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Apostila 4 UFF 2023

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JUNTOS⏐GRUPO DE ESTUDOS EM SERVIÇO SOCIAL
Preparatório para Concurso UFF/2023
Serviço Social - Aula 4
CRESS 7ªR. Assistência Social: ética direitos. Coletânea de leis e resoluções. Inclui texto sobre o
projeto ético-político. 4ªed. Rio de Janeiro, 2007.
Legislação profissional, resolução CFESS/CRESS e projeto ético-político.
COUTO, BERENICE ROJAS. Formulação de projeto de trabalho profissional, Conselho Federal de
Serviço Social - CFESS e Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS
(Organizadoras) Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais, 1ª edição, Brasília.
CFESS/ ABEPSS, 2009. p. 651-663
1- Legislação profissional
A relevância política e profissional desta publicação se materializa em dois aspectos centrais. Em
primeiro lugar, na realidade sócio-política brasileira: este conjunto de leis e resoluções funciona
como instrumento político fundamental aos setores mais progressistas da sociedade. Ele é resultante
direto das lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais desenvolvidos pós-promulgação da
Constituição Federal de 1988, basicamente ao longo dos anos 90.
Num país como o Brasil, onde imperam níveis assustadores de pobreza e miserabilidade, a
consolidação de direitos sociais faz-se mais do que necessária. Nesse sentido, urge a efetivação dos
ordenamentos jurídico-políticos contidos nas leis e resoluções, devendo ser objeto de cobranças às
instâncias governamentais responsáveis.
Em segundo lugar, estas leis e resoluções apresentam, em seus pressupostos, elementos preciosos
do projeto ético-político do Serviço Social contemporâneo: em seus princípios e artigos encontramos
o espírito daquele projeto, expresso em valores como a ampliação e a consolidação da cidadania e
a garantia dos direitos sociais; a defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização
da participação política e da riqueza socialmente produzida; a defesa da eqüidade e da justiça
social na perspectiva de universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais; o compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o
aprimoramento intelectual. QUESTÃO DE PROVA
Estes valores, apresentados no Código de Ética dos Assistentes Sociais, apontam para a construção
de uma nova ordem societária, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero, e onde,
almeja-se, aquelas leis que compõem a legislação social não se farão mais necessárias.
1.1-Código de Ética do Assistente Social
IMPORTANTE SABER:
1
· O Código de Ética (CE) é um instrumento educativo e orientador do comportamento ético dos
profissionais;
· Pode propiciar a materialização dos direitos da classe trabalhadora;
· Depende da atuação dos indivíduos para sua efetivação;
· Organiza – se entorno de um conjunto de princípios, direitos, deveres e proibições que
orientam o fazer ético profissional;
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Muito usados em concursos.
Representam a estrutura ideológica do Código. Muitas vezes são trocados por termos que gerem
confusão no leitor, retirando algumas palavras ou acrescentando outras que não fazem parte dos
princípios. Eles não são apresentados de forma hierárquica. Não precisa gravar nenhuma ordem. Só
conhecer o que eles traduzem.
I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes –
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
Obs.Liberdade no sentido de gozo dos direitos e bens socialmente produzidos. No capitalismo não
desfrutamos dessa liberdade, pois, numa simplificação, vendemos nossa força de trabalho e nos
alienamos nesse processo. Em resumo, liberdade igual a capacidade de se autodeterminar.
II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
Obs.Autoritarismo = conduta em que a instituição ou indivíduo excede seu “poder” de ação, sua
autoridade.
III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas
à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
Obs.Seso e cidadania estão interconectados. A.S (Assistentes Sociais) fazem a mediação de conflitos dos
interesses do capital e da classe trabalhadora.
IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza
socialmente produzida;
Obs.Sob a regência do capital a democracia é formal. Não efetiva a participação de todos na vida política,
nem dá voz a todos os grupos sociais. Democracia real passa pela defesa da socialização de toda riqueza
produzida socialmente.
V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens
e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
2
Obs.Equidade = justiça + igualdade. Aplicar o direito, mas de forma justa para as duas partes. Justiça social
= universalidade no acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais.
VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à
participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
Obs.O profissional deve rejeitar e denunciar qualquer forma de discriminação, juízo de valor que entre na
intimidade, escolhas dos usuários, preconceitos, tradições culturais, etc. Se refere a conduta do
profissional, antes de mais nada.
VI. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas
expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
Obs. atenção, não é qualquer corrente profissional defendida, somente aquelas democráticas. Se fosse
um país autocrático, com regime como nazismo, ou que defendesse algo nessa direção, estaria fora desse
princípio.
VII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem
societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero;
Obs. supõe um projeto profissional que recuse e busque erradicar todas as formas de exploração,
dominação e alienação.
VIII. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste
Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as;
Obs.reflete que a categoria deve buscar se organizar além dos limites do corporativismo, na perspectiva
da luta coletiva dos trabalhadores.
IX. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento
intelectual, na perspectiva da competência profissional;
Obs.deve ser uma tarefa cotidiana dos profissionais. Aparece refletido nos artigos que falam dos deveres
dos profissionais.
X. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe
social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição
física.
Obs.Esse não parece um princípio, parece muito um direito. Por isso ele é muito usado como resposta
correta em questões de concurso. Um candidato nervoso cai facilmente na confusão que o texto dele
pode fazer.
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.1º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social: (em acordo com a Lei de Regulamentação)
a-zelar pela observância dos princípios e diretrizes deste Código, fiscalizando as ações dos Conselhos
Regionais e a prática exercida pelos profissionais, instituições e organizações na área do Serviço Social;
3
b- introduzir alteração neste Código, através de uma ampla participação da categoria, num processo
desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos Regionais;
c- como Tribunal Superior de Ética Profissional, firmar jurisprudência na observância deste Código e nos
casos omissos.
Parágrafo único - Compete aos Conselhos Regionais, nas áreas de suas respectivas jurisdições, zelar pela
observância dos princípios e diretrizes deste Código, e funcionar como órgão julgador de primeira
instância. (Também como aparece no texto da Lei de Regulamentação).
TÍTULO II - DOS DIREITOS E DAS RESPONSABILIDADESdas contradições de classe que determinam a profissão, os Assistentes Sociais podem,
desde que num ambiente de democracia política, escolher caminhos, construir estratégias
político-profissionais e definir os rumos da atuação e, com isso, projetar ações que demarquem
claramente os compromissos (ético-políticos) profissionais.
( ) O projeto ético-político pressupõe, em si mesmo, um espaço democrático de construção coletiva,
permanentemente em disputa. Essa constatação indica a coexistência de diferentes concepções do
pensamento crítico, ou seja, o pluralismo de idéias no seu interior.
( ) Os projetos societários podem ser, em linhas gerais, transformadores ou conservadores. Assim,
temos um pressuposto fundante do projeto ético-político: a sua relação ineliminável com os projetos
de transformação ou de conservação da ordem social. Dessa forma, nosso projeto filia-se ora a um,
ora a outro projeto de sociedade confundindo-se com ele.
( ) É incorreto afirmar a inviabilidade do projeto profissional. Mesmo diante das adversidades
devemos reafirmar nosso projeto ético-político, pois ele fornece os insumos para enfrentar as
dificuldades profissionais a partir dos compromissos coletivamente construídos pela categoria.
( ) Na atualidade, o projeto ético-político está sendo fortemente tensionado pelos rumos neoliberais
da sociedade e por uma nova reação conservadora no seio da profissão.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A)(F) (F) (V) (V) (F) (V) (V).
B)(V) (F) (V) (V) (F) (V) (V).
C)(V) (V) (V) (V) (V) (V) (V).
D)(V) (F) (V) (V) (V) (F) (V).
23-Assinale a opção que apresenta um documento que baseia o projeto ético-político do serviço
social.
28
 A) Lei Orgânica da Assistência Social
 B) Estatuto da Criança e do Adolescente
 C) Estatuto da Família
 D) Estatuto do Idoso
 E) Diretrizes Curriculares da ABEPSS
24-O projeto ético político do serviço social tem suas raízes na:
 A) superação do estigma social.
 B) recusa à teoria dialético-marxista.
 C) crítica ao conservadorismo.
 D) valorização da dimensão prático-interventiva.
 E) adoção de valores liberais democráticos.
3-COUTO, BERENICE ROJAS. Formulação de projeto de trabalho profissional, Conselho Federal de
Serviço Social - CFESS
Cada vez mais, é imperativo ao assistente social identificar aquilo que requer a intervenção
profissional, bem como reconhecer de que forma essa intervenção irá responder às necessidades
sociais que, transformadas em demandas, serão privilegiadas nos processos de trabalho nos quais a
profissão é requerida.
Assim, sem negar os condicionantes colocados pela condição de trabalhador assalariado, busca-se
acentuar que há espaço para a defesa do projeto profissional em qualquer local, público ou privado,
em que o assistente social é requisitado a intervir.
É certo que esse espaço não é só ocupado por assistentes sociais nem que as condições objetivas
para a afirmação de um trabalho comprometido com a “garantia e ampliação dos direitos sociais”
(CFESS, 1993) estão colocadas a priori.
