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Placenta e Líquido amniótico Profª Flávia Basso DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA Blastocísto Células internas (camada interna ÂMNIO) Convertem-se no embrião 10º - 12º dia Forma-se o SACO ÂMNIÒTICO Enche de líquido claro Onde se desenvolve o embrião Células externas Camada CÒRION Entram na parede uterina forma a placenta DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA • É constituída de dois componentes: 1. Porção fetal cordão umbilical 2. Porção materna formada pelo endométrio. Obs: Essa característica faz com que a placenta seja um órgão materno-fetal. Permeabilidade da membrana placentária 1º meses – permeabilidade baixa (área de superfície pequena e membranas vilosas grosas) ↑ até o 8º mês – maturidade placentária 9º mês – volta a diminuir FUNÇÕES DA PLACENTA 1. Proteção 2. Produção de hormônios 3. Difusão dos alimentos do sg da mãe /feto e produtos de excreção do feto/mãe. FATORES HORMONAIS NA GRAVIDEZ A placenta produz grandes quantidades de: a) Gonadotrofina coriônica humana b) Estrogênio c) Progesterona d) Somatotrofina coriônica humana FATORES HORMONAIS NA GRAVIDEZ a) GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) Impede a involução do corpo lúteo Induz o corpo lúteo a secretar grandes quantidades de estrogênio e progesterona Importante na diferenciação sexual – estimula a produção de testosterona Estimula a tireóide materna Teste de gravidez – 8 dias após a ovulação – atinge o máximo no 3º mês gestacional FATORES HORMONAIS NA GRAVIDEZ b) ESTROGÊNIO Aumento dos seios, útero e genitália externa Crescimento dos ductos mamários Relaxa os ligamentos pélvicos – art. Sacroilíaca frouxa e sínfise púbica elástica. Controla o ritmo de reprodução celular no embrião FATORES HORMONAIS NA GRAVIDEZ c) PROGESTERONA Promove o desenvolvimento das cél. Deciduais – nutrição do embrião Forma e mantém as células deciduais, o miométrio crescente e a formação de muco cervical denso que sela a cavidade uterina. Diminuir a contratilidade do útero gravídico Auxilia no preparo das mamas para a lactação FATORES HORMONAIS NA GRAVIDEZ d) SOMATOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCS) Secretado a partir da 5º sem. Diminuição da sensibilidade à insulina e da utilização da glicose pela mãe Promove a liberação de ácidos graxos livres da reserva gordurosa da mãe fornecendo energia para o seu metabolismo Tb conhecida como Lactogênio placentário (hPL) Difusão dos gases respiratórios através da membrana placentária • Oxigênio e gás carbônico são transportados através da placenta em resposta a diferenças na pressão parcial. • PO2 no sangue materno é mais elevada que no sangue fetal. Embora a PO2 fetal seja menor, o sangue fetal é capaz de transportar a mesma quantidade de O2 aos tecidos semelhante ao transportado pelo sangue da mãe. A concentração de Hb no sangue fetal é 50% maior do que no sangue materno. Além disso, a Hb fetal tem uma capacidade maior de carregar O2 do que a Hb adulta. • CO2 fetal maior que o materno. AMADURECIMENTO PLACENTÁRIO • Amadurece no decorrer da gestação • ↑ de volume até o início do 3º trimestre • Pico de crescimento - 30º semana de gestação • Pesa: 488 gramas. CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA Grau 0 homogênea, placa corial lisa e ausência de sinais de calcificação. Grau I placa corial ondulada, apresentando calcificações esparsas intra placentárias, principalmente na camada basal. Grau II placa basal calcificada e porções septais parcialmente calcificadas. Grau III calcificação em todo o