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Júlia Cedraz
Resumo PMSUS V (AVI)
Manejo da Dor no SUS Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
A dor é uma experiência sensorial, sensitiva 
e emocional associada a sensação 
desagradável por uma lesão real ou 
potencial. 
▪ Problema de saúde pública mundial: 
ocasiona estresse físico e 
emocional, altos custos financeiros 
e sociais para a população e serviços 
envolve fatores biológicos, 
emocionais e sociais. Quando se 
torna crônico, sua avaliação e 
manejo requer abordagem 
multidimensional em todos os 
níveis do SUS 
▪ Equipe multiprofissional objetivo de 
reduzir o sofrimento e promover 
melhorias na qualidade d vida e na 
funcionalidade do individuo, olhar 
realista com experiencia da pessoa 
com a doença, prevenção e 
promoção, projeto comum de 
cuidado entre o profissional e 
paciente garantindo melhor adesão 
ao plano, múltiplas abordagens com 
efeitos significativos na redução da 
dor e melhora na capacidade 
funcional e expectativas dos 
indivíduos com metas realistas 
eliminando a dor ou reduzindo a 
níveis aceitáveis (aumento da 
autonomia e funcionalidade) 
▪ Impacto na experiencia da dor e nas 
opções de tratamento: status 
socioeconômico, território, acesso 
aos cuidados, disponibilidade de 
atividade física e aspectos 
culturais. Ela deve ser tratada 
integralmente nos diferentes ciclos 
de vida 
▪ Condições crônicas não 
transmissíveis (CCNT) dor como 
prevalente e responsável pela 
incapacitação e altos custos do 
sistema 
o Epidemiologia prevalência 
mundial de 55% e no Brasil 
35%. Sendo dor crônica 
responsável por 40% e a 
mais comum lombalgia. 
Maior prevalência em 
mulher de 45 a 65 anos 
▪ A descrição verbal não é a única 
forma exclusiva de expressar a dor, a 
incapacidade de se comunicar não 
impede a possibilidade de sentir dor 
 
Tipo e Classificação de Dor 
1. Diagnóstico 
FUNDAMENTAL QUE O PROFISSIONAL 
AGREGUE NO PROCESSOS DE 
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E 
MONITORAMENTO os determinantes e 
reconhecer marcadores sociais como 
identidade de gênero, etnia, orientação 
sexual, questão laboral e iniquidade 
sociais e econômicas, como indicadores 
de saude 
a. Anamnese avaliar quanto a 
duração, localização, 
histórico, intensidade, 
qualidade, padrão, 
periodicidade, fatores de 
melhora e piora, 
antecedentes. Uma dor 
crônica pode ser causada 
por processo de 
discriminação racial, de 
gênero, de orientação 
sexual e iniquidades sociais 
que somatizam e se 
expressam em corpos 
biológicos como cefaleia de 
repetição, muscular e 
taquicardia 
b. Exame físico deve seguir a 
propedêutica da inspeção, 
palpação, marcha, testes 
especiais e neurológicos. 
Chama atenção para exame 
físico musculoesquelético 
identificando assimetrias 
segmentares, dimensões e 
deformidades (sendo 
diferença > 1 cm já é 
considerada como 
significativa). Avaliar se 
necessita de auxílio para 
marcha, diferentes posições 
e pontos dolorosos. Ale 
xamã físico neurológico 
avaliar forca, sensibilidade 
e reflexos. 
2. Duração 
a. Aguda mecanismo de defesa 
para evitar agravamento de 
lesão recente 
b. Crônica > 3 meses, 
associada a processo 
patológico crônico que 
causa dor continua ou 
recorrente. Associada a 
inabilidade do corpo em 
Manejo da Dor no SUS Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
curar a disfunção. A lesão 
associada pode ultrapassar 
a capacidade do organismo 
em cura impendido que o 
sistema nervoso se 
restabeleça ao estado 
normal. Reduz atividade de 
vida diária, limita contato 
social, influencia 
negativamente na sua 
qualidade de vida 
3. Localização 
4. Histórico da dor história pregressa e 
atual, fatores desencadeadores e 
perturbadores da dor, resultado aos 
tratamentos prévios 
5. Intensidade descritor verbal e escala 
numérica de dor. Nenhuma escala é 
padrão outro sendo necessário 
avaliar qual ferramenta melhor se 
adequa a pessoa. EVA mais 
conhecida e usada 
Questionários e escalas 
Escala Numérica verbal acima de 6 anos e 
adultos alfabetizados sem limitações 
cognitivas, sendo questionado de 0 a 10. 1 a 
3 dor leve, 4 a 6 dor moderada, 7 a 9 dor 
intensa e 10 insuportável 
Escala visual analógica (EVA): 0 a 1 leve, 3 a 
7 moderada, 8 a 10 intensa 
Escala BPS ou comportamental: paciente 
crítico, sedado, inconsciente ou com 
dificuldade de comunicação sob ventilação 
mecânica invasiva. Avalia-se a expressão 
facial membros superiores e adaptação a 
ventilação mecânica 
Escala de PAINAD em grupos específicos de 
adultos com alteração cognitiva, períodos 
de confusão, demência. Avalia-se a 
respiração, vocalização negativa, expressão 
facial, corporal e consolo 
6. Características 
a. Nociceptiva lesão que 
acomete nociceptor: tipo 
profunda, peso, pontada, 
lateja e bem localizada 
b. Neuropática lesão em SNC 
(inervação em nervo, 
tronco, plexo) do tipo 
queimação, choque, 
amortecimento, alfinetada, 
agulhada e coceira 
c. Nociplástica 
hipersensibilidade em 
tecido não lesionado do tipo 
peso, tensão e dolorido 
d. Pode ainda ser misto e 
oncológico 
e. Fator importante sobre a 
perpetuação da dor crônica: 
estresse aumenta a tensão, 
levando a hiperatividade 
vegetativa e aumentando 
sensibilidade do receptor 
(pode levar a síndrome de 
dor miofacial 
7. Padrão da dor 
a. Mecânico intensifica ao 
longo do dia com realização 
de sobrecarga articular e 
melhora ao repouso. 
