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SISTEMA RESPIRATÓRIO - II FISIOLOGIA GERAL Prof. Paulo H. C. Soares SISTEMA RESPIRATÓRIO PNEUMOTÓRAX: abertura entre a cavidade intrapleural e a atmosfera, entra ar na cavidade pleural e libera o fluido pleural. O pulmão se colapsa, tornando-se incapaz de funcionar. • Existem os póros de Kohn e canais de Lambert, que ao permitir a passagem de ar de um alvéolo para o outro, geram uma melhor distribuição de ar (ventilação colateral ou fluxo aéreo colateral); • A superfície desta membrana basal alveolar é recoberta por um líquido o surfactante. Esta substância diminui a tensão superficial dos alvéolos, evitando seu colabamento e sua posterior diminuição da troca gasosa. 2 SISTEMA RESPIRATÓRIO 3 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Os pulmões produzem o surfactante, que reduz a tensão superficial do fluido que recobre os alvéolos (interrompem as forças que unem as moléculas de água); • É mais concentrado nos alvéolos menores; • É sintetizado e secretado para dentro do espaço alveolar pelas células alveolares tipo II. 4 SISTEMA RESPIRATÓRIO Alcalose e acidose respiratória e metabólica Acidose metabólica: Perda de bicarbonato (HCO3) ou acúmulo de algum ácido no sangue; Alcalose metabólica: Causada por existir perda excessiva de substâncias ácidas e ganho excessivo de base Acidose respiratória: acúmulo de dióxido de carbono (CO2) em doenças que afetam a respiração, diarréia, doenças renais, infecção generalizada, intoxicação por substâncias ácidas; Alcalose respiratória: Ocorre quando o nível de dióxido de carbono (CO2) está baixo no sangue, provocada por ansiedade ou estresse. 5 SISTEMA RESPIRATÓRIO Alcalose e acidose respiratória e metabólica Acidose metabólica: HCO3 sérico baixo e pH arterial baixo; Alcalose metabólica: HCO3 sérico elevado e um pH arterial elevado; Acidose respiratória: PCO2 arterial elevado e um pH arterial baixo; Alcalose respiratória: PCO2 arterial baixo e pH arterial elevado. OBS: Gasometria pH: 7,35 a 7,45 – abaixo acido; acima alcalino; PCO2 : 35 a 45 - abaixo alcalose; acima acidose; HCO3 : 22 a 26 - abaixo acidose; acima alcalose. 6 SISTEMA RESPIRATÓRIO Alcalose e acidose respiratória e metabólica Gasometria Arterial pH: 7,35 a 7,45 – abaixo acido; acima alcalino; PCO2 : 35 a 45 - abaixo alcalose; acima acidose; HCO3 : 22 a 26 - abaixo acidose; acima alcalose. 7 SISTEMA RESPIRATÓRIO Volumes e capacidades pulmonares Testes de função pulmonar: espirômetro (instrumento que mede o volume de ar que é movimentado em cada respiração). 8 SISTEMA RESPIRATÓRIO Volumes e capacidades pulmonares Volumes pulmonares: variam de acordo com a idade, sexo e tamanho do indivíduo: · Volume corrente (VC): É o volume de ar inspirado ou expirado num ciclo respiratório. VC = 500 ml; · Volume de reserva inspiratória (VRI): É o máximo volume de ar que ainda pode ser inspirado após uma inspiração basal. VRI= 3000 ml; 9 SISTEMA RESPIRATÓRIO · Volume de reserva expiratória (VRE): É todo o volume que se consegue expirar após uma expiração basal. VRE=1100 ml; · Volume residual (VR): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima e forçada. VR=1200 ml . 10 SISTEMA RESPIRATÓRIO (500 mL) (1100 mL) (1200 mL) (3000 mL) 11 SISTEMA RESPIRATÓRIO 12 Volumes e Capacidades SISTEMA RESPIRATÓRIO (3500 mL) (4600 mL) (2300 mL) 1200 mL 1100 mL 500 mL 3000 mL 13 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Frequência e profundidade da respiração: eficiência da respiração; • Efetividade da respiração é determinada pela ventilação pulmonar total ou volume minuto (volume de ar movido para dentro e para fora dos pulmões a cada minuto); • Ventilação pulmonar total = frequência da ventilação x volume corrente. 14 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Frequência = 12 a 20 respirações/min (adulto); • VC = 500mL; • Em frequência lenta: 12 x 500 = 6 l/min; • Uma parte do ar que entra no trato respiratório não chega aos alvéolos (cerca de 150 mL), ficando nas vias aéreas condutoras (brônquios e traquéia), locais onde não há trocas gasosas (espaço morto anatômico). 