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Apostila Cursos Técnicos METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO Organizadora Profª. Josy Oliveira Email: josy@iftm.edu.br 1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................02 1ª PARTE TEXTO 1 - Estudar com Prazer.........................................................................................................03 TEXTO 2 - Como Aprender a Aprender?..........................................................................................03 TEXTO 3 - Dez Dicas de como Estudar e Aprender mais Fácil........................................................05 TEXTO 4 - Organizando o Horário de Estudo ..................................................................................10 2ª PARTE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO..........................................................................11 1 METODOLOGIA CIENTÍFICA....................................................................................................11 2 CONHECIMENTO........................................................................................................................11 3 CIÊNCIA........................................................................................................................................13 4 MÉTODO CIENTÍFICO.................................................................................................................13 5 PESQUISA.....................................................................................................................................17 6 PROJETO DE PESQUISA.............................................................................................................20 7 TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS....................................................................................26 8 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO.....................................................................30 9 TEXTO CIENTÍFICO....................................................................................................................34 10 RESUMO.....................................................................................................................................38 11 FICHAMENTO DE LEITURA....................................................................................................42 12 NORMAS PARA REFERÊNCIAS..............................................................................................46 13 NORMAS PARA CITAÇÕES......................................................................................................52 14 REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................................56 ANEXOS I Normas ABNT ................................................................................................................................57 II Algumas Dicas de Como Escrever Redação, Projetos de Pesquisa, Textos e Etc..........................58 III 30 Dicas para se Escrever Bem!....................................................................................................59 2 APRESENTAÇÃO Prezado Aluno, É com satisfação que apresento a apostila de Metodologia do Trabalho Científico, este material foi elaborado com o objetivo de conduzir os estudos dos alunos do IFTM campus Paracatu, na disciplina de Metodologia Científica e orientá-los na elaboração de trabalhos acadêmicos e formatação de TCC. Também o aluno será estimulado nesta disciplina, a arte da leitura, da análise e interpretação de textos, para que não seja, durante o curso, um aluno-copista, que reproduz em suas pesquisas e trabalhos acadêmicos o que outros disseram, sem nenhum juízo de valor, crítica ou apreciação, mas, sim, um aluno que analisa, interpreta e participa ativamente do seu processo de aprendizagem. Essa apostila é uma organização de vários textos de linguagem fácil, para melhor compreensão dos temas tratados, porém não substitui os livros e todas as informações dentro da metodologia, os quais são mais profundos e ricos em detalhes. A apostila pretende contribuir para o aprendizado acadêmico durante toda a trajetória do aluno, como também, na busca do conhecimento, a partir dos trabalhos técnico-científicos permitindo o exercício de práticas essenciais à atividade científica: a busca, o registro e o uso do saber já acumulado e disponível para propósitos próprios de construção do conhecimento. Assim, a apostila de metodologia científica apresenta na primeira parte textos sobre estudar com prazer; maneiras de como estudar bem; organizando o tempo de estudo e prender a aprender, que tem como princípio despertar no educando o interesse da constante busca pelo saber. A segunda parte é composto por conceitos e teorias que envolvem a temática da disciplina como: tipos de conhecimento, ciência, métodos, tipos de pesquisa, tipos de resumo e outros temas relevantes para a disciplina. O documento aborda também sobre apresentação oral e as características do texto técnico-científico. Todas as orientações para a formatação e uniformização dos trabalhos acadêmicos estão apresentadas e seguem os critérios da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, através das Normas Brasileiras Regulamentadoras NBR’s 6.023 (Referências) e 10.520 (Citações). Desejo a todos um bom Estudo! “A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original” Albert Einstein Profª Josy Oliveira 3 Texto I: ESTUDAR COM PRAZER Por Emílio M S Miranda Estudar sempre foi importante. Trata-se de um processo de novas descobertas, no qual adquirimos novas visões e opiniões. Vivemos atualmente na era da comunicação e o conhecimento é importantíssimo para todas as áreas. Para quem quer entrar no setor público, a relação do estudo e do trabalho é mais direta, já que tem uma seleção de conhecimento para levar ao cargo. Só que adquirir conhecimento não é um processo fácil. Inicialmente pode ser difícil, já que não há hábito de estudo e os resultados podem não ser aparentes nos primeiros dias e semanas. Por isso, a pessoa tem que persistir, adquirindo o hábito de estudo, procurando um ambiente agradável, material adequado. Tudo isso, para ter prazer em estudar, o prazer vem com os resultados que se alcança, com a formação de um círculo virtuoso de aquisição de conhecimento. Com esse estudo prazeroso, a pessoa consegue apreender o conhecimento muito mais facilmente. Isso acontece, porque a aquisição do conhecimento envolve dois fatos, o primeiro é o entendimento e o segundo fatos é a memorização do conteúdo. Para que a pessoa realize isso de forma eficaz tem que estar estudando com prazer, pois assim, a pessoa dedicará seu tempo disponível de corpo e alma na compreensão do conteúdo, terá vontade e motivação para ficar debruçado sobre os livros para entender e memorizar. Entretanto, passo aqui a descrever quem estuda com sacrifício. A pessoa que estuda dessa forma sempre arruma desculpas para não estudar, verifica o horário constantemente, verifica as páginas que faltam a cada página passada, distrai- se com qualquer coisa. Mas quando chegar o tempo de lazer e descanso, se sentirá culpado por não ter estudado ou por não ter entendido ou guardado o que estudou com sacrifício. O estudo com prazer gera como dito um círculo virtuoso. Já que a pessoa motivada para os estudos irá adquirir mais facilmente resultados, com isso, a pessoa mantém motivada para continuar estudando. Criando um vício no estudo, aumentando progressivamente ainda maissistematização. E, dentro deste contexto, uma das partes mais importantes da dissertação é a fundamentação teórica, que procura traduzir o domínio do autor sobre o tema abordado e a sua perspicácia de buscar tópicos não desenvolvidos. 7.5 Tese A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, vai assumindo o papel de um trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço significativo na área do conhecimento em estudo. As teses devem tratar de algo novo naquele campo do conhecimento, de forma que promovam uma descoberta, ou mesmo uma real contribuição para ciência. O trabalho deve ser inédito, contributivo e não trivial. Os argumentos utilizados devem comprovar e convencer de que a idéia exposta é verdadeira. 7.6 Artigo científico O objetivo principal do artigo é levar ao conhecimento do público interessado alguma idéia nova, ou alguma abordagem diferente dos estudos realizados sobre o tema, como por exemplo: particularidades locais ou regionais em um assunto, a existência de aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa, ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida. A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações devem estar baseadas em evidências, sejam estas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por outros autores em seus trabalhos. Isso não significa que o autor não possa expressar suas opiniões no artigo, mas que deve demonstrar para o leitor qual o processo lógico que o levou a adotar aquela opinião e quais evidências que a tornariam mais ou menos provável, formulando hipóteses. A estrutura do artigo científico é: identificação do trabalho (título e subtítulo do artigo, autor, disciplina, professor, curso e instituição), resumo e palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. 7.7 Paper Durante a graduação, geralmente os trabalhos solicitados, pelos professores, serão o paper (de profundidade inferior ao trabalho de conclusão de curso ou do artigo científico). O paper possui estrutura muito similar à do artigo científico, em função disso, deve-se apenas excluir os itens resumo e palavras-chave. Os demais itens seguem as definições utilizadas no artigo científico O principal diferencial quanto ao artigo científico está na profundidade de abordagem do tema, que no paper deverá se limitar a uma análise mais superficial e condensada, podendo ou não conter um parecer do autor. Porém caberá a cada professor definir os limites de aprofundamento dos trabalhos realizados, que poderão variar de um tema para o outro. 29 7.8 Resenha crítica É um tipo de redação técnica que avalia precisa e sinteticamente a importância de uma obra científica ou de um texto literário. A resenha nunca pode ser completa e exaustiva. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida. A resenha crítica combina resumo e julgamento de valor. Seu objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original. Daí a resenha deve resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram expostas e justificar a avaliação realizada. A resenha crítica consta de: a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto: nome do autor (ou dos autores); título completo e exato da obra (ou do artigo); nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra; lugar e data da publicação; número de volumes e páginas. Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estruturada obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor (se se tratar de tradução). b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra: - indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.); - resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. - comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc. Modelo de resenhas (MEDEIROS, 1991, p. 76 apud LAKATOS; MARCONI, 1985, p. 236): A - Referências bibliográficas: - Autor - Título da obra. - Elementos de Imprensa (local da edição, editora, data). - Número de páginas. - Formato B - Credenciais do autor. - Informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, título, outras obras. C - Resumo da obra: - Resumo das idéias principais da obra. De que trata o texto? Qual sua característica principal? Exige algum conhecimento prévio para entendê-la? Descrição do conteúdo os capítulos ou partes da obra. D - Conclusões da autoria: - Quais as conclusões a que o autor chegou? E - Metodologia da autoria: - Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? Comparativo? Estatístico? - Que técnicas utilizou? Entrevista? Questionários? F - Quadro de referência do autor: - Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado? Qual o modelo teórico utilizado? 30 G - Crítica do resenhista (apreciação) - Julgamento da Obra. Qual a contribuição da obra? As idéias são originais? Como é o estilo do autor: conciso, objetivo, simples? Idealista? Realista? H - Indicações do resenhista: - A quem é dirigida a obra? A obra é endereçada a que disciplina? Pode ser adotada em algum curso? Qual? Esses são os elementos estruturais de uma resenha. Em alguns casos, não é possível dar resposta a todas as interrogações feitas; outras vezes, se publicada em jornais ou revistas não especializados, pode-se omitir um ou outro elemento da estrutura da resenha. 8 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO 8.1 APRESENTAÇÃO ESCRITA: Regras gerais de apresentação: O trabalho deve ser escrito em papel A4, com todas as margens (superior, inferior, esquerda e direita) de 2 cm. Todas as folhas do trabalho devem ser contadas, mas a numeração só aparece a partir da segunda página. A numeração é em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior (último algarismo a 2 cm da borda direita da folha) e com tamanho 10. Ordem dos tópicos: ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS: Capa: A capa frontal deve reproduzir os elementos essenciais que identificam o projeto de pesquisa. Deve conter: nome da instituição, curso, nome e sobrenome do autor (sem abreviaturas), título e subtítulo do trabalho, local e ano. Folha de Rosto: A folha de rosto deve conter, obrigatoriamente, os elementos necessários à sua identificação: Nome do autor; Título e subtítulo do projeto; Área de Concentração: Grau pretendido; Nome do professor orientador; Local. Sumário: Retrata o conteúdo do documento. Consiste na relação das principais divisões do trabalho (capítulos, seções, subseções) na ordem em que aparecem no texto, com a indicação do número da página inicial da localização no corpo do trabalho. ELEMENTOS TEXTUAIS: Texto Principal: O texto deve ser escrito usando a fonte Times New Roman, tamanho 12. O espaçamento entre as linhas deve ser simples, com uma linha em branco entre cada parágrafo. O alinhamento do texto deve ser justificado. O início de cada parágrafo deve ser precedido por um toque de tabulação (Tab) ou 1,27 cm. O texto principal do trabalho é composto pela introdução, desenvolvimento e considerações finais. 31 Introdução: A introdução diz respeito ao próprio conteúdo do trabalho: sua natureza, seus objetivos, sua metodologia. A introdução não pode ser dispensada, pois é parte integrante do desenvolvimento do trabalho científico. Na introdução, deve-se anunciar a idéia central do trabalho delimitando o ponto de vista enfocadoem relação ao assunto e a extensão; deverá se situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço. Deve ser enfocada a relevância do assunto no sentido de esclarecer seus aspectos obscuros, bem como da contribuição desse trabalho para uma melhor compreensão do problema. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) a introdução é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. Assim, a introdução de um paper deve apresentar as seguintes etapas: contextualização do assunto (nível macro), relevância do tema; objetivo geral, tipos de pesquisa e forma coleta de dados e informações e os tópicos do desenvolvimento (o que será apresentado a seguir). Desenvolvimento: Esta é a parte principal do trabalho científico. O autor deve dividir esta parte em quantas forem necessárias para dar lógica e articulação adequada ao tema que pretende defender. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta seção. No texto poderá haver idéias de autores, dados da pesquisa (se for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. Tudo isto deve ser apresentado de forma integrada, substancial, criativa e lógica. É nesta parte que se procura explicar as hipóteses e relacionar a teoria com a prática. Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) o desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. Conclusão As considerações finais ou conclusão devem se limitar a um resumo sintetizado da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. Lembra-se, contudo, que elas devem estar todas fundamentas nos resultados obtidos na pesquisa. Também podem ser discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. Portanto, esse item não deve trazer nada de novo e deve ser breve, consistente e abrangente. A Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) afirma que a conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS: Referências: Devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das normas técnicas especificadas. Em território brasileiro, utiliza-se a ABNT - NBR 6023 para normatizar as referências apontadas durante o trabalho. Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação Brasileira de 32 Normas Técnicas - ABNT para elaboração das Referências estão expressas no capítulo 12. 8.1.2 ESTRUTURA DE MONOGRAFIA (Trabalhos acadêmicos) A estrutura da monografia é composta por diversos elementos de acordo com a NBR14724 (2011), que estão dispostos em uma ordem sequencial, como indica o quadro 2. . Quadro 2. Elementos da monografia. ESTRUTURA ELEMENTOS OBSERVAÇÕES Capa Obrigatório Folha de rosto Obrigatório Ficha catalográfica Obrigatório Errata Opcional Folha de aprovação Obrigatório Dedicatória Opcional Agradecimento Opcional Epígrafe Opcional PRÉ-TEXTUAIS Resumo na língua do texto Obrigatório Palavras-chave na língua do texto Obrigatório Resumo em língua estrangeira Obrigatório Palavras-chave na língua estrangeira Obrigatório Lista de ilustrações Opcional Lista de tabelas Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatório Introdução Obrigatório TEXTUAIS Desenvolvimento Obrigatório Conclusão Obrigatório Referências Obrigatório Glossário Opcional PÓS-TEXTUAIS Apêndice Opcional Anexo Opcional 33 8.2 ARTIGO CIENTÍFICO O artigo científico relata informações e resultados de uma pesquisa de maneira clara e concisa. Sua característica principal é ser publicado em periódicos científicos (revista, boletim, anuário etc.) editados em fascículos com designação numérica e/ou cronológica, em intervalos prefixados (periodicidade), por tempo indefinido, com a cooperação, em geral, de diversas pessoas, abordando assuntos diversos, dentro de uma política editorial definida. Segundo a NBR 6022 (2003, p. 2), entende-se por Artigo científico como parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Os artigos científicos podem ser: A ABNT reconhece dois tipos de artigo, segundo Silva (2003, p. 37-38): a) Artigo original: “quando apresenta tema ou abordagem própria. Geralmente, relata resultados de pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigo científico”; b) Artigo de revisão: “quando resume, analisa e discute informações publicadas. Geralmente é resultados de pesquisa bibliográfica”. 8.2.1 ESTRUTURA DO ARTIGO A estrutura do artigo é composta pelos elementos que estão dispostos em uma ordem sequencial, como indica o quadro 3. Quadro 3. Elementos do Artigo. ESTRUTURA ELEMENTOS Título e subtítulo (se houver) Nomes dos autores Resumo na língua do texto Palavras-chave na língua do texto PRÉ-TEXTUAIS Título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira Resumo em língua estrangeira Palavras chaves em língua estrangeira Introdução TEXTUAIS Desenvolvimento Conclusão Nota(s) explicativa(s) Referências PÓS-TEXTUAIS Glossário Apêndice(s) Anexo(s) 34 8.2 APRESENTAÇÃO ORAL Além do conhecimento do conteúdo a ser apresentado, para se ter uma boa apresentação oral, deve-se haver a preocupação com alguns detalhes como: apresentação pessoal (roupas e sapatos, cabelos, acessórios...), postura e linguagem utilizadas, recursos audiovisuais e de apoio, cumprimento do tempo e outros. Quanto à apresentação pessoal, o apresentador deve se preocupar com o tipo de roupa (evita- se trajes muito coloridos, despojados ou formais demais). As mulheres devem cuidar com os modelos muito justos e decotados e com o excesso de acessórios (brincos, pulseiras e outros). Os cabelos, barba (homens) e unhas merecem atenção especial. Para que sua apresentação oral seja bem-sucedida, fique atento às dez regras básicas para apresentação oral: 1. Antes de iniciar sua apresentação, respire bem e procure deixar o corpo relaxado; 2. Pesquise, estude, enfim, prepare-se bem e com antecedência. É mais fácil ser convincente quando se domina o assunto; 3. Cumprimente a platéia; 4. Transmita confiança aos seus ouvintes. Mostre firmeza e determinação. Fale com entusiasmo; 5. Não decore sua apresentação. Fale de forma espontânea; 6. Exponha o assunto de maneira clara e objetiva, sem repetições; 7. Ao elaborar sua apresentação, observe inicialmente o público que o assistirá. Escreva para ele e de acordo com ele; 8. Evite gírias, expressões vulgares, cacoetes e piadas; 9. Não use termos que denotem intimidade com o público, tais como: meu coração, minha querida; 10. Não perca a oportunidade de falar. A prática e oexercício é que lhe proporcionarão confiança. Os recursos audiovisuais e de apoio como slides, transparências em retro-projetores, vídeos, cartazes, painéis, e outros, devem ser utilizados quando forem ilustrar a apresentação oral. Deve-se organizar o conteúdo que se quer enfatizar ou expor visualmente e preparar antecipadamente o material. Para os recursos já prontos (vídeos) deve-se verificar a qualidade dos mesmos e também o tempo duração para não ultrapassar o tempo total da apresentação. A apresentação de alguns trabalhos acadêmicos exige o cumprimento do tempo. Por isso, seguem abaixo algumas dicas de distribuição do tempo: Introdução: 15% do tempo - Nesse tempo devem ser apresentados o tema e o(s) objetivo(s) de maneira clara e direta. Corpo do trabalho: 75% do tempo. Nesse tempo deve ser feita a apresentação total da pesquisa, como também dos fundamentos bibliográficos diretamente ligados ao tema. Conclusão: 10% do tempo. Nesse período deve ser feito um fechamento da pesquisa, reforçando a idéia central do trabalho e as principais conclusões. 9 TEXTO CIENTÍFICO 9.1 Características Pode-se destacar como características do texto técnico-científico as seguintes: O texto científico será sempre técnico. 35 O texto científico sempre aborda temas referentes às ciências, fazendo uso de suas terminologias, objetivando comprovar verdades científicas. O texto técnico/científico objetiva transmitir ao leitor informação verdadeira, já comprovada cientificamente ou passiva de comprovação. Transmite mensagem racional e exige do receptor percepção intelectual lógica. Apresenta maior caráter de objetividade. Nas obras didáticas, nas correspondências oficiais e judiciais, nos manuais de instrução, relatórios, teses e monografias, o autor emprega a palavra como simples instrumento de transmissão de idéias. Assim, as palavras têm sentido lógico pois são dirigidas à inteligência do receptor. Elas têm valor denotativo. Isso possibilita a substituição das palavras por sinônimos, sem alterar o sentido da mensagem. É empregada a linguagem técnica ou científica em seu nível padrão ou culto, em decorrência do quê, há o total respeito às regras gramaticais. A linguagem é simples, direta, objetiva. Das características mencionadas resulta o estilo técnico, que deixa de lado o feitio artístico da frase. A denotação, a objetividade, a simplicidade, a formalidade, a precisão, a clareza, a cortesia, a coerência e a harmonia são características predominantes do estilo técnico. 9.2 Etapas da construção do texto 9.2.1 Idéias-chave e palavras-chave Muita gente, pouco emprego Os megaproblemas das grandes cidades A população das megacidades cresce muito mais depressa do que sua capacidade de prover empregos e fornecer serviços decentes a seus novos moradores. O fenômeno, detectado no relatório da ONU sobre a população, é tanto mais grave porque atinge em cheio justamente os países mais pobres. Das dez megacidades do ano 2000, sete estarão fincadas no Terceiro Mundo. As pessoas saem do campo para as cidades por uma razão tão antiga quanto a Revolução Industrial: querem melhorar de vida. Mesmo apinhadas em periferias e favelas, suas chances de prosperar são maiores do que na área rural. As cidades, escreveu o historiador Lewis Mumford, são o lugar certo para multiplicar oportunidades . A típica explosão urbana é a registrada em várias cidades da África e da Índia, que dobram de população a cada doze anos e não dão conta da demanda por emprego, educação e saneamento. Karachi, no Paquistão, com 8,4 milhões de habitantes, quase nada investe em sua rede de esgotos desde 1962. Mesmo as que crescem a uma taxa menos selvagem, como a Cidade do México, tem pela frente seus megaproblemas. A poluição produzida pelos milhões de veículos e 35 000 fábricas da capital mexicana, por exemplo, pode chegar, como em fevereiro passado, a um nível quatro vezes além do ponto em que o ar é considerado seguro em países desenvolvidos. Ainda que todos os prognósticos sejam pessimistas, não se deve desprezar a capacidade de as megacidades encontrarem soluções até para seus piores desastres. A mobilização da população da capital mexicana em 1985 para reconstruir partes da cidade arrasadas por um violentíssimo terremoto evitou o pior e mostrou que as mobilizações coletivas podem driblar o apocalipse anunciado para as megalópoles. Título palavras-chave (grandes cidades e megaproblemas) idéias-chave. Ideias-chave: 1°. parágrafo: Os países pobres são os que terão mais problemas para resolver no ano 2000. 2º. parágrafo: As cidades dos países pobres crescem desordenadamente. 3°. parágrafo: As megacidades pobres podem encontrar soluções para seus problemas. 36 Síntese a partir das idéias-chave: As megacidades no ano 2000 irão enfrentar muitos problemas. As cidades dos países pobres são as que mais sofrerão devido ao crescimento desordenado de sua população e à poluição. Mas isso não significa o caos absoluto, pois essas metrópoles do Terceiro Mundo têm capacidade para resolver esses e outros problemas. Dicas para uma boa leitura: 1. procurar as palavras-chave e/ ou as idéias-chave do texto; 2. se o levantamento for só de palavras-chave, procurar as informações que elas trazem; 3. se o levantamento for de idéias-chave, sublinhá-las e depois resumi-las de forma pessoal; 4. elaborar um gráfico ou um esquema para o texto; 5. sintetizar o texto dando um bom encadeamento às idéias. TEXTO l Leia e o texto e faça as atividades propostas. Pesquisa Pesquisa é uma palavra que nos veio do espanhol. Este por sua vez herdou-a do latim. Havia em latim o verbo perquiro, que significava procurar; buscar com cuidado; procurar por toda parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem, aprofundar na busca . O particípio passado desse verbo latino era perquisitum. Por alguma lei da fonética histórica, o primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol, dando o verbo pesquisar que conhecemos hoje. Perceba que os significados desse verbo em latim insistem na idéia de uma busca feita com cuidado e profundidade. Nada a ver, portanto, com trabalhos superficiais, feitos só para dar nota . Quando você, pensando em alugar uma casa, abre a página de classificados do jornal e sai marcando os anúncios que lhe interessam está fazendo uma pesquisa. Quando quer comprar um televisor e sai pelo comércio anotando tamanho, modelo, marca e preço, para depois comparar e se decidir está fazendo pesquisa. Quando você quer dar um presente de aniversário a um amigo e telefone para a mulher dele perguntando o que poderia agradá-lo está fazendo pesquisa. É mesmo difícil imaginar qualquer ação humana que não seja precedida por algum tipo de investigação. A simples consulta ao relógio para ver que horas são, ou a espiada para fora da janela para observar o tempo que está fazendo, ou a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente dentro... Todos esses gestos são rudimentos de pesquisa. Mas é claro que não é dessa pesquisa rudimentar que vamos nos ocupar aqui. A pesquisa que nos interessa é pesquisa científica, isto é: a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso. Parece sério, não é? E é mesmo. A pesquisa é, simplesmente, o fundamento de toda e qualquer ciência digna deste nome. Quando alguém vier lhe falar de alguma ciência , portanto, fique logo atento e procure saber quais foram os últimos avanços conseguidos por essa ciência. Se não houve avanços é porque não houve pesquisa e se não houve pesquisa é porque não é ciência. Compare, por exemplo, um livro de astronomia do final do século passado com um livro de astronomia dos dias de hoje. Muita coisa terá mudado: novos conceitos,novas descobertas, novas explicações para fenômenos antes misteriosos... Faça o mesmo com um livro astrologia. Nada mudou de lá para cá! São as mesmas interpretações para os mesmos signos, as mesmas fórmulas fixas para explicar as influências dos astros. Aliás, quanto mais antiga e tradicional for a explicação , melhor. Qual das duas então é uma ciência? Sem pesquisa não há ciência, muito menos tecnologia. Todas as grandes empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 37 Os departamentos de P&D estão sempre tentando dar um passo à frente para a obtenção de novos produtos que respondam melhor às exigências cada vez maiores dos consumidores ou, simplesmente, que permitam vencer a concorrência das outras empresas. As indústrias farmacêuticas vivem à procura de novos medicamentos mais eficazes contra doenças velhas e novas (e rezamos para que consigam!). As montadoras de automóveis querem produzir carros mais econômicos, menos poluentes, mais seguros. A informática não pára de nos assustar com seus computadores cada dia mais rápidos, com maior capacidade de memória, com programas mais eficientes. Uma porcentagem significativa dos lucros dessas empresas é destinada à P&D. Nesses departamentos existem laboratórios ultramodernos, pistas de testes (quando é o caso), campos de aplicação experimental, oficinas para montagem de protótipos etc. Neles trabalham técnicos e cientistas altamente preparados. Se não houvesse pesquisa, todas as grandes invenções e descobertas científicas não teriam acontecido. A velha história da maçã caindo na cabeça de Newton e fazendo-o descobrir a lei da gravidade não passa de conversa para boi dormir. Se a queda da maçã fez Newton pensar na gravidade, é porque ele já vinha ruminando, refletindo, pesquisando acerca do fenômeno. Nas universidades, também, a pesquisa é muito importante.[...] Afinal, a universidade não pode ser apenas um depósito do conhecimento acumulado ao longo dos séculos. Ela tem de ser também uma fábrica de conhecimento novo. E esse conhecimento novo só se consegue... pesquisando.[...] BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. Edições Loyola: São Paulo, 1998. p. 16-20. ATIVIDADE: a) Apresente as palavras-chave relativas a cada parágrafo do texto. b) Apresente as idéias-chave relativas a cada parágrafo do texto. c) Elabore um esquema, organograma ou teia com as palavras-chave do texto. d) Sintetize o texto a partir das idéias-chave de cada parágrafo. 9.3 LINGUAGEM CIENTÍFICA Tendo em vista caracterizarem-se trabalhos acadêmicos-científicos, estes devem ser sucintos, e exige-se que tenham algumas qualidades: linguagem correta e precisa, coerência na argumentação, clareza na exposição das ideias, objetividade, concisão e fidelidade às fontes citadas. Para que essas qualidades se manifestem é necessário, principalmente, que o autor tenha certo conhecimento a respeito do que está escrevendo. Quanto à linguagem científica é importante que sejam analisados os seguintes procedimentos: Impessoalidade: redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular; Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias e sem valor científico; Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico; 38 Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada; A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-se o parágrafo. Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo comum do nosso pensamento, que geralmente se baseia na associação livre de ideias e imagens. Assim, ao explanar as ideias de modo coerente, se fazem necessários cortes e adições de palavras ou frases. A estrutura da redação assemelha-se a um esqueleto, constituído de vértebras interligadas entre si. O parágrafo é a unidade que se desenvolve uma ideia central que se encontra ligada às ideias secundárias devido ao mesmo sentido. Deste modo, quando se muda de assunto, muda-se de parágrafo. Um parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação: introdução, desenvolvimento e conclusão. Convém iniciar cada parágrafo através do tópico frasal (oração principal), onde se expressa a ideia predominante. Por sua vez, esta é desdobrada pelas ideias secundárias; todavia, no final, ela deve aparecer mais uma vez. Assim, o que caracteriza um parágrafo é a unidade (uma só ideia principal), a coerência (articulação entre as ideias) e a ênfase (volta à ideia principal). A condição primeira e indispensável de uma boa redação científica é a clareza e a precisão das ideias. Saber-se-á como expressar adequadamente um pensamento, se for claro o que se desejar manifestar. O autor, antes de iniciar a redação, precisa ter assimilado o assunto em todas as suas dimensões, no seu todo como em cada uma de suas partes, pois ela é sempre uma etapa posterior ao processo criador de ideias. 10 RESUMO Resumo é a apresentação condensada dos pontos relevantes de um texto. No resumo devemos ressaltar de forma clara e sintética a natureza e o objetivo do trabalho, o método que foi empregado, os resultados e as conclusões mais importantes, seu valor e originalidade. O conteúdo de um resumo deve contemplar o(s) assunto(s) tratado(s) de forma sucinta, como o tema foi abordado e suas conclusões. Resumindo... é apresentação concisa de um texto, destacando-se os aspectos de maior interesse e importância, ou seja, o objetivo, o método, os resultados e as conclusões de um artigo, monografia, etc. Saber fazer um bom resumo é fundamental no percurso acadêmico de um estudante em especial por lhe permitir recuperar rapidamente idéias, conceitos e informações com as quais ele terá de lidar ao longo de seu curso. 10.1 Em geral um bom resumo deve ser: Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários. A redação é concisa quando as idéias são bem expressas com um mínimo de palavras. Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com nossas próprias palavras. Ele é o resultado de nossa leitura sobre um texto. 39 Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto deve ter começo, meio e fim. O texto do resumo deve ser compreensível. Auto-explicativo: utilizando a terceira pessoa no singular e dando preferência ao verbo na voz ativa. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal da monografia. Voz ativa: O verbo está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.Ex.: A professora da escola convidou Alice. (A professora da escola é o agente da ação verbal) Voz passiva: O verbo de está na voz passiva quando a ação é sofridapelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a ação verbal. Ex.: Alice foi convidada pela professora da escola. (Alice é o sujeito paciente porque recebeu a ação praticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é a professora da escola) A redação de um resumo deve contemplar a concisão (as idéias bem expressas com um mínimo de palavras), a precisão (seleções das palavras adequadas para expressão de cada conceito) e clareza (estilo fácil e transparente). Os resumos devem vir sempre acompanhados da referência da publicação. 10.2 Tipos de Resumo Um resumo é usado para diferentes fins. Isto significa também que existem vários tipos de resumo. Podemos encontrar resumos como parte de uma monografia, antes de um artigo (abstract), em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. Por isso, antes de fazermos um resumo devemos saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Há vários tipos de resumo e cada um apresenta características específicas, de acordo com suas finalidades: Resumo Informativo ou Analítico: Também conhecido, em inglês, como summary, este tipo de resumo informa o leitor sobre outras características do texto. Se o texto é o relatório de uma pesquisa, por exemplo, um resumo informativo não diz apenas do que trata a pesquisa (como seria o resumo indicativo), mas informa as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados atingidos. A principal utilidade dos resumos informativos no campo científico é auxiliar o pesquisador em suas pesquisas bibliográficas. O resumo informativo contém as informações essenciais apresentadas pelo texto. É o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se, porém, as idéias principais. Não são permitidas as opiniões pessoais do autor do resumo. O resumo informativo, que é o mais solicitado nos cursos de graduação, deve dispensar a leitura do texto original para o conhecimento do assunto. Imagine-se procurando textos sobre seu tema de pesquisa. Quais você deve realmente ler? Para saber isso, procure um resumo informativo de cada texto. Então, o resumo informativo apresenta de maneira sucinta o assunto da obra; respeita a ordem das idéias e dos fatos apresentados; evita a transcrição de frases do original, emprega linguagem clara e 40 objetiva; aponta as conclusões do autor; dispensa consulta ao original para a compreensão do assunto. Recomendações importantes para a redação do resumo informativo: A primeira frase deve ser significativa, expondo o tema principal do documento, isto é, identificando o objetivo do autor quando escreveu o texto. As frases subseqüentes devem seguir a lógica de abordagem do autor, isto é, a seqüência dada às idéias pelo autor, incluindo todas as divisões importantes dando igual proporção a cada uma delas e sempre observando o tema principal do documento, isto é, objetivo do autor. Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa (descreve, aborda, estuda, etc.). Devemos evitar no resumo: o uso de parágrafos; frases longas; citações e descrições ou explicações detalhadas; expressões do tipo: o “autor trata”, no “texto do autor” e similares; figuras, tabelas, gráficos, fórmulas, equações e diagramas. Resumo Descritivo ou Indicativo Nesse tipo de resumo descrevem-se os principais tópicos do texto original, e indicam-se sucintamente seus conteúdos. Portanto, não dispensa a leitura do texto original para a compreensão do assunto. Apenas descreve a natureza, a forma e o objetivo do documento. Também conhecido como abstract (resumo, em inglês), este tipo de resumo apenas indica os pontos principais de um texto, sem detalhar aspectos como exemplos, dados qualitativos ou quantitativos, etc. Quanto à extensão, não deve ultrapassar quinze ou vinte linhas; utilizam-se frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento fundamental do texto; porém, o resumo descritivo não deve limitar-se a enumeração pura e simples das partes do trabalho. Deve conter a narração das idéias principais, ressaltando a problemática que se pretendeu solucionar ou explicar, os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões. Então, o resumo descritivo trata-se de realizar referências as partes principais do texto; é constituído de frases curtas; descreve a natureza do texto e objetivos. Um bom exemplo deste tipo de resumo são as sinopses de filmes publicadas nos jornais. Ali temos apenas uma idéia do enredo de que trata o filme. Sinopse: neste tipo de resumo indicam-se o tema ou assunto da obra e suas partes principais. Trata-se de um resumo bem curto, elaborado apenas pelo autor da obra ou por seus editores. Resumo Critico O resumo crítico é uma redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. consiste na condensação do texto original a 1/3 ou 1/4 de sua extensão, mantendo as idéias fundamentais, mas permite opiniões e comentários do autor do resumo. Tal como o resumo informativo, dispensa a leitura do original para a compreensão do assunto. Resumo Crítico ou Resenha? Alguns professores falam em resumo crítico e outros em resenha. A Resenha é um tipo de resumo crítico; contudo, mais abrangente. Além de reduzir o texto, permitir opiniões e comentários, inclui julgamentos de valor, tais como comparações com outras 41 obras da mesma área do conhecimento, a relevância da obra em relação às outras do mesmo gênero, etc. “(...) trabalho que ‘exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor.’” (Andrade in: Medeiros, 2000). A resenha é uma construção técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra. Quando um resumo crítico é escrito para ser publicado em revistas especializadas, é chamado de resenha. Questões como onde escrever o nome do resenhista (ex.: abaixo do título), quantos parágrafos utilizar, o número mínimo e máximo de linhas, a utilização de tópicos e subtítulos, etc., tudo isso é definido pela revista na qual for publicar a resenha. Ocorre que, por costume, os professores tendem a chamar de resenha o resumo crítico elaborado pelos estudantes como exercício didático. A rigor, só estaremos escrevendo uma resenha no dia em que nosso resumo crítico for publicado em uma revista. Até lá, o que fazemos é um resumo crítico. Mas não deixam de estar certos os professores que dizem que resenha não é resumo. A resenha (ou resumo crítico) não é apenas uma resumo informativo ou indicativo. A resenha pede um elemento importante de interpretação de texto. A resenha é mais abrangente que o resumo. Além de reduzir o texto, requer opiniões, comentários e julgamentos; permite evidenciar novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias e comparações com outras obras da mesma área de conhecimento e recomendações para os leitores, ressaltando a relevância do seu conteúdo. Desse modo, a resenha consiste na apresentação sucinta e apreciação crítica de um conteúdo ou obra. O resenhista poderá dar um título a sua resenha. Se optar por intitular, o título deverá guardar estreita relação com o conteúdo da obra. Antes de começar a escrever a resenha, recomenda-se verificar se foi feito uma boa leitura do texto. Isto pode ser feito procurando identificar os elementos essenciais da obra a ser resenhada. Antes de começar a escrever um resumo crítico devemos nos certificar de ter feito uma boa leitura do texto, identificando: Qual o tema tratado pelo autor? Qual o problema que ele coloca/aborda? Qual a posiçãodefendida pelo autor com relação ao problema/assunto? Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua posição? Tendo identificado esses pontos, que devem estar retratados no seu esquema do texto, já teremos material para escrever metade do resumo crítico. Este material já é suficiente para fazer um resumo informativo, mas, para um resumo crítico, falta a crítica, ou seja, a análise sobre o texto. E o que é esta análise? A análise é, em síntese, a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está sendo analisado. Para fazer a análise, portanto, certifique-se de ter: informações sobre o autor, suas outras obras e sua relação com outros autores; elementos para contribuir para um debate acerca do tema em questão; condições de escrever um texto coerente e organizado. 10.3 Organizando um resumo de trabalho científico O resumo que apresenta trabalho científico deve ser redigido em texto único (sem parágrafos) e espaçamento simples entre linhas. Devem ser evitadas as citações e descrições ou explicações, o uso figuras, tabelas, gráficos, fórmulas, etc. Deve ser redigido na forma impessoal. A estrutura deve ser lógica. A primeira frase deve ser significativa, expondo o tema principal do documento, identificando o objetivo do autor quando escreveu o texto. Nas frases subseqüentes, são 42 destacadas as principais idéias. A leitura deste tipo de resumo deve permitir o conhecimento do trabalho e ajudar o leitor a decidir se deve ou não ler o documento na integra. De acordo com a ABNT, os tamanhos recomendados para os resumos são: notas e comunicações breves, até 100 palavras; monografias e artigos até 250 palavras; e, relatório, dissertação e tese, até 500 palavras ,considerando o resumo descritivo. (Este parágrafo tem 151 palavras). RESUMO: Materializar o conceito desenvolvimento sustentável é um problema complexo: por ser uma questão recente, as bases conceituais não estão consolidadas; não há consenso sobre o que medir, como medir, ponderar e combinar dados. Este trabalho visou a discussão e teste de uma proposta para avaliação do desenvolvimento sustentável. Apresenta-se uma revisão do estado da arte sobre o conceito de desenvolvimento sustentável e os principais modelos e arcabouços conceituais para avaliação da sustentabilidade das principais aproximações correntes. Discute-se uma proposta para avaliação do processo de sustentabilidade que contempla a divisão do sistema em dois subsistemas (pessoas e ecossistema), oito dimensões e duas categorias (capacidades/desafios e processos); propõe técnicas para escolha e ponderação dos aspectos e dimensões relevantes para avaliação, para identificação e medida dos indicadores, bem como para combinação de dados e resultados; e, procura vincular o arcabouço discutido com o processo de tomada de decisões. Para teste da proposta são utilizados dados disponíveis para o Estado de Rondônia (Brasil), obtidos em bancos de dados e serviços de estatística e informações públicas, de organizações governamentais e não governamentais. Os resultados são apresentados na forma de tabelas, diagramas e gráficos. São calculados índices agregados para categorias, dimensões, subsistemas e um índice de desenvolvimento sustentável para o sistema analisado. O produto da aplicação da abordagem proposta é uma primeira aproximação para a análise do desenvolvimento do Estado de Rondônia na perspectiva do desenvolvimento sustentável. SIENA, Osmar. Método para avaliar progresso em direção ao desenvolvimento sustentável. 234 fls. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) . Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC. Florianópolis: 2002. ATIVIDADE: 1. Faça uma síntese do texto “Resumo”, especificando as características de cada tipo de Resumo. 2. Identifique as características de como deve ser um bom resumo. Comente cada etapa? 3. Elabore um resumo do texto “Resumo” com 100 a 200 palavras. Fazer digitado. 11 FICHAMENTO DE LEITURA Muitos de nós continuamos a usar a palavra fichamento, apesar deste termo estar ligado ao mundo da era pré-informática. À época isto queria dizer fazer registro da leitura em pequenas fichas, que eram armazenadas em um fichário. As fichas se prestam a auxiliar o aluno a destacar questões centrais da leitura, aspectos não compreendidos, termos identificados pela primeira vez etc. Apesar de nos encontrarmos na era da informática, a idéia essencial continua sendo a mesma, uma vez que é possível imprimir o fichamento elaborado no computador, com a vantagem de poder alterá-lo, o que, em tese, ajuda ainda mais o usuário. O fichamento é uma ferramenta didática que permite ao professor conhecer o cuidado do aluno em relação à leitura solicitada, mas ajuda muito mais ao próprio aluno (quando é bem elaborado), pois lhe assegura um método de aprendizado por intermédio da leitura. 43 A elaboração de um bom fichamento, o qual não deve ser confundido com um resumo, permite ao estudante alcançar ao menos três (3) objetivos, a saber: 1) utilizá-lo em sala de aula na discussão do texto; 2) servir de estudo para melhor domínio do conteúdo, comparando-o a outros textos afins, e, ainda; 3) guardá-lo para uso futuro na forma de consulta, dispensando a necessidade de ter de refazer toda a leitura (levando em conta que muitas vezes não adquirimos a obra). Para que o item 3 possa ser eficaz é preciso que o fichamento seja bem feito de maneira a despertar rapidamente suas lembranças. Você poderia pensar, mas por quê irei precisar disso no futuro? Talvez sua própria curiosidade intelectual possa levá-lo a necessitar deste recurso em um momento que esteja fazendo a leitura de outra obra que tenha, eventualmente, conteúdo similar. Pode, igualmente, servir de exemplo para trabalhos profissionais. Algumas exigências básicas para se fazer um bom fichamento: 1 Identificar a Fonte da Leitura (Livro, Tese não publicada, Artigo em revista etc); 1.1 Ano da Publicação (ou do documento, caso não tenha sido publicado); 1.2. Nome da Editora (em caso de ter sido publicado); 1.2.1. Número da Edição e/ou da impressão (nem sempre existe em publicações mais antigas); 1.2.2. Número de páginas (do livro e/ou da parte lida). 