Observada em quadros de 
dor causado pela 
espondilose, lombalgia 
mecânica e miofacial 
b. Inflamatória intensa pela 
manhã, rigidez articular 
matinal > 1 hora, diminui ao 
realizar atividade e afeta o 
sono. Exemplo em artrite 
reumatoide, espondilite, 
gota e neuropatia diabética 
8. Periodicidade identificar padrão e 
comportamento, avaliar se 
continua ou intermitente 
a. Manhã logo ao acordar, tem 
como uma das principais 
causas o modo como a 
pessoa dorme 
b. Fim da tarde correlação com 
a sobrecarga mecânica 
durante o dia 
c. Noite motivo maior de 
preocupação. Quando a 
pessoa acorda evito a dor 
para melhorar deve-se 
suspeitar de dor 
inflamatória ou oncológica. 
No entanto, relato de 
despertar devido a dor a 
mudar de posição ou ao 
deitar-se sobre o lado 
acometido não caracteriza 
essa suspeita 
9. Fatores de melhora ou piora 
considerar alem dos fisiológicos, 
como socioeconômicos, genética e 
culturais 
10. Antecedentes pessoais para detectar 
fatores etimológicos e 
perpetuantes, bem como restrições 
ao tratamento sendo necessário 
Manejo da Dor no SUS Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
investigar os hábitos ou atividade 
como atividades diárias, hábitos 
alimentares, intestinais e qualidade 
do sono, transtornos do humor, 
dependência química, histórico de 
intervenção e cirurgia e sinais de 
alerta como febre, perda de peso. 
11. Antecedentes familiares 
fibromialgia, câncer, doenças 
genéticas, osteoporose com 
fraturas, distúrbios neurológicos, 
doenças musculoesqueléticas, 
reumatológicas e síndrome 
metabólica 
12. Exames complementares: não tem 
relação direta com o mecanismo da 
dor, mas contribuem para a 
detecção de possíveis disfunções 
como condições inflamatórias, 
metabólicas ou infecciosas. 
13. Classificação em diferenciar crônica 
primaria, secundaria ou ambas 
a. Dor crônica primaria: 
quando nenhuma condição 
subjacente é responsável 
pela dor ou impacto como 
fibromialgia, síndrome de 
dor regional, cefaleia 
primária crônica, dor 
orofacial, dor visceral 
primária crônica e músculo 
esquelética primária 
crônica 
b. Dor crônica secundaria 
quando há uma condição 
subjacente como 
osteoartrite, artrite 
reumatoide, endometriose e 
colite ulcerativa 
Plano de gerenciamento de dor 
▪ Medidas farmacológicas e não 
farmacológicas associada ao 
planejamento participativo e 
colaborativo levando em 
consideração as comorbidades 
▪ Não medicamentoso técnicas 
educacionais, físicas, emocionais e 
comportamentais oferencendo ao 
paciente um senso de controle da 
situaçãoe estimulando a 
responsabilidade e participação no 
tratamento. Deve-se considerar o 
contexto multimodal e 
multifatorial, ênfase a participação 
ativa do paciente, estímulo as 
mudanças comportamentos, 
necessidades, preferências e valores. 
Exemplos: programas educativas, 
atividade física, pics, acupuntura, 
terapia manual e TCC 
▪ Medicamentosa abordagem 
multimodal, escolha do 
medicamento pela natureza da dor. 
