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SAÚDE COMO DIREITO HUMANO UNIVERSAL: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS E PERSPECTIVAS DE IMPLEMENTAÇÃO
Área temática: Saúde e Direitos Humanos
Introdução: A compreensão da saúde como um direito humano fundamental consolidou-se nas últimas décadas como eixo central das políticas públicas e dos debates internacionais sobre justiça social. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) reconhecem que o acesso universal à saúde depende de condições estruturais, econômicas e culturais que assegurem igualdade de oportunidades e dignidade a todas as pessoas. Entretanto, a efetivação desse direito enfrenta obstáculos relacionados às desigualdades socioeconômicas, à precarização dos sistemas públicos e à insuficiência de mecanismos de governança e responsabilização. No contexto pós-pandemia de COVID-19, as disparidades no acesso aos serviços e aos recursos de saúde tornaram-se ainda mais evidentes, revelando fragilidades nas políticas globais e nacionais (GOSTIN; MEIER, 2022). Assim, o tema “saúde e direitos humanos” emerge como campo de estudo e ação prioritário para a promoção de sociedades mais justas, inclusivas e solidárias. Objetivo: Analisar criticamente a produção científica e normativa sobre saúde e direitos humanos, com foco em identificar avanços, desafios e lacunas nas políticas e práticas voltadas à efetivação do direito à saúde no período de 2000 a 2025. Metodologia: Baseou-se em uma revisão narrativa sistematizada da literatura, abrangendo artigos científicos, relatórios de organismos internacionais e documentos normativos. As fontes de dados incluíram PubMed, SciELO, WHO e OHCHR, priorizando publicações que abordassem a intersecção entre saúde, equidade, bioética e governança pública. A análise dos textos selecionados considerou aspectos como equidade, justiça social, participação cidadã e sustentabilidade das políticas de saúde. Resultados e discussão: Apontam que, embora o marco normativo internacional tenha avançado significativamente — destacando o Comentário Geral nº 14 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU (2000) —, sua aplicação prática ainda é desigual. Persistem desafios estruturais, como o subfinanciamento dos sistemas universais, a concentração de recursos em setores privados e a falta de indicadores eficazes de monitoramento. Evidências indicam que países que adotam políticas baseadas em direitos tendem a apresentar melhores resultados em equidade e cobertura, embora enfrentem obstáculos relacionados à judicialização e à fragmentação da gestão pública (MUNN et al., 2018; SNYDER, 2019). Discussões recentes incorporam temas emergentes, como saúde digital, justiça ambiental e determinantes sociais, ampliando o escopo das políticas de saúde e reforçando a necessidade de abordagens interdisciplinares. Conclusão: A efetivação do direito à saúde requer integração entre ciência, ética e política, apoiada por mecanismos de transparência, participação social e governança democrática. A promoção da saúde como direito humano universal demanda estratégias inovadoras que articulem sustentabilidade, equidade e respeito à diversidade. Assim, a consolidação de uma cultura de direitos humanos no campo da saúde constitui não apenas um compromisso ético, mas uma exigência para o fortalecimento da cidadania e da justiça social em escala global.
VI Congresso Internacional em Ciências da Saúde Única
Resumo Simples
Palavras-chave: Bioética; Direitos humanos; Equidade; Governança; Saúde.
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