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(PNAE) HISTÓRICO Entre 1953 e 1954, a CNA elaborou o Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, primeiro documento público oficial que apresentava, entre outras ações, a concepção e a estruturação de um programa de oferta de alimentos em escolas de todo o território nacional. Já existiam algumas iniciativas de caráter governamental relacionadas ao financiamento da alimentação escolar, mas eram limitadas a alguns municípios e escolas. Conforme o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE, 2020), a oferta de alimentos nas escolas se tornou uma ação pública federal em 31 de março de 1955, com o Decreto n. 37.106, que criou a Campanha da Merenda Escolar (CME), subordinada ao Ministério da Educação e Cultura. Em 1956, passou a denominar-se Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME) Em 1965 modificou-se para Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE) Somente em 1979 denominou-se PNAE. OBJETIVOS DIRETRIZES (Conselhos de Alimentação Escolar) Fundo Nacional de Desenvolvimento Educação Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) Os Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), instituídos nas três esferas de governo (municipal, estadual, federal), também fazem parte da gestão do PNAE e têm a responsabilidade de assessorar, fiscalizar e monitorar as atividades desenvolvidas pela entidade executora (Secretaria de Estado de Educação) . Para isso, os cardápios devem ser apresentados ao CAE com antecedência, assim como relatórios de controle de qualidade higiênico-sanitária e registros de treinamentos dos colaboradores. A prestação de contas é analisada periodicamente pelos membros do CAE e qualquer irregularidade constatada deve ser comunicada ao FNDE ou a outros órgãos reguladores da União. A participação social será garantida na composição do CAE, que contemplará, no mínimo: • 01 representante do Poder Executivo; • 02 representantes de entidades de trabalhadores da educação, indicados por órgãos representativos; • 02 representantes de pais de alunos matriculados na rede escolar de abrangência da entidade executora (Secretaria de Estado de Educação) indicados pelos conselhos escolares, associações de pais e mestres ou entidades similares; • 02 representantes indicados por entidades civis organizadas Atribuições do nutricionista no PNAE Responsabilidade técnica O nutricionista tem a responsabilidade técnica das atividades que envolvem alimentação e nutrição. Nutricionistas que compõem o quadro técnico (QT), inclusive o responsável técnico (RT), devem estar regularizados no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) e cadastrados no FNDE. A Resolução n. 465 do CFN, de 23 de agosto de 2010 (CFN, 2010), fixa parâmetros numéricos mínimos de nutricionistas atuantes nos programas de alimentação escolar, por entidade executora. Na Educação Infantil, a EEx deverá ter um nutricionista para cada 500 alunos ou fração. Apesar da determinação da quantidade de nutricionistas segundo número de alunos atendidos na rede pública de ensino, há evidências de que essa resolução não é contemplada em alguns locais. Em 2011, 5,7% dos municípios inseridos no PNAE atuavam sem a presença de um nutricionista RT, principalmente os localizados na região Norte. Fatores que influenciam na elaboração, no planejamento e na execução de cardápios oferecidos na alimentação escolar Plataformas para Cálculo de cardápios segundo os preceitos do PNAE -Plan PNAE O Plan PNAE é uma ferramenta para auxiliar os nutricionistas que atuam na alimentação escolar na elaboração de fichas técnicas e de cardápios calculados com os valores de energia, macronutrientes e micronutrientes, conforme a determinação da legislação do PNAE. - IQCosan Essa ferramenta é o Índice de Qualidade da Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional (IQ COSAN), no âmbito do PNAE. Uma planilha do Excel que concede pontos conforme o avaliador vai preenchendo seus campos. Com o objetivo de padronizar as análises dos cardápios planejados ou que estão em elaboração, o dispositivo pode ser utilizado por nutricionistas, Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), órgãos de controle e demais atores envolvidos no programa. Alimentos com oferta limitada nos cardápios do PNAE e frequência máxima de oferta Principais mudanças da Resolução CD/FNDE n. 6/2020 comparada à Resolução CD/FNDE n. 26/2013 em relação ao planejamento de cardápios oferecido pelo PNAE Segundo a Lei n. 11.947 (BRASIL, 2009a) e a Resolução n. 6 (BRASIL, 2020h), no mínimo 30% dos recursos financeiros repassados aos municípios e estados devem ser utilizados para a compra de alimentos provenientes da agricultura familiar e empreendedores familiares rurais ou de suas organizações. A prioridade deve ser para alimentos orgânicos e/ou agroecológicos produzidos na mesma cidade das unidades escolares (ou regiões próximas) por comunidades de assentados da reforma agrária, indígenas e remanescentes de quilombos. Os objetivos da intersetorialidade entre o PNAE e o PRONAF são: Normas para execução do PNAE: intersetorialidade com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) A compra de alimentos advindos da agricultura familiar e empreendedores familiares rurais não precisa de licitação. A compra será por chamada pública, desde que mantidos os preços compatíveis com o mercado local. O preço dos produtos a serem adquiridos deverão ser previamente estabelecidos pela Entidade Executora (após pesquisa de preços) e publicado no edital da chamada pública. Objetivos da compra de alimentos advindos da agricultura familiar ou empreendedores familiares rurais no âmbito do PNAE image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png