Associação de mais de uma classe 
medicamentosa atuando de forma 
sinergia em doses, mas baixas e 
menor efeitos adversos. Critérios 
para ajuste da dose ou troca: 
ausência de efeito analgésico ou 
efeitos colaterais. 50% de melhora 
ótimo resultado e 30% clinicamente 
significativa. O uso de opioides por 
tempo prolongando não é 
recomendado para indivíduos com 
dores não oncológicas 
▪ Monitoramento acompanhamento 
pela equipe multi com atuação 
integrada em diferentes níveis com 
decisões tomadas em conjunto de 
acordo com a opinião e preferência 
o Equipe multidisciplinar 
(medico de família e 
comunidade, enfermeira, 
fisioterapeuta e terapia 
ocupacional): a cada 3 
meses de acordo com a 
necessidade 
o Médico especialista e outros 
membros como 
farmacêutico, psicológico de 
acordo com a necessidade 
o Exames laboratoriais e de 
imagem como hemograma, 
função renal e hepática, 
sódio, potássio, colesterol e 
triglicerídeos anual e de 
acordo com a necessidade 
Modelo de cuidado e atenção 
Ação de cuidado pensada a partir da 
estratificação de risco e determinantes 
▪ Modelo de Atenção as Condições 
Crônicas relação entre autocuidado 
e atenção profissional conforme o 
nível da pessoa estratificada. 
Quanto maior o nível, maior a 
complexidade e maior atenção 
profissional para o cuidado. MCC 
adaptado para a dor crônica 
o Autocuidado apoiado pode 
ser definido como prestação 
sistemática de servidos 
educacionais e de 
intervenções de apoio para 
Manejo da Dor no SUS Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
aumentar a confiança e as 
habilidades dos usuários no 
gerenciamento sobre metas 
que desejam atingir com 
alternativas para alcançar 
plano de ação em 
implementar, monitorar, 
realizar mudanças e 
recapitulação e celebrar 
conquistas 
 
▪ Muito alem de prescrever, requer 
integralidade: equipe conhecer 
antes a biográfica história da 
pessoa, como ela sente e convive 
com a sua dor/comorbidades. 
Capacidade para autocuidado, 
vulnerabilidades 
▪ 
▪ Identificar a fase do saber ao fazer 
 
▪ Teoria da determinação social do 
processo de saude e doença: 
processo de fortalecimento e 
desgaste 
▪ Abordagem centrada a pessoa 
 
Estrutura um modelo de consulta clínica centrado na 
pessoa, em 6 etapas: 
Explorar a doença e a experiência da doença: unir dados 
objetivos (exames, sinais) com subjetivos (sentimentos, 
expectativas). 
Entender a pessoa como um todo: considerar a doença 
dentro do contexto de vida da pessoa (família, trabalho, 
ambiente). 
Plano conjunto de manejo: definir problemas, metas e 
responsabilidades em decisão compartilhada. 
Prevenção e promoção da saúde: não só tratar, mas 
também evitar novos problemas. 
Intensificar a relação pessoa-profissional: vínculo 
terapêutico é essencial para adesão. 
Sendo realista: elaborar planos possíveis, adequados à 
realidade do paciente. 
 
▪ Construção de plano de cuidado 
compartilhado: levar em 
consideração fatores que facilitam 
ou dificultam o enfrentamento 
(COPING). Grau que experimenta o 
estresse psicológico é determinado 
entre a relação de pessoa x 
ambiente pela avaliação primaria 
(processo cognitivo e emocional) > 
Representa uma pirâmide de estratificação de risco, 
mostrando diferentes níveis de atenção para 
pessoas com dor crônica. 
Base da pirâmide (Nível 1 e 2): população geral e 
pessoas com dor aguda, foco em promoção da 
saúde e prevenção para evitar a cronificação da 
dor. 
Meio da pirâmide (Nível 3 e 4): pessoas com dor 
crônica, com ou sem comorbidades, que precisam 
de gestão clínica contínua e acompanhamento 
multiprofissional. 
Topo da pirâmide (Nível 5): pessoas com dor crônica 
mais complexa, que necessitam de gestão de caso 
individualizada, possivelmente com cirurgia e/ou 
reabilitação. 
Ao lado, aparecem os determinantes sociais da 
saúde, reforçando que fatores biológicos, 
psicológicos e sociais influenciam a condição de 
saúde. 
 
Manejo da Dor no SUS Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
avaliação secundária (recurso e 
opção de enfrentamento) > ação, 
comportamento e pensamento 
Rede de Atenção ao paciente com dor: avaliar 
e diagnosticar > tratamento > reabilitação > 
prevenção > acompanhamento 
▪ Necessidade do território, 
atividades realizadas: consultadas 
programadas, renovação e 
prescrição de medicamentos, 
encaminhamento consulta 
especializada ou e-multi, agendar 
PICs, atividade física orientada 
▪ APS como ordenadora do cuidado, 
integra de maneira vertical. 
