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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais Disciplina: Química Geral I Profa: Paula Valença QUÍMICA GERAL (60 horas) Ementa: Estrutura atômica e classificação periódica dos elementos; Ligação química; Funções Inorgânicas; Reações químicas e cálculo estequiométrico; Soluções; Gases, Termoquímica; Cinética Química; Equilíbrio Químico. BIBLIOGRAFIA BROWN, LeMay e Bursten. Química: Ciência Central. 9a ed. São Paulo: Pearson, 2007. ATKINS e JONES. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3a. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. RUSSEL, J.B. Química Geral. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1995. Vol. I e II. MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química: um curso universitário. 4a. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1995. 582 p. KOTZ, J.C.; TREICHEL, P.M.; WEAVER, G.C. Química Geral e Reações Químicas. Vol. 1. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. Bibliografia Recomendada Avaliaçõs 1ª Avaliação: 9/03/16 2ª Avaliação: 6/04/16 3ª Avaliação:18/05/16 Reposição:20/05/16 4ª Avaliação:25/05/16 Profª : Paula Katherine L. S. Valença paula@ufersa.edu.br O átomo Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais Disciplina: Química Geral I Modelos atômicos o Cada elemento é composto de átomos. o Todos os átomos de um elemento são idênticos. Átomos de elementos diferentes tem massas diferentes. o Lei da conservação da massa: nas reações químicas, os átomos não são alterados, porém trocam de parceiros para produzir novas substâncias. o Lei da composição constante: os compostos são formados quando átomos de mais de um elemento se combinam. Dalton (1803) – Modelo da bola de bilhar Átomo de Dalton Modelos atômicos- Thomson Como o átomo no estado normal é neutro, deveria haver uma quantidade igual de elétrons (carga negativa) e de carga positiva. A carga positiva se encontrava diluída e seria a maior parte do átomo e responsável por toda a sua massa praticamente PUDIM DE PASSAS Átomo de Rutherford (1911) Núcleo de carga positiva (constituído por prótons e nêutrons assim por ele denominadas) que continha praticamente toda a massa do átomo. Elétrons com cargas negativas girando ao redor do núcleo em trajetórias circulares. Conhecido como modelo “Planetário” Explicava o resultado do experimento das partículas α Espectro de linhas A radiação que varre uma matriz completa de diferentes comprimentos de onda é chamada de contínua. A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores. Espectro eletromegnético Todo composto químico, quando levado à chama emite luz com cor característica. Por exemplo, na figura abaixo podem ser vistas as cores para diversos compostos metálicos quando levados à chama. • Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que a luz emitida por substâncias químicas quando levadas à chama ou sob efeito de um campo elétrico, ocorre porque os elétrons absorvem energia (térmica ou elétrica) e depois emitem a energia recebida na forma de luz. O modelo de Bohr • As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. O modelo de Bohr O modelo de Bohr De acordo com o modelo de Bohr, o elétron no átomo de hidrogênio percorre uma órbita circular de raio r, concêntrica em relação ao núcleo. Ele admitiu ainda, que o núcleo consiste de um único próton, cuja massa era muito superior à do elétron. Neste caso, pode-se considerar que o centro de massa do átomo esteja em cima do núcleo, isto é, toda a massa do átomo está centrada no núcleo. O modelo de Bohr O novo modelo de Bohr pode ser resumido nos seguintes postulados: 1. Um elétron descreve órbitas circulares ao redor do núcleo; 2. As orbitas diferem entre si pelo raio e pela quantidade de energia; 3. A passagem de um elétron de uma orbita para outra envolve absorção ou emissão de energia, conforme o elétrons se mova para a órbita mais externa ou mais interna, respectivamente; 4. Enquanto permanecer em uma orbita, o elétrons é dito estacionário e não emite energia; 5. Cada órbita é caracterizada por um número quântico(n), que pode assumir valores inteiros(1,2,3,....). O modelo de Bohr O princípio da incerteza de Heisenberg Heisenberg, em 1925, postulou que é impossível determinar simultaneamente a posição e a velocidade do elétron. Em outras palavras, pode-se dizer que não é possível descrever a trajetória dos elétrons. A equação de Schrodinger e o conceito de orbitais A mecânica quântica estabelece que só é possível estudar o comportamento de sistemas microscópicos em termos de“probabilidades”. Assim, a região de maior probabilidade de se encontrar um elétron, é o orbital atômico, passando esses sistemas a serem descritos por uma função de onda, representada pela letra grega Ψ (Psi). Comportamento Ondulatório da matéria Calculando as soluções possíveis para essa equação e plotando em um gráfico, serão obtidas as posições com probabilidade de conter o elétron. Essa região é então chamada de orbital. Orbital é então definido como a região geométrica em que existe uma grande probabilidade de se encontrar um elétron. Conceito atômico atual Conceito atômico atual Pode-se imaginar um átomo como uma partícula com duas regiões diferentes: o núcleo, no qual encontramos prótons e neutros, e a eletrosfera, na qual estão os elétrons conforme figura a seguir. Em azul claro está representada a eletrosfera, na ficam os elétrons (círculos azuis). Os prótons (círculos vermelhos) e