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1 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin TENSÕES PROF. PAULO CETLIN DEPT. ENGA. MECÂNICA DA UFMG pcetlin@gmail.com – 3409.3504 mailto:pcetlin@gmail.com 2 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin TENSÕES MÉDIAS 𝑻 = 𝑭 𝑨 Sob a mesma força de tração pura F, o comportamento das duas barras será diferente, pois suas seções transversais diferem Para eliminar o efeito da seção, define-se tensão média como: MPa, GPa, kgf/mm2, psi, ksi 3 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Para calcular tensões numa situação mais complexa, como a mostrada abaixo, fica a dúvida: qual força dividir por qual área? 4 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟑 𝑭𝟐 P TENSÕES EM UM PONTO Adota-se o seguinte procedimento: • Os esforços sobre a peça passam a ser descritos por forças; • As tensões serão calculadas para cada ponto da peça (Ponto P, por exemplo). 5 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟐 P 𝑭𝟏 𝑭𝟐 𝑭𝟑 P Plano de corte • Passa-se um plano de corte pelo ponto P; • Retira-se uma parte da peça, com as forças aí aplicadas, separada pelo plano de corte. TENSÕES EM UM PONTO 6 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟐 P • Aplicam-se forças em todos os pontos da peça, no plano de corte passando por P; • Essa distribuição de forças mantém a peça em situação idêntica àquela antes da retirada de parte da peça. TENSÕES EM UM PONTO Plano de corte 7 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin • É difícil obter essas forças em todos os pontos do corte da peça; • Um exemplo onde isso é possível é na tração pura, onde as forças são iguais e homogeneamente distribuídas: TENSÕES EM UM PONTO 𝑭 𝑭 P 𝑭 P 𝑭 P Plano de corte 8 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin • Modernamente, a determinação das forças nos pontos é possível através de métodos numéricos, tais como o método dos elementos finitos; • Para definir a tensão no ponto P procede-se da seguinte forma: Toma-se uma pequena área ΔA em torno do ponto P; Obtém-se as forças agindo em todos os pontos da área ΔA, somam-se essas forças vetorialmente e obtém-se ∆𝑭; 𝑻𝑷 = lim ∆𝑨→𝟎 ∆𝑭 ∆𝑨 TENSÕES EM UM PONTO 9 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin TENSÕES EM UM PONTO 𝑭𝟏 𝑭𝟐 𝜟𝑨 𝑷 ∆𝑭 𝑻𝑷 = lim ∆𝑨→𝟎 ∆𝑭 ∆𝑨 Plano de corte 10 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝒏 𝜶 𝜟𝑭 𝜟𝑨 𝑷 𝒕 TENSÕES NORMAIS E DE CISALHAMENTO EM UM PONTO Plano de corte • 𝒏: normal ao plano de corte em P • ∝: ângulo entre 𝒏 𝒆 ∆𝑭 • Tensão normal: 𝝈 = ∆𝑭 cos𝜶 ∆𝑨 • 𝒕 : interseção do plano formado por 𝒏 e por ∆𝑭 com o plano de corte • Tensão de cisalhamento: 𝝉 = ∆𝑭 sen𝜶 ∆𝑨 𝝈 𝝉 11 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin P Planos de corte VARIAÇÃO DA TENSÃO EM UM PONTO COM O PLANO DE CORTE • Infinitos planos de corte passam pelo ponto P; • Para cada plano de corte haveria que repetir o procedimento exposto. 12 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 P VARIAÇÃO DA TENSÃO EM UM PONTO COM O PLANO DE CORTE • Retira-se uma parte da peça separada pelo plano de corte. 13 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 P VARIAÇÃO DA TENSÃO EM UM PONTO COM O PLANO DE CORTE • Aplicam-se forças em todos os pontos da peça no plano de corte até que a peça fique idêntica à situação antes do corte 14 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝜟𝑭 𝜟𝑨 𝑷 VARIAÇÃO DA TENSÃO EM UM PONTO COM O PLANO DE CORTE Toma-se uma pequena área ΔA em torno do ponto P; Obtém-se as forças agindo em todos os pontos da área ΔA, somam-se essas forças vetorialmente e obtém-se ∆𝑭; 𝑻𝑷 = lim ∆𝑨→𝟎 ∆𝑭 ∆𝑨 15 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin • As tensões podem variar para