O Serviço Social é uma profissão que se constitui no processo de produção e reprodução das relações
sociais e tem como seu objeto as diversas refrações da questão social, esta fundante para a
profissão.
É preciso reconhecer o real compromisso da profissão com o trabalho coletivo e com o atendimento
às necessidades sociais. Toda e qualquer leitura da realidade que prescindir do reconhecimento de
que o trabalho do assistente social se coloca na tensão direta entre trabalho e capital corre o risco de
produzir um conhecimento pragmático, descritivo, desconectado da sociedade e com as condições
para a culpabilização individual de sujeitos, famílias e grupos sobre as mazelas produzidas pela
sociedade capitalista.
Embora os princípios norteadores do projeto profissional estejam fundados na perspectiva da
construção de uma outra sociedade, é nos parâmetros do capitalismo que se materializa a profissão,
e o assistente social é chamado a prestar serviços que podem corroborar o status quo ou atuar para
criar outras formas de sociabilidade, que problematizem a organização da sociedade. Para que isso
ocorra, é necessária uma sólida formação teórica e técnica
A necessidade de clareza do projeto de trabalho coloca-se sobre vários ângulos:
29
1- reconhecimento, por parte do profissional, daquilo que lhe compete. Rompe-se, assim, com uma
característica que, em muito, contribui para a desqualificação profissional, ou seja, aquela em que os
assistentes sociais reproduzem o projeto institucional como o seu projeto.
2-É certo que o projeto da instituição compõe o arsenal de conhecimento a ser levado em conta pelo
assistente social, mas não encerra aquilo que a profissão tem a oferecer.
3-O projeto profissional é um importante instrumento para o trabalho com outros profissionais,
quando houver, e também de balizamento do entendimento da profissão pela instituição que
contrata.
4-Ao ser formulado, deve indicar como se coloca ante as demandas da população, como pretende
atendê-las e como a população pode exercer o controle do trabalho a ser executado.
5- O projeto de trabalho transforma-se em um potente recurso do próprio profissional, que, assim,
cria as condições adequadas para analisar seu trabalho e os resultados do mesmo.
6- O projeto de trabalho deve condensar as possibilidades e os limites colocados ao profissional para
executar suas tarefas e deve iluminar sua constante avaliação da eficácia de seus instrumentos,
técnicas e conhecimentos para atingir as metas propostas, que devem estar articuladas aos
elementos presentes no espaço sócio-ocupacional, como também referendarem os compromissos
profissionais.
Os elementos constitutivos do projeto de trabalho
A identificação institucional é fundamental para o projeto de trabalho. Que tipo de instituição é?
Pública ou privada? Qual é a sua finalidade? Como se organiza? Que recursos usa na sua
manutenção? Como se estabelecem as relações de poder? A resposta a esses questionamentos
fornece ao assistente social a identificação mínima necessária para construir uma proposta que
seja exequível.
Para além da instituição, é necessário reconhecer quem são os cidadãos usuários desse serviço, quais
são suas características, quais refrações da questão social estão sendo objeto de atendimento, como
eles organizam seu modo de vida e de resistência.
A identificação de projetos solidários ou antagônicos que partilham o mesmo espaço faz com que a
escolha de estratégias seja mais pertinente.
É necessário ter clareza dos impactos que o modo de organização da sociedade causa sobre a
realidade do espaço onde se desenvolve o trabalho.
É preciso ter claro que, ao se filiar à teoria dialético-crítica, o profissional está alimentado por uma
visão de mundo que compreende as refrações da questão social como produto intrínseco do
capitalismo, e não como consequência de um posicionamento individual do sujeito, de seus
familiares e de seus grupos.
A explicitação do projeto de trabalho: elemento fundamental na relação profissional
Para que o assistente social possa ter o projeto de trabalho como estratégia de reconhecimento
30
profissional, o projeto deve ser escrito, não pode estar apenas na cabeça do profissional, a sua
materialização é fundamental.
A sua formulação deve conter alguns elementos fundamentais, como: (QUESTÃO DE PROVA)
a) a identificação, a delimitação e a justificativa, claras, do objeto da ação: o que o assistente social,
com seu trabalho, se propõe a atender, que refrações da questão social serão objetos de sua
intervenção. Nessa identificação, o assistente social deve estabelecer prioridades, que, por sua vez,
devem responder de forma efetiva às demandas colocadas;
b) a definição de seus objetivos com esse trabalho: o que pretende fazer, quais objetivos pretende
alcançar. Os objetivos devem ser claros e exequíveis. A definição de objetivos dá a clareza necessária
para compreender a proposta de intervenção profissional;
c) a identificação das metas:é preciso quantificar e qualificar o trabalho proposto. Essas metas
devem estar relacionadas com os objetivos. É necessária a explicitação de indicadores, que serão os
medidores da efetividade do trabalho. Todo o trabalho social pressupõe, ao ser executado, uma
transformação sobre a realidade; para avaliar isso, é fundamental, na formulação do projeto, que se
anunciem os resultados a que se pretende chegar e como, principalmente, o trabalho será
monitorado, a fim de que se possam avaliar os resultados;
d) o apontamento dos recursos: o projeto deve deixar muito claro quais recursos serão necessários
para a sua execução. Neste item, é preciso atentar para os recursos financeiros que serão
despendidos. Cada vez mais, os assistentes sociais devem procurar entender de orçamento, seja
público, seja privado.
e) por fim, é necessário que o projeto indique os mecanismos de controle social de seu trabalho,
como os registros serão efetuados e como o conhecimento produzido no trabalho será
potencializado.
O projeto deve ser o reflexo do compromisso com a emancipação dessa população e da negação do
papel de controle e tutela das classes subalternas.
O projeto de trabalho assim construído materializa o compromisso profissional e tem a
possibilidade de lhe conferir substância política. Esse caminho poderá levar à ruptura com o papel
de “executor terminal de políticas sociais” (NETTO, 1990), materializando uma identidade
profissional que responde com produção de conhecimento, pela tarefa de planejar, assessorar e
propor intervenções na realidade social.
Os instrumentos jurídicos formais e seu papel na formulação do projeto profissional
O Código de Ética não é um manual para ser acionado em determinadas situações, ele deve estar
expresso em todas as intervenções de todos os assistentes sociais, portanto, é impensável estruturar
um projeto de trabalho sem a sua explicitação.
A pesquisa transforma-se em elemento fundamental para o trabalho. É essencial que o assistente
social esteja respaldado por dados da realidade que assegurem a legitimidade de sua proposta e lhe
confiram qualidade.
31
A Constituição de 1988, bem como a legislação da seguridade social (previdência social, saúde e
assistência social) e as leis criadas para defender os direitos dos segmentos populacionais específicos
devem compor o arsenal a ser utilizado pelos profissionais.
O projeto de trabalho constitui um instrumento fundamental para a consolidação do projeto
ético-político profissional.
Ao desenhá-lo e publicizá-lo, o assistente social estabelece os parâmetros profissionais que
demarcam o seu trabalho e o compromisso assumido com o projeto coletivamente construído pela
profissão, ao longo das últimas décadas, em conjunto com as organizações da categoria.
Os desafios colocados na sociedade capitalista de hoje exigem, cada vez mais, clareza, pois os
desafios de trabalhar com necessidades sociais advindas da exploração do trabalho requerem um
grande preparo teórico e técnico-operativo.
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES:
25- Segundo Couto (2009), para que o projeto de trabalho seja uma estratégia efetiva de
reconhecimento profissional, é necessário que esse projeto possa ser acessado, acompanhado e
entendido.
Assinale a alternativa que corresponde aos elementos fundamentais que o projeto deve conter.
A)Identificação, delimitação e justificativa, claras, do objeto da ação, definição de seus objetivos com
esse trabalho, apontamento dos recursos e mecanismos de controle social do trabalho.
B)Identificação, delimitação e justificativa, claras, do objeto da ação, identificação das metas,
apontamento dos recursos e mecanismos de controle social do trabalho.
C)Identificação, delimitação e justificativa, claras, do objeto da ação, definição de seus objetivos com
esse trabalho, identificação das metas, apontamento dos recursos e mecanismos de controle social
do trabalho.
D)Identificação, delimitação e justificativa, claras, do objeto da ação, definição de seus objetivos com
esse trabalho, identificação das metas e apontamento dos recursos.
26-O projeto de trabalho, segundo Couto (2009), deve conter os seguintes elementos constitutivos:
I. identificação institucional e reconhecimento de quem são os cidadãos usuários desse serviço,
quais são suas características, quais refrações da questão social estão sendo objeto de atendimento,
como eles organizam seu modo de vida e de resistência.
II. reconhecimento das demais intervenções profissionais que compartilham e/ou disputam o
espaço com o Serviço Social, buscando compreender a totalidade da proposta de trabalho que se
estabelece nesse espaço.
III. identificação desse espaço dentro da realidade social em que o trabalho se inscreve, reiterando a
compreensão de que é necessário ter clareza dos impactos que o modo de organização da sociedade
causa sobre a realidade do espaço onde se desenvolve o trabalho.
32
Está correto o que se afirma em
 A)I e II, apenas.
 B)III, apenas.
 C)I e III, apenas.
