QUESTIONÁRIO UNIDADE III - THAU-URBANISMO

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THAU (URBANISMO I) D69E_12201_D_20242 CONTEÚDO
Usuário ANA LUIZA DE BARROS XAVIER
Curso THAU (URBANISMO I)
Teste QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO - UNIDADE III
Iniciado 04/11/24 22:16
Enviado 05/11/24 14:19
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Pergunta 1
UNIP BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNOCONTEÚDOS ACADÊMICOS
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Resposta Selecionada: c. 
Arquiteta e professora da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), Paola Berenstein
Jacques, mostra uma perspectiva crítica sobre a cidade contemporânea que poderia ser
superada por ações urbanísticas que articulem a porosidade entre arte e vida: 
 
As ações artísticas críticas na cidade – que podem ser vistas tanto como "intervenções
contra-hegemônicas", na denominação de Mou�e, quanto como "microrresistências
urbanas", na denominação que preferimos usar – têm o objetivo de ocupar, se apropriar
do espaço público para construir outras experiências sensíveis e, assim, perturbar essa
imagem tranquilizadora e paci�cada do espaço público que o espetáculo do consenso
tenta forjar. Nestas ações que buscam um escape da hegemonia das imagens
consensuais, a questão do corpo é prioritária, em particular, a experiência corporal
urbana, as relações entre corpo – corpo ordinário, vivido, cotidiano, ou seja, o corpo
enquanto possibilidade de microrresistência à espetacularização e, portanto, oposto do
corpo mercadoria, imagem ou simulacro, produto da própria espetacularização – e
cidade. Explorar essas relações entre corpo e cidade, entre corpo humano e corpo
urbano e entre corpo da arte e corpo político é determinante para a explicitação ou
criação de tensões no espaço público.  O que está em jogo é a questão da experiência
sensível, corporal e dissensual, que se opõe à imagem consensual, mas não busca se
tornar hegemônica e, sim, manter uma tensão permanente no espaço público. O
importante a ressaltar é o potencial problematizador que este tipo de experiência
sensível sobre o espaço público – e esta pode ser tanto uma intervenção artística
realizada no próprio espaço público ou mesmo no espaço museal (que é um espaço
também paci�cado) – pode nos propor enquanto material empírico e, que, ainda muito
raramente, é considerado em nossas análises, teorias ou práticas urbanas, urbanísticas
ou de planejamento urbano (JACQUES, 2009).
 
Quando Paola Berenstein Jacques expõe que a ação artística crítica pode ser uma forma
de microrresistência ao poder hegemônico das grandes marcas e da publicidade que
dominam e determinam a produção de consensos no espaço urbano contemporâneo,
sua proposição se aproxima da re�exão de:
Henry Lefebvre em Direito à Cidade.
Pergunta 2
Veja as imagens, leia o texto e responda à pergunta.
 
Cinest. Psicologia e Cinema. Fonte: https://www.cineset.com.br/psicologia-cin
ema-biutiful-javier-bardem/ 
“Biutiful” (2010) mostra uma narrativa da distopia do diretor A. G. Iñarritu que
apresenta vivências do cotidiano em uma cidade global. O cinema
contemporâneo faz parte dos espaços e circulação de sentidos sobre como e
onde as experiências da modernidade/pós-modernidade se expressam –
desejos e fracassos, expectativas e tragédias, afetividades e mercados se
insinuando em zonas de disputas de poder. Nesse campo, Barcelona é uma
cidade paradigmática por expressar um continuum entre tradição e
modernidade, em que as apostas do universo de mercado triunfante parecem
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Resposta Selecionada: a. 
construir o imaginário da “cidade-empresa” bem-sucedida, cosmopolita, um
cartão postal de uma modernidade problemática e, muitas vezes, entrópica. 
RIBEIRO, Paulo Jorge da Silva. Barcelona entre o cotidiano e o ordinário:
estética e política em Vicky Cristina Barcelona e Biutiful. In: 29ª Reunião
Brasileira de Antropologia. Disponível em: http://www.aba.abant.org.br/conteud
o/ANAIS/Caderno_de_Resumos_29RBA.pdf. 
 
Leia e analise as a�rmativas abaixo:
 
I - O �lme elabora um recorte magní�co da cidade de Barcelona, atentando para sua
condição de cartão postal que atesta a produção de imagens como base para a qualidade
da vida urbana e bem-estar social.
II - Apresenta-se Barcelona, não como uma cidade ideal ou real, mas como um campo de
forças imagético central às disputas estéticas e políticas do mundo contemporâneo.
III - Existe uma fusão entre as experiências das personagens e da própria cidade de
maneira a apresentar Barcelona como palco que materializa o próprio drama da cidade
pós-moderna.
 