1.3. Título da Obra; 1.3.1. Título da Obra no Original (em caso de obra estrangeira. Está na ficha catalográfica) 1.3.2 Título do Capítulo ou do trecho lido (caso tenha lido um trecho sem título ou sub-título, procure dar um a partir da frase empregada pelo autor no início de um parágrafo); 1.4. Localização da obra (se obtida em biblioteca, da propriedade do próprio aluno etc); 1.5. Nome do Autor (ou autores) e/ou do Organizador; 1.5.1. Nome do Tradutor (no caso de ser uma obra escrita originalmente em outro idioma); 2. Tema da Obra (Administração, Sociologia etc.); 2.1. Palavras-chaves (caso haja na ficha catalográfica da obra valha-se delas, mas use também as que te pareçam mais indicadas); 2.2. Idéia ou idéias principais do autor (registre as que lhe pareçam as mais importantes. Aqui já se exigirá do aluno um esforço de síntese ao tentar captar tais idéias); 2.2.1. Objetivo (s) principal (is) do autor (nem sempre o autor explicita seu objetivo); 3. Reprodução de trechos da leitura (dos que considerar os relevantes para a apreensão do conjunto da leitura. Importante ao final da reprodução identificar o item e a página de onde copiou); 3.1. Conceitos utilizados acompanhados da explicação do autor; 3.2. Nomes de outros autores ou livros citados no texto (trata-se da bibliografia comentada pelo autor ao longo de seu texto e sobre a qual ele faz referências); 4. Glossário de palavras e conceitos (há semelhança com o item 3.1.,mas háligeira diferença); 5. Comentários do aluno sobre a leitura (fácil, difícil, o que aprendeu, o concluiu, etc.). 5.1. Dúvidas da leitura que deseja esclarecer em aula (se mais de uma numerá-las). Quanto a forma de elaboração do fichamento, é apropriado que este seja feito com ao menos duas (2) colunas para melhor divisão e clareza, mas não mais do que quatro (4) a fim de não torná- lo detalhado demais. O modelo apresentado parcialmente abaixo dispõe de três (3). Itens Conteúdo Observação do Aluno 1. Tipo de Obra Livro 1.1 Ano da Publicação 1999 1.2. Editora Paz e Terra 1.2.1. Edição 1ª Edição 1.2.2. Páginas 530 páginas 1.3. Título O Poder da Identidade Trata-se do volume II de uma mesma obra publicada em 3 livros. 1.3.1. Título The Power of Identity http://rtmaluf.sites.uol.com.br/FESP-ModeloFichamento.htm 44 original 1.3.2. Título do Capítulo. Capítulo I – Paraísos Comunais: identidade e significado das Sociedades em Rede (pág. 21 a 92). Li parte do capítulo, que foi solicitado pelo professor, mas que não apresentava subdivisão. 1.4. Localização Biblioteca da Fundação Escola Sociologia e Política Há três exemplares na biblioteca, mas o que obtive é o que se encontra em pior estado. 1.5. Autor Manuel Castells 1.5.1. Tradutor Klauss Brandini Gerhardt 2. Tema Mudança Social, Sociologia 2.1. Palavras- chaves Capitalismo; Cultura; Conflitos; Etnias; Identidade; Mudança Social; Poder; Povos. (....) (....) (...) 5. Comentários Considerei a obra difícil seja por se tratar de um tema que eu desconhecia, mas também pela quantidade de termos novos para mim. Entretanto, aprendi bastante depois de fazer uma segunda leitura e constato que o autor trata da profundidade da mudança social no mundo globalizado e o quanto isto impacta na cultura dos povos e na sua existência. Em minha opinião, Manuel Castells tem uma visão bem pessimista sobre este processo, embora admita que alguns processos bem interessantes também ocorram. 5.1. Quero saber a opinião do professor sobre esta obra. Será que ele considera que o autor tem uma opinião muito negativa da mudança social sobre as sociedades? Antes do fichamento, é importante fazer uma leitura bem atenta. 11.1 Modelo de Fichamento Cabeçalho: Assunto, Referência do livro, periódico ou site, Corpo do texto; Papel branco (Preferencialmente em formato A4); Impressão em face única (anverso da folha); Espaçamento entre linhas: 1,5 cm.; Fonte: Arial ou Times New Roman; Tamanho da fonte: 12; Alinhamento: a Esquerda (Referência do material estudado) e Justificado para o corpo do texto; Paginação: parte superior à direita, numerar a partir da segunda página do fichamento; Margens: Superior e Esquerda: 3 cm.; Inferior e direita: 2 cm. Não colocar, no inicio do texto a palavra “Fichamento”; Ao final do texto, não utilizar “Palavras- chave”; A Referência Bibliográfica é um elemento obrigatório em Fichamentos. ASSUNTO: Deve ser escrito o assunto principal do fichamento. Por exemplo, se o texto fala sobre alguma peculiaridade da Introdução ao Direito, logo, deve ser escrito no cabeçalho do fichamento o assunto “Introdução ao Direito”. Classificação de Fichamento: 1. FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a seqüência do pensamento do autor e destacando: idéias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias principais. Traz, de forma racionalmente visualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto. 2. FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, idéias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação. http://www.fichamento.com.br/comofazer.html 45 3. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores. EXEMPLOS DE MODELOS DE FICHAMENTO: http://www.fichamento.com.br/comofazer.html 46 12 NORMAS PARA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 1) na NBR 6023:2002: esta norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcrição e apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação . Só devem ser mencionadas nas referências as fontes ou os autores que foram citados no texto. Os documentos consultados, porém não citados, deverão constar de notas de rodapé, não fazendo parte da lista de referências ou serem arrolados em outras listas, denominadas BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, DOCUMENTOS CONSULTADOS ou OBRAS CONSULTADAS, as quais devem figurar logo após a lista de referências. Elementos Essenciais Livros: Livros no todo: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título: subtítulo, se houver. Edição. Cidade: Editora, ano. Exemplos: a) Livro com um autor DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. b) Livro com subtítulo KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. a) Autor: Último sobrenome, em maiúsculas, seguido do (s) prenomes e outros sobrenomes, abreviado (s) ou não (o formato escolhido deve ser seguido em todo o trabalho). Exceções: nomes espanhóis, que entram pelo penúltimo sobrenome; dois sobrenomes ligados por traço de união, que são grafados juntos; sobrenomes que indicam parentesco como "Júnior", "Filho", "Neto" acompanham o último sobrenome. b) Título: Em negrito, sublinhado ou itálico Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo. c) Edição: Indica-se o número da edição, a partir da segunda edição, seguido de ponto e da palavra edição (ed.) no idioma da publicação. Não se anota quando for a primeira; as demais deverão ser anotadas. Assim: 2.ed., 3.ed., etc. d) Local da publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na publicação, seguida de dois pontos. Quando o local não puder ser especificado na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.] (sine loco). e) Editora: apenas o nome que a identifique, seguida de vírgula. Quando a editora não puder ser especificada, indica-se entre colchetes [s.n.] (sine nomine). f) Data: Ano de publicação. g) Meses: os meses devem ser abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de maio. Assim: jan. fev. mar. abr. maio, jun. etc. Obs.: Quando o local e a editora não aparecem na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.: s.n.]. Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, indica-se entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas). 47 c) Livro com autor espanhol GARCIA LORCA, Frederico. Obra poética completa. São Paulo: Martins Fontes, 1996. d) Livro com autor com sobrenome separado por traço MERLEU-PONTY, Maurice. Signos. São Paulo: Martins Fontes, 1991. e) Livro com sobrenome indicando parentesco ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.f) Livro com sobrenome iniciado com prefixos McDONALD, Ralf. Engenharia de programas. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1987. O'DONNELL, Ken. Caminhos para uma consciência mais elevada. 2. ed. São Paulo: Gente, 1996. g) Livro integrado com coleção ou série CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. (Princípios, 243). h) Livro com dois autores LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. i) Livro com três autores TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISCHER, Julianne. Metodologia do trabalho acadêmico. Curitiba: Juruá, 2000. j) Livro com mais de três autores SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. k) Livro com organizador MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. l) Livro cujo autor é uma entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários etc.). Quando uma entidade coletiva assume integral responsabilidade por um trabalho, ela é tratada como autor. LIONS CLUBE INTERNACIONAL. A formação do líder no novo milênio. São Paulo: CNG, 2001. CENTRO DE ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA SÓCIO-CULTURAL DO OESTE. Para uma história do oeste catarinense: 10 anos de CEOM. Chapecó: UNOESC, 1995. Livros considerados em parte a) Autor do capítulo é o mesmo da obra: SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte referenciada. In : ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. HIRANO, Sedi (Org.). Projeto de estudo e plano de pesquisa. In:______. Pesquisa social: projeto eplanejamento. São Paulo: TAQ, 1979. p. 7-16. 48 b) Autor do capítulo não é o mesmo da obra: SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da parte referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes (Org.). Título do livro. Local : editora, ano. Página inicial e final. ABRAMO, Perseu. Pesquisa em ciências sociais. In: HIRANO, Sedi (Org.). Pesquisa social: projeto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. cap. 3, p. 15-24. RISTOFF, D.I. Privatização não faz escola. In: TRINDADE, Hélgio (Org.). Universidade em ruínas: na república dos professores. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 57-60. Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos: a) Documento impresso SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição, Local: Data. b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. A colocação da hora, minutos e segundos é opcional. Enciclopédias: NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação : Editora, ano. ENCICLOPÉDIA BARSA. São Paulo : Vozes, 2002. TAFNER, Elisabeth Penzlien. As formas verbais de futuridade em sessões plenárias: uma abordagem sociofuncionalista. 2004. 188 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações sócio-culturais, econômicas e ambientais em Nova Trento SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria ) Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004. ALVES, Castro. Navio Negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2002. 49 Jornal: Jornal no todo NOME DO JORNAL. Cidade, data. DIÁRIO CATARINENSE. Florianópolis, 17 de maio de 2002. Artigo de jornal a) Com autor definido SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Seção, caderno ou parte do jornal e número da página. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. BOCK, Daniel. A crise cambial. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 17 jun. 2002. Folha Empresa, Caderno 2, p. 12. b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: . Acesso em: 19 set. 1998. c) Sem autor definido TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. ALMA feminina na Proeb. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 5 maio 2001. Cidades, p. 1. d) Sem autor definido e em meio eletrônico ARRANJO Tributário. Diário do Nordeste Online, Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 1998. Revista: Revista no todo NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume (v. __), número do exemplar (n.__), mês. Ano. ISSN. MELHOR VIDA & TRABALHO. São Paulo: Segmento, n. 166, mar. 2001. ISSN 1518-2150. 50 Artigo de revista a) Com autor definido SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, Local da publicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano. CHASE, Richard; DASU, Sriram. Você sabe o que seu cliente está sentindo? Exame, São Paulo, v. 35, n. 15, p. 89-96, jul. 2001. BOCK, Daniel. Reforma do Ensino. Veja, São Paulo, v.36, n.18, p. 23, jun. 2002. b) Sem autor definido TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, Local da publicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano. 21 IDÉIAS para o século 21. Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 34-53, dez. 99. c) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998. Disponível em:. Acesso em: 10 set. 1998. Entrevistas publicadas: SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. LISTWIN, Donald. Você sabe usar o mouse? Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 100-103, dez. 99. Entrevista concedida à Laura Somoggi e Mikhail Lopes. Entrevistas realizadas: ENTREVISTADO. Cargo, função ou perfil. Local, Data (dia mês. Ano). XAVIER, Carlos. Supervisor de Área da Empresa Clean. Entrevista concedida em Itajaí SC, 07 abr. 2004. Obs.: as entrevistas, para serem publicadas em trabalhos científicos devem ser sempre autorizadas pelos entrevistados. Assim, caso a pessoa não queira que seu nome seja divulgado, o pesquisador deve citarao longo do texto indicações de sua atividade e referenciar apenas a entrevista o local e a data. 51 Exemplo no texto: Segundo Supervisor de Área de uma empresa de Itajaí, a produtividade vem crescendo significativamente. Em entrevista, ele afirmou que o mercado exige mais do qualidade: variedade e inovação. (informação verbal)15. Exemplo na referência: SUPERVISOR de Área. Entrevista concedida em Itajaí SC, 07 abr. 2004. Palestra ou conferência: AUTOR. Título do trabalho. Palestra, Local, Data (dia mês. Ano). RAMOS, Paulo. A avaliação em Santa Catarina. Palestra Proferida na Pós-graduação, Nível 10, Papanduva SC, 22 fev. 2002. Internet: Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:. BATAGLIA, W.; YAMANE. O processo decisório de antecipação de surpresas estratégicas. Facef Pesquisa, São José (SP), v. 7, n. 2, maio/ago. 2004. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2004. CAMPOS, José. A influência da cultura no turismo. 2003. Girus. Disponível em: . Acesso em: 14 fev. 2004. DWBRASIL. Data Warehouse. Disponível em: . Acesso em: 11 ago. 2004. PARENTE, D. Dividir para Conquistar ou Conquistar para Dividir? Disponível em: . Acesso em: 11 ago. 2004. Imagem em movimento: Vídeo TÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. unidades físicas (duração em minutos): som (legendado ou dublado) cor, largura da fita em milímetros. Sistema de gravação. ÓPERA do malandro. Direção de Ruy Guerra. Rio de Janeiro: Globo Vídeo, 1985. 1 cassete (120min) dublado. Color. 12 mm. VHS NTSC. Filme Título. Direção. Produtora. Local: Distribuidora, ano. Número de fitas (1 filme) duração em min. (101min): Son (leg. ou dub.); indicação da cor (color) e largura da fita em mm. 52 CD-ROM ou DVD Além dos elementos de referências tradicionais, que se acrescentem, quando disponíveis, as seguintes informações: descrição física: CD-ROM ou DVD, multimídia, cor, som, quantidades de suportes e disquetes de instalação e material adicional; descrição da tecnologia de acesso ao conteúdo: hardware (configuração mínima) e software (sistema operacional) Windows, Macintosh etc.; resumo do conteúdo ou tipo do documento jogos, material acadêmico, TCC etc. Almanaque Abril: a enciclopédia em multimídia. 