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Prof. José Daniel da Silva e Filho Suporte Avançado de Vida em Pediatria - PALS Abordagem sistemática da criança 01 02 03 04 Introdução Avaliação Secundária Avaliação Primária Questões pré-teste INTRODUÇÃO 01 INTRODUÇÃOOBJETIVOS Reconhecer situações de emergência que potencialmente podem levar a uma parada cardíaca em crianças1 2 3 4 Diferenciar as causas de parada no adulto e na criança e descrever a abordagem sistemática da avaliação pediátrica Dominar cada etapa da sequência de atendimento, buscando sempre a otimização do tempo Identificar os materiais utilizado e saber quando usá-los INTRODUÇÃO 🡪 Diferentemente dos adultos, uma parada cardíaca em crianças NÃO resulta de uma causa cardíaca primária 🡪 A parada cardíaca pediátrica ocorre, principalmente, em decorrência da progressão da insuficiência respiratória e/ou do choque 🡪 A taxa de sobrevida tanto em situações extra-hospitalares, quanto intra-hospitalares é muito baixa, sendo, respectivamente, 6% e 27% Avaliação Primária TAP ABCDE 02 Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP) • Impressão formal geral da criança • Estabelece a gravidade da apresentação e a categoria da fisiopatologia • Determina o tipo e urgência da intervenção Resume os achados “instintivos”: apenas pistas visuais e auditivas, sem necessidade de equipamentos e leva de 30-60 segundos TAP APARÊNCIA TICLS TRABALHO DE RESPIRAÇÃO CIRCULAÇÃO DA PELE Tônus muscular Interatividade Consolabilidade Olhar (inglês look) Fala ou choro (inglês cry) Reflete: oxigenação, ventilação, perfusão cerebral, homeostase e função do SNC Reflete adequação do débito cardíaco e da perfusão dos órgão vitais Posição do corpo Movimento visível (tórax/abdome) Frequência respiratória Esforço respiratório Sons da via aérea audíveis Reflete: adequação da via aérea, oxigenação e ventilação TAP Instável Prosseguir imediatamente com avaliação rápida da via aérea, respiração e circulação Problema identificado 🡪 realizar intervenções necessárias 🡪 tratar assim que encontrar Estável 1 - Avaliação primária (ABCDE) 2 - Avaliação secundária 3 - Reavaliação DECISÃO ABCDE A- Airway Via aérea B - Breathing Respiração E - Exposure Exposição com controle do ambiente D - Disability Exame neurológico - Glasgow C - Circulation Circulação com controle de hemorragia A – VIA AÉREA • Aberto e desobstruído • Se sim, prossiga para B Via aérea está aberta? • Elevação da mandíbula/ impulse do queixo • Via aérea nasofaríngea ou orofaríngea As vias aéreas são preserváveis? Podem ser mantidas abertas manualmente? • Intubação endotraqueal • Cricotirotomia, se necessário É necessário uma via aérea avançada? • Simultâneo ao MOVE: Monitorização + Oxigênio + Veia (obter acesso) + Exames • Lembrar do uso de EPI • Avaliar a segurança da cena Caso de intubação orotraqueal? O estado do paciente é grave, assim não se tem muito tempo para se pensar e elaborar, por isso segue-se a sequência rápida de intubação com (tabela ao lado) DOPE: Deslocamento (checar posicionamento do tubo) + Obstrução (checar se há obstrução) + Pneumotórax + Estrutura (paciente bem posicionado em relação a máquina) B - RESPIRAÇÃO • A taquipneia tem um diagnóstico diferencial extenso • Bradipneia pode ser um sinal de PCR iminente Está respirando muito rápido ou muito lento? Se a criança ou o bebê não estiver respirando efetivamente, é um evento com risco de vida e deve ser tratado como parada respiratória. B - RESPIRAÇÃO • Sinais de aumento do esforço respiratório • Sons nos pulmões e vias aéreas Existe aumento do esforço repsiratório? • Saturação de O2 • Intubação endotraqueal • Cricotirotomia, se necessário É necessário uma via aérea avançada? C - CIRCULAÇÃO Frequência e ritmo cardíaco Pulsos (periféricos e centrais – entre 5 e 10 s) Tempo de preenchimento capilar (1 ano: carotídeo ou femoral • Lactente (Entre 1 e 12 meses): braquial ou femoral C - CIRCULAÇÃO D – DISFUNÇÃO Consiste em uma Avaliação neurológica rápida - AVDI - Glasgow Escala de resposta pediátrica (AVDI) ALERTA • Pode estar com sono, mas ainda interativo VOZ • Só pode ser despertado falando ou gritando DOR • Só pode ser despertado induzindo dor IRRESPONSIVO • Não é possível que o paciente responda Escala de coma de Glasgow