compartimento lobar, determinando uma imagem em anel. CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA Grau 0 primeiro trimestre Grau I pode ser observada desde o 2º trimestre Grau II não costuma ser observada antes da 30ª semana e é a mais freqüente no momento do parto, seguido do grau III e I. Grau III encontrada apenas em 40 - 50% dos fetos a termo, costuma aparecer após a 35ª semana. ANORMALIDADES DE ARQUITETURA E IMPLANTAÇÃO ACRETISMO PLACENTÁRIO Placenta Acreta – fixação diretamente no músculo uterino sem a interposição da decídua. Placenta Increta – penetração placentária no interior do miométrio Placenta Percreta – penetração da placenta da parede uterina até a camada serosa Causa hemorragia seguida de histeroctomia. ANORMALIDADES DE ARQUITETURA E IMPLANTAÇÃO PLACENTA PRÉVIA é a implantação da placenta no segmento inferior do útero (colo do útero). Fatores predisponentes: multiparidade, idade materna (+ 35 anos) ou cicatrizes uterinas Freqüência: vinculada à paridade. 1:1500 partos nas primigravídicas e 1:20 nas de grande multiparidade. PATOLOGIAS DA PLACENTA Distúrbios de circulação: 1. Infarto placentário: - pode atingir quase toda a placenta, seguido de insuficiência placentária. - No deslocamento placentário o suprimento sanguíneo que vem da mãe pode ser interrompido levando ao infarto. - Retardo no crescimento fetal e hipóxia PATOLOGIAS DA PLACENTA Corangiomas: 2. Tumor benigno - atinge a parte fetal da placenta. - Neoplasia trofoblástica fetal Pode causar retardo no crescimento fetal, morte do feto, IC fetal e polihidrâmnio. PATOLOGIAS DA PLACENTA Placentites: 3. Rubéola: - Vírus, provoca lesões placentárias acompanhadas muitas vezes por anormalidades fetais. 4. Toxoplasmose: - a mais importante doença parasitária da placenta. - Leva a lesões, inflamações crônicas das vilosidades devido à presença do microorganismo. LÍQUIDO AMNIÓTICO • Líquido que envolve e protege o feto dentro do útero LÍQUIDO AMNIÓTICO FUNÇÃO • Envolver e proteger o feto contra traumatismos • Permitir uma movimentação corpórea fetal livre • Favorecer o desenvolvimento e maturação adequada do pulmão fetal LÍQUIDO AMNIÓTICO • Manter a temperatura adequada no interior da cavidade amniótica – temperatura constante • Impedir a aderência entre o embrião e o âmnio • Barreira contra infecções LÍQUIDO AMNIÓTICO COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO • Células epiteliais fetais descamadas • Cerca de 98% de água • Proteínas, carboidratos,gorduras, enzimas, hormônios e pigmentos • Excreções fetais - urina LÍQUIDO AMNIÓTICO PRODUÇÃO DO LA • Varia de acordo com idade gestacional • Produção e volume depende da interação feto – placenta - organismo materno • 1º trimestre (até 16º semana) – membrana amniótica LÍQUIDO AMNIÓTICO • Última metade do 1º trimestre e início do 2º trimestre – outras fontes de produção e consumo do LA • permeabilidade da pele fetal – permeável à água permitindo a troca direta entre o feto e o LA até a queratinização( 24º/26º semana) • porção fetal da placenta – permite a troca entre o sangue fetal e o líquido amniótico através do âmnio • produção de urina pelo rim fetal – passagem da urina fetal para a cavidade amniótica (12º semana) LÍQUIDO AMNIÓTICO • Sistema respiratório fetal – secreção de exudato pulmonar (300 a 400 ml) saem pela traquéia – 20% do total do líquido • Mucosa do trato gastrintestinal fetal – absorção do LA ( água e elementos nutritivos)pela mucosa intestinal – importante para o desenvolvimento fetal • Hidratação materna – aumento do volume do LA LÍQUIDO AMNIÓTICO • VOLUME DO LA DURANTE