4. ed. São Paulo : Abril multimídia, [2002]. DVD. 13 NORMAS PARA CITAÇÕES Segundo Ruiz (1991, p. 83) citações são os textos documentais levantados com a máxima fidelidade durante a pesquisa bibliográfica e que se prestam para apoiar a hipótese do pesquisador ou para documentar sua interpretação . As citações, ao contrário do que possa parecer inicialmente, enriquecem um trabalho e demonstram o estudo e a atitude científica do autor. As citações têm muitos objetivos, dentre os quais se destacam: desenvolvimento do raciocínio; corroboração das idéias ou da tese que o autor defende; contrariar a idéia ou a tese que o autor defende; permitir a identificação do legítimo dono das idéias apresentadas; possibilitar o acesso ao texto original. A apresentação das citações se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. Indicação das citações: No texto, as citações devem ser feitas de modo uniforme, de acordo com o estilo do pesquisador ou critério adotado pela Revista em que o trabalho será publicado. Contudo, o sistema escolhido deve estar relacionado com a ordenação das referências. Para citações de ideias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o sistema Autor-Data, que consiste em mencionar o nome do autor e a data da publicação da obra no próprio texto, deixando as notas de rodapé apenas para eventuais explicações, que forem necessárias para o melhor entendimento do texto. Ao se usar o sistema autor-data, devem ser observadas as seguintes condições: a) Não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos casos de citação de citação em que somente o autor citado figura em nota de rodapé e o autor que o citou, em lista de referências; CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Rio de Janeiro. Produção: Martire de Clemont Tonnerre e Arthur Cohn. Lê Studio Canal; Riofilme, 1998. 1 filme (106min), dub., color., 35mm. 53 b) A referência completa do documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou do trabalho, organizada alfabeticamente; c) As entradas de autoria são escritas após a citação, entre parênteses, com letras maiúsculas, seguidas da data de publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a citação; d) Quando a menção ao nome do autor está incluída na frase, a data de publicação do documento e a paginação são transcritas entre parênteses, precedidas pela abreviatura correspondente; e) As notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por números altos ou alceados, ou entre parênteses. Tipos de citações * Citação direta: menção de uma informação extraída de outra fonte (NBR 10520, 2002, p. 1), isto é, transcrição literal extraída do texto consultado, respeitando-se redação, ortografia e pontuação original. a) Citação de até três linhas ou curta: a citação de até três linhas deve ser inserida no parágrafo entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. Exemplo: A vida real muitas vezes se confunde com a arte da representar e nos leva a atitudes teatrais: não se mova, faça de conta que está morta. (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). Ou Segundo Clarac e Bonnin (1985, p. 72) a vida real muitas vezes se confunde com a arte da representação e nos leva a atitudes teatrais, como: não se mova, faça de conta que está morta. b) Citação de mais de três linhas ou longa: deve aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, com espaçamento simples, sem aspas e em fonte menor. Sugere-se a utilização de fonte 10. Exemplo: Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e acabada. De acordo com Rizzo (1998, p. 22): Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem se à verificação empírica: as regras gramaticais. Ou Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e acabada. Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem se à verificação empírica: as regras gramaticais. (RIZZO, 1998, p. 22). 54 c) Omissões em citações: é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o texto de um autor. São recomendadas apenas se não alterarem o sentido do texto original. As omissões (indicadaspor reticências, colocadas entre colchetes) podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação. Exemplo: Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prática social coletiva construída no processo ensino-aprendizagem. [...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaços de coexistência nos quais a agressão seja um acidente legítimo da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25-26). Ou Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prática social coletiva construída no processo ensino- aprendizagem. Conforme Maturana e Varela (1995, p. 25-26): [...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaços de coexistência nos quais a agressão seja um acidente legítimo da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. d) Destaque em citações: são utilizadas somente em citações diretas quando se quer dar destaque e realçar uma palavra, uma expressão ou mesmo uma frase no texto do autor citado. Deve-se destacar a parte do texto, seguindo-se imediatamente a expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada. Exemplo: Nossas visões do mundo são as traduções do mundo (MORIN, 2000, p. 63, grifo nosso), ou seja, o que se acredita ser a realidade é o fruto da interpretação feita pelo cérebro dos estímulos que chegam a ele via rede nervosa a partir dos terminais sensoriais. e) Citação de Citação: é a citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro autor, ao qual não se teve acesso. Utiliza-se apenas quando não houver possibilidade de acesso ao documento original. É indicado pela expressão apud (citado por, conforme, segundo). Exemplo: A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientação teórica, centrando-se nos conceitos de estrutura e totalidade. Segundo Piaget (apud MOLL, 1996, p. 80) ela consiste em explicar cada invenção da inteligência por uma estruturação renovada e endógena do campo da percepção ou do sistema de conceitos e relações. Modelos de citação direta relativos ao sistema autor-data: a) Citação de trabalhos de um autor: sobrenome do autor, ano de publicação, número da página. 55 Exemplo: Conforme Souza (2001, p. 42) blá, blá. ou Blá, blá, blá , segundo Souza (2001, p. 42). Souza (2001, p. 42) afirma que blá, blá, blá . ou Blá, blá, blá. (SOUZA, 2001, p. 42). b) Citação de trabalhos de dois autores: sobrenome dos autores (separados por ; se estiverem dentro do parênteses ou e se estiverem fora), ano de publicação, número da página. Exemplo: O Brasil.... (SANTOS; VIEIRA, 2003, p. 45). De acordo com Santos e Vieira (2003, p. 45) o Brasil.... c) Citação de trabalhos de três autores: sobrenome dos autores, ano de publicação, número da página. Exemplo: Segundo Santos, Vieira e Corrêa (2002, p. 32) o Brasil... O Brasil... (SANTOS; VIEIRA; CORRÊA, 2003, p. 45). d) Citação de trabalhos de mais de três autores: sobrenome do primeiro autor seguido pela expressão et al, ano de publicação, número da página. Exemplo: Para Santos et al (2002, p. 32) o Brasil... O Brasil... (SANTOS et al, 2003, p. 45). * Citação indireta: transcrição não literal das palavras do autor, mas que reproduz o conteúdo e as idéias do documento original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo de citação não são utilizadas aspas. Exemplo: Morin (1999) afirma que todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da interpretação que o cérebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoções acabam multiplicando os riscos de erro na concepção e construção das idéias. Ou Todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da interpretação que o cérebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoções acabam multiplicando os riscos de erro na concepção e construção das idéias (MORIN, 1999). * Citação de informações verbais: para citação de dados obtidos por meio de informações verbais (palestras, debates, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé. Citar pelo menos o autor da frase (cargo ou atividade), local (cidade) e data (dia, mês e ano). Exemplo: A empresa detém metade do mercado nacional de felpudos (informação verbal)4. Indicação dos autores em notas de rodapé As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete, a partir da margem esquerda. Sua numeração é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo trabalho. Não se inicia a numeração a cada página. 56 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005. DICAS para apresentação oral. Unicamp. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2003. FIORIN, José L.; SAVIOLI, Francisco P. Para entender o texto: leitura e redação. 3. ed. São Paulo: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. _______. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. LUCIANO, F. L. Metodologia científica e da pesquisa. Criciúma: Ed. do Autor, 2001. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos e resenhas. São Paulo: Atlas, 1991. PICCINI, Leandro. Estudar e Aprender (site). 10 Dicas para Estudar e Aprender mais Fácil. Disponível em: http://estudareaprender.com/10-dicas-para-estudar-e-aprender-mais-facil/. Acesso dia 20/01/17. POPPER, Karl S. A Lógica da pesquisa científica. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1975. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. SILVA, Edna Lúcia da. MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. UFSC. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis, 2001. SILVA, Marina Cabral da. Tipos de Trabalhos Acadêmicos: O fichamento. Disponível em : http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento.htm. Acesso em 24/07/2012. SILVA, Renata; TAFNER, Elisabeth. P. Apostila de metodologia científica. Brusque: ASSEVIM - Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim, fev. 2004. (mimeo) TAFNER, Julianne; TAFNER, Malcon A.; FISCHER, José. Metodologia do trabalho acadêmico. Curitiba: Juruá, 2000. VIANA, Antônio Carlos. (Coord.). Roteiro de redação: lendo e argumentando. São Paulo: Scipione, 1998. Web Sites Pessoais. Modelo de Fichamento de Leitura. Disponível em. http://rtmaluf.sites.uol.com.br/FESP-ModeloFichamento.htm. Acesso em 24/07/2012. http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento.htm http://rtmaluf.sites.uol.com.br/FESP-ModeloFichamento.htm 57 ANEXO I Para que o trabalho científico fique devidamenteo seu conhecimento. Não se esqueça que o estudo que lhe garantirá um salário capaz de garantir uma vida digna, viagens, carros, casas… aí o céu é o limite. Texto II: COMO APRENDER A APRENDER? A habilidade de aprender é básica e fundamental para tudo em nossa vida. Entretanto, existe muito pouca informação ou livros que ensinam como aprender. Quando somos alunos, a capacidade de aprender rapidamente influencia muito as notas obtidas, a qualidade da nossa educação e as escolhas para uma carreira. Na vida profissional, isto é, quando já trabalhamos em uma empresa, a facilidade em aprender novas operações ou novas técnicas pode aumentar muito as chances para promoções. Também poderá abrir novos horizontes como, por exemplo, aprender uma nova profissão no próprio local de trabalho. Tudo isto irá aumentar sua renda e seu sucesso profissional. O desenvolvimento das habilidades de aprender e de reter na memória irão efetivamente melhorar sua vida profissional, pessoal e financeira. Este artigo tem como um dos seus objetivos sensibilizar nossos alunos para a importância estratégica de APRENDER A ESTUDAR. Este conhecimento irá ajudar você em toda sua vida pessoal, profissional e financeira. Por que necessitamos aprender a aprender? Existem várias razões. Vejamos algumas delas. 1- Uma primeira razão é que o aprendizado conduz ao emprego. 2- Outra razão é que quem sabe aprender e estuda terá um bom salário, pois consegue melhor qualificação profissional e intelectual. 3- Quem tem capacidade de aprender rápido poderá se atualizar mais facilmente, aprender 4 novas tarefas em seu emprego atual e estar preparado para promoções. 4- Se você é considerado uma pessoa que aprende rápido, novas oportunidades irão surgir em seu emprego atual. 5- Se você tem capacidade de aprender, você terá condições de se adaptar às novas situações de trabalho que surgem e se alteram continuadamente. Lembre que adaptabilidade e aprendizagem rápida são duas exigências do mercado de trabalho atual 6- Se você PARAR de aprender em muito pouco tempo você estará desatualizado. Não seja uma peça de museu. Use sua capacidade de aprendizado para manter-se atualizado. 7- As profissões e as tecnologias estão em modificações constantes. Isto requer pessoas com capacidade de aprender novas técnicas e manter-se atualizado. 8- Se você tem capacidade de aprender rapidamente você poderá fazer uma infinidade de coisas na vida, aprender várias profissões, saber fazer vários serviços etc. Qual é o seu estilo de aprender? Se você já assistiu a uma aula ou apresentação e ficou pensando porque não consegue lembrar de nada que o palestrante ou professor falou, você não está sozinho. Se você tem um estilo de aprender visual e esteja assistindo um curso que é só falado, você não conseguirá prestar atenção ou se interessar pois não existe um casamento entre seu estilo de aprendizado e a forma como o curso é ministrado (só falar). Cada um de nós aprende de uma forma bem particular e conhecer os vários estilos de aprender e, principalmente, qual é o seu estilo em particular é CRUCIAL para toda sua vida. Poderá até significar a diferença entre uma vida de sucesso ou de total fracasso. As pesquisas indicam que, em geral, as pessoas aprendem das seguintes formas: 10% do que lemos 20% do que ouvimos 30% do que vemos 50% do que vemos e ouvimos 70% do que conversamos com outras pessoas 80% da nossa experiência pessoal 90% do que ensinamos para outra pessoa. Para estudar e aprender eficientemente você deve conhecer exatamente como você aprende, isto é, seu estilo de aprender. Este estilo, que nasceu com você, é o modo preferencial que você usa ao aprender e não tem nada a ver com seu grau de inteligência e sim com o modo com que seu cérebro funciona para aprender. Não existe um estilo de aprender que seja o melhor. Cada pessoa tem seu estilo de aprendizado próprio, isto é, sua maneira muito particular de aprender uma nova informação. O que é muito importante é que cada um saiba bem claramente qual é a sua melhor forma de aprender, isto é, como o seu cérebro funciona para aprender um determinado assunto. Se você conhece a melhor forma de você aprender, você saberá estudar de uma forma que irá lhe ajudar muito em fazer provas ou aprender uma nova profissão. A maior parte das pessoas tem um dos seguintes estilos: visual, auditivo ou físico. Se você souber qual é o seu estilo, isto irá ajudar a aprender muito rapidamente pois irá saber o que fazer para facilitar seu aprendizado e compreensão do assunto. Em resumo, você deve procurar formas de estudar que são baseadas no seu estilo de aprender. Vejamos um exemplo simples: Como você lembra de um número de telefone ? Se você tem um estilo de aprender “Visual” você prefere ver os números que aparecem no painel do telefone ou prefere escrever e ver os números escritos em papel. Em uma aula irá prestar mais atenção quando o professor apresentar quadros visuais. Se você tem este estilo, faça ilustrações ou desenhos relacionando o tópico que está aprendendo. Use cores para enfatizar a informação importante. Se você tem um estilo de aprender “Auditivo” irá preferir que alguém diga e você ouça o número. Este estilo de aprender prefere ouvir do que ler a informação. Normalmente as pessoas com este estilo terão uma boa performance em uma discussão, ou debate porém têm problemas em aprender a informação que deve ser lida. As pessoas com este estilo devem gravar as aulas, ler textos em voz alta e criar pequenas músicas que ajudem a memorizar a informação. Se você tem um estilo de aprender “Físico” você irá preferir fazer com que seus dedos digitem o número no telefone sem olhar no telefone. Neste estilo mover e tocar são essenciais. Este tipo de 5 pessoa não consegue ficar sentado e parado. Necessita de usar as mãos para estudar e aprender; necessita de várias paradas no estudo e muitas vezes ficar em pé. Interagem melhor através do contato manual e corporal, costumam ter gosto pela prática de esportes, dança, invenção e construção de algo. É importante esclarecer que uma pessoa pode apresentar mais de um estilo de aprendizagem, isto é, um estilo primário dominante e um outro estilo secundário. Tente agora definir o estilo que mais se adapta a você. Tente lembrar de situações onde não conseguiu entender quase nada. Tente saber as razões e relacione com os diferentes estilos de aprender. Utilize este conhecimento para tornar o seu aprendizado o mais fácil e natural possível. Texto III: 10 DICAS PARA ESTUDAR E APRENDER MAIS FÁCIL Por: Prof. Leandro Piccini Você é daqueles que passa horas estudando e qundo chega ao final parece que não aprendeu nada? Neste texto apresentamos várias dicas para estudar e aprender mais fácil. São dicas poderosas que vão te ajudar a aumentar seu aprendizado, melhorando sua concentração e memorização. Técnicas simples que muitos não usam e perdem de aproveitar seus benefícios. Inclua algumas dessas dicas em seus estudos ou mesmo todas elas e você sentirá uma enorme diferença na hora de estudar e aprender. Anote todas as dicas, elas serão muito úteis para você. Boa leitura. 