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LETÍCIA SIMON DUTRA AMANDA SOUZA PEREIRA JOÃO VITOR SCHNORNBERGER TEXTO 1 PONTOS RELEVANTES: O primeiro tópico importante abordado no texto, é referente ao conteúdo normativo dos princípios, no qual passa por três diferentes fases, são elas: a jusnaturalista, a juspositivista e a pós- positivista; em seguida é tratado sobre os princípios clássicos que norteiam o direito cambiário sendo eles a cartularidade, literalidade e autonomia, entre outros princípios considerados pela doutrina e os subprincípios; a readequação dos princípios cambiários diante do surgimento dos títulos de crédito escriturais também é debatido, explicando que com a vinda da tecnológico os princípios fossem revistos verificando se são adaptáveis ao mundo moderno; portando foi visto posteriormente a assinatura digital como elemento estruturante para criação dos títulos de crédito escriturais substituindo o meio físico pelo digital, chegando à conclusão que a assinatura é considerada um substituto eletrônico para a assinatura manual por meio das chamadas “chaves públicas”. É tratado finalmente sobre os títulos de crédito cartulares aos escriturais, na qual a cartularidade está sendo abandonada. 1) O meio eletrônico não extingue a cartularidade, mas, sim se readequou no ordenamento jurídico. O conceito de título de credito está relacionado ao um documento cartular ou eletrônico que contemple as cláusulas cambiais e as obrigações existentes. Neste sentido, o título de credito não precisa mais ser de modo físico, e a alteração é que ele pode ser de modo eletrônico. 2) Cartularidade: acontece atualmente com o surgimento dos títulos escriturais não é a extinção do princípio da cartularidade, conforme explanado por Coelho, já que ele continua sendo de grande importância para os títulos cartulares, como é o caso da Letra de Câmbio, da nota promissória, do cheque, da duplicata, dentre outros. É necessário, pois, uma redefinição do princípio da documentalidade diante dessa nova realidade dos títulos (cartulares e eletrônicos), passando a ser uma documentalidade-cartular e uma documentalidade-escritural. Autonomia: se desdobra nos princípios da abstração e independência das obrigações cambiárias e inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé, tem mantido a sua importância, não só para os títulos cartulares, mas também para os escriturais. Assim, por exemplo, o endosso de um título de crédito escritural tem os mesmos efeitos jurídicos do que dos títulos cartulares, qual seja a responsabilidade do endossante, no entanto naquele será operado pela instituição registradora. Literalidade: deve sofrer pequena adequação com o surgimento dos títulos escriturais, podendo essa literalidade ser demonstrada no registro eletrônico ou na certidão de inteiro teor dos dados informados pela instituição registradora responsável pela manutenção do registro da cadeia de negócios ocorridos no período em que os títulos estiverem registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Há uma redefinição do princípio da documentalidade diante dessa nova realidade dos títulos (cartulares e eletrônicos), passando a ser uma documentalidade-cartular e uma documentalidade-escritural. Do princípio da documentalidade foi criado o princípio da equivalência funcional, previsto na Lei Modelo da Uncitral sobre o Comércio Eletrônico, Organização das Nações Unidas, 1996, que permite a transmutação de suporte para os títulos de crédito, passando de cartulares para não cartulares desde que não ocorra nenhuma discriminação das mensagens de dados eletrônicos em comparação das produzidas tradicionalmente, ou melhor, deve-se manter íntegra todas as declarações de vontade, verbais e escritas. 