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CAPÍTULO 6 INTERCEPTAÇÃO Prof°:Sergio Luiz Belló Universidade Federal do Rio Grande Escola de Engenharia - 2011 Interceptação A interceptação é um fenômeno pouco conhecido e difícil de estudar. A interceptação é produzida pela cobertura vegetal e armazenamento em depressões. Seus efeitos são de retenção de um certo volume de água da precipitação, que logo se transforma em evaporação, ou acaba infiltrando, no caso de obstruções. Interceptação vegetal No caso da cobertura vegetal, a capacidade de interceptação depende das características da precipitação (intensidade, duração, volume), das características da própria cobertura vegetal (vegetação de folhas maiores possuem maior capacidade de interceptação), das condições climáticas (quando há muito vento a capacidade de interceptação é diminuída), da época do ano (por exemplo, no outono a capacidade de interceptação é praticamente nula), entre outros. Armazenamento em depressões O volume armazenado nas depressões do terreno constitui-se perdas, já que esse volume evapora se a depressão é impermeável, ou também infiltra, caso contrário. Em áreas urbanas estima-se que o volume de água perdido por armazenamento em depressões seja da ordem de 5 a 8% da precipitação total. CAPÍTULO 7 INFILTRAÇÃO Profª: Ana Paula Gomes Universidade Federal do Rio Grande Escola de Engenharia - 2012 Movimento da Água no Solo Os processos que se desenvolvem abaixo da superfície da terra são a infiltração, o fluxo sub-superficial e o fluxo subterrâneo Lei de Darcy A infiltração é um fenômeno que depende: da água disponível para infiltrar, da natureza do solo, do estado da superfície, da vegetação e das quantidades de água e ar, inicialmente presentes no seu interior. À medida que água infiltra pela superfície, as camadas superiores do solo vão se umedecendo de cima para baixo, alterando gradativamente o perfil de umidade. Zona de Saturação: aproximadamente 1cm. Zona de Transição: aproximadamente 5 cm. Zona de Transmissão: variado. Zona de umidade: variado Capacidade de infiltração e taxa de infiltração Capacidade de infiltração = potencial que o solo tem de absorver água pela sua superfície, em termos de lâmina de água por tempo, Taxa real de infiltração = acontece quando há disponibilidade de água para penetrar no solo. Uma curva de taxas reais de infiltração no tempo somente coincide com a curva das capacidades de infiltração de um solo, quando o aporte superficial de água tem intensidade superior ou igual à capacidade de infiltração Quando cessa a infiltração, parte da água no interior do solo propaga-se para camadas mais profundas no solo e parte é transferida para a atmosfera por evaporação direta ou por transpiração dos vegetais. Esse processo faz com que o solo vá recuperando sua capacidade de infiltração, tendendo a um limite superior à medida que as camadas superiores do solo vão se tornando mais secas. Fatores que afetam a capacidade de infiltração umidade do solo; compactação devido a chuva; macro-estrutura do terreno; cobertura vegetal. Medição da Infiltração - Infiltrômetro Estimativa da Infiltração Equação de Horton: A partir de experimentos de campo Horton estabeleceu, para o caso de um solo submetido a uma precipitação com intensidade sempre superior a capacidade de infiltração, uma relação empírica para representar o decaimento da infiltração com o tempo, que pode ser representado da seguinte forma: Método do SCS O Soil Conservation Service (SCS, 1957) propôs uma formulação para determinar o volume máximo de precipitação que pode ser infiltrado. Para a aplicação do método, considera-se que existe uma capacidade máxima de armazenamento de água no solo, denominada S (mm). O parâmetro CN, por sua vez, é determinado em função do tipo de solo, uso do solo, e condição de umidade antecedente. O SCS distingue em seu método 4 grupos hidrológicos de solos. Grupo A – Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a 8 %. Grupo B – Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15 %. Grupo C – Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30 % mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidades de 1,2 m. Grupo D – Solos argilosos (30 – 40 % de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50 cm de profundidade. O método do SCS distingue 3 condições de umidade antecedente do solo: CONDIÇÃO I – solos secos – as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassam 15 mm. CONDIÇÃO II – situação média na época das cheias – as chuvas nos últimos 5 dias totalizaram entre 15 e 40 mm. CONDIÇÃO III – solo úmido (próximo da saturação) – as chuvas nos últimos 5 dias foram superiores a 40 mm e as condições meteorológicas forma desfavoráveis a altas taxas de evaporação. Para determinar a parcela de água precipitada que não é infiltrada (precipitação efetiva = Pef), utiliza-se a equação: Assim, a equação só é válida se a precipitação P > 0,2.S. No caso de P<0,2.S, toda precipitação infiltra e Pef é igual a zero. Método do Índice Esse método considera que existe uma infiltração constante ao longo do tempo, sendo assim um método muito simplificado.
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