01 ENSINE OUTRAS PESSOAS Quem ensina aprende mais. Muitas pessoas ainda sentem vergonha ou mesmo por egoísmo se recusam a ensinar os outros, essas pessoas não sabem o que estão perdendo. Ensinando outras pessoas! Então se você ainda tem algum tipo de preconceito em ensinar os outros ou mesmo pensa de maneira egoísta “Eu não vou ensinar meu concorrente” Saiba que ao ensinar é você quem mais ganha. E tem mais..Aoformatado, a ABNT estabelece as normas abaixo: NORMA DESCRIÇÃO NBR 10520 / 2002 - Citações Esta Norma especifica as características exigíveis para apresentação de citaçõesem documentos. NBR 14724 / 2011 -Trabalho Acadêmico Esta Norma especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistasdesignados e/ou outros) NBR 6022 – Artigos científicos impressos Informação e documentação - Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação NBR 6023 – Informação e documentação - Referências Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Esta Norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação. NBR 6027 - Sumário Esta norma estabelece a apresentação do Sumário NBR 6028 - Resumo e Abstract Esta norma estabelece a apresentação do RESUMO e do ABSTRACT. http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-da-abnt-formatacao/nbr-10520 http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-da-abnt-formatacao/nbr-14724 http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-da-abnt-formatacao/nbr-6022 http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-da-abnt-formatacao/nbr-6023 http://pagsocial.com/d/131.aspx http://pagsocial.com/d/130.aspx 58 ANEXO II ALGUMAS DICAS DE COMO ESCREVER REDAÇÃO, PROJETOS DE PESQUISA, TEXTOS E ETC. 1. Formule um problema sobre o assunto, ideal que seja em forma de pergunta: ex.: Quem mexeu no meu queijo? 2. Feito isto este problema já é o título; 3. Detalhe o problema. Ex.: quem mexeu, a onde, por que, quando e o que aconteceu depois... (isto é a problemática); 4. Para fazer os objetivos tem uma fórmula moleza: OBJETIVO GERAL: verbo no infinitivo + Título; OBJETIVOS ESPECÍFICOS: verbo no infinitivo + problema (monte um para cada um); 5. Na introdução a escrita é do Geral, passa pelo específico até na problemática. Basta escrever de forma mais geral, histórica, conceitual até chegar na situação atual ou específica. Termine a introdução com as questões (problemática levantada). Agora imagine que você esteja lendo a sua Introdução... Ela situa você ao contexto e encerra com dúvidas que te induzem a continuidade da leitura. Entende? 6. Quando for escrever uma frase lembre-se: Toda frase tem que ter começo, meio e fim. Então leia, reescreva, leia, reescreva, e depois leia e reescreva... Seja CRÌTICO, até que fique bom. É um treino e no começo parece difícil, mas depois tudo o que você lê é muito mais crítico; 7. Para se construir uma frase pense sempre no começo, meio e fim dela. Seja crítico! As frases devem contemplar a idéia para quem estiver lendo. E isso vale para todo o parágrafo. Vá construindo o parágrafo lembrando que ali, está uma idéia de algo. Veja se o parágrafo tem começo, meio e fim. Senão... o processo é o mesmo...Leia, seja crítico e reescreva; 8. Para uma Introdução podemos ter 3 parágrafos ou mesmo apenas um parágrafo (Visão geral sobre o assunto, visão atual ou específica e finalize com as interrogações – problemática. Moleza! Faça para você ver... 9. Depois discorrer sobre assuntos relativos ao desenvolvimento do tópico ou tema. Destaque aqui o que se pretende (Objetivos). Para isto deve-se ter muita leitura sobre o assunto. Como que você vai escrever sobre algo que não sabe nada. Aqui entra todo o referencial de acervo; 10. Depois Conclua, sem esquecer que todas as perguntas levantadas na problemática devem ter respostas; 11. Finalize a redação com destaque a outras contribuições e a importância em se pesquisar mais sobre aquele tema. 59 ANEXO III 30 DICAS PARA SE ESCREVER BEM! 1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc. 2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico. 3. Anule aliterações altamente abusivas. 4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases. 5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. 8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??...então valeu! 9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda. 10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações. 11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida. 12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem ideias próprias". 13. Frases incompletas podem causar 14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes. 15. Seja mais ou menos específico. 16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 17. A voz passiva deve ser evitada. 18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação. 19. Quem precisa de perguntas retóricas? 20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas. 21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação. 22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!" 23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. 24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!! 25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas. 26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língua portuguêza. 27. Seja incisivo e coerente, ou não. 28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante. 29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo! ..nada de mandar esse trem...vixi..entendeu bichinho? 30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. Revista Língua Portuguesa – Edição de maio/2008ensinar suas ideias começam a clarear mais, organizando a informação e melhorando sua compreensão. Isso porque verbalizar e raciocinar antes de falar ou ensinar, ajuda na memorização. Dica prática: Faça mini aulas. Junte amigos e colegas que estão estudando para o mesmo concurso, ENEM ou prova e fale a eles que você quer preparar mini aulas sobre conteúdos que eles estão com dificuldade. Escolha um tema e estude o suficiente para ensinar alguém, você irá perceber como você conseguirá memorizar o conteúdo com facilidade e como isso vai te ajudar. Não se preocupe, não precisa ser uma super aula, afinal são seus amigos e colegas, procure ajudar eles da sua maneira. Além de eles saírem ganhando com uma ajuda extra, você também estará se desenvolvendo. 02 DESCUBRA QUAL SEU HORÁRIO DE MAIOR PRODUTIVIDADE NOS ESTUDOS. Todo mundo tem um horário onde o rendimento é maior, eu, por exemplo, aprendo muito mais no período da manhã, minha concentração e energia me ajudam a aprender com mais facilidade nesse horário. Descobrir seu horário mais produtivo irá te ajudar a aprender com muito mais facilidade, 6 afinal, não adianta você brigar consigo mesmo. Se durante a manhã você é muito sonolento esqueça e estude outra hora. É obvio que nem todos tem esse privilégio, para alguns só é possível estudar a noite, nesses casos recomendo desenvolver um hábito de estudos para acostumar com a rotina de estudo noturno, é mais complicado, mas é possível. Dica prática: Como descobrir seu horário mais produtivo? A melhor maneira de descobrir seu horário mais produtivo é estudando em diversos horários. Pois você precisa verificar como fica sua concentração e memorização nesses horários. Você pode fazer anotações ao perceber que em um determinado horário seus estudos renderam mais, e também anotar quando sua concentração estava menor. Fazendo isso você conseguirá determinar seu melhor horário para aprender. 03 PRATIQUE O QUE APRENDE. Tem vários alunos que dizem estudam várias horas por dia. Daí surge a pergunta “ e quanto tempo este aluno passa resolvendo questões?” Do que adianta você passar horas e horas na teoria se você não praticar o que aprende. Para que o cérebro aprende e para que uma informação não seja descartada é importante que ela seja útil, e a melhor maneira de fazer isso é respondendo questões e provas antigas. Então você pode chegar e dizer, “mas Professor eu estudo com mapas mentais, resumos e esquemas e isso já não é o suficiente?”. É muito bom que você use essas técnicas, mas elas ganhariam ainda mais força se você respondesse questões. Faça uma pergunta a alguém e automaticamente o cérebro dessa pessoa irá parar todas as atividades para se concentrar em responder a pergunta. Essa concentração é a grande sacada para que o aprendizado se torne ainda mais poderoso. Dica prática: Sempre resolva questões e provas antigas. Deixe separado em seu computador ou caderno várias questões sobre o que você está estudando e regularmente veja essas questões e as responda. Isso irá te ajudar a colocar em prática o que aprende. Além disso, questões são ótimas para avaliar seu conhecimento e saber se você está realmente aprendendo o que está estudando. Caso você perceba que não está acertando, pode ser um momento de reforçar os estudos naquele conteúdo. 04 TENHA OBJETIVOS DEFINIDOS PARA ESTUDAR E APRENDER. De que adianta você estudar se você não sabe para o que você está estudando. Esse erro é bem comum e faz uma diferença muito grande na hora de aprender. Estudantes e concurseiros se esquecem de definir seus objetivos e metas para estudar e com isso acabam tornando o aprendizado ineficaz, pois muitas vezes estudam conteúdos que não são úteis para seu objetivo. Imagine o seguinte cenário. Seu cérebro é uma máquina que consome muita energia, então qualquer atividade sem utilidade ou sem uma recompensa acaba sendo inútil e por isso ele deixa de executar. Portanto se você estuda sem objetivo, seu cérebro entende que a atividade de estudar não tem utilidade, logo não é necessário concentração nem memorizar o conteúdo, afinal não será utilizado para nada. Quando você estabelece objetivo, você envia uma mensagem ao cérebro, algo como “fique em alerta, pois estou fazendo uma atividade http://estudareaprender.com/como-seu-cerebro-aprende/ 7 importante” com isso seu cérebro assimila e compreende melhor uma informação para estudar. Dica prática: Crie objetivos para estudar. Se você ainda não tem objetivos definidos para estudar, faça uma pausa e pense bem a respeito, então deixe bem claro quais são seus objetivos ao estudar, isso irá te ajudar muito a aprender mais fácil. Escreva seu objetivo em um folha e cole em um mural ou em um lugar onde você o veja com facilidade, assim estará sempre lembrando o porque você está se dedicando aos estudos. Faça isso e você terá um melhor desempenho em seu aprendizado. 05 FAÇA ATIVIDADES FÍSICAS PARA LIBERAR A MENTE CRIATIVA. Recentemente pesquisadores publicaram um estudo na British Medical Journal, mostrando os efeitos benéficos do exercício no cérebro. De acordo com a pesquisa 10 a 40 minutos de atividade física aumentou significativamente a concentração e o foco mental. Devido ao aumento do fluxo sanguíneo no cérebro. Segundo o psiquiatra de Harvard Dr. John Ratey: “Estes resultados fornecem evidências adicionais de que fazendo cerca de 20 minutos de exercício, pouco antes de um teste ou um discurso seu desempenho se torna melhor” As evidências estão ai para você parar de inventar desculpas e começar a fazer uma atividade física logo. Pense nos resultados que você pode ter em seus estudos e em quanto sua saúde pode ganhar com isso. Dica prática: Tenha uma rotina de exercícios. Você não precisa se tornar um atleta para começar a ter um melhor desempenho nos estudos com exercícios físicos. Pode começar aos poucos e devagar, o importante é exercitar-se. Escolha um horário do dia, pode ser de manhã ou à tarde e faça uma caminhada de 10 a 40 minutos. Pronto, isso já vai ser o suficiente para melhorar a oxigenação em seu cérebro, melhorando o desempenho em seu aprendizado. 06 TOME UM BANHO PARA RELAXAR E SE CONCENTRAR MELHOR. Acho que essa dica muitas pessoas vão adorar. Eu acho o banho muito revigorante, pode ser quente ou frio, tanto faz. Mas tanto o banho frio quanto o quente tem suas diferenças. E cada um pode ser utilizado para um fim específico, principalmente no caso de estudar. Veja as diferenças: Banho frio: Estimulante e revigorante, o banho frio deve ser usado em caso de desanimo e desmotivação. Um bom banho frio deixa sua mente alerta e pronta para estudar e trabalhar. Banho quente: Altamente relaxante, esse banho é ideal para casos de stress, onde sua mente está inquieta e você não consegue se concentrar. Um banho quente irá te relaxar e deixar sua mente em um estado de aprendizado. Um dos motivos do banho quente fazer bem ao cérebro está ligado às doses de dopamina que são liberadas enquanto você toma o banho. A dopamina é responsável pela sensação de prazer no cérebro e também auxilia no aprendizado e memorização. Por isso que tomar um bom banho irá te ajudar muito a aprender com facilidade. Dica prática: Tome um banho antes de seus estudos. http://www.boston.com/dailydose/2013/03/07/ways-exercise-can-boost-your-mental-performance/nI4DA55GaKDZbdrAk9EmiO/story.html http://www.boston.com/dailydose/2013/03/07/ways-exercise-can-boost-your-mental-performance/nI4DA55GaKDZbdrAk9EmiO/story.html https://blog.bufferapp.com/why-we-have-our-best-ideas-in-the-shower-the-science-of-creativity https://blog.bufferapp.com/why-we-have-our-best-ideas-in-the-shower-the-science-of-creativity8 Se você estiver se sentindo muito desanimado, sem vontade de estudar, tome um banho frio para se energizar e deixar sua mente em estado de alerta. Com isso você conseguirá começar seus estudos e ainda aprender com facilidade. Mas caso você esteja com a mente confusa e sem concentração um banho quente irá te ajudar a relaxar sua mente e corpo, fazendo com que sua concentração seja muito maior e seus estudos tenham muito mais resultado. 07 EVITE O STRESS, ELE PREJUDICA SEU APRENDIZADO. Um dos maiores inibidores do aprendizado e da memorização é o stress. Além de prejudicar seu corpo, seus estudos se tornam completamente inúteis quando o stress está alto. Um cérebro que está muito estressado produz grande quantidade de cortisol, o que impede que seu cérebro se concentre e memorize um conteúdo. Portanto se você estiver estressado e lendo algo, saiba que sua mente não irá memorizar nada. Portanto. Se você perceber que está muito estressado é melhor nem começar sua sessão de estudos, pois é melhor primeiro procurar maneiras de relaxar a mente e deixá-la em um estado ideal de aprendizado. (O correto é perda de tempo, um obrigado ao leitor Denilson Paulo pela observação.). Dica prática: Como reduzir o stress para estudar. Se você estiver muito estressado experimente tirar uma pequena soneca ou tomar um banho quente para relaxar. Como foi mencionado na dica anterior o banho quente libera dopamina, que é excelente para combater o stress. Tem dias onde o stress é grande, descanse bem, tome um chá quente de camomila que também ajuda muito deite e durma, vai te fazer bem. 08 SEJA PERSISTENTE EM SEUS ESTUDOS. A falta de persistência nos estudos é que mais dificulta o aprendizado de estudantes e concurseiros. Isso porque o aprendizado é construído pouco a pouco e se você para por muito, você perde o que aprendeu. Então anote. Para aprender mais fácil estude todos os dias. Pode ser que você tenha um contratempo ou outro, tranquilo isso é normal, desde que no dia seguinte você volte a estudar. O que não pode é você ficar dias sem estudar, ou fazer como muitos estudantes que começam bem, no dia seguinte desanimam e só voltam a estudar um dia anterior a prova. Se você estiver fazendo isso pare! Dica prática: Estude todos os dias. Se você estiver tendo dificuldade de estudar todos os dias, recomendamos a desenvolver um hábito de estudos. O hábito de estudar todos os dias vai impedir que você perca o conteúdo que você aprendeu. 