Atribuições e competência: oferecer 
acesso para demanda programada 
ou espontânea, promoção de saude 
e prevenção individual e coletiva, 
acolhimento, oferecer e-multi, 
garantir fluxos e encaminhamentos 
para atenção ambulatorial 
especializada quando coerente com 
os protocolos de regulação 
▪ ACS: acolhimento e busca ativa 
▪ Participação familiar 
▪ Prevenção e estimular autonomia 
Atenção a saude especializada de média 
complexidade 
▪ Pontos de atenção: ambulatório de 
especialidade, serviço de 
reabilitação e de apoio diagnostico 
e terapêutico 
▪ Atribuições e competências: prestar 
apoio matricial, assistência 
ambulatorial quando esgotadas as 
possibilidades terapêuticas, 
organizar o retorno 
(contrarreferência) e promover 
terapêutica de reabilitação de 
eventuais comodidades associadas 
a dor crônica 
Sistema de apoio e logístico: pontos 
institucionais onde se prestam serviços 
comuns a todos os pontos de atenção a 
saude. Constituídos pelo: 
1. Sistema de apoio diagnostico e 
terapêutico com exames 
laboratoriais, patologia clinica, 
imagem 
2. Sistema de assistência 
farmacêutica 
3. Sistema de informação em saude 
Sistemas logísticos 
1. Agrupamento das ações relativas a 
referência e a contrarreferência de 
pessoas e de trocas eficientes de 
produtos e de informações ao longo 
da RAS sendo 
a. Os sistemas de 
identificação e 
acompanhamento 
b. Centrais de regulação 
c. Registro eletrônico em 
saude 
d. Sistema de transportes 
sanitários 
2. Atribuições 
a. Manter cadastro do usuário 
no SUS atualizado e 
completo 
b. Instrumentalizar os 
profissionais no sistema 
para bom registro e 
proteção de dados, bem 
como fornecimento para o 
sistema de informação em 
saude para atenção básica 
c. Realizar exames 
complementares ao 
diagnostico e tratamento 
de pessoas de forma 
racional e oportuna 
d. Prestar assistência 
farmacêutica ao 
tratamento clínico 
e. Integrar as PICS 
f. Realizar encaminhamento 
para serviços de média e 
alta complexidade 
g. Solicitar apoio técnico pela 
tele consultoria via 
Telessaude 
h. Garantir o cuidado 
compartilhado pela 
contrarreferência 
 
Práticas Integrativas e Complementares Práticas Médicas no SUS V 
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São abordagens terapêuticas que em como objetivo prevenir agravos a saúde e promover e 
recuperar a saude. Visão ampliada do processo saude doença, bem como a promoção global do 
cuidado humano, especial o autocuidado. Foco no cuidado integral e na escuta ativa. Contempla 
sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos denominados pela OMS como medicina 
tradicional e complementar/alternativa. 
▪ 1996: 10 Conf. Nacional em Saúde: aprova a incorporação ao SUS: fitoterapia, 
acupuntura e homeopatia contemplando as terapias alternativas e práticas populares 
▪ 1999: inclusão das consultas em homeopatia e acupuntura da tabela de procedimentos 
▪ 2000: 11 Conf. Nacional em Saúde: recomenda incorporar na AB práticas não 
convencionais de terapêutica comoAcupuntura e Homeopatia 
▪ 2006: Marco legal da criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares (PNPIC) 
o Portaria 971/2006: as primeiras 5 reconhecidas: MTC/acupuntura, homeopatia, 
fitoterapia e plantas medicinais, termalismo social e crenoterapia e 
Antroposófica 
o Portaria 849/2017: amplia com + 14: arte terapia/ayurveda, dança circular, bio 
dança, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, 
reflexoterapia, reiki, shantala, yoga e terapia comunitária integrativa e social 
o Portaria 702/2018: amplia e acrescentou + 10: apiterapia, aromaterapia, 
bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, 
imposição das mãos, ozônio terapia e florais 
Objetivos da política: 
▪ Incorporar e implementar PICS na AB, voltada para o cuidado continuado, humanizado e 
integral 
▪ Contribuir para aumento da resolubilidade e ampliação 
▪ Promover a racionalização das ações em saude, estimulando alternativas inovadoras e 
socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável 
▪ Estimular ação referente controle e participação social, promovendo o envolvimento 
responsável e continuado de usuários, gestores e trabalhadores nas políticas de saúde 
Diretrizes 
▪ Incorporação responsável 
▪ Acesso universal 
▪ Cuidado integral 
▪ Formação profissional e capacitação de profissionais 
▪ Participação social 
▪ Intersetorialidade 
▪ Planejamento e responsabilidade municipal: elaborar normas técnicas, orçamentos e 
alocação de recursos, contratar profissionais habilitados 
▪ Cadastro oficial dos serviços para integrar formalização (SCNES) 
▪ Financiamento via APS (não há fundo próprio) portanto, a gestão é local e fundamental 
para viabilizar 
▪ Avaliação e monitoramento pelos sistemas de informação como SISAB, SIA, SCNES com 
registro e-sus AB, indicadores como número de profissionais capacitados, frequência de 