Assinale a alternativa correta:
As a�rmativas II e III são verdadeiras.
Pergunta 3
Resposta Selecionada: e. 
Sobre a difusão de estratégias que promovem cidades sustentáveis, temos o conceito de
“cidade compacta” defendido por Richard Rogers, Cidades para um pequeno planeta. Para
o autor, o processo de expansão das cidades não considerou a fragilidade do
ecossistema, evidenciando o caráter quantitativo, em detrimento da qualidade.
ROGERS, R. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: Gustavo Gilli, 2005.
 
Assinale a alternativa que apresenta interpretação grá�ca dos preceitos associados à
cidade compacta recomendados por Roger:
.
Pergunta 4
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Resposta
Selecionada:
e. 
Leia o texto abaixo:
A noção de quarteirão delimitado por ocupações perimetrais serviu de base para o desenho do espaço
público genérico das cidades pré-industriais e industriais e naturalizou-se como forma urbana tanto
em cidades de ocupação espontânea quanto naquelas de matriz planejada. A constituição de quadras
enquanto resultado oposto dos vazios viários, como negativo privado do espaço público, manteve-se
como consequência obrigatória da consolidação dos núcleos urbanos ao longo dos séculos.
NOTO, Felipe de Souza; SILVA, Helena A. O quarteirão como tipo urbano. III ICHT 2019 – Colóquio
Internacional – Imaginário: Construir e habitar a Terra. São Paulo, 2019. Disponível em: https://sites.usp.
br/icht2019/wp-content/uploads/sites/416/2019/07/O-quarteira%CC%83o-como-tipo-urbano.pdf.
Acesso em: 16 maio 2022. 
 
Analise os esquemas tipológicos de quadras e assinale a imagem que diz respeito à produção
contemporânea de cidade:
.
Pergunta 5
A cidade do século XX foi marcada pelo surgimento de lugares voltados para o espetáculo
e entretenimento. As ruas, as calçadas, as praças e toda uma sorte de espaços públicos
tradicionais na história urbana foram “ressigni�cados”, ou seja, ganharam novas
conotações simbólicas e valores. Simultaneamente, a sociedade contemporânea
desenvolveu apreço pela produçãoe veiculação de imagens que advogam a qualidade de
espaços paci�cados pelo apagamento das diferenças inerentes à vida em sociedade. O
Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) faz parte de um conjunto de
intervenções iniciadas na área Cidade Velha de Barcelona por ocasião dos Jogos
Olímpicos de 1992. Lira (2011) ressalta elementos em jogo na discussão sobre cidade
contemporânea; as olímpiadas, o interesse do grande capital internacional, a indústria do
turismo, um arquiteto famoso, um edifício escultural e um “espaço público”. A Praça dels
Àngels apresenta-se como espaço concebido para contemplação que emoldura a
escultural obra de Richard Meier.
 
Acompanhe a interpretação do texto acima pela leitura espacial da praça:
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Resposta
Selecionada:
d.
Leitura gráfica de uso e fluxo na Praça dels Ángels. Organização de imagens
realizada a partir de Lira (2011). LIRA, A. C. Contradições e políticas de
controle no espaço público de Barcelona: um olhar sobre a Praça dels Àngels.
Caderno Metropole, São Paulo, v. 13, n.25, p. 279-302, jan./jun. 2011.
 
Escolha a alternativa que não expressa a re�exão crítica de Lira (2011) sobre a Praça dels
Àngels em Barcelona e o museu projetado por Richard Meier:
As transformações do Raval e da Praça dels Àngels são exemplos das
melhores práticas de planejamento urbano e por isso integram o
Modelo Barcelona que propõe a renovação de áreas degradas.
Pergunta 6
Resposta
Selecionada:
a.
O edifício possui um papel protagonista na composição da forma urbana. A forma da
massa edi�cada, o arranjo programático, a implantação no terreno, a materialização dos
limites da edi�cação e sua relação com a rua são elementos que in�uenciam a dinâmica
do espaço urbano e podem contribuir positivamente para sua qualidade.
Escolha a alternativa que apresenta as estratégias de projeto urbano contemporâneas
que concordam com a a�rmação exposta acima:
Quadra aberta, edifícios multifuncionais, escala humana,
�exibilidade de acessos e valorização da circulação pedonal.
Pergunta 7
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Resposta Selecionada: d. 
O sistema arquitetônico pode ser compreendido como um conjunto de elementos
relacionados entre si, cuja organização deve se adaptar ao contexto. Esse sistema
arquitetônico é composto de várias escalas que compreende desde o edifício até as
estruturas mais complexas do espaço urbano, e envolve relações funcionais, espaciais,
construtivas, formais e simbólicas. Assim, o arquiteto dinamarquês Jan Gehl (2013)
apresenta a cidade como lugar de encontro e defende a necessidade de se criarem
oportunidades para promover a “vida entre os edifícios”.
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
 
De acordo com o exposto, avalie o que se pode ser compreendido como escala urbana:
 
I - A escala humana, dos pedestres e da circulação pedonal é denominada de Escala
Pequena, portanto deve ser considerada como menos importante na hierarquia de
prioridades do planejamento urbano.
II - A escala da paisagem humana, na qual a cidade é experimentada pelas pessoas que a
utilizam ao nível dos olhos, chamada de Escala Média.
III - A grande escala compreende a ótica abrangente utilizada para compreender as
interpelações da cidade, abrangendo bairros, funções e instalações de tráfego.
IV - Idealmente, os três níveis de escala deveriam ser tratados e amalgamados em um
todo quali�cado a produzir espaços convidativos para as pessoas na cidade.
 