09 ESTUDE EM GRUPO. 9 Você é daqueles estudantes que não conseguem ficar muito tempo sentado estudando sozinho? Então para você eu recomendo um grupo de estudos, assim você irá aprender mais fácil. Cada pessoa aprende de uma forma, e para alguns é difícil passar várias horas estudando sozinho. Isso torna o aprendizado dessa pessoa muito difícil, pois com o tempo o tédio impede a concentração. É obvio que você terá que passar algumas horas estudando sozinho, pois não conseguirá sempre estudar em grupo. Mas mesmo assim é possível juntar algumas vezes. Dica prática: Monte um grupo de estudos Combine com amigos e colegas que estão estudando para mesma prova ou concurso que você e estude em grupo. Vocês podem aproveitar para um ajudar o outro. O mais importante em grupos de estudos é que todos estejam realmente engajados em aprender, evitem durante um grupo discutir coisas que não tenham a ver com o conteúdo. Depois que vocês estudarem podem tirar um tempo para bater um papo à toa, mas primeiro o mais importante, estudar. 10 ESCREVA PARA APRENDER MAIS FÁCIL. Nos últimos anos a tecnologia tomou conta de tudo, e muitos estudantes trocaram o lápis pelo teclado e pelo celular. Ok, isso é um avanço, só que escrever com caneta e lápis ainda é muito útil. A neurologista Judy Willis é uma das defensoras do uso da escrita com lápis e caneta. Segundo ela a escrita desenvolve a criatividade e a expressão pessoal. Ambas ajudam no raciocínio cognitivo. A escrita em ferramentas tecnológicas também possui suas qualidades, porém a escrita cursiva facilita muito mais o aprendizado. Pois escrever envolve mais áreas do cérebro, e quanto mais áreas você envolve na aprendizagem, mais fácil fica a memorização. Dica prática: Escreva, escreva e escreva… Se você está estudando você precisa escrever bastante. Faça resumos, mapas mentais, grifos, anotações em livros, o que desejar, mas use seus lápis, canetas, canetinhas sem moderação. Quanto mais escrever, mais fácil se tornará seu aprendizado. Por isso sempre que puder escreva. Além disso, a escrita irá te ajudar a organizar melhor seu raciocínio e também te preparar para as redações que você possa ter que fazer em provas e concursos. Agora é sua vez! É obvio que ainda existem várias técnicas, macetes e formas de facilitar o aprendizado, mas o que você recebeu aqui já é o suficiente para transformar sua maneira de estudar. Mas não adianta nada você apenas ler esse artigo e não colocar em prática o que aprendeu. Lembre-se da dica 03, e comece a gora mesmo a escolher as dicas que você irá usar em seus estudos. 1. Escolha uma dica para usar em seus estudos, e comece a usá-la hoje mesmo. 2. Para aprender mais dicas de estudos entrar no site “Estudar e aprender”. ATIVIDADE: Formar grupos de 4 alunos. Cada grupo poderá escolher um tema livre dentro da área de formação técnica, cada membro do grupo deverá falar um pouco sobre o tema escolhido. A apresentação do grupo deve ser bem criativa e ficará conforme a habilidade de cada um, cada integrante do grupo poderá expor sobre o assunto da maneira que considerar melhor. Exemplos para a apresentação: fazer um texto escrito (e apresentar); um desenho explicativo; uma representação teatral ou apenas oralmente sobre a compreensão do texto. http://www.nwp.org/cs/public/print/resource/3555 http://www.nwp.org/cs/public/print/resource/3555 http://www.nwp.org/cs/public/print/resource/3555 10 Texto IV: ORGANIZANDO O HORÁRIO DE ESTUDO Agora está na hora de juntar o ciclo na sua grade de horários. Mantenha a ordem em que você verá a matéria e disponha sobre o horário que você dispõe pra estudar. No quadro, coloque, por exemplo, Metodologia, Matemática, Português, especificando o assunto e o horário que vai estudar. Assim, terá controle do que foi estudado e do que falta estudar, podendo detalhar mais o que vai ser estudado se o assunto for muito extenso, dividindo a matéria na semana ou em uma quinzena, ou no mês. O quadro abaixo é ideal para ser utilizado no planejamento das atividades e organização dos estudos: ATIVIDADE - QUESTÕES: 01. Porque estudar é importante? 02. Por que você estuda? 03. O que você mais gosta de estudar? 04. Para você o que significa estudar com prazer? 05. Você faz planejamento para suas tarefas do dia-a-dia ou da semana? 06. Porque o planejamento é necessário para uma vida sem acúmulos e de sucesso? 07. Como você organiza sua vida de estudos? “Utilizando o modelo do quadro acima, faça um planejamento de suas atividades de estudos durante a semana. 11 METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 1 METODOLOGIA CIENTÍFICA Na universidade, o papel do aluno torna-se mais ativo na aprendizagem e é a metodologia científica, a disciplina encarregada de fornecer ao aluno os elementos necessários para este auto aprendizado. Assim, Metodologia Científica é a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "método" representa caminho, "logia" significa estudo e "ciência", saber. Segundo Demo (1996, p.5) [...] a proposta atual da metodologia científica é a de introduzir na academia o gosto pela pesquisa”. Para tanto, faz-se necessário à determinação de algumas normas, que têm por finalidade validar um estudo científico, ou seja, os métodos de pesquisa. A aprendizagem e o desenvolvimento do trabalho intelectual exigem conhecimentos de ordem conceitual, técnica e lógica. Estas três dimensões estão interligadas, pois um pensamento ou argumento apresentado pelo aluno ou pesquisador sem apoio em processos lógicos pode não passar de uma idéia superficial. No entanto, o domínio de conceitos reelaborados, sob critérios lógicos e com o auxílio da técnica, é fator determinante para o alcance dos objetivos da formação acadêmica: aprender a pensar e a produzir conhecimentos. O domínio do saber, dos métodos e das técnicas é uma exigência do ensino superior para vencer o superficialismo e a falta de rigor científico na produção e socialização do conhecimento. 2 CONHECIMENTO Desde os primórdios da humanidade, a preocupação em conhecer e explicar a natureza é uma constante. Ao analisar a palavra francesa para conhecer, tem-se connaissance, que significa nascer (naissance) com (con), logo se concluí que o conhecimento é passado de geração a geração, tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade. Para conhecer, os homens interpretam a realidade e colocam um pouco de si nesta interpretação, assim, o processo de conhecimento prova que ele está sempre em construção, visto que para cada novo fato tem-se uma análise nova, impregnada das experiências anteriores. Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor, levou o homem a trilhar caminhos variados, que ao longo dos anos constituíram um vasto leque de informações que acabaram por constituir as diretrizes de várias sociedades. Algumas dessas informações eram obtidas através de experiências do cotidiano que levavam o homem a desenvolver habilidades para lidar com as situações do dia a dia. Outras vezes, por não dominar determinados fenômenos, o homem atribuía-lhes causas sobrenaturais ou divinas, desenvolvendo um conhecimento abstrato a respeito daquilo que não podia ser explicado materialmente. Assim, o conhecimento foi se dividindo da seguinte forma: empírico, teológico, filosófico e científico. 12 2.1 Conhecimento Empírico O conhecimento empírico é também chamado de conhecimento popular ou comum. É aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou critérios de análise. Foi o primeiro nível de contato do homem com o mundo, acontecendo através de experiências casuais e de erros e acertos. É um conhecimento superficial, onde o indivíduo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é sinal de mau tempo, contudo não tem idéia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica ou de qualquer outro princípio da climatologia. Enfim, ele não tem a intenção de ser profundo, mas sim, básico. 2.2 Conhecimento Teológico É o conhecimento relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que represente uma autoridade suprema. O Conhecimento teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo aquilo que a ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza da existência de um ser supremo (Fé). Os Conhecimentos ou verdades teológicas estão registrados em livros sagrados, que não seguem critérios científicos de verificação e são revelados por seres iluminados como profetas ou santos, que estão acima de qualquer contestação por receberem tais ensinamentos diretamente de um Deus. 2.3 Conhecimento Filosófico A palavra Filosofia surgiu com Pitágoras através da união dos vocábulos PHILOS (amigo) + SOPHIA (sabedoria) (RUIZ, 1996, p.111). Os primeiros relatos do pensamento filosófico datam do século VI a.C., na Ásia e no Sul da Itália (Grécia Antiga). A filosofia não é uma ciência propriamente dita, mas um tipo de saber que procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico e de reflexão crítica, sem delimitar com exatidão o objeto de estudo. Dessa forma, o conhecimento filosófico não pode ser verificável, o que o torna sob certo ponto de vista, infalível e exato. Apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma profunda interdependência entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do fato que o conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam os demais, enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua evolução. 2.4 Conhecimento Científico A ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta desde a infância. É através dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas, analíticas e críticas. Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial, o conhecimento científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas inter-relações com o meio. 13 Diferentemente do filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o objeto alvo, buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada. Deve ser provado com clareza e precisão, levando à elaboração de leis universalmente válidas para todos os fenômenos da mesma natureza. Ainda assim, ele está sempre sob júdice, podendo ser revisado ou reformulado a qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia. 3 CIÊNCIA Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento vulgar e outros. Pode-se afirmar que ciência é um conjunto de informações sistematicamente organizadas e comprovadamente verdadeiras a respeito de um determinado tema. Contudo existem muitas maneiras de pensar, de organizar e de comprovar os estudos, dependendo do caminho que se segue (método). Os objetivos da ciência podem ser apresentados como a melhoria da qualidade de vida intelectual e vida material. Para o alcance dos objetivos, são necessárias novas descobertas e novos produtos. Os princípios da ciência podem ser classificados como: nunca absoluto ou final, pode ser sempre modificado ou substituído; a exatidão nunca é obtida integralmente, mas sim, através de modelos sucessivamente mais próximos; é um conhecimento válido até que novas observações e experimentações o substituam. 4 MÉTODO CIENTÍFICO O conhecimento científico passou por várias etapas sempre questionando a maneira de obtenção do saber, ou seja, o Método. De origem grega, a palavra método, segundo Ruiz (1996), significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade. O método não é único e nem uma receita infalível para o cientista obter a verdade dos fatos. Ele apenas tem a intenção de facilitar o planejamento, investigação, experimentação e conclusão de um determinado trabalho científico. Devido a seu caráter individual, cada método se presta com maior ou menor eficiência a um tipo de pesquisa ou ciência. Então, método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os principais métodos de abordagem que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo e dialético (GIL, 1999). 4.1 Método Dedutivo Este método foi proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas que, quando verdadeiras, levarão inevitavelmente a conclusões verdadeiras, visto que, por 14 intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para oparticular, chega-se a uma conclusão. Ou seja, a resposta já estava dentro da pergunta. Essa forma de raciocínio é chamada silogismo, construção lógica que a partir de duas premissas, retira uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo: Todo homem é mortal (premissa maior) Pedro é homem (premissa menor) Logo, Pedro é mortal. (conclusão) Pode-se definir duas características básicas do método dedutivo, segundo Salmon (1978): Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Toda a informação ou conteúdo da conclusão já estava implicitamente nas premissas. 4.2 Método Indutivo A indução já existia desde Sócrates, entretanto seus expoentes modernos são os empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não se levando em conta princípios preestabelecidos. Assim como no método dedutivo, na indução o raciocínio é fundamentado em premissas, contudo, diferentemente do anterior, premissas verdadeiras levam a conclusões provavelmente verdadeiras. No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. Pode-se, segundo Lakatos e Marconi (2000), determinar três etapas fundamentais para toda a indução: a) Observação dos fenômenos; b) Descoberta da relação entre eles e; c) Generalização da relação. Veja um clássico exemplo de raciocínio indutivo: a) Antônio é mortal. a) João é mortal. a) Paulo é mortal. ... a) Carlos é mortal. b) Ora, Antônio, João, Paulo... e Carlos são homens. c) Logo, (todos) os homens são mortais. Define-se assim, duas características básicas do método indutivo segundo Salmon (1978): Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira. A conclusão encerra informações que não estavam nas premissas 15 4.3 Método Hipotético-Dedutivo O método Hipotético-Dedutivo confronta as duas escolas anteriores, ou seja, racionalismo versus empirismo no que diz respeito à maneira de se obter conhecimento. Ambos buscam o mesmo objetivo, mas enquanto os racionalistas apóiam-se na razão e intuição concebida aos homens, os empiristas partem da experiência dos sentidos, a verdade da natureza. São inúmeras as críticas aos dois métodos, partindo inclusive de seus próprios defensores, contudo, foi a partir de Sir Karl Raymund Popper que foram lançadas as bases do método hipotético-dedutivo. Segundo Popper (1975) o método hipotético-dedutivo é o único realmente científico, por não se basear em especulações, mas sim na tentativa de eliminação de erros. Luciano (2001, p. 18) afirma que: [...] quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio: [...] em 1937, [...] sugeri que toda discussão científica partisse de um problema (P1), ao qual se oferece uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa (TT), passando-se depois a criticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE) [...] (POPPER, 1975, p. 140, grifo nosso). P1 - - - - - - - - - - - - - - TT - - - - - - - - - - - - - - EE - - - - - - - - - - - - P2 .... Lakatos e Marconi (2000, p. 74) expõem o esquema apresentado por Popper da seguinte forma: Conhecimento Prévio Problema Conjecturas Falseamento 4.4 Método dialético Desde a Grécia antiga, o conceito de Dialética sofreu muitas alterações, absorvendo as concepções de vários pensadores daquela época. Tem-se o conceito de eterna mudança , instituído por Heráclito (540-480 a.C.) e paralelamente, a essência imutável do ser instituído por Parmênides que valoriza a Metafísica em detrimento da