atendimentos, redução de medicamentos alopáticos e satisfação da população 
Principais PICS 
Prática Indicação Funcionamento Princípio usado 
Acupuntura 
(Medicina 
Tradicional 
Chinesa) 
Dor crônica, distúrbios 
musculoesqueléticos, 
ansiedade, insônia, 
cefaleia 
Inserção de agulhas em 
pontos específicos para 
estimular nervos e 
músculos 
Teoria do Yin-Yang 
e dos meridianos 
energéticos 
Homeopatia Doenças crônicas, 
alergias, ansiedade, 
quadros gripais 
Uso de substâncias 
altamente diluídas que, em 
doses maiores, causariam 
sintomas semelhantes 
Lei dos 
semelhantes: “o 
semelhante cura o 
semelhante” 
Práticas Integrativas e Complementares Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
Plantas 
Medicinais 
Uso popular para mal-
estar, digestão, 
relaxamento (ex: chá de 
camomila para insônia) 
Parte vegetal in natura ou 
minimamente processada 
(chás, infusões, 
cataplasmas) 
Conhecimento 
tradicional e 
empírico 
Fitoterapia Tratamento de doenças 
leves a moderadas (ex: 
cápsula de valeriana 
para ansiedade) 
Uso de medicamentos 
fitoterápicos 
industrializados, 
padronizados, registrados 
na Anvisa 
Base em 
evidências 
científicas e 
padronização 
farmacêutica 
Termalismo 
Social 
Promoção da saúde, 
prevenção de doenças, 
reabilitação leve, bem-
estar, redução do 
estresse 
Uso integral e social das 
águas minerais em 
balneários, spas sociais, 
atividades coletivas 
Aproveitamento 
da riqueza natural 
e cultural das 
águas minerais no 
cuidado 
comunitário 
Crenoterapia Doenças 
osteoarticulares 
(artrite, artrose, 
fibromialgia), 
dermatites (psoríase, 
eczema), respiratórias 
crônicas, estresse e 
ansiedade 
Aplicação médica das águas 
minerais em diferentes 
formas: - Balneoterapia 
(imersão em banheiras, 
duchas, piscinas) - Inalação 
(vapores minerais) - 
Ingestão (águas com 
propriedades 
digestivas/metabólicas) 
Uso das 
propriedades 
físico-químicas 
das águas 
minerais (sais, 
temperatura, 
radioatividade 
natural) para 
tratamento clínico 
Medicina 
Antroposófica 
Adoecimento crônico, 
saúde mental, 
oncologia, pediatria, 
reabilitação 
Integra medicina 
convencional com terapias 
artísticas (pintura, 
modelagem), terapias 
externas (compressas, 
banhos), medicamentos 
antroposóficos e 
aconselhamento biográfico 
Conceito dos 
quatro corpos: 
físico, vital, 
anímico e 
espiritual (Rudolf 
Steiner) 
 
 
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Diferentes profissionais e áreas do conhecimento que atuam juntos sendo responsável pela 
mesma população e território, fortalecendo articulação com outros equipamentos de saude e 
outros setores. 
▪ Portaria 635/2023 aprimorou com o aumento, incluindo novas especialidades médicas, 
atendimento remoto e ampliação da carga horária. Promovendo uma equipe mais 
robusta para fortalecer a APS valorizando o cuidado multidisciplinar com repasse e 
tecnologias associada a ampliação do cuidado 
▪ Diretrizes e objetivos facilitar acesso, valorizar a multidisciplinaridade e 
interdisciplinaridade, propiciar integralidade, superar a fragmentação, ampliar o escopo, 
a longitudinalidade, aprimorar a resolubilidade, assistência e prevenção, promoção, 
vigilância e formação 
▪ Composição profissionais de diversas áreas que atuam de maneira complementar e 
integrada a outras equipes 
Modalidade Nº de 
equipes 
vinculadas 
Carga horária 
mínima da 
eMulti 
(horas/semana) 
Carga horária 
máxima por 
categoria 
profissional 
(horas/semana) 
Carga horária 
mínima 
individual (por 
profissional) 
Composição fixa 
(mínimo exigido) 
Composição 
variável 
(exemplos de 
categorias aptas) 
Ampliada 10 a 12 
equipes. 
300 h/sem. 120 h (máx. por 
categoria). 
Padrão: 20 h 
para 
categorias 
não-médicas 
(observação: 
Portaria 
permite 10 h 
para 
especialidades 
médicas). 
No mínimo: 1 
Assistente social 
ou 1 
Farmacêutico(a) 
clínico(a) ou 1 
Nutricionista ou 
1 Psicólogo(a) + 1 
Fisioterapeuta ou 
1 
Fonoaudiólogo(a) 
ou 1 Profissional 
de Educação 
Física na Saúde 
ou 1 Terapeuta 
Ocupacional. 
Arte educador; 
farmacêutico 
clínico; 
fisioterapeuta; 
fonoaudiólogo; 
médico 
(acupunturista, 
cardiologia, 
dermatologia, 
endocrino, 
geriatra, 
gineco/obstetra, 
hansenologia, 
homeopata, 
infectologista, 
pediatra, 
psiquiatra); 
médico 
veterinário; 
nutricionista; 
profissional de 
educação física; 
psicólogo; 
sanitarista; 
terapeuta 
ocupacional; 
etc. 
Complementar 5 a 9 
equipes. 
200 h/sem. 80 h (máx. por 
categoria). 
Padrão: 20 h 
(especialidades 
médicas 
podem ter 10 h 
conforme 
Portaria). 
No mínimo: 
mesma exigência 
mínima que a 
Ampliada — 1 
Assistente social 
ou 1 
Farmacêutico(a) 
clínico(a) ou 1 
Nutricionista ou 
1 Psicólogo(a) + 1 
Fisioterapeuta ou 
1 
Fonoaudiólogo(a) 
ou 1 Profissional 
de Ed. Física ou 1 
Terapeuta 
Ocupacional. 