15 SISTEMA RESPIRATÓRIO • O ar fresco que entra no sistema respiratório em cada respiração (500ml) empurra o ar contido no espaço morto anatômico (150ml) para os alvéolos (entram nos alvéolos 350ml de ar fresco somados aos 150ml de ar velho); • O espaço morto é preenchido com 150ml de ar fresco, que na expiração é substituído por 150ml de ar velho; esse ar velho entra nos alvéolos na próxima inspiração; • Dos 500ml de ar que chegam aos alvéolos a cada respiração, 350ml são de ar fresco e 150ml de ar velho do espaço morto anatômico. 16 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Ventilação Alveolar = volume de ar fresco que chega aos alvéolos por minuto; • Ventilação alveolar = frequência respiratória x (volume corrente – volume do espaço morto anatômico); - É afetada pela frequência e profundidade da respiração. 17 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Trocas de gases nos pulmões • Trocas gasosas: ocorrem rapidamente depende dos fatores abaixo: • Taxa de difusão: diretamente proporcional ao gradiente de pressão parcial (concentração); • Diretamente proporcional à superfície de área disponível; • Inversamente proporcional à espessura das membranas; é mais rápida em distâncias curtas; • A quantidade de oxigênio e dióxido de carbono que se dissolve no plasma depende da sua solubilidade (constante) e do gradiente de pressão parcial do gás; 18 DIFUSÃO DOS GASES SISTEMA RESPIRATÓRIO 19 20 SISTEMA RESPIRATÓRIO Regulação da ventilação/respiração • Respiração: processo rítmico que ocorre sem o controle consciente; • A contração do diafragma e dos músculos intercostais externos é iniciada por um grupo de neurônios localizados no bulbo, que têm padrão gerador central, com atividade rítmica intrínseca. 21 SISTEMA RESPIRATÓRIO Regulação da ventilação • Os neurônios do bulbo controlam a respiração: o padrão gerador central funciona automaticamente durante toda a vida e pode ser controlado voluntariamente até certo ponto; • Interações sinápticas complicadas entre neurônios da rede criam ciclos rítmicos de inspiração e expiração, influenciados de modo contínuo por estímulos provenientes de receptores para dióxido de carbono, oxigênio e hidrogênio (o padrão da ventilação depende em parte dessas concentrações no sangue). 22 SISTEMA RESPIRATÓRIO Divisão funcional dos neurônios • Área de periodicidade bulbar – bulbo; • Área pneumotáxica – ponte; • Área apnêustica – ponte. 23 CONTROLE DA VENTILAÇÃO SISTEMA RESPIRATÓRIO 24 SISTEMA RESPIRATÓRIO Centro Respiratório 25 SISTEMA RESPIRATÓRIO 26 SISTEMA RESPIRATÓRIO Neurônios respiratórios: Dois bulbares e dois pontinos: 1. Núcleo Respiratório Dorsal - bulbar: contém a maioria dos neurônios inspiratórios (neurônios I), que controlam os músculos intercostais externos e o diafragma; 2. Núcleo Respiratório Ventral - bulbar: contém neurônios que controlam a expiração ativa (neurônios E) e neurônios I+, que controlam a inspiração maior que a normal. 27 SISTEMA RESPIRATÓRIO Neurônios respiratórios: Dois bulbares e dois pontinos: 3. Área Pneumotáxica – Potenciais de ação que passam pelo nervo frênico, efetivamente limitando a expansão pulmonar e regulando a frequência respiratória; aumenta a frequência respiratória mas, diminui a amplitude respiratória na mesma proporção; 4. Área Apnêustica – envia impulsos estimulatórios para a área inspiratória que ativa e prolonga a inspiração – inibindo a expiração. 28 SISTEMA RESPIRATÓRIO Área de Periodicidade Bulbar Inspiração em repouso: neurônios inspiratórios do núcleo respiratório dorsal aumentam estímulo gradualmente para os músculos inspiratórios por 2 segundos; • O disparo desses neurônios recruta outros neurônios inspiratórios e mais fibras musculares esqueléticas são recrutadas – o diafragma secontrai e a caixa torácica se expande. • Ao final de 2 segundos os neurônios cessam abruptamente seu estímulo e os músculos inspiratórios relaxam, nos próximos 3 segundos ocorre expiração passiva, devido à elasticidade do tecido pulmonar. 