A GESTAÇÃO Idade Gestacional (semanas) Volume Médio (ml) 12 50 20 350 30 600 38 1.000 40 800 LÍQUIDO AMNIÓTICO AVALIAÇÃO DO LA • Ultra-som – avalia o volume do LA a partir do 2º trimestre • Amniocentese – obtenção do LA através de punção do abdômen materno LÍQUIDO AMNIÓTICO OBJETIVO DA AMNIOCENTESE • Identificação e quantificação dos componentes do LA para diagnóstico ou acompanhamento fetal • Realizado em: gestações complicadas por isoimunização Rh, maturidade pulmonar, diagnóstico de infecções fetais, pesquisa de cariótipo fetal ANORMALIDADES DO LA 1.OLIGOIDRÂMNIO – presença de LA em quantidade diminuída do que o esperado para a idade gestacional ( menor que 250ml entre a 20º e 41º sem. de gestação) • Incidência: 0,5 a 5,5% ANORMALIDADES DO LA CAUSAS • Fetais • Maternas • Placentária ANORMALIDADES DO LA FETAIS • Anomalias geniturinárias – deficiência na produção urinária por agenesia renal bilateral, rins policísticos ou retenção urinária por lesões obstrutivas do trato urinário. ANORMALIDADES DO LA • Anomalias congênitas • Anomalias cromossômicas • Rotura prematura da membrana • Crescimento intra uterino retardado – diminuição da perfusão glomerular e taxa de filtração – redução da produção de urina fetal ANORMALIDADES DO LA MATERNAS • Insuficiência uteroplacentária – diminuição em 33% do LA/sem. após a 40º sem. de gravidez (redução urinária fetal e transtorno placentário) • Hipertensão arterial crônica • Doença hipertensiva própria da gravidez • Drogas • Medicamento – redução na circulação uteroplacentária ANORMALIDADES DO LA PLACENTÁRIAS • Síndrome transfusor - transfundido ANORMALIDADES DO LA DIAGNÓSTICO • Ultra-som • História materna – uso de drogas, medicamento, história obstétrica anterior, doenças crônicas maternas(HAC) • Dooplerfluxometria – suspeita de crescimento uterino retardado ou insuficiência placentária ANORMALIDADES DO LA CONSEQÜÊNCIAS FETAIS • Compressão fetal no interior da cavidade uterina – seqüência de Potter que é nariz achatado, orelhas pequenas, contraturas dos membros e pé torto associada à hipoplasia pulmonar ANORMALIDADES DO LA 2.POLIIDRÂMNIO – aumento de volume do LA acima do esperado para a idade gestacional ( acima de 1500 a 2000ml no 3º trimestre) Incidência – 0,4 a 1,5% ANORMALIDADES DO LA CLASSIFICAÇÃO a) Tempo de desenvolvimento Agudo: aparece em poucos dias, mais freqüente no 2º trim. Crônico: instalação progressiva, mais comum no 3º trim. b) Volume: leve, moderada e grave ANORMALIDADES DO LA CAUSAS • Alterações fetais – 20% • Alterações maternas – 20% • Origem idiopática – 60% ANORMALIDADES DO LA Os poliidrâmnios mais graves são de origem fetal, e ocorrem por: • Lesões do SNC (52%) – meningomielocele, hidranencefalia (impedimento neurológico da deglutição fetal), poliúria (falta de hormônio antidiurético) • Lesões do trato gastrintestinal (47%) – estenose esôfago, diminuição da absorção intestinal ANORMALIDADES DO LA • Lesões do sistema cardiovascular (30%) • Lesões do trato geniturinário (16%) • Lesões torácicas – compressões esofagianas ANORMALIDADES DO LA Origem materna • Diabetes melito – aumento da diurese fetal decorrente do nível elevado de glicemia • Fetos que desenvolvem a isoimunização Rh – mecanismo desconhecido ANORMALIDADES DO LA CONSEQÜÊNCIAS • Desencadeamento do trabalho de parto prematuro pelo aumento e distensão uterina devido maior quantidade de LA • Rotura prematura de membranas • Dores abdominais maternas pelo aumento do volume do útero ANORMALIDADES DO LA • Dores e edema em membros inferiores • Dispnéia
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