cada ponto P da peça submetida a esforços; • Para cada ponto P da peça, as tensões variam para cada plano de corte adotado; • Trata-se assim de uma situação complexa; • Interessa descobrir qual o ponto P e qual plano de corte neste ponto que exibe as máximas tensões; • Será discutido um caso muito simples, que é a tração pura, e de onde podem se obter muitas conclusões interessantes. TENSÕES EM UM PONTO 16 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin • É difícil obter as forças em todos os pontos do corte da peça; • Isso é possível na tração pura: TENSÕES EM UM PONTO NA TRAÇÃO PURA 𝑭 𝑭 P Plano de corte 𝑭 P 𝜟𝑨 𝜟𝑭 𝑭 P 𝜟𝑨 17 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Como a distribuição de forças em qualquer seção de corte na tração é sempre homogênea, pode-se utilizar a área inteira da seção (A) para o cálculo da tensão no ponto: TENSÕES EM UM PONTO NA TRAÇÃO PURA 𝜟𝑭 𝑭 P 𝜟𝑨 𝑨 18 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin A SITUAÇÃO SE REPETE PARA UM OUTRO PLANO DE CORTE PASSANDO POR P: TENSÕES EM UM PONTO NA TRAÇÃO PURA 𝑭 𝑭 P 𝑭 P Plano de corte 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝑨 19 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝝈 𝜶 Para qualquer ponto “P” do corpo sob tração pura, pode-se calcular a tensão normal (σ) para um plano de corte fazendo o ângulo α com o plano da seção transversal. 20 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 Para qualquer ponto “P” do corpo sob tração pura, pode-se calcular a tensão de cisalhamento ( ) para um plano de corte fazendo o ângulo α com o plano da seção transversal. 𝝉 𝒕 21 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 PARA QUALQUER PONTO P DO CORPO SOB TRAÇÃO PURA PODE-SE CALCULAR: • A TENSÃO NORMAL ( ) • A TENSÃO DE CISALHAMENTO ( ) • PARA UM PLANO DE CORTE FAZENDO O ÂNGULO α COM O PLANO DA SEÇÃO TRANSVERSAL 𝝉 𝒕 𝝈 22 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 • Tomando = 1 GPa, variar o ângulo α de 10 em 10º desde α = 0º até α = 360º e calcular os valores de e de para todos esses ângulos. • Tomando um gráfico com nas abscissa e na ordenada (na mesma escala), locar os pontos encontrados em seus cálculos. 𝝉 𝒕 𝝈 23 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 é máximo, e máx = 1, para α = 0 𝝈 𝑭 𝑭 P 𝑨 24 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 é mínimo, e min = 0, para α = 90º 𝝈 𝑭 𝑭 𝑨 P Os planos onde agem máx min são ortogonais entre si. é mínimo para qualquer plano de corte que contenha o eixo de tração. 25 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA é mínimo, e min = 0, para α = 0 e para α = 90º 𝑭 𝑭 P 𝑨 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 𝝉 𝒕 𝑭 𝑭 𝑨 P = 0 nos planos onde agem máx e min 26 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO é mínimo Para α = 90º 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 𝝉 𝒕 𝑭 𝑭 𝑨 P = 0 e age min . • Os planos onde age min são ortogonais entre si? 27 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA é máximo, e máx = /2, para α = 45º 𝑭 𝑭 P 𝑨 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 𝝉 𝒕 𝑭 𝑭 𝑨 P máx age nos planos fazendo 45º com os planos onde agem máx e min qual é o valor de no plano onde age máx ? 