Mesmas 
categorias 
listadas acima 
(comp. variável 
ampla — ver 
lista). 
Estratégica 1 a 4 
equipes. 
100 h/sem. 40 h (máx. por 
categoria). 
Padrão: 20 h 
(observação: 
especialidades 
médicas 10 h 
possível). 
No mínimo: 1 
Nutricionista ou 
1 Psicólogo(a) 
(com carga 
mínima 
conforme regra). 
Mesmas 
categorias aptas 
(lista variável — 
ver coluna 
anterior). 
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Observações importantes 
Fonte primária: Portaria GM/MS nº 635/2023 (síntese e nota técnica/FAQ no Portal do MS). As 
cifras e composição acima seguem o site oficial do Ministério da Saúde e o material explicativo 
do Conasems/Nota Informativa à Portaria. 
Carga horária mínima individual: o portal mostra “20 h” como referência para composição fixa, 
mas a Portaria explicita que especialidades médicas podem ter 10 h semanais; isso permite 
arranjos locais (atenção: sempre verificar o Anexo da Portaria e orientações locais ao 
credenciar). 
Arranjo intermunicipal: só a modalidade Ampliada admite arranjo intermunicipal (um conjunto 
de municípios pleiteia uma eMulti Ampliada). 
Composição variável: a lista é ampla— a Portaria e a página de composição do MS trazem 
categorias habilitadas (ex.: acupunturista, homeopata, farmacêutico clínico, fonoaudiólogo, 
terapeuta ocupacional, entre outros). Municípios podem escolher profissionais conforme a 
demanda do território. 
Ações prioritárias 
 
1. Atendimento individual, em grupo e domiciliar 
o Profissionais da eMulti podem atuar tanto em consultas individuais quanto em 
atendimentos coletivos e visitas domiciliares. 
o Exemplo: fisioterapeuta atendendo um paciente em casa após alta hospitalar; 
psicólogo coordenando um grupo terapêutico. 
2. Atividades coletivas 
o Oficinas, rodas de conversa, grupos educativos e de promoção da saúde. 
o Exemplo: nutricionista organizando grupo de alimentação saudável para 
diabéticos. 
3. Apoio matricial 
o Trabalho conjunto entre equipes, oferecendo suporte técnico e pedagógico. 
o Exemplo: psicólogo da eMulti orientando equipe de saúde da família em casos 
de depressão. 
4. Discussões de casos 
o Reuniões entre equipes para analisar casos complexos, compartilhar saberes e 
construir condutas integradas. 
o Exemplo: equipe discutindo paciente com dor crônica que precisa de abordagem 
multiprofissional. 
5. Atendimento compartilhado entre profissionais e equipes 
o Consulta realizada por dois ou mais profissionais em conjunto, garantindo 
integralidade do cuidado. 
o Exemplo: médico e fisioterapeuta atendendo juntos um paciente com sequelas 
de AVC. 
6. Oferta de ações de saúde à distância 
o Teleconsultas, teleatendimentos e apoio remoto para ampliar o acesso. 
o Exemplo: nutricionista fazendo orientação por teleatendimento em município 
rural. 
E-multi Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
7. Construção conjunta de projetos terapêuticos e intervenções no território 
o Planejamento de ações personalizadas para indivíduos e coletividades. 
o Exemplo: elaborar projeto terapêutico singular (PTS) para um paciente com 
transtorno mental grave. 
8. Práticas intersetoriais 
o Articulação com outras áreas além da saúde (educação, assistência social, 
cultura). 
o Exemplo: parceria com escola para prevenção da obesidade infantil. 
A eMulti na APS atua para integrar diferentes saberes e práticas em saúde, priorizando: 
• O cuidado direto (individual, em grupo, domiciliar e remoto), 
• O apoio às equipes (matriciamento, discussão de casos, atendimento compartilhado), 
• A construção de soluções no território (projetos terapêuticos e ações intersetoriais). 