29 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Os neurônios expiratórios e os I+ do núcleo ventilatório ventral geralmente permanecem inativos durante a respiração em repouso. • Na respiração forçada a atividade aumentada dos neurônios respiratórios dorsais aumenta a atividade dos neurônios I+ do grupo ventilatório ventral. • Esses neurônios I+ ativam os músculos acessórios inspiratórios (ex: escalenos, esternocleidomastoideo), que aumenta a expansão do tórax e empurra o esterno e as costelas superiores. 30 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Na expiração ativa os neurônios E do grupo respiratório ventral ativam os músculos intercostais internos e os abdominais; • Os neurônios I inibem os neurônios E durante a inspiração e os neurônios E inibem os neurônios I durante a expiração ativa (inibição recíproca); • A atividade respiratória está sujeita à modulação contínua de acordo com a concentração de dióxido de carbono no sangue (mais importante), além do oxigênio e do pH. 31 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Quimiorreceptores para dióxido de carbono e oxigênio, associados à circulação arterial; • Pouco oxigênio no sangue arterial (que vai para os tecidos): a frequência e a profundidade da respiração aumentam; • Se a taxa de dióxido de carbono produzida pelas células é maior do que aquela removida do sangue pelos pulmões, a ventilação aumenta. 32 SISTEMA RESPIRATÓRIO Quimiorreceptores periféricos – aorta (corpúsculo aórtico) e carótida (corpúsculo carotídeo): detectam as mudanças na concentração de oxigênio, de dióxido de carbono e de pH do sangue arterial. Quando são ativados pela redução do oxigênio, do pH ou aumento do dióxido de carbono enviam potenciais de ação através dos neurônio sensitivos até o tronco encefálico. 33 SISTEMA RESPIRATÓRIO Os centros respiratórios enviam sinais pelo neurônio motor somático para os músculos esqueléticos que controlam a ventilação, aumentando a ventilação. OBS.: o oxigênio não é um fator modulador importante – a PO2 deve se menor que 60 mmHg para estimular a ventilação- o equivalente a uma altitude de 3000m. Tomam parte da regulação em condições fisiológicas incomuns e em patologias. 34 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Quimiorreceptores centrais: o mais importante controlador químico da respiração é o dióxido de carbono, mediado por quimiorreceptores centrais localizados no bulbo. • Esses receptores determinam o ritmo respiratório e fornecem estímulo contínuo para o padrão gerador central. • O dióxido de carbono cruza a barreira hematoencefálica e ativa os quimiorreceptores centrais, que sinalizam o padrão gerador central para aumentar a profundidade e a frequência da respiração. 35 SISTEMA RESPIRATÓRIO Na verdade, os quimiorreceptores respondem a mudanças de pH. O dióxido de carbono que se difunde para ao líquido cérebroespinhal é convertido em bicarbonato e H+ : • CO2 + H2O H+ + HCO3 - • OBS.: o H+ livre no plasma não consegue atravessar a barreira hematoencefálica 36 SISTEMA RESPIRATÓRIO - Centros encefálicos superiores afetam os padrões de ventilação: centros superiores no hipotálamo e cérebro podem alterar a frequência e profundidade da respiração. OBS: o centro superior de controle não é essencial para a respiração. 37 SISTEMA RESPIRATÓRIO - A respiração também é afetada pelo sistema límbico: atividades emocionais ou autônomas também podem afetar a velocidade e a profundidade da respiração; - Temporariamente pode-se alterar a respiração voluntariamente, porém não se pode sobrepor aos reflexos quimiorreceptores. 38 Slide 1: SISTEMA RESPIRATÓRIO - II Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38