3) A assinatura digital é uma técnica indispensável para autenticidade e integridade das relações jurídicas ocorridas em meio eletrônico, ou seja, é um mecanismo tecnológico capaz de conferir aos documentos eletrônicos segurança suficiente para permitir que não sejam adulterados, ou seja, mantenha íntegro o seu conteúdo (integridade), bem como que seja capaz de identificar o responsável pela sua transcrição (autenticidade). Aliás, esse mecanismo substitui, atualmente, a assinatura manuscrita para as operações realizadas no sistema financeiro nacional, bem como no mercado de capitais. Assim, a assinatura digital é considerada um substituto eletrônico para a assinatura manual. Todavia, não pode ser considerada como uma imagem digitalizada da assinatura manual, pois não é uma mera cópia digital da assinatura manuscrita. Além do mais, a assinatura digital desempenha o papel de proteger a mensagem digital transmitida (integridade), uma vez que o conteúdo do texto é codificado através de algoritmos de criptografia, de modo que, qualquer interceptação indesejada que faça mudança no conteúdo do documento, impossibilita a autenticação da assinatura digital por meio das autoridades certificadoras. Assim, o reconhecimento da validade jurídica dos documentos eletrônicos trata apenas da inovação da matéria no que se refere ao documento (meio digital) e à adaptação as peculiaridades deste novo meio, como por exemplo, a análise jurídica quanto ao surgimento dos títulos de crédito eletrônico que outrora demandaria uma nova discussão legal sobre os títulos de crédito já previstos no nosso ordenamento jurídico. TEXTO 2 PONTOS RELEVANTES: O primeiro tópico importante abordado é sobre os títulos de crédito eletrônicos no passado e no futuro, defendendo a ideia que com o desenvolvimento do sistema bancário, permitiram a mudança da sociedade econômica; o presente texto faz uma leitura contemporânea dos elementos essenciais do titulo de crédito, em especial ao artigo 887 do Código Civil; aborda também sobre a desmaterialização dos títulos de créditos nos quais estão no caminho de títulos eletrônicos, fazendo com que o direito se amolde ao presente; é tratado posteriormente referente aos títulos de credito e o Código Civil. 1) Ainda quanto ao fenômeno da progressiva desmaterialização dos títulos de crédito, o citado Professor Fábio Ulhoa Coelho, em parecer oferecido à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação, demonstrou que o mesmo está se operando, não somente quanto à duplicata, mas também, com relação a outros títulos de crédito, tais como a Cédula de Produto Rural (CPR) e os Títulos do Agronegócio (Warrant Agropecuário - WA e o Conhecimento de Depósito Agropecuário – CDA). Deste modo o que se apresenta no texto denota-se que ainda estão em operação os títulos de crédito de forma escrita sem que haja a revogação somente pela desnaturalização. No que se refere ao impacto causado, seria realmente excesso de formalismo olvidar o fato de que os sucedâneos da tradicional forma de prova de pagamento acima imposta, no caso, o relevé francês e o aviso de débito pelo banco alemão, poderiam cumprir a mesma função de prova de pagamento, por um custo muito mais baixo.5 Felizmente, pouco a pouco as resistências foram superadas, abrindo espaço à evolução tecnológica na seara dos títulos de crédito, sendo assim denota-se que houve a evolução da tecnologia consonantemente com os títulos de crédito, transformando a comunicação dos dados por uma forma mais célere, trazendo eficácia para tal comunicação. 2) O aumento do volume de operações comerciais e o consequente acúmulo de títulos e papéis exigiram que se procurasse um sucedâneo menos oneroso do que aquele representado pela prática tradicional. Pensou-se, então, originalmente, em mecanismos que pudessem substituir o papel pela fita magnética dos computadores. Com efeito, foi o que ocorreu na França, com a Lettre de Change-Relevé ou, numa tradução que parece mais apropriada ao jargão bancário, a Cambial- Extrato, e a Lastschchriftverkehr, na Alemanha, entre outrospaíses. Depois de estudos e discussões a respeito da matéria, concluiu-se pela criação da chamada duplicata escritural, plasmada, de certo modo, à imagem e semelhança da Lettre de Change-Relevé. 3) Protesto por indicação nada mais é que por falta de aceite, de devolução, ou de pagamento - tirado pelo sacador, quando sacado recebe a duplicata para o aceite e a retem, de maneira que poderá o sacador, para efeitos de protesto apresentar simples indicação do portador.