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Renata Costa dos Santos 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como objetivo principal investigar o conhecimento e o uso de 
metodologias e tendências de ensino por parte de professores de Química que atuam no 
Ensino Básico. Para tal, foi elaborado um questionário específico, focado em práticas 
como Experimentação, Enfoque CTSA, Oficinas Temáticas, Pensamento Crítico e 
estratégias de Questionamento. O relatório apresentará o instrumento de pesquisa, os 
dados coletados de, no mínimo, dois professores e, ao final, uma conclusão analítica 
sobre as práticas pedagógicas observadas. 
2. Metodologia da Pesquisa 
O estudo seguiu uma abordagem qualitativa e quantitativa exploratória. O instrumento de 
coleta de dados foi um questionário estruturado, composto por 10 questões divididas em 
duas partes: (1) Perfil Profissional e (2) Uso de Metodologias e Tendências de Ensino. A 
pesquisa foi aplicada a dois (2) professores de Química em atuação no Ensino Básico. A 
coleta de dados foi realizada, garantindo a confidencialidade dos entrevistados. 
3. O Questionário (Instrumento de Coleta de Dados) 
Parte 1: Informações Profissionais 
1. Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Não Binário ( ) Prefiro não informar 
2. Qual é a sua formação inicial? ( ) Licenciatura em Química ( ) Bacharelado em 
Química ( ) Outra Licenciatura ( ) Outro 
3. Qual é o seu tempo de atuação como professor(a) de Química no Ensino 
Básico? ( ) Até 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) Mais de 15 anos 
4. Você possui alguma Pós-graduação? ( ) Nenhuma ( ) Especialização ( ) Mestrado 
( ) Doutorado 
Parte 2: Metodologias e Tendências de Ensino 
(Utilizando a seguinte Escala Likert para as questões 5, 6, 8 e 9: Nunca / Raramente / Às 
vezes / Frequentemente / Sempre) 
5. Com que frequência você utiliza a Metodologia da Experimentação (aulas 
práticas, demonstrações) no ensino de Química? 
6. Em suas aulas, você busca abordar temas de Química relacionando-os com 
questões sociais, tecnológicas, ambientais ou éticas (Enfoque CTSA)? 
7. Você desenvolve Oficinas Temáticas (aulas diferenciadas, minicursos, projetos) 
em suas disciplinas? ( ) Sim, frequentemente ( ) Sim, ocasionalmente ( ) Não, mas 
gostaria ( ) Não, por falta de tempo/recursos 
8. Qual a importância você atribui ao desenvolvimento do Pensamento Crítico dos 
alunos nas aulas de Química? (Escala: Nenhuma / Baixa / Média / Alta / Muito 
Alta) 
9. Com que frequência você utiliza o Questionamento (perguntas abertas, debates, 
estímulo à reflexão) como estratégia principal para promover a aprendizagem? 
10. Você utiliza alguma outra metodologia ou estratégia ativa além das 
mencionadas? Qual? 
 
4.Apresentação e Tabulação dos Dados 
 
Pergunta Professor 1 (P1) Professor 2 (P2) 
Formação Inicial 
Licenciatura em 
Química 
Licenciatura em Química 
Tempo de Atuação 6 a 10 anos Mais de 15 anos 
Pós-graduação Especialização Mestrado 
Pergunta (Metodologia) Professor 1 (P1) Professor 2 (P2) 
Frequência de 
Experimentação 
Às vezes Raramente 
Uso de Enfoque CTSA Frequentemente Às vezes 
Desenvolve Oficinas? Sim, ocasionalmente 
Não, por falta de 
tempo/recursos 
Importância do 
Pensamento Crítico 
Muito Alta Alta 
Frequência de 
Questionamento 
Frequentemente Sempre 
Outra Metodologia (Q10) 
Sala de Aula 
Invertida 
Nada 
 
5. Conclusão 
O presente estudo demonstrou que, entre os professores entrevistados, a estratégia mais 
consolidada é o questionamento, sendo utilizada de forma frequente ou constante por 
ambos, indicando uma valorização do diálogo em detrimento da mera transmissão de 
conteúdo. Contudo, metodologias que exigem maior infraestrutura e planejamento, como 
a experimentação e as oficinas temáticas, mostraram-se menos frequentes, 
especialmente para o professor com maior tempo de serviço, que alegou barreiras como 
falta de tempo e recursos. 
Houve um alinhamento parcial com as tendências estudadas, notadamente no que tange 
ao Pensamento Crítico e ao Enfoque CTSA (mais evidente no P1, que o utiliza 
frequentemente). O professor mais jovem (P1) demonstrou maior abertura a inovações ao 
citar o uso de Sala de Aula Invertida, um indicativo de que a formação continuada e a 
atualização pedagógica têm impacto direto nas escolhas metodológicas. 
Em minha opinião, os dados coletados revelam que os desafios estruturais das escolas 
ainda são o maior obstáculo para a plena implementação das metodologias e tendências 
de ensino ativas em Química. Embora os professores reconheçam o valor da 
experimentação e do trabalho contextualizado, a rotina e a falta de recursos acabam por 
direcionar a prática para métodos mais tradicionais, como o Questionamento, que é mais 
fácil de ser implementado sem grandes aparatos. Para que as tendências pedagógicas se 
tornem a norma, é fundamental investir em laboratórios, materiais e, principalmente, em 
tempo e formação continuada para os docentes.

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