os nêutrons (círculos pretos) encontram-se no núcleo. Conceito atômico atual Costuma-se representar um elemento químico (X) em termos de duas grandezas: o número atômico (Z) e a massa atômica (A), juntamente com o símbolo do elemento, conforme esquema a seguir. XAZ O número atômico representa o número de prótons que o átomo possui; A massa atômica representa a massa total do átomo, ou seja, basicamente a soma do número de prótons e de nêutrons, expressa em u.m.a.. A diferença entre a massa atômica e o número atômico é igual ao número de nêutrons no núcleo. Conceito atômico atual Por convenção, a massa atômica aparece sempre escrito como índice superior no lado esquerdo do símbolo atômico e o número atômico como sub índice também no lado esquerdo. Como por exemplo: O significa que o átomo de carbono tem numero atômico a 6 (6 prótons) e massa atômica igual a 12 (6 prótons + 6 nêutrons). CeHeLi 126 4 2 7 3 , C126 Conceito atômico atual Isótopos Todos os isótopos de um átomo têm em comum o número atômico (Z) e consequentemente o mesmo número de elétrons, produzindo assim uma carga total nula. Eles diferem uns dos outros apenas pela massa atômica. O O O Conceito atômico atual Isóbaros São átomos com a mesma massa atômica (A), mas com diferentes números de prótons (elementos diferentes). Conceito atômico atual Isótonos São átomos que possuem a mesma diferença entre a massa atômica(A) e o número atômico (Z). Eles possuem, portanto, o mesmo número de nêutrons (n). Os números Quânticos Número quântico principal(n): indica o nível de energia do elétron no átomo. Entre os átomos conhecidos em seus estados fundamentais, n varia de 1 a 7. Ele representa os níveis de energia permitidos para o átomo e determina o tamanho do orbital. Quanto maior o n, maiores serão a energia e o tamanho do orbital. Os números Quânticos Número quântico secundário ou azimutal (l): Indica a forma do orbital. Para um dado (n), l pode assumir valores inteiros de 0 até (n-1). Por exemplo, para n=4, l assume os valores de 0,1,2, e 3. Esse número quântico corresponde a uma subcamada de energia e aparece designado pelas letras s (l=0), p(l=1), d(l=2), f(l=3), ... Exemplo: n= 2 e l=1 n=4 e l=0 Os números Quânticos Número quântico magnético (ml): este número quântico fornece a orientação do orbital no espaço, não influenciado no seu tamanho ou forma. Esse número quântico assume valores de –l ate l, incluindo o zero. Haverá sempre 2l+ 1 valores possíveis para este número quântico. Orbitais atômicos l = 0 : corresponde ao subnível s, onde existe somente uma orientação (ml = 0), Subnível s: possui forma esférica e portanto apenas uma orientação. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. • Em um nó, 2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1. Orbitais atômicos Orbitais atômicos l = 1 : corresponde ao subnível p, onde existem três orientações permitidas, que surgem em decorrência dos três valores de ml (+1, 0, -1). Os três orbitais p são denominados px, py e pz e são orientados de acordo com os três eixos cartesianos (x, y e z). Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Orbitais atômicos l = 2 : corresponde ao subnível d onde existem cinco orientações permitidas, ou seja, cinco valores de ml (-2, -1, 0, +1, +2). Orbitais atômicos l = 3 : corresponde ao subnível f onde existem 7 orientações permitidas, ou seja, sete valores de ml (-3,-2, -1, 0, +1, +2,+3). Orbitais atômicos l = 4 : corresponde ao subnível g onde existem nove orientações permitidas, ou seja, novevalores de ml (-4, -3,-2, -1, 0, +1, +2, +3, +4). Orbitais atômicos l = 5 : corresponde ao subnível h onde existem onze orientações permitidas, ou seja, onze valores de ml (-5,-4, -3,-2, -1, 0, +1, +2, +3, +4, +5). Orbitais atômicos O número quântico de spin indica (mS): Indica o movimento de rotação dos elétrons. Os “spins” +1/2 ou – 1/2 representam o sentido de rotação, horário ou anti-horário Os números Quânticos +1/2 -1/2 Camada eletrônica (n) Subcamadas disponíveis Orbitais disponíveis (2l+1) Número Possível de Elétrons Dentro da Subcamada [2(2l+1)] Número possível de elétrons para a enésima camada (2n2) 1 s 1 2 2 2 s p 1 3 2 6 8 3 s p d 1 3 5 2 6 10 18 4 s p d f 1 3 5 7 2 6 10 14 32 5 s p d f g* 1 3 5 7 9 2 6 10 14 18 50 6 s p d f* g* h* 1 3 5 7 9 11 2 6 10 14 18 22 72 Diagrama de Pauling: descreve como ocorre a distribuição eletrônica dos níveis e subníveis em ordem crescente de energia, sendo que, um subnível deve ser completamente preenchido para depois iniciar o seguinte Para conhecer a ordem crescente de energia dos orbitais, basta seguir a direção das setas. Distribuição eletrônica Para determinar a configuração dos elétrons nos orbitais atômicos, deve-se então distribuí-los nestes orbitais, na ordem em que estão apresentados. Para tal, deve- se seguir as seguintes regras: Sempre preencher um subnível antes de colocar elétrons no próximo subnível; Ao ser preenchido um subnível, cada orbital desse subnível recebe inicialmente apenas um elétron, somente depois de o último orbital desse subnível ter recebido seu primeiro elétron começas o preenchimento de cada orbital semi-cheio com o segundo elétron (regra de Hund); Quando existem dois elétrons em um orbital, deve-se indicar com setas (a primeira apontando para cima e a segunda para baixo) que ambos possuem spin contrários (princípio de exclusão de Pauli). Distribuição eletrônica Distribuição eletrônica Z=7 Z=8 Z=10 Z=9
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