 D)II e III, apenas.
 E)I, II e III.
27-No que se refere à formulação de projetos de intervenção profissional no serviço social, assinale a
opção correta.
A)A formulação desses projetos não precisa necessariamente seguir as disposições da lei que
regulamenta a profissão (Lei n.º 8.862/1993) e do Código de Ética do(a) Assistente Social.
B)O reconhecimento da dimensão técnico-administrativa do serviço social pressupõe a elaboração,
em diferentes particularidades socioinstitucionais, de propostas comprometidas prioritariamente
com as demandas institucionais.
C)A formulação dos referidos projetos envolve um conjunto articulado de atividades investigativas,
interventivas e normativas que integram o exercício profissional em suas dimensões autônomas.
D)O projeto, entendido como a maior unidade do processo de planejamento, expõe o conteúdo das
ações a serem desenvolvidas pelo profissional e deve estar voltado para o alcance dos objetivos e
das finalidades institucionais.
E)A formulação desses projetos constitui uma organização sistemática das ações técnico-profissionais
e ético-políticas em resposta às expressões da questão social com as quais o(a) assistente social se
depara no exercício da profissão.
28-O texto Formulação de projeto de trabalho profissional, de Berenice Couto (2009), apresenta
como um dos grandes desafios colocados aos assistentes sociais na atualidade o problema em
formular projetos que materializarão o trabalho a ser desenvolvido. Ao assistente é atribuída a
responsabilidade de identificar aquilo que requer a intervenção profissional, bem como reconhecer
de que forma essa intervenção responderá às necessidades sociais que, transformadas em
demandas, serão privilegiadas nos processos de trabalho nos quais a profissão é requerida.
Com base nas reflexões dessa autora sobre essa questão, assinale a alternativa incorreta.
A)Há uma margem de autonomia nos processos de trabalho em que os assistentes sociais estão
envolvidos, o que lhes permite desenvolver atividades comprometidas com interesses sociais
presentes nos espaços sócio ocupacionais.
33
B)Toda e qualquer leitura da realidade que prescindir do reconhecimento de que o trabalho do
assistente social se coloca na tensão direta entre trabalho e capital corre o risco de produzir um
conhecimento pragmático, descritivo, desconectado da sociedade.
C)O projeto da instituição compõe o arsenal de conhecimento a ser levado em conta pelo assistente
social, mas não encerra aquilo que a profissão tem a oferecer. Ao assumir um espaço sócio
ocupacional, há que se estabelecer o que a profissão tem a oferecer como subsídio para o
atendimento das demandas que competem à instituição.
D)O projeto de trabalho do profissional na instituição é um mero instrumento, um manual a ser
seguido, o qual deve condensar as técnicas e os instrumentos empregados no atendimento ao
público.
29-Cabe ao assistente social a identificação daquilo que requer sua intervenção profissional, o
reconhecimento de como o seuGERAIS DO/A ASSISTENTE SOCIAL Art. 2º
Constituem direitos do/a assistente social:
a- garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da
Profissão e dos princípios firmados neste Código; (protege os profissionais, diplomados, no exercício da
função)
b- livre exercício das atividades inerentes à Profissão; (protege para não ser obrigado a realizar atividades
que não sejam de sua competência/atribuição)
c-participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de
programas sociais; (não é atribuição privativa, mas pode ter a presença desse profissional)
d-inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo
profissional; (é amparado em princípio constitucional)
e-desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional; (protege a dignidade do ofendido)
f-aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código;
(esse é um direito que parece dever. Só lembra que temos direito ao aprimoramento, mas a força do texto
faz com que ele seja usado para confundir o candidato)
g- pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de
interesse da população; (pode não ser atribuição, mas se for de conhecimento do profissional, ele tem
direito a se pronunciar, escrever sobre)
h- ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais
incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; (autonomia é necessária para a independência
no fazer profissional)
i-liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de
indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos. (é inadmissível qualquer censura em relação à sua
opinião)
Art. 3º São deveres do/a assistente social: (muita atenção ao que é dever e o que é vedado)
a- desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação
4
em vigor; (conduta antiética aqui seria prestar serviços de má qualidade, com erros e incorreções)
b- utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da Profissão; (exigência comum a
todas as profissões regulamentadas)
c- abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da
liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes;
(lembrar da defesa da liberdade como valor ético central)
d- participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e
defesa de seus interesses e necessidades. (Dever da solidariedade. Lembrar da defesa dos direitos
humanos)
Art. 4º É vedado ao/à assistente social:
a-transgredir qualquer preceito deste Código, bem como da Lei de Regulamentação da Profissão;
(atenção ao dever da defesa da profissão e da sociedade. Ratifica todo o código)
b-praticar e ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou contravenções penais na prestação de
serviços profissionais, com base nos princípios deste Código, mesmo que estes sejam praticados por
outros/as profissionais; (lembrar da defesa da dignidade e do prestígio da profissão. Ter cuidado com
condutas tipificadas como crime no Código Penal)
c-acatar determinação institucional que fira os princípios e diretrizes deste Código; (lembrar da
autonomia, não admitir interferência. Denunciar ao CRESS situações nessa direção)
d-compactuar com o exercício ilegal da Profissão, inclusive nos casos de estagiários/as que exerçam
atribuições específicas, em substituição aos/às profissionais; (contravenção penal exercer atividade
profissional da qual não preenche os requisitos exigidos)
e-permitir ou exercer a supervisão de aluno/a de Serviço Social em Instituições Públicas ou Privadas que
não tenham em seu quadro assistente social que realize acompanhamento direto ao/à aluno/a
estagiário/a; (supervisão de estágio é atribuição privativa do A.S. estágio é atividade de aprendizagem)
f- assumir responsabilidade por atividade para as quais não esteja capacitado/a pessoal e tecnicamente;
(diferença entre capacitado e habilitado. Pode ser A.S, habilitado a exercer funções, mas não ter a
capacitação exigida)
g- substituir profissional que tenha sido exonerado/a por defender os princípios da ética profissional,
enquanto perdurar o motivo da exoneração, demissão ou transferência; (a infração é ocupar o cargo, mas
aceitar condições de trabalho que são contrárias ou adversas à ética profissional)
h- pleitear para si ou para outrem emprego, cargo ou função que estejam sendo exercidos por colega;
(não se deve admitir conduta que incentive concorrência “desleal” entre os A.S)
i- adulterar resultados e fazer declarações falaciosas sobre situações ou estudos de que tome
conhecimento; (essa violação pode ter tipificação no Código Penal)
j- assinar ou publicar em seu nome ou de outrem trabalhos de terceiros, mesmo que executados sob sua
orientação. (A.S que queira pesquisar deve obedecer regras mínimas, uma delas, as dos direitos autorais.
Reconhecendo o esforço criativo de outrem)
5
TÍTULO III - DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
ATENÇÃO ÀS DIFERENÇAS! Usuário – a quem se destina nossa ação. Entidades – contratantes.
Profissionais – relações de respeito e parceria
CAPÍTULO I - Das Relações com os/as Usuários/as
(Não tem direitos nessa lista, pois os direitos profissionais nessa relação são os da dignidade humana,
ser respeitado pelos usuários, como qualquer outro profissional)
Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as:
a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais;
(contribuir = defender, promover, tomar parte para efetivar)
b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações
apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam
contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste
Código; (impedir relação profissional autoritária)
c-democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um
dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as; (a informação é fundamental para
construção de relações iguais e democráticas)
d-devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às usuários/as, no sentido de que estes
possam usá-los para o fortalecimento dos seus interesses; (socialização de informações)
e-informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro audiovisual e pesquisas a elas
referentes e a forma de sistematização dos dados obtidos; (solicitar autorização para uso)
f- fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido
pelo Serviço Social e as suas conclusões, resguardado o sigilo profissional; (obrigações de informar e
guardar sigilo)
g- contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os/as usuários/as,
no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados; (burocracia – existência de mecanismos de
controle de acesso, desnecessários , mantidos para dificultar)
h- esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação
profissional. (Evitar relação verticalizada de poder e saber)
Art. 6º É vedado ao/à assistente social:
a- exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do/a usuário/a de participar e decidir
livremente sobre seus interesses; (opinião técnica que não é neutra, não pode interferir na escolhas dos
usuários)
b- aproveitar-se de situações decorrentes da relação assistente social-usuário/a, para obter vantagens
pessoais ou para terceiros; (receber somente aquilo que lhe é devido. Defesa do usuário e de sua
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integridade econômica)
c- bloquear o acesso dos/as usuários/as aos serviços oferecidos pelas instituições, através de atitudesque
venham coagir e/ou desrespeitar aqueles que buscam o atendimento de seus direitos. (A.S deve
promover acesso)
CAPÍTULO II - Das Relações com as Instituições Empregadoras e outras
Art. 7º Constituem direitos do/a assistente social: (Tem direitos garantidos por ser relação trabalhista)
a-dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou privada, de forma a garantir a
qualidade do exercício profissional; (ex. espaço físico para atividades sigilosas ou coletivas)
b- ter livre acesso à população usuária; (sem controle ou restrição em seu trabalho)
c-ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais e sejam
necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais; (não sendo informação sigilosa/secreta, é
uma prerrogativa constitucional)
d-integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a profissional, tanto no que se
refere à avaliação da conduta profissional, como em relação às decisões quanto às políticas institucionais.