Está correto apenas o que se a�rma:
Nas a�rmativas II, III e IV.
Pergunta 8
Resposta Selecionada: b. 
O estado do Rio de Janeiro, consequentemente sua capital, testemunharam uma
cronologia de projetos urbanos e intervenções, normalmente parcialmente aplicadas, que
marcaram o século XX carioca. Na lógica de quali�cação espacial da cidade do Rio de
Janeiro, que rapidamente adentrou o seleto grupo das Cidades Mundiais, pode-se
destacar a Reforma Pereira Passos, Plano Agache, Plano Doxiadis, Plano Lúcio Costa para
Barra da Tijuca e Plano Maravilha.
Selecione a alternativa que não deve ser associada às intervenções, em sintonia com os
conceitos arquitetônicos e urbanísticos contemporâneos, realizadas no século XXI.
Restauração do Maracanã.
Pergunta 9
Diante da necessidade de humanização das cidades contemporâneas, algumas
estratégias atuam para dinamizar espaços públicos. Pode-se considerar entre estas a
quadra aberta, edifícios multifuncionais e a permeabilidade entre espaços públicos e
privados. A quadra aberta é pública e é privada, é tradicional e ao mesmo tempo
moderna. Está inserida na dinâmica de quali�cação do espaço público pela recuperação
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Resposta Selecionada:
c. 
da escala do pedestre e por valorizar a movimento pedonal pelos miolos de quadra,
transformando a lógica de circulação urbana. Christian Portzamparc (1997) apresenta
diagramas sobre a quali�cação espacial proporcionada pelas quadras abertas.
PORTZAMPARC, C. A terceira era da cidade. In: Revista Óculum, n. 9, Fau Puccamp,
Campinas,1997.
 
Les Hautes Formes, Paris. Arquiteto Christian de Portzamparc, 1975.
PORTZAMPARC, C. A terceira era da cidade. In: Revista Óculum, n. 9, Fau Puccamp,
Campinas,1997.
 
Acompanhe as alternativas apresentadas e escolha a que não apresenta estratégias
contemporâneas de humanização do espaço urbano:
Ville Radieuse
Paris
Pergunta 10
Países orientais agregam à re�exão urbanística contemporânea o apreço e a valorização
de composições vernaculares. A arquiteta Scarlett Miao (2020) apresenta algumas
intervenções urbanas associadas a estruturas denominadas hutongs. O nome hotung,
em Mogol literalmente poço d'água, passou a denominar pequenas vielas construídas ao
longo da dinastia Yuan (1271–1368) na tentativa de traçar um tecido urbano mais regular
que tanto facilitasse a gestão da propriedade da terra quanto a e�ciência dos �uxos. Este
conceito também foi transladado aos espaços de vida da casa, abarcando desde o espaço
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Terça-feira, 5 de Novembro de 2024 14h19min27s GMT-03:00
Resposta
Selecionada:
e.
Projeto do Atelier Li Xinggang para o Hutong localizado no centro histórico de
Pequim. O conceito foi transladado aos espaços de vida da casa, abarcando
desde o espaço individual e familiar, passando por um pátio de uso coletivo
que faz a mediação entre os âmbitos público e privado, até o espaço público.
Como resultado, o antigo pátio foi ressignificado dando lugar a cinco pátios
menores conectados às cinco residências que compõem o conjunto, além de
um amplo espaço público que abriga um café e uma casa de chá (MIAO,
2020).
individual e familiar, passando por um pátio de uso coletivo que faz a mediação entre os
âmbitos público e privado, até o espaço público propriamente dito.
MIAO, Scarlett, A renovação dos Hutongs de Pequim: intervenções urbanas em pequena
escala. ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/948888/a-renovac
ao-dos-hutongs-de-pequim-intervencoes-urbanas-em-pequena-escala. Acesso em: 21
maio 2022.
 
 
 
Assinale a alternativa que não diz respeito às intervenções espaciais chinesas que
utilizam a ressigni�cação em escala domésticae urbana de hutongs:
A maioria das residências não possui banheiro, por isso é comum a
existência de banheiros comunitários e áreas comuns para lavagem
de roupas.
← OK
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