Dialética. Posteriormente, Aristóteles re-introduz princípios dialéticos nas explicações dominadas pela Metafísica, porém esta permanece norteando as discussões sobre o conhecimento até o Renascimento. No Renascimento, o pensamento dialético entra em evidência, atingindo seu apogeu com Hegel, que através dos progressos científicos e sociais impulsionados pela Revolução 16 Francesa, compreende que no universo nada está isolado, tudo é movimento e mudança e tudo depende de tudo, retornando assim, às idéias de Heráclito. Hegel por ser um idealista, propõe uma visão particular de movimento e mudança, considerando que as mudanças do espírito é que provocam as da matéria. Segundo Lakatos e Marconi (2000, p. 82) existe primeiramente o espírito que descobre o universo, pois este é a idéia materializada . A atual fase da dialética está apoiada nos ensinamentos de Marx e Engels, denominada dialética materialista que, assim como na fase anterior, considera que o universo e o pensamento estão em eterna mudança, mas é a matéria que modifica as idéias e não o contrário. Assim se pode afirmar que a Dialética é um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade da qual se pode extrair quatro regras principais: Tudo se relaciona Tudo se transforma Mudança qualitativa Luta dos contrários 4.5 Métodos ou Técnicas de Procedimentos Segundo Lakatos e Marconi (2000), dentro das ciências sociais pode-se acrescentar aos métodos de abordagem descritos acima, técnicas de procedimento às vezes também tomadas por métodos, que seriam etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral do fenômeno. Essas técnicas são frequentemente utilizadas de forma associada, podendo ser descritas segundo Rauen (1997), como: HISTÓRICO: investigação de acontecimentos, processos e instituições no passado para a verificação de sua influência na atualidade; COMPARATIVO: estudo de semelhanças ou diferenças entre diversos grupos, sociedades ou povos; MONOGRÁFICO (ou estudo de caso): estudo de certos elementos, indivíduos, empresas, profissões, grupos, etc., com vistas à obtenção de generalização; ESTATÍSTICO: redução de fenômenos sociais à representação quantitativa e aplicação de instrumentos estatísticos de análise; TIPOLÓGICO: construção idealizada de um elemento tipo que consiste em modelo perfeito, contra o qual, os dados da realidade são analisados; FUNCIONALISTA: estudo da sociedade a partir das funções de cada elemento; ESTRUTURALISTA: preocupa-se com a sociedade como um todo para explicar o comportamento de setores mais específicos ou de indivíduos. 17 5 PESQUISA 5.1 O que é pesquisa? Esta pergunta pode ser respondida de muitas formas. Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Minayo (1993), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”. Demo (1996) insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. Para Gil (1999), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimentodo método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo. 5.2 Quais os objetivos da Pesquisa? Contribuir com o avanço da ciência; responder a uma pergunta de interesse para a comunidade científica ainda não respondida anteriormente de relevância para o interesse social . Parte mais difícil: definir o assunto da pesquisa! 5.3 CLASSIFICAÇÕES DAS PESQUISAS Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação são: Do ponto de vista da sua NATUREZA, a pesquisa pode ser: - Básica (ou fundamental): objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista, sem finalidades imediatas. Envolve verdades e interesses universais. Os conhecimentos são utilizados em pesquisas aplicadas ou tecnológicas. - Aplicada (ou Tecnológica): objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Do ponto de vista da forma de ABORDAGEM DO PROBLEMA a pesquisa pode ser: - Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e 18 de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Resultados precisam ser replicados. - Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Do ponto de vista de seus OBJETIVOS (Gil, 1991) a pesquisa pode ser: - Exploratória:visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso. - Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. - Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto. Do ponto de vista dos PROCEDIMENTOS TÉCNICOS (Gil, 1991), a pesquisa pode ser: - Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. - Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. - Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. - Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. - Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. - Expost-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. - Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. 19 - Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. 5.4 O PLANEJAMENTO DA PESQUISA Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas exigências Científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. É desejável que uma pesquisa científica preencha os seguintes requisitos: a) a existência de uma pergunta que se deseja responder; b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta; c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida” (GOLDEMBERG, 1999). O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases: Decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa; Construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente dita; Redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização das idéias de forma sistematizada visando à elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela Academia. Níveis de Pesquisa Graduação IC – Iniciação Cientifica resposta a uma pergunta sugerida por um orientador P ó s- g ra d u aç ão Especialização resposta objetiva com base na teoria disponível. Mestrado resposta objetiva a partir da análise e consolidação da teoria disponível Doutorado resposta inédita (avanço na ciência) ATIVIDADE: Com base na leitura realizada desenvolva as seguintes questões: a) Sintetize o que o texto apresentou para você? b) Qual é o produto da pesquisa? c) Qual o objeto gerado na pesquisa básica e na pesquisa aplicada? d) Construa um esquema gráfico que apresente todo os tipos de pesquisa apresentados. e) Considerando um ambiente empresarial formule problemas de pesquisa que você acredita que possam ser investigados a partir de fontes bibliográficas. f) Considerando um ambiente empresarial. Elabore uma relação de objetos que possam ser considerados fontes documentais. 20 6 PROJETO DA PESQUISA 6.1 ESCOLHA DO TEMA Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha: 6.1.1 Fatores Internos - Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. - Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. - O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido. É preciso que o pesquisador tenha consciênciade sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área. 6.1.2 Fatores Externos - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais. Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. - O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho. Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. - Material de consulta e dados necessários ao pesquisador Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. 21 6.2 LEVANTAMENTO OU REVISÃO DE LITERATURA O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes. 6.2.1 Sugestões para o Levantamento de Literatura Locais de coletas: Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados. Registro de documentos: Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro meio qualquer. Organização: Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa. 6.2.2 O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: a - Nível geral do tema a ser tratado: Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b - Nível específico a ser tratado: Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. 6.3 PROBLEMA O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação. Exemplo: Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça. Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade. 6.4 HIPÓTESE Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada. Exemplo: (em relação ao Problema definido acima) 22 Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios. 6.5 JUSTIFICATIVA A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada. Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. 6.6 OBJETIVOS A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias. Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc.. 6.7 METODOLOGIA A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. 6.8 CRONOGRAMA O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho. Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada pesquisador. Exemplo: 23 ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do Relatório Final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X 6.9 RECURSOS Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa. Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projeto. 6.9.1 - Material permanente São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa. Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc. Exemplo: ITEM CUSTO (R$) Computador 1.700,00 Impressora 500,00 Scanner 400,00 Mesa para o computador 300,00 Cadeira para a mesa 200,00 TOTAL: 3.100,00 6.9.2 Material de Consumo São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa. Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc. Exemplo: 24 ITEM CUSTO (R$) 10 caixas de disquete para computador 100,00 10 resmas de papel tipo A4 200,00 10 cartuchos de tinta para impressora 650,00 TOTAL: 950,00 6.9.3 Pessoal É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos. Exemplo: ITEM CUSTO MENSAL (R$) CUSTO TOTAL (R$) (10 meses) 1 estagiário pesquisador 500,005.000,00 1 datilógrafo 200,00 2.000,00 1 revisor 2.000,00 Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00 TOTAL: 700,00 13.000,00 6.10 ANEXOS Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa. 6.11 REFERÊNCIAS As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura. Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das Referências estão expressas no cap.12 desta apostila. 6.12 GLOSSÁRIO São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição. Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por parte do leitor. 25 6.13 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA A estrutura do projeto de pesquisa ou projeto de TCC é composta por diversos elementos que estão dispostos no quadro 1. Quadro 1. Elementos do projeto de pesquisa. ESTRUTURA ELEMENTOS OBSERVAÇÕES Capa Obrigatório Folha de rosto Obrigatório Lista de ilustrações Opcional PRÉ-TEXTUAIS Lista de tabelas Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatório Introdução - Tema - Problema - Objetivos (Geral e específicos) Obrigatório - Hipótese (quando houver) - Justificativa TEXTUAIS - Delimitação Referencial teórico Obrigatório Metodologia Obrigatório Recursos Obrigatório Cronograma Obrigatório Referências Obrigatório Glossário Opcional PÓS-TEXTUAIS Apêndice(s) Opcional Anexo(s) Opcional 26 6.14 ESQUEMA DO TRABALHO Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa. O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho. Quando conseguimos dividir o tema genérico em pequenas partes, ou itens, poderemos redigir sobre cada uma das partes, facilitando significativamente o desenvolvimento do texto. Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final. Exemplo: Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça 1 INTRODUÇÃO 2 HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE 3 O PODER DA RELIGIÃO 3.1 O mito de Lilith/Eva 3.2 O mito da Virgem Maria 4 O PROCESSO DE EDUCAÇÃO 5 O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA 5.1 A questão da maternidade 5.2 Direitos e deveres 5.3 A moral da família 5.4 Casamento: um bom negócio 5.5 A violência 6 UM CAPÍTULO MASCULINO 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ATIVIDADE: Em grupos de até 4 alunos, deverão criar e montar um projeto de pesquisa com tema livre. O tema deve ser relacionado a área de formação profissional. 7 TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS Existem diversos tipos de trabalhos acadêmicos e/ou científicos. Pode-se citar, dentre eles, os seguintes tipos: Trabalhos de Graduação, Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação, Tese, Artigos Científicos, paper, resenha crítica ... 27 Apesar de haver essa classificação, aceita inclusive internacionalmente, é comum encontrar certos equívocos em torno da palavra monografia com respeito a dissertações, teses e trabalhos de fim de curso de graduação. Etimologicamente, monografia é um estudo sobre um único assunto, realizado com profundidade. No entanto, essa nomenclatura, monografia, parece destinada aos Cursos de Especialização, e teria como fim primeiro levar o autor a se debruçar sobre um assunto em profundidade com o intuito de transmiti-lo a outrem ou de aplicá-lo imediatamente. Esses relatórios científicos possuem características próprias, como a sistemática, a investigação, a fundamentação, a profundidade e a metodologia. E, dependendo do caso, a originalidade e a contribuição da pesquisa para a ciência, como é o caso das teses e dissertações. Em todo o caso, destaca-se que a estrutura dos trabalhos científicos é quase sempre a mesma, compreendendo quase sempre uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A introdução dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem como os problemas, as delimitações e a metodologia adotada para a realização do trabalho. O desenvolvimento é mais livre, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar pontos importantes como a demonstração, a análise e a discussão dos resultados. Por fim, o autor poderá escrever suas conclusões a respeito da discussão realizada ou dos resultados obtidos. É neste ponto que o pesquisador será enfático, ressaltando as posições que deseja defender ou refutar. 7.1 Trabalhos de graduação Os trabalhos de graduação não constituem exatamente trabalhos de cunho científico, mas de iniciação científica, uma vez que esses trabalhos tenham que ser apresentados dentro de uma sistemática e organização que estimulem o raciocínio científico. Visto que o enfoque pretendido em trabalhos de graduação é voltado para a assimilação de um conteúdo específico, é comum que uma revisão bibliográfica, ou uma revisão literária, seja tida como suficiente. Porém, nada impede que existam outros tipos de trabalhos acadêmicos, como relatórios e pequenas pesquisas. No entanto, é importante ter em mente a cientificidade da sistemática adotada para a realização desses trabalhos. 7.2 Trabalho de curso O Trabalho de Curso (TC), também conhecido como Trabalho de Final de Curso, é tido como uma monografia sobre um assunto específico. Tem como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suas idéias para o papel na forma de uma pesquisa ou na forma de um relatório. Para o caso da graduação, por se tratar de mais um requisito para a complementação do curso, o estudo não necessita ser tão completo em relação ao tema escolhido como o caso de uma dissertação ou tese, mas o aluno não deve perder de vista a clareza, a objetividade e a seriedade da pesquisa. 7.3 Monografia A monografia, para obter o título de especialista em cursos de pós-graduação em nível de lato sensu, é parecida com o Trabalho de Final de Curso apresentado em cursos de graduação. Também possui como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suas idéias para o papel na forma de uma pesquisa. Para o caso da pós-graduação, o estudo necessita ser um pouco mais completo em relação ao tema escolhido para a pesquisa. 28 7.4 Dissertação As dissertações, que paulatinamente vão se destinando aos trabalhos de cursos de pós graduação stricto sensu (mestrado), buscam, sobretudo, a reflexão sobre um determinado tema ou problema expondo as idéias de maneira ordenada e fundamentada. E, dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo o mais completo possível em relação ao tema escolhido. Deve procurar expressar conhecimentos do autor a respeito do assunto e sua capacidade de