(Vedada a essas comissões fazer juízo de valor individual)
Art. 8º São deveres do/a assistente social:
a-programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados institucionalmente;
(resumindo, eficiência)
b-denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os
mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes deste Código, mobilizando, inclusive, o Conselho
Regional, caso se faça necessário; (denunciar violações aos direitos humanos e omissões descritas no
Código)
c-contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas de
interesse da população usuária; (defesa dos direitos de cidadania da classe trabalhadora)
d-empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, através dos programas e políticas
sociais; (tal empenho deve se expressar na atividade profissional)
e- empregar com transparência as verbas sob a sua responsabilidade, de acordo com os interesses e
necessidades coletivas dos/as usuários/as. (Ampla divulgação a todos os interessados)
Art. 9º É vedado ao/à assistente social:
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a- emprestar seu nome e registro profissional a firmas, organizações ou empresas para simulação do
exercício efetivo do Serviço Social; (simulação; proteção da honestidade e da dignidade do Seso)
b- usar ou permitir o tráfico de influência para obtenção de emprego, desrespeitando concurso ou
processos seletivos; (conduta descrita como crime no Código Penal)
c-utilizar recursos institucionais (pessoal e/ou financeiro) para fins partidários, eleitorais e clientelistas.
(Lisura na gestão pública)
CAPÍTULO III - Das Relações com Assistentes Sociais e outros/as Profissionais
Art. 10 São deveres do/a assistente social:
a-ser solidário/a com outros/as profissionais, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem
os postulados éticos contidos neste Código; (auxílio mútuo)
b-repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho; (não omitir
informações sobre as atividades realizadas)
c-mobilizar sua autoridade funcional, ao ocupar uma chefia, para a liberação de carga horária de
subordinado/a, para fim de estudos e pesquisas que visem o aprimoramento profissional, bem como de
representação ou delegação de entidade de organização da categoria e outras, dando igual oportunidade
a todos/as; (ater-se a necessidade de promover equidade, liberar todos os envolvidos)
d- incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar; (defesa do atendimento integral
ao usuário)
e- respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões; (não exceder atribuições privativas)
f- ao realizar crítica pública a colega e outros/ as profissionais, fazê-lo sempre de maneira objetiva,
construtiva e comprovável, assumindo sua inteira responsabilidade. (Pluralismo e livre manifestação
responsável)
Art. 11 É vedado ao/à assistente social:
a- intervir na prestação de serviços que estejam sendo efetuados por outro/a profissional, salvo a pedido
desse/a profissional; em caso de urgência, seguido da imediata comunicação ao/à profissional; ou quando
se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; (respeito à
autonomia profissional)
b- prevalecer-se de cargo de chefia para atos discriminatórios e de abuso de autoridade; (está falando de
qualquer ato discriminatório)
c-ser conivente com falhas éticas de acordo com os princípios deste Código e com erros técnicos
praticados por assistente social e qualquer outro/a profissional; (violação ao Código. Ao constatar falhas
deve denunciar ao CRESS)
d-prejudicar deliberadamente o trabalho e a reputação de outro/a profissional. (Ofende o respeito à
dignidade do outro)
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CAPÍTULO IV - Das Relações com Entidades da Categoria e demais organizações da Sociedade Civil Por
ter direito à organização, à participação em entidades da sociedade civil, esse capítulo indica direitos
Art.12 Constituem direitos do/a assistente social:
a.participar em sociedades científicas e em entidades representativas e de organização da categoria que
tenham por finalidade, respectivamente, a produção de conhecimento, a defesa e a fiscalização do
exercício profissional; (liberdade de reunião, princípio constitucional)
b- apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizações populares vinculados à luta pela
consolidação e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania. (Liberdade de organização)
Art. 13 São deveres do/a assistente social:
a-denunciar ao Conselho Regional as instituições públicas ou privadas, onde as condições de trabalho não
sejam dignas ou possam prejudicar os/as usuários/as ou profissionais; (obrigação imposta aos
profissionais)
b- denunciar, no exercício da Profissão, às entidades de organização da categoria, às autoridades e aos
órgãos competentes, casos de violação da Lei e dos Direitos Humanos, quanto a: corrupção, maus tratos,
torturas, ausência de condições mínimas de sobrevivência, discriminação, preconceito, abuso de
autoridade individual e institucional, qualquer forma de agressão ou falta de respeito à integridade física,
social e mental do/a cidadão/cidadã; (lembrar da ampla defesa aos direitos humanos) c-respeitar a
autonomia dos movimentos populares e das organizações das classes trabalhadoras. (Emancipação) Art.
14 É vedado ao/à assistente social valer-se de posição ocupada na direção de entidade da categoria para
obter vantagens pessoais, diretamente ou através de terceiros/as. (Lembrem de improbidade
administrativa)
CAPÍTULO V - Do Sigilo Profissional
SIGILO – resguarda o profissional e os usuários. Muita atenção, pois é objeto recorrente de questão de
concurso.
Art. 15 Constitui direito do/a assistente social manter o sigilo profissional. (o sigilo deve ser respeitado
por outros profissionais)
Art. 16 O sigilo protegerá o/a usuário/a em tudo aquilo de que o/a assistente social tome conhecimento,
como decorrência do exercício da atividade profissional. (Privacidade e proteção ao sigilo nas relações
com os usuários) Parágrafo único. Em trabalho multidisciplinar só poderão ser prestadas informações
dentro dos limites do estritamente necessário. (Lembrar da independência das áreas de conhecimento.
Multidisciplinar não elimina as fronteiras das áreas. A proteção à intimidade do usuário é obrigação do
profissional)
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Art. 17 É vedado ao/à assistente social revelar sigilo profissional. (sigilo protege a intimidade e a confiança
na relação profissional)
Art. 18 A quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações cuja gravidade possa,
envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos interesses do/a usuário/a, de terceiros/as e da
coletividade. (Somente quando os interesses coletivos e mesmo individuais, a integridade do Código
supere a garantia do segredo)
Parágrafo único. A revelação será feita dentro do estritamente necessário, quer em relação ao assunto
revelado, quer ao grau e número de pessoas que deledevam tomar conhecimento. (Mais uma regra para
organizar tal exceção. Ainda pensando na proteção da intimidade).
CAPÍTULO VII - Das Penalidades
Esta parte ganhou força nos últimos 2 anos, pois o Código cai muito em concurso e para “inovar”,
as bancas vêm pedindo mais que momentos anteriores. Leia com atenção.
Art. 23 As infrações a este Código acarretarão penalidades, desde a multa à cassação do exercício
profissional, na forma dos dispositivos legais e/ ou regimentais.
Art. 24 As penalidades aplicáveis são as seguintes:
a- multa;
b- advertência reservada; c- advertência pública;
d- suspensão do exercício profissional;
e- cassação do registro profissional.
Parágrafo único Serão eliminados/as dos quadros dos CRESS aqueles/as que fizerem falsa prova dos
requisitos exigidos nos Conselhos.
Art. 25 A pena de suspensão acarreta ao/à assistente social a interdição do exercício profissional em
todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 2 (dois) anos. Parágrafo único A suspensão
por falta de pagamento de anuidades e taxas só cessará com a satisfação do débito, podendo ser
cassada a inscrição profissional após decorridos três anos da suspensão.
Art. 26 Serão considerados na aplicação das penas os antecedentes profissionais do/a infrator/a e as
circunstâncias em que ocorreu a infração.
Art. 27 Salvo nos casos de gravidade manifesta, que exigem aplicação de penalidades mais rigorosas,
a imposição das penas obedecerá à gradação estabelecida pelo artigo 24.
Art. 33 Na execução da pena de advertência reservada, não sendo encontrado o/a penalizado/a ou
se este/a, após duas convocações, não comparecer no prazo fixado para receber a penalidade, será
ela tornada pública.
§1º A pena de multa, ainda que o/a penalizado/a compareça para tomar conhecimento da decisão,
será publicada nos termos do artigo 29 deste Código, se não for devidamente quitada no prazo de 30
(trinta) dias, sem prejuízo da cobrança judicial.
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§ 2º Em caso de cassação do exercício profissional, além dos editais e das comunicações feitas às
autoridades competentes interessadas no assunto, proceder-se-á a apreensão da Carteira e Cédula
de Identidade Profissional do/a infrator/a.
Art. 34 A pena de multa variará entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o
máximo do seu décuplo.
QUESTÃO DE CONCURSOS ANTERIORES:
1-De acordo com o Código de Ética do Assistente Social em Art. 8º compete ao Conselho Federal de
Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes
atribuições: Considerando a legislação em pauta analise as afirmativas abaixo e dê valores verdadeiro
(V) ou falso (F).
(_) Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social,
em conjunto com o CRESS.
(_) Assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário.
(_) Fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva região.