pediátrica E – EXPOSIÇÃO • É classicamente mais importante quando o paciente pediátrico pode ter sofrido um trauma • Buscar sinais de trauma, queimaduras, fraturas e qualquer outro sinal que possa fornecer pista sobre a causa do problema atual • Presença ou progressão petéquias e púrpuras OBS: o paciente pediátrico perde temperatura mais rapidamente que adultos 🡪 cubra e aqueça o indivíduo logo após a avaliação do corpo inteiro Avaliação Secundária 03 SPAM Sinais e Sintomas Histórico Médico Passado Alergias Medicamentos O exame será guiado pelas respostas à história direcionada, visto que o exame físico geral já foi realizado, utilizando ferramentas diagnósticas sempre que possível para facilitar o diagnóstico SPAM Sinais e Sintomas • Avalie eventos recentes relacionados ao problema atual • Doença precedente, atividade perigosa • Examine o paciente da cabeça aos pés para o seguinte: • Consciência, delírio • Agitação, ansiedade, depressão • Febre • Respiração • Apetite • Náusea / vômito • Diarréia (sangrenta) SPAM Histórico Médico Passado • História de nascimento complicada • Hospitalizações • Cirurgias Alergia s• Qualquer medicamento ou alergias ambientais • Qualquer exposição a alérgenos ou toxinas Medicamentos • Quais medicamentos a criança está tomando (prescritos e vendidos sem receita médica)? • A criança poderia ter tomado algum medicamento ou substância inapropriada? Questões pré-teste 04 “This is a quote, words full of wisdom that someone important said and make the reader get inspired” —Someone famous A avaliação geral de uma menina de 2 anos revela que ela está alerta, com dificuldade respiratória leve durante a inspiração, e palidez cutânea. Na avaliação primária ela emite sons inspiratórios agudos (estridor leve) quando agitada; em outras condições, sua respiração é silenciosa. Sua SpO2 é de 92% no ar ambiente e ela tem tiragens intercostais inspiratórias leves. A auscultapulmonar revela sons de transmissão provenientes da via aérea superior, com murmúrio vesicular distal bilateralmente. Qual das seguintes é a intervenção terapêutica inicial mais adequada para essa criança? A)Realizar intubação endotraqueal imediata; B)Administrar uma dose IV de dexametasona; C)Nebulizar 2,5 mg de albuterol; D)Administrar oxigênio suplementar umidificado, conforme tolerado, e continuar avaliação. QUESTÃO 1 “This is a quote, words full of wisdom that someone important said and make the reader get inspired” —Someone famous A fórmula usada para aproximar o limite inferior da pressão arterial sistólica em crianças de 1 a 10 anos de idade é: A) 70 + (2 x idade em anos) B) Idade cm anos x 2,2 C) 16 + idade em anos/4 D) 2 x 90/idade em anos QUESTÃO 2 “This is a quote, words full of wisdom that someone important said and make the reader get inspired” —Someone famous Uma criança de 7 meses de idade tem um históríco de 2 dias de má alimentação. Qual dos seguintes deve ser usado para avaliar um pulso central neste lactente? A) Pulso carotídeo B) Pulso femoral C) Pulso radial D) Pulso braquial QUESTÃO 3 “This is a quote, words full of wisdom that someone important said and make the reader get inspired” —Someone famous Um lactente com história de vômitos e diarreia chega de ambulância. Durante a avaliação primária, a via aérea superior está pérvia, na respiração encontramos uma frequência respiratória de 40irpm com sons respiratórios audíveis bilateralmente e está sendo administrado oxigênio a 100%. Na avaliação da circulação, o lactente está com extremidades frias, pulso fraco e tempo de enchimento capilar > 5segundos. O lactente responde aos estímulos dolorosos e a concentração de glicose é 30mg/dl. Qual melhor forma de conduzir o paciente? A) Expor o paciente e, após prosseguir com avaliação secundária B) Estabelecer o acesso venoso IV ou IO, administrar 5-10ml/kg de cristaloide isotônico durante 5 a 20minutos. C) Estabelecer o acesso IV ou IO administrar 20ml/kg de solução Ringer Lactato por 60 minutos. D) Estabelecer o acesso venoso IV ou IO, administrar 10-20ml/kg de cristaloide isotônico durante 5 a 20minutos e, simultaneamente, administrar SG 25%, 2 a 4ml/kg, em infusão separada. QUESTÃO 4 REFERÊNCIAS Disque,Karl. PALS Pediatric life support. Provider Handbook. Satori Continuum Publishing, 2021.