das curvas de CMe de curto prazo � Pressupõe que as economias de escala existem até um determinado tamanho de planta produtiva (tamanho ótimo de planta) � A partir do tamanho ótimo, existem deseconomias de escala 10 Retornos constantes (não há economias de escala) CMe de LP TAMANHO ÓTIMO CAMINHO DE EXPANSÃO DA FIRMA Trabalho por ano Capital por ano Caminho de Expansão O caminho de expansão ilustra as combinações de trabalho e capital que apresentam menor custo para cada nível de produção, e que podem, portanto, ser utilizadas na obtenção de cada nícvel de produção a longo prazo. 25 50 75 100 150 10050 150 300200 A Custo = $2000 200 unidades B Custo = $3000 300 unidades C CMe de LP em formato de U 12 CMe de LP CUSTO MÉDIO E CUSTO MARGINAL A LONGO PRAZO Produção Custo ($ por unidade de produção CMeLP CMgLP A VISÃO ALTERNATIVA DA CURVA DE CUSTO DE LONGO PRAZO Produção Custo ($ por unidade de produção) FORMATO EM L : -Deseconomias não são significativas -Quando são significativas, só acontece fora da área relevante da produção Demanda CMeLp TIPOS DE ECONOMIAS DE ESCALA (1) � Economias reais: redução na quantidade de fatores produtivos � Economias pecuniárias: redução no preço dos fatores −Retornos de Escala � mantém proporção dos insumos −Economias de Escala � não necessariamente q* = CMe (mínimo) CMg CMe Economias de Escala: Subaditividade de Custos m�(�n) n > � m�n n �n = ���� �� �����çã� FONTES DE ECONOMIAS DE ESCALA REAIS - 1 �Ganhos de especialização −Com maior quantidade de produto, maior será a divisão do trabalho, e maior a eficiência na produção. −Exemplos: • Fábrica de alfinetes de Adam Smith • Linha de montagem de produtos • Produção contínua x produção por bateladas FONTES DE ECONOMIAS DE ESCALA REAIS - 2 �Economias Geométricas −Tamanho do equipamento industrial reduz o custo de capital e de produção. • Gasodutos • Oleodutos • Tanques −Produto tende a ser proporcional ao volume das unidade, enquanto o custo associado à produção é proporcional à área da superfície das unidades processadoras. FONTES DE ECONOMIAS DE ESCALA REAIS - 3 �Economias relacionadas à lei dos grandes números: −Quanto maior o tamanho da planta, menor proporcionalmente, o custo de manutenção e operação. −Custos que reduzem com o tamanho da planta • Equipes de manutenção • Peças de reposição • Máquinas de reserva FONTES DE ECONOMIAS DE ESCALA REAIS - 4 �Indivisibilidade técnica −Fonte de economia associada ao tamanho dos equipamentos industriais. −Tendo em vista a indivisibilidade dos equipamentos industriais, frequentemente existem subutilizações que podem ser fonte de economias de escala. MEDIÇÃO DE ECONOMIAS DE ESCALA C=aqb C= custo b=fator de escala q=produção b=0,7 (fator típico para plantas industriais) ;p = Δ�r/Cr Δ?/? = Δ�� Δ? ? �� = ��# ��� Atenção! � = � · � = � � [ v J = 1 O �� O = 0,7, ���ã� J > 1 <������K ���K0����K! ;- = 1 ⇒ ��# = ��� <������K ���K�����K ;- > 1 ⇒ ��# > ��; ECONOMIAS DINÂMICAS X ECONOMIAS ESTÁTICAS �Quando se incorpora o tempo na análise (produção com o passar do tempo), existem economias de escala dinâmicas. � Economias dinâmicas: −Economias de reinício −Economias de aprendizado (fonte de vantagem para empresas pioneiras A Curva de Aprendizagem Horas de trabalho por lote de máquinas 10 20 30 40 500 2 4 6 8 10 � O eixo horizontal mede a produção acumulada de máquinas produzidas pela empresa � O eixo vertical mede o número de horas necessário para produzir cada lote de máquinas. ECONOMIAS DE ESCOPO � �(�x, �v) < �(�x, 0) + �(0, �v) � Subaditividade de Custos: ∑ �(�n)n > � ∑ �nn�n = ���� �� �����çã� � Economias de Escopo depende, em grande medida, de economias de escala � Fonte de Economias de Escopo −Existência de insumos comuns −Existência de reserva de capacidade −Complementaridades tecnológicas −Complementaridades comerciais As agências de publicidade oferecem vários produtos: televisão, revistas gerais, revistas especializadas, rádio, outdoor, direct mail… Há estudos mostrando que as economias de escopo são muito importantes em agências de pequena dimensão. Economias de escopo nas Agências de Publicidade ECONOMIAS DE ESCALA E ESCOPO NO SETOR ELÉTRICO (SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL) 25 DESECONOMIAS DE ESCALA �Principais fontes de deseconomias de escala −Custo de transporte −Deseconomias Gerenciais
Compartilhar