(_) Expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
A)F - F - F - F
B)V - V - F - F
C)F - F - V - V
D)V - V - F - V
E)V - V - V - F
2-No que se refere aos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do Assistente Social,
de 1993, assinale a alternativa INCORRETA.
A)Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes –
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.
B)Defesa intransigente dos direitos humanos e estímulo ao arbítrio e ao autoritarismo.
C)Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com
vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras.
D)Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da
riqueza socialmente produzida.
E)Posicionamento em favor da equidade e da justiça social, para assegurar universalidade de acesso
aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática.
3-O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS)
contarão, cada um, com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois
Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais, por via direta. Qual a duração do mandato?
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A)Dois anos.
B)Um ano.
C)Três anos.
D)Quatro anos.
4-A Resolução do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) nº 273, de 13 março de 1993 “Institui o
Código de Ética Profissional do/a Assistente Social e dá outras providências”. Para a aprovação desse
código foram consideradas várias questões.
Mediante as considerações apresentadas no Código de Ética do(a) Assistente Social de 1993, assinale
a alternativa incorreta:
A)Considerando a avaliação da categoria e das entidades do Serviço Social de que o Código
homologado em 1986 apresenta insuficiências;
B)Considerando as exigências de normatização específicas de um Código de Ética Profissional e sua
real operacionalização;
C)Considerando a posição amplamente assumida pela categoria de que o Código de 1986 não
expressa conquistas políticas, deve ser revisado;
D)Considerando a posição amplamente assumida pela categoria de que as conquistas políticas
expressas no Código de 1986 devem ser preservadas;
E)Considerando a necessidade de criação de novos valores éticos, fundamentados na definição mais
abrangente, de compromisso com os usuários, com base na liberdade, democracia, cidadania, justiça
e igualdade social;
5-De acordo como Código de Ética Profissional do Assistente Social, no que tange às relações com a
população usuária, é vedado ao/à assistente social:
A)priorizar demandas de maior gravidade.
B)usar dados institucionais para pesquisa.
C)desenvolver atividades de caráter assistencialista.
D)ser filiado a movimentos sociais.
E)limitar o direito dos usuários à livre decisão.
6-O título III do Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social, de 1993, trata das Relações
Profissionais, no capítulo II Das Relações com as Instituições Empregadoras e outras, pautando na
sequência os artigos 7º e 8º, que regulamentam os Direitos e os Deveres do(a) Assistente Social
nesta relação.
Considerando o que está disposto nos artigos citados, identifique as alternativas:
1 – para identificar o que estabelece os Direitos do(a) Assistente Social.
2 – para identificar o que estabelece os Deveres do(a) Assistente Social.
( ) dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou privada, de forma a
garantir a qualidade do exercício profissional.
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( ) integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a profissional, tanto no que
se refere à avaliação da conduta profissional como em relação às decisões quanto às políticas
institucionais.
( ) programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados institucionalmente.
( ) empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, por meio dos programas e
políticas sociais.
( ) contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas
de interesse da população usuária.
Diante do exposto, assinale a alternativa CORRETA, de cima para baixo:
A)(2), (2), (1), (1) e (2)
B)(2), (1), (1), (2) e (1)
C)(1), (2), (2), (1) e (1)
D)(1), (1), (2), (2) e (2)
E)(2), (2), (1), (1) e (1)
7-Com base no Código de Ética do(a) Assistente Social, o profissional tem o direito de:
A)desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a
legislação em vigor.
B)participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no
atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.
C)integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a profissional, tanto no que
se refere à avaliação da conduta profissional, como em relaçãoàs decisões quanto às políticas
institucionais.
D)abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da
liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos
competentes.
E)permitir ou exercer a supervisão de aluno/a de Serviço Social em Instituições Públicas ou Privadas
que não tenham em seu quadro assistente social que realize acompanhamento direto ao/à aluno/a
estagiário/a.
8-A dimensão ética da profissão configura-se como um processo que envolve uma necessidade social
e histórica. É nessa direção que se encontra a natureza da ética profissional, cuja materialização
perpassa pelo Código de Ética Profissional (1993) e no Projeto ético-político que direciona os/as
assistentes sociais. Conforme o Código de Ética profissional do Assistente Social em vigência, no seu
artigo 4o, alínea “f”, é vedado ao/a profissional:
A)abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da
liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos
competentes.
B)aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código.
C)desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional.
D)assumir responsabilidade por atividade para as quais não esteja capacitado/a pessoal e
tecnicamente.
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E)ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais
incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções.
1.2- Lei de Regulamentação Profissional
Art. 1º É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território nacional,
observadas as condições estabelecidas nesta lei.
(Só pode ser Assistente Social pessoas formadas, diplomadas em SESO)
Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social:
I - Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente reconhecido,
expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registrado no
órgão competente;
II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou
equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado
ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão
competente no Brasil;
III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos
públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de junho de
1953.
Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos
Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do interessado nos termos 4 desta lei.
(Lembrar que é registro nos Conselhos Regionais. Pegadinhas comuns, conselho federal ou
similares. Lembrar assim, registro no CRESS!) (DIPLOMA + PRÉVIO REGISTRO = Assistente Social)
Art. 3º A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da
legislação vigente.
Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; (não é privativo.
Pensem em um sociólogo avaliando políticas públicas)
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de
atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; (âmbito não é exclusividade. Pode
ser hospital, por exemplo, é âmbito de atuação do SeSo, mas tem médicos, enfermeiros, etc.)
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;
(advogados, psicólogos também poderiam fazer isso)
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V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos
e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; (Gera dúvidas esse “serviços
sociais aqui”. Lembrar, a profissão está no singular. Plural se refere aos serviços prestados pelo
Estado e entidades filantrópicas).
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social
e para subsidiar ações profissionais; (ações de qualquer profissão, não é só nossa)
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas
privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
(Ou seja, só pode falar do que sabe. Mas, pode assessorar sobre população em situação de rua,
infância e juventude, etc. Não é exclusivo, mas pode ser reconhecido o conhecimento. Atenção ao
próximo artigo)
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais,
no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; (Atenção à diferença:
matéria de políticas sociais x matéria de Serviço Social)
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;
(novamente o plural para gerar dúvidas)
XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais
junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.
(pesquisas, por exemplo, que podem servir a várias áreas)
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e
projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas
e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria
de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação,
disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação
regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e
pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social;
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IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou
outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos
inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de
Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades
representativas da categoria profissional.
Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo
de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente
Social, em conjunto com o CRESS;
II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;
III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;
IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os CRESS, no
fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;
V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional; (questão de prova!!)
VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos CRESS; VII -
estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;
VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicosou privados, em matéria de
Serviço Social; (questão de prova!!)
(Pensem na importância de um tribunal superior para lembrar se é competência do CFESS OU DO
CRESS)
Art. 9º O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei dar-se-á nas reuniões
conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os limites de sua competência e
sua forma de convocação.
Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão
executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes atribuições:
I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das instituições e
obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos; (questão de prova!!)
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II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva região;
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa;
IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais Regionais
de Ética Profissional;
V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;
VI - fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos Assistentes Sociais;
(questão de prova!!)
VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum máximo
de deliberação do conjunto CFESS/ CRESS. (Pensem no âmbito local. CRESS elabora, organiza,
registra, fiscaliza sua região, aplica sanções, fixa, em assembleia, as anuidades. Já o CFESS aprova,
orienta, disciplina, assessora, é um fórum máximo).
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES:
9- O assistente social que infringir a Lei de Regulamentação Profissional do Serviço Social (Lei n.º
8.662/1993) estará sujeito a
A)multa no valor de vinte vezes a anuidade vigente.
B)cassação do diploma de graduação em serviço social.
C)suspensão de dez anos de exercício da profissão, caso deixe de cumprir as disposições do Código
de Ética Profissional.
D)cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reincidência contumaz.
E)desagravo público.
10-De acordo com a Lei n.º 8.662/1993, é atribuição do assistente social
A)atuar como entrevistador forense, por meio do depoimento especial.
B)realizar marcações e agendamentos de consultas e exames.
C)realizar escuta especializada.
D)realizar perícias técnicas, laudos periciais e pareceres sobre a matéria de serviço social.
E)realizar grupos de intervenção terapêuticos.
11-Sobre a Lei Federal N.º 8.662/93, que regulamenta a profissão do Assistente Social, verifique as
assertivas e assinale a INCORRETA.
A)A inscrição nos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais é compulsória e os pagamentos das
contribuições (anuidades), taxas e demais emolumentos que forem estabelecidos em
regulamentação baixada pelo Conselho Federal são facultativos.
B)O treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social é atribuição privativa
do Assistente Social.
C)A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais.
D)Coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço
Social é atribuição privativa do Assistente Social.
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12-São princípios fundamentais do Código de Ética do Assistente Social (Lei 8.662/93), EXCETO:
A)Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento
intelectual, na perspectiva da competência profissional.
B)Defesa intransigente dos direitos humanos, do arbítrio e do autoritarismo.
C)Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e
suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual.
D)Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes -
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.
13-A Lei de Regulamentação da Profissão – Lei 8.662/93 – dispõe sobre a profissão de assistente
social e dá outras providências. Acerca do estabelecido nesta legislação, analise as afirmativas a
seguir e marque (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas.