28 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO é máximo, e máx = /2, para α = 45º 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 𝝉 𝒕 = máx 29 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS E DE CISALHAMENTO COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA Os planos de corte onde agem máx min são ortogonaisentre si. = 0 nos planos de corte onde agem máx e min máx age nos planos de corte fazendo 45º com os planos de corte onde agem máx e min Pode-se demonstrar que para cada ponto de uma peça sob carregamento complexo em 3 dimensões, as afirmativas acima são sempre válidas e que, além disso: Para cada ponto de uma peça sob esforços, é sempre possível achar três planos de corte, ortogonais entre si, onde agem, em cada um deles, máx , min e um valor intermediário ( int ) entre máx e min. máx ≥ int ≥ min máx= ( máx - min)/2 30 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS E DE CISALHAMENTO COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA Para cada ponto de uma peça sob esforços, é sempre possível achar três planos de corte, ortogonais entre si, onde agem, em cada um deles, máx , min e um valor intermediário ( int ) entre máx e min. máx ≥ int ≥ min 𝑭 𝑭 P Planos de corte passando por P, ortogonais entre si e onde = 0 máx= 1 min= 0 int= 0 P 31 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin VARIAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS E DE CISALHAMENTO COM O PLANO DE CORTE NA TRAÇÃO PURA 𝑭 𝑭 P Plano de corte passando por P, fazendo 45º com os planos onde agem máx e min onde = máx máx= 1 min= 0 P int= 0 máx age nos planos de corte fazendo 45º com os planos de corte onde agem máx e min máx= ( máx - min)/2 32 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin máx= 1 min= 3 int= 2 P Planos de corte passando por P, ortogonais entre si e onde = 0 NOMENCLATURA CONVENCIONAL PARA AS TENSÕES 𝝈máx ,𝝈int e 𝝈min = 3 1, 2 e 3 1, 2 e 3 33 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟑 𝑭𝟐 P P Planos de corte passando por P Q Q 1 3 2 1 2 3 “RETORNO À SITUAÇÃO ORIGINAL” 34 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Na torção de um cilindro, num plano de corte perpendicular ao seu eixo, passando por um ponto P em sua superfície: Em todos os pontos dessa seção agem forças paralelas ao plano de corte As forças em todas as outras direções são nulas 𝑴 P 𝜟𝑨 APLICAÇÃO: ESTADO DE TENSÕES NA TORÇÃO DE UM CILINDRO 𝑴 𝑴 P Plano de corte 𝑴 P 𝜟𝑨 35 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Na torção de um cilindro e em todos os pontos de um plano de corte perpendicular ao seu eixo: Agem somente tensões de cisalhamento e as tensões normais são nulas As tensões de cisalhamento são as maiores que em qualquer plano de corte passando por qualquer ponto. 𝑴 P APLICAÇÃO: ESTADO DE TENSÕES NA TORÇÃO DE UM CILINDRO 𝑴 𝑴 P Plano de corte P = máx 36 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Consideremos um plano de corte passando por P e tangente ao cilindro: Neste plano todas as tensões são nulas Este é então um dos planos principais passando por P, e nele = = 0 𝑴 P APLICAÇÃO: ESTADO DE TENSÕES NA TORÇÃO DE UM CILINDRO 𝑴 𝑴 P Plano tangente ao cilindro no ponto P. = 0 = máx = = 0 37 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin • O plano onde age máx é o plano ACFD e faz 45º com os planos onde agem e ; • Os planos principais são ortogonais entre si; • O plano onde age é o plano ABED é o plano CBEF • O plano tangente ao cilindro é o plano ABC, onde = máx = 0 𝑴 P APLICAÇÃO: ESTADO DE TENSÕES NA TORÇÃO DE UM CILINDRO P = 0 = máx A 45º F E D C B 3 45º 1 38 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO 1. Na figura anterior, o triângulo ABC é isósceles e AB = BC. Considerando o equilíbrio de forças na direção vertical na Figura anterior, demonstrar que = - 3 . 2. Considerando o equilíbrio de forças na direção horizontal na figura anterior, demonstrar que a direção das tensões e 3 são as mostradas na figura, e que = - 3 = máx. 3. Demonstrar que no plano de corte passando por P, e paralelo ao eixo do cilindro, a situação é idêntica à do plano ACFD, onde = 0 e = máx 39 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin O estado de tensões em todos os pontos da superfície de um cilindro sob torção é então aquele mostrado na figura abaixo: APLICAÇÃO: ESTADO DE TENSÕES NA TORÇÃO DE UM CILINDRO 𝑴 𝑴 P Plano de corte 3 𝟏 2 = 0 3 𝟏 45º 45º = 3 = máx. 40 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO 1. Considerando um cilindro, comparar as posições dos planos onde age na tração e na torção. 