 
Vigilâncias em saúde Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
A vigilância significa estar atento às 
circunstâncias para evitar riscos. A 
vigilância em saude consiste em conhecer e 
ter atenção as diversas condições que 
podem oferecer riscos e prejuízos a saude 
das pessoas. No Brasil, a Secretaria de 
Vigilância em Saúde e a Agência nacional de 
vigilância em saude (ANVISA) ambas 
vinculadas ao MS, são responsáveis pela 
gestão da vigilância em saude e pela 
implementação da Política Nacional de 
Vigilância em Saúde (2018) 
▪ Política nacional de Vigilância em 
Saúde (2018) traz uma definição de 
vigilância em saude: entende-se por 
vigilância em saude o processo 
continuo e sistemático de coleta, 
consolidação, analise de dados e 
disseminação de informações sobre 
eventos relacionados a saude, 
visando o planejamento e a 
implementação de medidas de 
saude publica, incluindo a 
regulação, intervenção e atuação 
em condicionantes e determinantes 
da saude, para a proteção e 
promoção da saude da população, 
prevenção e controle de riscos, 
agravos e doenças 
▪ Princípios fundamentais: ação 
contínua, abordagem integrada, 
produção de conhecimento, 
intervenção e controle 
▪ Ciclo da vigilância em saude: coleta 
de dados > análise e interpretação > 
disseminação da informação > 
planejamento de intervenções > 
implementação de acoes > 
avaliação 
o Processo contínuo e 
interativo, onde cada etapa 
alimenta a seguinte e a 
avaliação final permite o 
aprimoramento constate do 
sistema 
▪ Abordagem uma só saude: reconhece 
que a saude esta ligada ao animal e 
meio ambiente, exigindo uma 
abordagem colaborativa 
multissetorial e 
transdiciplinaridade 
▪ Desafios: fragmentação, 
tecnológicos, recursos humanos 
insuficiência de profissional 
capacitado em bioestatística e 
métodos qualitativos e resposta 
rápida 
As acoes da vigilância foram previstas desde 
a Constituição Federal, sendo caracterizada 
em sucessivas normativas 
▪ Lei 8.080/1990: coloca as formas de 
vigilância no campo de atuação do 
SUS e execução sob 
responsabilidade municipal 
▪ Política Nacional de Vigilância em 
Saúde (2018): regionalização da 
vigilância, com inclusão nas RAS, 
intervenções individuais ou 
coletivas em todos os pontos de 
atenção 
▪ Pacto pela saude (2006) inclui a 
vigilância no plano diretor de 
investimento, cria um bloco de 
financiamento e todos os 
municípios se responsabilizam pela 
vigilância 
O financiamento das acoes de vigilância em 
saude são como tripartite. As atribuições de 
cada nível de governo são um 
compartilhamento de responsabilidade: 
1. União: coordenador das políticas e 
define diretrizes nacionais 
2. Estados: coordena as acoes de 
vigilância em âmbito estadual e 
estimula a descentralização 
3. Municípios executa as acoes 
Vários são os fatores capazes de influenciar 
o estado de saúde de uma coletividade. Para 
estudar os fatores, a vigilância em saude 
divide-se entre seus componentes: 
epidemiológica, sanitária, saude do 
trabalhador e ambiental 
▪ Epidemiológica 
o Conjunto de acoes que 
proporcionam o 
conhecimento, a detecção 
ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores 
determinantes e 
condicionantes da saude 
individual ou coletiva, com 
finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de 
prevenção e controle das 
doenças ou agravos 
o Atuação: identifica 
condições referentes a 
saude, coleta e analisa 
Vigilâncias em saúde Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
dados, propõe e realiza 
intervenção e analisa os 
resultados da intervenção e 
divulga 
o Atividades: notificação 
compulsória, investigação 
epidemiológica de casos e 
surtos, análise do perfil de 
morbidade e mortalidade, 
monitoramento de doenças 
emergentes, recomendação 
de medidas de controle, 
vacinação 
 
▪ Sanitária 
o Coordenação exercida pela 
ANVISA, a qual organiza o 
conjunto de acoes e 
serviços que caracterizam o 
Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária 
o É o conjunto de acoes 
capazes de eliminar, 
diminuir ou prevenir riscos 
a saude e de intervir aos 
problemas sanitários 
decorrentes do ambiente, 
da produção e circulação de 
bens e da prestação de 
serviços do interesse da 
saude. Abrange a prestação 
de serviços e controle de 
bens de consumo que, 
direta ou indiretamente se 
relacionem com a saude, 
compreendida em todas as 
etapas e processos, de 
produção ao consumo e 
descarte 
o Ações: predominantemente 
executadas em âmbito 
municipal (exceção de 
portos, aeroportos e 
fronteiras). Relacionadas a 
problemas sanitários 
decorrentes do ambiente, 
da produção e circulação de 
bens, alem da prestação de 
serviços do interesse. 
Exemplo: fabricas de 
cosméticos, restaurantes e 
mercados, equipamentos 
médicos e de proteção 
individual, medicamentos, 
hemoderivados e órgãos 
humanos, saneantes 
o Exerce a função de 
orientação aos 
estabelecimentos que 
exercem atividades por ela 
fiscalizadas que também 
tem prerrogativa de 
interditas e multar quando 
os serviços não estiverem 
condizentes (o chamado 
poder de polícia) 
o Evolução histórica: escopo 
de atuação pautado em 
acoes normativas. Seu 
objeto de ação se envolve 
no processo de saude e 
doenças. As primeiras acoes 
ocorreram com a chegada 
da corte portuguesa em 
1808 com finalidade de 
controle sanitário de 
produtos comercializados, 
controle de 
estabelecimentos, combate 
a disseminação de 
epidemias, resolução de 
saneamento, fiscalizaçãoao exercício profissional 
▪ 1832: Código de 
Posturas do Rio de 
Janeiro: normas 
para o exercício de 
medicina, farmácia, 
controle de 
medicamentos e 
alimentos 
▪ 1889: Polícia 
sanitária 
regularizada nas 
administrações 
regionais mediante 
adoção de acoes 
para impedir o 
desenvolvimento 
de epidemias como 
inspeção em locais 
públicos, 
isolamento de 
Vigilâncias em saúde Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
doentes e 
desinfecção de 
ambientes 
▪ 1914: diretoria geral 
de saude publica 
com foco em acoes 
de vigilância nos 
portos, polícia 
sanitária nos 
domicílios, 
fiscalização de 
lugares públicos 
▪ 1970: Criação da 
Secretaria Nacional 
de Vigilância 
Sanitária, 
reformulação do 
MS, modificação da 
fiscalização para 
vigilância e 
incremento no 
campo de ação. 