( ) Compete ao Conselho Federal de Serviço Social, organizar e manter o registro profissional dos
assistentes sociais e o cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins
filantrópicos.
( ) Compete ao Conselho Federal de Serviço Social prestar assessoria técnico-consultiva aos
organismos públicos ou privados em matéria de Serviço Social.
( ) O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei se dar nas reuniões conjuntas
dos Conselhos Federal e Regionais que, inclusive, fixarão os limites de sua competência e sua forma
de convocação.
( ) O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no Distrito Federal.
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
A)V – V – V – V.
B)F – F – V – V.
C)F – V – V – V.
D) – V – F – V.
E)V – V – V – F.
14-Sobre a Lei N 8.662, de 7 de junho de 1993, assinale a alternativa correta.
Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social:
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A)os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente reconhecido,
expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registrado no
órgão competente;
B)os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou
equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em estados estrangeiros, conveniado
ou não com o estado brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão
competente nos estados;
C)os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos públicos,
segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.989, de 13 de junho de 1953;
D)os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente reconhecido,
expedido por estabelecimento de ensino superior existente no Estado, devidamente registrado no
órgão competente;
E)os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos públicos,
segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de julho de 1953;
15-A Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, dispõe sobre a profissão de assistente social, explana
e normatiza o exercício profissional. Ela destaca em seu Art. 4º as competências do profissional.
Assinale a alternativa que traz as atribuições referentes à profissão.
A)Elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou
outras formas de seleção para assistentes sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes
ao Serviço Social.
B)Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de assistente social
em conjunto com o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS).
C)Assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e
outras entidades, em matéria de Serviço Social.
D)Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública,
direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares, encaminhar providências e prestar
orientação social a indivíduos, grupos e à população.
16- Conforme a Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, que dispõe sobre a profissão de assistente
social, Art. 8º, compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão
normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
A)Estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados; prestar assessoria
técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em matéria de Serviço Social.
B)Organizar e manter o registro profissional dos assistentes sociais e o cadastro das instituições e
obras sociais públicas e privadas ou de fins filantrópicos.
19
C)Aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional.
D)Fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos assistentes sociais.2-Resolução CFESS nº 493/2006 de 21 de agosto de 2006
Art. 1º - É condição essencial, portanto obrigatória, para a realização e execução de qualquer
atendimento ao usuário do Serviço Social a existência de espaço físico, nas condições que esta
Resolução estabelecer.
Art. 2º - O local de atendimento destinado ao assistente social deve ser dotado de espaço suficiente,
para abordagens individuais ou coletivas, conforme as características dos serviços prestados, e deve
possuir e garantir as seguintes características físicas:
a- iluminação adequada ao trabalho diurno e noturno, conforme a organização institucional; b-
recursos que garantam a privacidade do usuário naquilo que for revelado durante o processo de
intervenção profissional;
c- ventilação adequada a atendimentos breves ou demorados e com portas fechadas
d- espaço adequado para colocação de arquivos para a adequada guarda de material técnico de
caráter reservado.
Art. 3º - O atendimento efetuado pelo assistente social deve ser feito com portas fechadas, de forma
a garantir o sigilo.
Art. 4º - O material técnico utilizado e produzido no atendimento é de caráter reservado, sendo seu
uso e acesso restrito aos assistentes sociais.
Art. 5º - O arquivo do material técnico, utilizado pelo assistente social, poderá estar em outro
espaço físico, desde que respeitadas as condições estabelecidas pelo artigo 4º da presente
Resolução.
Art. 6º- É de atribuição dos Conselhos Regionais de Serviço Social, através de seus Conselheiros
e/ou agentes fiscais, orientar e fiscalizar as condições éticas e técnicas estabelecidas nesta Resolução,
bem como em outros instrumentos normativos expedidos pelo CFESS, em relação aos assistentes
sociais e pessoas jurídicas que prestam serviços sociais.
Art. 7º - O assistente social deve informar por escrito à entidade, instituição ou órgão que trabalha
ou presta serviços, sob qualquer modalidade, acerca das inadequações constatadas por este,
quanto as condições éticas, físicas e técnicas do exercício profissional, sugerindo alternativas para
melhoria dos serviços prestados.
Parágrafo Primeiro - Esgotados os recursos especificados no “caput” do presente artigo e deixando a
entidade, instituição ou órgão de tomar qualquer providência ou as medidas necessárias para sanar
as inadequações, o assistente social deverá informar ao CRESS do âmbito de sua jurisdição, por
escrito, para intervir na situação.
Parágrafo Segundo - Caso o assistente social não cumpra as exigências previstas pelo “caput” e/ou
pelo parágrafo primeiro do presente artigo, se omitindo ou sendo conivente com as inadequações
20
existentes no âmbito da pessoa jurídica, será notificado a tomar as medidas cabíveis, sob pena de
apuração de sua responsabilidade ética.
Art. 8º - Realizada visita de fiscalização pelo CRESS competente, através de agente fiscal ou
Conselheiro, e verificado o descumprimento do disposto na presente Resolução a Comissão de
Orientação e Fiscalização do Conselho Regional, a vista das informações contidas no Termo de
Fiscalização ou no documento encaminhado pelo próprio assistente social, notificará o representante
legal ou responsável pela pessoa jurídica, para que em prazo determinado regularize a situação.
Parágrafo único - O assistente social ou responsável pela pessoa jurídica deverá encaminhar ao
CRESS, no prazo assinalado na notificação, documento escrito informando as providências que
foram adotadas para adequação da situação notificada.
Art. 9º- Persistindo a situação inadequada, constatada através de visita de fiscalização, será
registrada no instrumento próprio a situação verificada.
Art 10 - O relato da fiscalização, lavrado em termo próprio, conforme art. 9º, constatando
inadequação ou irregularidade, será submetido ao Conselho Pleno do CRESS, que decidirá sobre a
adoção de medidas cabíveis administrativas ou judiciais, objetivando a adequação das condições
éticas, técnicas e físicas, para que o exercício da profissão do assistente social se realize de forma
qualificada, em respeito aos usuários e aos princípios éticos que norteiam a profissão.
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES:
17-A RESOLUÇÃO CFESS nº 493/2006 dispõe sobre as condições éticas e técnicas do exercício
profissional do assistente social. Tomando-a por base, é correto afirmar que:
A)É condição essencial, portanto obrigatória, para a realização e execução de qualquer atendimento
ao usuário do Serviço Social a existência de espaço físico, nas seguintes condições: iluminação
adequada ao trabalho diurno e noturno, conforme a organização institucional; recursos que
garantam a privacidade do usuário naquilo que for revelado durante o processo de intervenção
profissional; ventilação adequada a atendimentos breves ou demorados e com portas fechadas e
espaço adequado para colocação de arquivos para a adequada guarda de material técnico de caráter
reservado.
B)O atendimento efetuado pelo assistente social deve ser feito com portas fechadas, de forma a
garantir o sigilo. O material técnico utilizado e produzido no atendimento é de caráter reservado,
sendo seu uso e acesso restrito aos profissionais de todas as categorias desde que atuante no
mesmo setor. O arquivo do material técnico, utilizado pelo assistente social, poderá estar em outro
espaço físico.
C)O assistente social deve comentar informalmente à entidade, instituição ou órgão que trabalha ou
presta serviços, sob qualquer modalidade, acerca das inadequações constatadas por este, quanto às
condições éticas, físicas e técnicas do exercício profissional, sugerindo alternativas para melhoria dos
serviços prestados.
21
D)Realizada visita de fiscalização pelo CRESS - Conselho Regional de Serviço Social competente,
através de agente fiscal ou Conselheiro, e verificado o descumprimento do disposto na presente
Resolução a Comissão de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional, a vista das informações
contidas no Termo de Fiscalização ou no documento encaminhado pelo próprio assistente social,
notificará o representante legal ou responsável pela pessoa jurídica e o assistente social, para que em
prazo determinado regularize a situação.
18-Considerando a Resolução CFESS nº 493/2006, que dispõe sobre “As Condições Éticas e Técnicas
do Exercício Profissional do Assistente Social”, é CORRETO afirmar que o local de atendimento
destinado ao Assistente Social deve possuir e garantir as seguintes características físicas:
A)Iluminação adequada ao trabalho diurno e noturno, conforme a organização institucional; recursos
que garantam a privacidade do Assistente Social naquilo que for revelado durante o processo de
intervenção profissional; ventilação adequada a atendimentos breves ou demorados e com portas
fechadas; espaço adequado para colocação de arquivos para a adequada guarda de material técnico
de caráter reservado.
B)Sala de atendimento reservada; ventilação apropriada (ventiladores ou ar condicionado);
iluminação adequada e espaço para colocação de arquivo do material técnico sigiloso.
C)O local de atendimento destinado ao Assistente Social depende das características dos serviços
prestados, não possuindo, portanto, exigências predefinidas.
D)Iluminação adequada ao trabalho diurno e noturno, conforme a organização institucional; recursos
que garantam a privacidade do usuário naquilo que for revelado durante o processo de intervenção
profissional; ventilação adequada a atendimentos breves ou demorados e com portas fechadas;
espaço adequado para colocação de arquivos para a adequada guarda de material técnico de caráter
reservado.