2. Considerando um cilindro, comparar as posições dos planos onde age máx na tração e na torção. 3. Comparar os valores de máx na tração e na torção, em termos das tensões , e 3 . 41 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin ESTADO DE TENSÕES EM DUAS DIMENSÕES 3 𝟏 2 = 0 3 𝟏 45º 45º = 3= máx. Torção pura 𝑴 𝑴 1 3= 0 2= 0 Tração pura 𝑭 𝑭 Na tração pura, a situação é uniaxial, com duas tensões principais nulas; Na torção, a situação é diversa, pois só uma das tensões principais é nula. 42 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin ESTADO DE TENSÕES EM DUAS DIMENSÕES 3 𝟏 2 = 0 3 𝟏 45 º 45 º = 3= máx Torção pura 𝑴 𝑴 A situação da torção é encontrada comumente no carregamento de chapas finas, que ocorre basicamente no plano da chapa; Nessa situação, é comum desconsiderar a tensão principal normal ao plano da chapa nula, e tomar o estado de tensões somente em duas dimensões; Tomam-se as tensões principais sempre como 𝛔𝟏 e 𝛔𝟐, mesmo se uma delas for negativa e, assim, menor que 𝛔𝟑 = 𝟎 𝟏 𝟏 2 2 3 = 0 43 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin ESTADO DE TENSÕES EM DUAS DIMENSÕES • Todos os planos de corte são ortogonais ao plano da chapa; • A análise da variação das tensões e com a posição do plano de corte pode assim ser executada a partir da situação descrita no desenho abaixo; • O ângulo 𝜶 será positivo na direção mostrada. 𝟏 𝟏 2 2 3 = 0 Plano de corte 2 𝟏 𝜶 44 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 2 𝟏 𝜶 A C B CÁLCULO DE 𝝈 e 𝝉 NO ESTADO DE TENSÕES EM DUAS DIMENSÕES Para tração pura: No desenho abaixo: Demonstrar que, no estado de tensões em duas dimensões: Para = 0 as equações acima recaem no caso de tração pura. 45 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin EXERCÍCIO • Tomando = 1 GPa e = 0,2 GPa, variar o ângulo α de 10 em 10º desde α = 0º até α = 360º e calcular os valores de e de para todos esses ângulos. • Tomando um gráfico com na abcissa e na ordenada (na mesma escala), locar os pontos encontrados em seus cálculos. 2 𝟏 𝜶 A C B 46 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin CÁLCULO DE 𝝈 e 𝝉 NO ESTADO DE TENSÕES EM TRÊS DIMENSÕES Para o caso de três dimensões, e onde , e , a situação para a determinação de e de em qualquer plano de corte é feita da mesma forma que para duas dimensões; A situação é muito mais complexa matematicamente, e foi abordada por Cauchy, utilizando um desenho em 3D (o tetraedro de Cauchy); No nosso curso, não vale a pena cobrirmos todos os detalhes da demonstração, que pode ser vista em livros adequados (Apostila Prof. Jayme Ferreira) 47 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟑 𝑭𝟐 P P Planos de corte passando por P Q Q 1 3 2 1 2 3 “RETORNO À SITUAÇÃO ORIGINAL” , e 48 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES d W W d 49 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 K t d/w W d CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES 50 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 1 1,4 1,8 2,2 2,6 3 0 0,06 0,12 0,18 0,24 0,3 K t r/d CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES 51 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 1 1,4 1,8 2,2 2,6 3 0 0,06 0,12 0,18 0,24 0,3 K t r/d CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES 52 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin CONCENTRAÇÃODE TENSÕES 53 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES W 2a 2a 54 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin W W DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NA REGIÃO DE APLICAÇÃO DE ESFORÇOS 55 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NA REGIÃO DE APLICAÇÃO DE ESFORÇOS W W 56 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭𝟏 𝑭𝟑 𝑭𝟐 P P Planos de corte passando por P Q Q 1 3 2 1 2 3 “RETORNO À SITUAÇÃO ORIGINAL” , e 57 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin CONSEQUÊNCIAS IMPORTANTES DO PRINCÍPIO DE ST. VENANT Na região de aplicação de tensões, ocorrem variações locais na distribuição de tensões. De acordo com St Venant, a uma certa distância desta região, a distribuição de tensões independe dessas alterações locais; Isto significa que, na região de aplicação de tensões, pode-se aplicar qualquer sistema estaticamente equivalente (mesmas resultantes de forças e momentos), sem alterar a distribuição de tensões longe da região de aplicação de tensões.; Os dois pontos acima são muito utilizados na análise de tensões, especialmente em situações complexas. 58 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin APLICAÇÃO: TENSÕES DE ATRITO 𝑭 𝑭 A H G F E D C B 𝑮 𝑭 𝑮 𝝉 De acordo com Coulomb: Dividindo ambos os lados pela área de contato EFGH, e tomando o módulo das forças, pode-se escrever: 59 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin APLICAÇÃO: TENSÕES DE ATRITO é o “coeficiente de atrito” de Coulomb e depende dos materiais em contato, da velocidade de deslocamento entre os corpos em contato, da rugosidade das superfícies, lubrificantes, etc.. Para atritos muito baixos, com boa lubrificação, etc, é da ordem de 0,005 a 0,01; para situações onde o atrito é alto, pode chegar a valores bem mais altos (0,4 a 0,7). Tensões de atrito agem nas superfícies dos materiais e assim alteram os estados de tensão próximos a essas superfícies, em relação à situação “longe” desta superfície (Proncípio de St. Venant). 60 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin 𝑭 P 𝑨𝟏 𝑭 𝒏 𝜶 𝜶 𝝉 𝒕 𝝈 APLICAÇÃO: CÍRCULO DE MOHR PARA TRAÇÃO Já foi feito um exercício variando o ângulo α de 10 em 10º, desde α = 0º até α = 360º, calculando os valores de e de para todos esses ângulos. A seguir, foi feito um gráfico com nas ordenada e na ordenada (na mesma escala), para todos pares de pontos encontrados nos cálculos. 61 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin APLICAÇÃO: CÍRCULO DE MOHR PARA TRAÇÃO 𝜶 = 𝟎º, 𝝈 = 𝝈𝟏, 𝝉 = 𝟎 𝜶 = 𝟗𝟎º, 𝝈 = 𝝈𝟐 = 𝝈𝟑 = 𝟎, 𝝉 = 𝟎 𝜶 = 𝟒𝟓º, 𝝈 = 𝝈𝟏 𝟐 , 𝝉 = 𝝉𝒎á𝒙 = 𝝈𝟏 𝟐 𝝉 𝝈 𝜶 = −𝟒𝟓º, 𝝈 = 𝝈𝟏 𝟐 , 𝝉 = 𝝉𝒎á𝒙 = −𝝈𝟏 𝟐 Exercício: desenhar, no corpo de prova de tração, os 4 planos de corte correspondentes aos pontos mostrados no desenho. 62 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin APLICAÇÃO: CÍRCULO DE MOHR PARA TRAÇÃO 𝒕𝒈𝜶 = 𝝉 𝝈 Exercício: Mostrar o ângulo α para os 4 pontos destacados na figura anterior, no desenho do círculo de Mohr. 𝝉 𝝈 𝝉 𝝈 𝜶 𝒕𝒈𝜶 = 𝝉 𝝈 𝒕𝒈𝜶 = ( ) ( ) O ângulo α do desenho no corpo de prova corresponde ao ângulo α mostrado no desenho acima. 63 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin Já foi feito o exercício variando o ângulo α de 10 em 10º desde α = 0º até α = 360º, calculando os valores de e de para todos esses ângulos, e locando esses valores num gráfico com na abcissa e na ordenada (na mesma escala). 2 𝟏 𝜶 A C B APLICAÇÃO: CÍRCULO DE MOHR PARA 2D 64 TENSÕES - Prof. Paulo Cetlin APLICAÇÃO: CÍRCULO DE MOHR PARA 2D 𝜶 = 𝟎º, 𝝈 = 𝝈𝟏, 𝝉 = 𝟎 𝜶 = 𝟗𝟎º, 𝝈 = 𝝈𝟐, 𝝉 = 𝟎 𝜶 = 𝟒𝟓º, 𝝈 = (𝝈𝟏+𝝈𝟐) 𝟐 , 𝝉 = 𝝉𝒎á𝒙 = (𝝈𝟏−𝝈𝟐) 𝟐 𝝉 𝝈 Exercícios: 1. desenhar, na chapa submetida às tensões 𝝈𝟏𝒆 𝝈𝟐 os 4 planos de corte correspondentes aos pontos mostrados no desenho; 2. desenhar o círculo de Mohr para 2 D, quando 𝝈𝟏 > 𝟎 𝒆 𝝈𝟐