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Neonatologia

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Kassia Costa

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UNIVERSIDADE CEUMA
BACHARELADO EM FONOAUDIOLOGIA
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM UNIDADES NEONATAIS
SÃO LUÍS – MA
2025
DEBORAH KÁSSIA EVILLIN ELEOTÉRIO COSTA
LUDMILLA PACHECO
OBERDAM SAMPAIO NUNES
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM UNIDADES NEONATAIS
Trabalho apresentado à disciplina de Neonatologia como requisito para obtenção de nota parcial do 2º bimestre.
Prof°. Me. Jeliel Ferreira dos Santos Viana
SÃO LUÍS - MA
2025
CARACTERIZAÇÃO DA ATUAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA UNIDADE NEONATAL
A atuação do fonoaudiólogo na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) tem como principal objetivo promover o desenvolvimento funcional do sistema estomatognático e garantir o bem-estar global do recém-nascido. Além disso, o profissional atua de forma preventiva, por meio da triagem auditiva neonatal, visando à detecção precoce de possíveis perdas auditivas (Dantas; Brandão; Boger, 2017).
Essa atuação é essencial para o acompanhamento e estimulação de recém-nascidos, principalmente os pré-termo, que apresentam imaturidade nas funções de sucção, deglutição e respiração. Segundo Medeiros (2021), esses bebês frequentemente necessitam de sonda para se alimentarem, sendo papel do fonoaudiólogo estimular o desenvolvimento do reflexo de sucção e deglutição, promovendo a transição segura e eficiente da alimentação enteral para a via oral.
INSERÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA EQUIPE INTERDISCIPLINAR ATUANTE
	O fonoaudiólogo integra a equipe interdisciplinar da UTIN, que conta com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas. É reconhecida pela Portaria nº 930/2012 do Ministério da Saúde, que define diretrizes para o cuidado integral e humanizado ao recém-nascido grave ou potencialmente grave (Brasil, 2012). 
A Resolução CFFa nº 661/2022 regulamenta e reforça a importância do fonoaudiólogo na promoção da saúde neonatal. De acordo com Fernandes et al. (2023), a atuação interdisciplinar permite uma assistência mais completa ao recém-nascido, com foco na promoção, prevenção e reabilitação, especialmente no incentivo ao aleitamento materno e na educação familiar quanto ao processo de alimentação segura.
De acordo com Gomes (2022), essa inserção permite uma abordagem integral e humanizada, em que o fonoaudiólogo contribui para a transição da alimentação por sonda para a via oral, bem como para o estímulo da comunicação e da vinculação mãe-bebê, em conjunto com os demais profissionais.
ESPECIFICIDADE DE SEU TRABALHO
O Fonoaudiólogo realiza estimulação orofacial, exercícios de sucção não nutritiva e treino de deglutição, sempre respeitando o quadro clínico e a maturidade do bebê. Além disso, participa do processo de triagem auditiva neonatal, utilizando exames como as Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), que possibilitam o diagnóstico precoce de alterações auditivas. Tais práticas são fundamentais para garantir o desenvolvimento neurológico e sensorial adequado (Gomes, 2022).
Também são utilizados instrumentos de registro clínico e acompanhamento, como a Caderneta de Saúde da Criança, que serve de base para orientar mães e familiares sobre o desenvolvimento da fala e linguagem (Dantas; Brandão; Boger, 2017). Assim, a atuação fonoaudiológica combina procedimentos clínicos, educativos e preventivos, favorecendo o crescimento saudável e a qualidade de vida do recém-nascido.
INSTRUMENTOS DE TRABALHO
Os instrumentos de trabalho do fonoaudiólogo na UTIN envolvem protocolos clínicos de avaliação do sistema sensório-motor-oral, materiais para estimulação tátil e oral, dispositivos de alimentação, como copinho, mamadeira e bico de silicone. Fernandes et al. (2023) ressalta a importância de combinar esses instrumentos com orientações educativas à mãe e à equipe de enfermagem, visando uma alimentação eficaz e segura. Além disso, o profissional utiliza registros sistemáticos de evolução clínica, que auxiliam na avaliação do progresso alimentar e na tomada de decisão interdisciplinar. 	
A realização de orientações às mães e à equipe de enfermagem quanto à “pega” correta durante a amamentação e ao posicionamento ideal do bebê, favorece o aleitamento materno exclusivo e prevenir complicações respiratórias (Medeiros, 2021).
A prática do fonoaudiólogo deve ser pautada em princípios de humanização e integralidade, assegurando que cada intervenção respeite o ritmo e as necessidades individuais do recém-nascido e de sua família.
 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 930, de 10 de maio de 2012. Define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave. Diário Oficial da União, Brasília, 2012.
DANTAS, Vanessa Pereira da Silva; BRANDÃO, Talita Córdoba; BOGER, Marlene Escher. Rotina fonoaudiológica na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital materno infantil. Revista de Medicina e Saúde de Brasília, Brasília, v. 6, n. 1, p. 29–39, 2017. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rmsbr/article/view/7636. Acesso em: 12 out. 2025.
FERNANDES, Jaqueline de Souza; DUCA, Ana Paula; GUESSER, Vitor Martins; PAIVA, Karina Mary de; HAAS, Patrícia; ZIMMERMANN, Fabiane. Atuação fonoaudiológica na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma ótica no gerenciamento alimentar. Revista Neurociências, São Paulo, v. 31, p. 1–19, 2023. DOI: 10.34024/rnc.2023.v31.14905. Disponível em: https://revistaneurociencias.com.br. Acesso em: 13 out. 2025.
GOMES, Rafaela Andrade. A atuação do fonoaudiólogo na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) – Centro Universitário UNIFACIG, Manhuaçu, 2022.
MEDEIROS, Ana Clara de. Atuação fonoaudiológica na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2021.

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