19-À luz da Resolução CFESS Nº 493/2006, que prevê as condições éticas e técnicas do exercício
profissional do/a assistente social, associe as duas colunas relacionando o aspecto abordado pela
resolução com o que esta garante para cada um destes aspectos.
1. Arquivo do material técnico.
2. Material técnico.
3. Espaço físico.
( ) Deve ser dotado de recursos adequados e que garantam o sigilo dos usuários.
( ) De caráter reservado, sendo seuuso e acesso restrito às/aos assistentes sociais.
( ) Poderá estar em outro espaço físico, desde que seja de uso reservado às/aos assistentes sociais.
A sequência CORRETA dessa associação é:
22
A)1, 3 e 2.
B)2, 3 e 1.
C)1, 2 e 3.
D)3, 2 e 1.
E)3, 1 e 2.
3-Projeto Ético-político do Serviço Social
CRESS 7ªR. Assistência Social: ética direitos. Coletânea de leis e resoluções. Inclui texto sobre o
projeto ético-político. 4ªed. Rio de Janeiro, 2007.
O relativo desconhecimento do Projeto ético-político pela categoria pode ser justificado pela precoce
inserção do tema no debate do Serviço Social e, ainda (e em conseqüência disso), pela parca
produção de conhecimentos acerca do tema — elemento fundamental para a socialização das
idéias criadas no seio de uma determinada vanguarda, no caso a profissional.
Pode-se dizer que este relativo desconhecimento não eliminou a incorporação do Projeto entre a
categoria dos assistentes sociais. Ao contrário, é inegável que traços dele estão presentes no
cotidiano dos assistentes sociais que o operam nas diversas situações profissionais. Mas, afinal, o
que é o Projeto ético-político profissional do Serviço Social?
Este brevíssimo texto apresenta os seus traços mais gerais sem a pretensão de esgotá-los. Trata-se de
texto mais informativo que dissertativo, ainda que eivado de considerações crítico-valorativas. Nele
apresentaremos as origens históricas, o processo de consolidação e o momento atual do projeto,
quando verificaremos as peculiaridades que o objetivam na realidade socioprofissional.
Projeto ético-político profissional - trata-se de uma projeção coletiva que envolve sujeitos
individuais e coletivos em torno de uma determinada valoração ética que está intimamente
vinculada a determinados projetos societários presentes na sociedade que se relacionam com os
diversos projetos coletivos (profissionais ou não) em disputa na mesma sociedade.
Como surgiu este Projeto, quem o criou e quando foi criado?
Antes de qualquer coisa é preciso ter clareza da noção de projeto coletivo, na medida em que o
referido Projeto ético-político existe como tal. Os projetos coletivos se relacionam com as diversas
particularidades que envolvem os vários interesses sociais presentes numa determinada
sociedade. (CONCEITO) Remetem-se ao gênero humano, uma vez que, como projeções
sócio-históricas particulares, vinculam-se aos interesses universais presentes no movimento da
sociedade. Em outras palavras, os interesses particulares de determinados grupos sociais, como o
dos assistentes sociais, não existem independentemente dos interesses mais gerais que movem a
sociedade. Questões culturais, políticas e, fundamentalmente, econômicas articulam e constituem os
projetos coletivos. Eles são impensáveis sem estes pressupostos, são infundados se não os
23
remetemos aos projetos coletivos de maior abrangência: os projetos societários (ou projetos de
sociedade). Quer dizer: os projetos societários estão presentes na dinâmica de qualquer projeto
coletivo, inclusive em nosso Projeto ético-político.
Os projetos societários podem ser, em linhas gerais, transformadores ou conservadores. Entre os
transformadores há várias posições que têm a ver com as formas (as táticas e as estratégias) de
transformação social. Assim, temos um pressuposto fundante do projeto ético-político: a sua relação
ineliminável com os projetos de transformação ou de conservação da ordem social. Dessa forma,
nosso Projeto filia-se a um ou outro projeto de sociedade, não se confundindo com ele. (ATENÇÃO A
ISTO PARA A PROVA)
Mas, afinal, qual nosso Projeto ético-político? Como ele é? Qual sua posição diante da ordem social?
Não há dúvidas que o Projeto ético-político do Serviço Social brasileiro está vinculado a um projeto
de transformação da sociedade. Esta vinculação se dá pela própria exigência que a dimensão política
da intervenção profissional impõe. Ao atuarmos no movimento contraditório das classes, acabamos
por imprimir uma direção social às nossas ações profissionais, que favorecem a um ou a outro
projeto societário.
Nas diversas e variadas ações que efetuamos, como plantões de atendimento, salas de espera,
processos de supervisão e/ou planejamento de serviços sociais, das ações mais simples às
intervenções mais complexas do cotidiano profissional, nelas mesmas, embutimos determinada
direção social entrelaçada por uma valoração ética específica.
As demandas (de classes, mescladas por várias outras mediações presentes nas relações sociais) que
se apresentam a nós encobrem seus reais determinantes e as necessidades sociais que portam.
Tendo consciência ou não, interpretando ou não as demandas de classes e suas necessidades sociais
que chegam até nós em nosso cotidiano profissional, dirigimos nossas ações favorecendo interesses
sociais distintos e contraditórios.
Nosso Projeto ético-político é bem claro e explícito quanto aos seus compromissos. Ele “tem em
seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor ético central — a liberdade concebida
historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso
com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. Consequentemente, o
projeto profissional vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem
social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero” (Netto, 1999: 1045). Estes valores
foram construídos historicamente, como veremos a seguir.
Brevíssimo Histórico
Desde os anos 70, mais precisamente no final daquela década, o Serviço Social brasileiro vem
construindo um projeto profissional comprometido com os interesses das classes trabalhadoras. A
chegada entre nós dos princípios e idéias do Movimento de Reconceituação deflagrado nos
diversos países latinoamericanos, somada à voga do processo de redemocratização da sociedade
brasileira, formaram o chão histórico para a transição para um Serviço Social renovado, através de
um processo de ruptura teórica e política (inicialmente mais político-ideológica do que
teórico-filosófica) com os quadrantes do tradicionalismo que imperavam entre nós.
É sabido que, politicamente, este processo teve seu marco no III CBAS, em 1979, na cidade de São
Paulo, quando, então, de forma organizada, uma vanguarda profissional virou uma página na história
do Serviço Social brasileiro ao destituir a mesa de abertura composta por nomes oficiais da ditadura,
24
trocando-a por nomes advindos do movimento dos trabalhadores. Este congresso ficou conhecido
como o “Congresso da Virada”. Pode-se localizar aí a gênese do Projeto ético-político, na segunda
metade da década de 70.
Este mesmo Projeto avançou nos anos 80, consolidou-se nos 90 e está em construção, fortemente
tensionado pelos rumos neoliberais da sociedade e por uma nova reação conservadora no seio da
profissão na década que transcorre. O avanço do Projeto nos anos 80 deveu-se à construção de
elementos que o matizaram entre nós, dentre eles o Código de Ética de 1986.
Nele tivemos o coroamento da virada histórica promovida pelas vanguardas profissionais.
Tratou-se da primeira tentativa de tradução não só legitima como legal (através do órgão de
fiscalização do exercício profissional, o CFAS — Conselho Federal de Assistentes Sociais, hoje CFESS),
da inversão ético-política do Serviço Social brasileiro, amarrando seus compromissos aos das classes
trabalhadoras. É bem verdade que soava mais como uma carta de princípios e de compromissos
ídeo-políticos do que um código de ética que, por si só, exige certo teor prático-normativo.
Mas, por outro lado, ao demarcar seus compromissos, mais que explicitamente, não deixava dúvidas
de “qual lado” estávamos. Nesta mesma década aferem-se também avanços em torno do Projeto no
que tange à produção teórica, que dá saltos significativos tanto quantitativa quanto
qualitativamente, trazendo ternas fundamentais ao processo de renovação, tais como a metodologia,
as políticas sociais e os movimentos sociais. O processo de consolidação do Projeto podeser
circunscrito à década de 90, que explicita a nossa maturidade profissional através de um escopo
significativo de centros de formação (referimo-nos às pós-graduações), que amplificou a produção de
conhecimentos entre nós. (MATURIDADE PROFISSIONAL, ANOS 90. QUESTÃO DE PROVA!!)
Nesta época também se pode atestar a maturidade político-organizativa da categoria através de
suas entidades e de seus fóruns deliberativos. Pense-se nos CBAS’s dos anos 90, que expressaram
um crescimento incontestável da produção de conhecimentos e da participação numérica dos
assistentes sociais. A década que se inicia nos mostra dois processos interrelacionados: a
continuidade do processo de consolidação do Projeto ético-político e as ameaças que sofre diante
das políticas neoliberais que repercutem no seio da categoria sob a forma de um
neoconservadorismo profissional.