Ampliação de 
conceito: 
prevenção, 
monitoramento, 
regulação e 
educação 
▪ 1999: criação da 
ANVISA 
o Anvisa 
▪ Coordena o Sistema 
Nacional de 
Vigilância em 
Saúde, sendo uma 
autarquia 
vinculada ao 
ministério, porém 
independente 
administrativamen
te. Estabelece 
normas e 
acompanha a 
execução de 
politicas de 
vigilância 
▪ Principais 
competências 
▪ Estabelecer 
normas, 
acompanhar e 
executar políticas e 
acoes de vigilância 
sanitária 
▪ Monitorar e auditar 
órgãos estaduais de 
vigilância sanitária 
▪ Interditar locais 
com venda de 
produtos e de 
prestação de 
serviços para a 
saude 
▪ Autuar e aplicar 
penalidades 
▪ Autorizar o 
funcionamento de 
empresas de 
fabricação, 
distribuição e 
importação de 
produtos 
relacionados a 
saude 
▪ Anuir (consentir) 
com a importação e 
exportação de 
produtos 
relacionados a 
saude 
▪ Ambiental 
o Conjunto de acoes e 
serviços que propiciam o 
conhecimento e a detecção 
de mudanças nos fatores 
determinantes e 
condicionantes do meio 
ambiente que interferem na 
saude humana, com a 
finalidade de recomendar e 
adotar medidas de 
promoção a saude, 
prevenção e 
monitoramento dos fatores 
de riscos relacionados as 
doenças ou agravos a saude 
o Componentes: VIGIAR, 
VIGIAGUA, VIGISOLO, 
VIGIDESASTRE, 
VIGIQUIM/VIGIPEQ e fatores 
físicos de radiações 
▪ Saúde do trabalhador (VISAT) 
o É de responsabilidade e 
financiamento em todos os 
níveis de governo, sendo 
suas acoes executadas a 
nível municipal e estadual. 
Conjunto de acoes que 
visam promoção da saude, 
prevenção da 
morbimortalidade e 
redução de riscos e 
vulnerabilidades na 
população trabalhadora por 
meio da integração de 
Vigilâncias em saúde Práticas Médicas no SUS V 
Júlia Cedraz Curso de Medicina, FARESI 
acoes que intervenham nas 
doenças e agravos e seus 
determinantes decorrentes 
dos modelos de 
desenvolvimento, processos 
produtivos e de trabalho 
o Enfatizado como 
ferramenta para o 
desenvolvimento da saude 
integral dos trabalhadores 
o Objetivos: caracterização 
do território, perfil 
socioeconômico e 
ambiental da população 
trabalhadora, intervir nos 
determinantes de risco a 
saude, avaliar impacto de 
medidas de controle e 
utilizar os sistemas de 
informação 
Ressaltando a diferença entre a 
epidemiológica e sanitária. Critérios de 
Priorização: magnitude, transcendência e 
vulnerabilidade 
1. VIEP: foco em doenças e 
monitoramento populacional 
a. Objeto de ação: doenças e 
agravos 
b. Metodologia: 
monitoramento e 
prevenção em dados 
epidemiológicos 
c. Abordagem: coletiva e 
populacional como em 
surtos e epidemias 
2. VISA: foco em produtos e ambientes, 
inspeção e regulação 
a. Objeto: produtos, serviços e 
ambientes 
b. Metodologia: regulamenta, 
fiscalização e controle de 
riscos 
c. Abordagem: produtos e 
serviços com segurança e 
eficácia 
Apesar da diferença, ambas são 
complementares e integradas na estrutura 
do SUS, compartilhando o objetivo final de 
proteção e promoção da saúde 
Critérios de priorização em saude pública 
1. Magnitude: frequência ou tamanho 
do problema. Avalia-se por 
incidência e prevalência, número de 
pessoas afetadas e distribuição 
geográfica 
2. Transcendência: considera o 
impacto social, econômico e 
político do problema. Leva em 
consideração: gravidade clinica e 
letalidade, impacto econômico e 
relevância social 
a. Expressa por severidade 
(letalidade, hospitalização e 
sequela), relevância social 
(Estigma, medo, 
indignação) e relevância 
econômica (custo, 
absenteísmo) 
3. Vulnerabilidade: avalia a 
possibilidade de intervenção eficaz 
com disponibilidade de tecnologias, 
custo efetividade das intervenções 
e factibilidade operacional 
Critérios fundamentais para a 
racionalização de recursos e maximização 
do impacto das ações

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