A partir destas problematizações históricas poderíamos chegar a algumas conclusões acerca do
nosso Projeto ético-político profissional. Com Netto, o definiríamos da seguinte maneira:
“Os projetos profissionais [inclusive o projeto ético-político do Serviço Social] apresentam a
auto-imagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e
priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, institucionais e práticos)
para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem
as balizas da sua relação com os usuários de seus serviços, com as outras profissões — e com as
organizações e instituições sociais, privadas e públicas” (1999: 95).
MUITO USADO EM PROVAS. ATENÇÃO.
Em suma, o projeto articula em si mesmo os seguintes elementos constitutivos: “uma imagem
ideal da profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos, conhecimentos
teóricos, saberes interventivos, normas, práticas etc.” (Netto, 1999: 98). Componentes que
materializam o Projeto ético-político Mas o que dá materialidade ao Projeto?
Vimos que os profissionais individualmente podem operá-lo através das várias modalidades
interventivas da profissão, ou seja, o Projeto pode se concretizar em nossas próprias ações
25
profissionais cotidianas. No entanto, o que sistematiza essas diversas modalidades interventivas,
essas variadas ações profissionais, aparentemente isoladas, como projeto coletivo? Em outras
palavras, que mecanismos políticos, instrumentos/documentos legais e referenciais teóricos
emprestam não só legitimidade como também operacionalidade prático-política e prático normativa
ao Projeto? Vejamos.
O entendimento dos elementos constitutivos que emprestam materialidade ao Projeto pode se
dar a partir de três dimensões articuladas entre si, quais sejam:
a) a dimensão da produção de conhecimentos no interior do Serviço Social;
b) a dimensão político-organizativa da categoria;
c) a dimensão jurídico-política da profissão.
Vejamos cada uma delas.
a) dimensão da produção de conhecimentos no interior do Serviço Social É a esfera de
sistematização das modalidades práticas da profissão, onde se apresentam os processos reflexivos do
fazer profissional e especulativos e prospectivos em relação a ele. Esta dimensão investigativa da
profissão tem como parâmetro a afinidade com as tendências teórico-críticas do pensamento social.
Dessa forma, não cabem no Projeto ético-político contemporâneo posturas teóricas conservadoras,
presas que estão aos pressupostos filosóficos cujo horizonte é a manutenção da ordem.
b) dimensão político-organizativa da profissão Aqui assentam-se tanto os fóruns de deliberação
quanto as entidades representativas da profissão. Fundamentalmente, o Conjunto CFESS/CRESS
(Conselhos Federal e Regionais de Serviço Social), a ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social) e as demais associações político-profissionais, além do movimento
estudantil representado pelo conjunto de CA´s e DA’s (Centros e Diretórios Acadêmicos das escolas
de Serviço Social) e pela ENESSO (Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social).
É através dos fóruns consultivos e deliberativos destas entidades representativas que são tecidos os
traços gerais do projeto, quando são reafirmados (ou não) determinados compromissos e princípios.
Assim, subentende-se que o projeto ético-político (como uma projeção) pressupõe, em si mesmo,
um espaço democrático, aberto, em construção e em permanente tensão e conflito. Esta constatação
indica a coexistência de diferentes concepções do pensamento crítico, ou seja, o pluralismo de idéias
no seu interior.
c) dimensão jurídico-política da profissão Temos, aqui, o aparato jurídico-político e institucional da
profissão, que envolve um conjunto de leis e resoluções, documentos e textos políticos consagrados
no seio profissional. Há nessa dimensão duas esferas diferenciadas, porém articuladas. São elas: um
aparato político-jurídico de caráter estritamente profissional; e um aparato jurídico-político de
caráter mais abrangente.
No primeiro caso, temos determinados componentes construídos e legitimados pela categoria, tais
como o atual Código de Ética Profissional, a Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8662/93) e as
novas Diretrizes Curriculares recentemente aprovadas pelo MEC.
No segundo, temos o conjunto de leis advindas do capítulo da Ordem Social da Constituição Federal
de 1988 que, embora não exclusivo da categoria, foi fruto de lutas que envolveram os assistentes
sociais e, por outro lado, faz parte do cotidiano profissional de tal forma que pode funcionar como
instrumento viabilizador de direitos através das políticas sociais que executamos e/ou planejamos.
Vale ressaltar que neste conjunto de leis e resoluções atinentes à profissão e ao seu Projeto
ético-político encontram-se realizados, direta ou indiretamente, valores que contornam o Projeto.
26
Essas dimensões articuladas entre elas compõem o corpo material do Projeto ético político
profissional que, como foi dito, deve ser compreendido como uma construção coletiva que, como tal,
tem uma determinada direção social que envolve valores, compromissos sociais e princípios que
estão em permanente discussão, exatamente porque participante que é do movimento vivo e
contraditório das classes na sociedade.
EM RESUMO:
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES:
20- Em relação ao projeto ético-político do Serviço Social,
A)a realidade social indica que os princípios apresentados pelo projeto ético-político da profissão são
inviáveis de concretização no capitalismo.
B)os compromissos coletivamente construídos pela categoria e o projeto ético auxiliam no
enfrentamento das dificuldades profissionais.
C)o fazer profissional requer a suspensão da dimensão política do projeto profissional.
D)a manutenção da ordem societária é reforçada e mantida por ele.
27
21-Para que o projeto ético-político, em hegemonia no Serviço Social, possa se expressar no exercício
profissional do assistente social, faz-se necessária a
A)predominância da racionalidade formal abstrata.
B)lógica do possibilismo pragmatista.
C)prevalência da perspectiva utilitarista.
D)crítica ontológica da sociabilidade burguesa.
E)análise idealista sobre a realidade social.
22-Com base na construção argumentativa de Marcelo Braz e Joaquina Barata, no texto “O Projeto
Ético-Político do Serviço Social”, analise as alternativas abaixo, assinalando V para verdadeiro e F para
falso.
( ) Todo projeto profissional possui uma dimensão política e filia-se a determinado projeto societário.
Essa dimensão política, no caso do projeto profissional hegemônico no Serviço Social brasileiro é
definida pela inserção da profissão entre os distintos e contraditórios interesses de classes (as classes
sociais antagônicas em disputa no modo de produção capitalista).
( ) O projeto ético-político do Serviço Social está vinculado a determinado partido político, o qual
expressa seus valores e pressupostos societários e com quem as vanguardas profissionais atuam,
lado a lado, no cenário das lutas e mobilizações coletivas.
( ) A partirtrabalho irá responder às necessidades sociais que, transformadas
em demandas, serão contempladas em sua atuação profissional. Para Couto (2009), na formulação
de projeto de trabalho profissional é necessário
A)desconsiderar os condicionantes colocados pela condição de trabalhador assalariado, o que é
possível somente nos espaços públicos de atuação profissional, e desenvolver ações na defesa do
projeto ético-político alternativo.
B)explicitar com clareza um conhecimento pragmático, descritivo e que tenha foco nas condições
individuais das famílias a serem atendidas, considerando que as dificuldades de sobrevivência
enfrentadas são consequência de um posicionamento individual do sujeito, de seus familiares e de
seus grupos, que, por falta de capacitação ou sorte, vivenciam essa realidade.
C)estar atento para não cair em armadilhas da profissão e fugir do sentido teleológico, com a clareza
de que é chamado para prestar serviços que possam corroborar o status quo e, assim, contribuir com
a melhoria das condições de vida de forma harmônica, o que exige a reprodução do projeto
institucional como seu projeto profissional.
D)estabelecer a interconexão das particularidades que enfeixam a demanda a ser atendida com as
determinações gerais da sociedade, sem a qual o trabalho fica reduzido, perdendo a potencialidade
de transformação, da qual deve ser portador.
E)partir da compreensão de que sua atuação profissional é isenta de substância política e, ao ser
formulado, deve indicar como a necessidade da instituição será atendida, como as demandas da
população serão contempladas e como será exercido o controle sobre a população.
30-Ao abordar a formulação do projeto de trabalho profissional, Couto (2009) aponta os seguintes
elementos constitutivos:
A)conhecimento dos usuários a serem atendidos e suas demandas, compreensão da instituição em
que trabalha, reconhecimento de projetos de trabalho solidários ou antagônicos ao Serviço Social,
34
compreensão dos impactos da sociedade capitalista sobre a realidade do espaço onde se desenvolve
o trabalho e filiação teórica do projeto
B)conhecimento das correlações de forças existentes no espaço sócio-ocupacional, identificação dos
objetivos e das metas a serem alcançados com o trabalho profissional, filiação teórica do projeto
vinculada ao referencial dialético-crítico e reconhecimento de projetos de trabalho solidários ou
antagônicos ao Serviço Social
C)objetivo da ação profissional, recursos necessários para a realização do projeto, indicadores de
avaliação, justificativa, conhecimento institucional e filiação teórica do projeto vinculada ao
referencial dialético-crítico
D)conhecimento institucional, identificação das metas e dos objetivos a serem alcançados com o
trabalho profissional e conhecimento das correlações de forças existentes no espaço
sócio-ocupacional
GABARITO
1-B 2-B 3-C 4-C 5-E
6-D 7-C 8-D 9-D 10-D
11-A 12-B 13-C 14-A 15-A
16-A 17-A 18-D 19-B 20-B
21-D 22-B 23-E 24-C 25-C
26-E 27-E 28-D 29-D 30-A
35

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