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SEST - Serviço Social do Transporte SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Curso online – DST / AIDS: Da Prevenção ao Tratamento. – Brasília: Sest/Senat, 2011. 32 p. : il. 1. Aids, prevenção. 2. Doença sexualmente transmissível. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 616.97 SEDE: SAUS Quadra 1 - Bloco “J” - Ed. Confederação Nacional do Transporte 12º andar, Brasília - DF 70.070-944 Fone: (61) 3315.7028 / Email: www.sestsenat.org.br Índice ____________________________________________________________________________ Apresentação ........................................................................................................................................4 Conceitos Iniciais .................................................................................................................................5 DST ......................................................................................................................................................5 Aids.....................................................................................................................................................5 DST ...........................................................................................................................................................6 Aids no Brasil .......................................................................................................................................17 Sangue, Drogas e Seringas ..............................................................................................................21 Preconceitos x Direitos ....................................................................................................................22 Mitos ......................................................................................................................................................25 Sexualidade com Responsabilidade .............................................................................................27 Conclusão ..............................................................................................................................................31 Bibliografia ..........................................................................................................................................32 apresentação Todas as pessoas têm direito a uma vida saudável, com igualdade, dignidade e respeito; merecem ter acesso a informações corretas e em linguagem adequada, bem como acesso a serviços e insumos de saúde, inclusive de saúde sexual e reprodutiva, para que possam viver plenamente suas vidas. Em todo o mundo, o preconceito, a desinformação e as diferentes formas de desigualdade social – de gênero, de raça/etnia, de classe social e por orientação sexual - continuam sendo os principais obstáculos na luta contra a disseminação das DST/Aids. Por isso, o curso sobre Prevenção de DST/Aids desenvolvido pelo Sest Senat tem como principal objetivo informar a população acerca dos riscos, formas de transmissão e prevenção do HIV/Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis, de modo a desfazer mitos e preconceitos criados sobre o tema. Leia atentamente este material, faça os exercícios propostos. Guarde para consultas posteriores. E divulgue para quem tiver interesse. A informação é o ponto de partida para o caminho de vida saudável. Boa leitura! Doenças sexualmente transmissíveis - Dsts São doenças causadas por bactérias, vírus ou parasitas que têm como principal característica o fato de serem transmitidas por meio do ato sexual. Essas doenças, que já foram chamadas no passado de “doenças venéreas” por sua correlação com a deusa do amor – Vênus –, atualmente podem ser chamadas, além de DSTs, de IST, sigla para Infecções Sexualmente Transmissíveis. sínDrome Da imunoDeficiência aDquiriDa - aiDs A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecida como AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome) é o nome dado a um conjunto de doenças que podem acometer o organismo como resultado da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV. Este vírus ataca o sistema imunológico do indivíduo, deixando-o sem resistências, ou seja, impedindo que ele crie suas defesas naturais contra agressões externas, como bactérias, células cancerígenas, outros vírus etc. Por isso, quando um indivíduo tem o HIV, torna-se propenso a contrair grande número de doenças, podendo ficar gravemente enfermo ou até morrer. Assim como as DSTs, a Aids também pode ser transmitida pelo ato sexual, embora esta não seja a única forma de transmissão. 1. CONCEITOS INICIAIS As DSTs representam um importante problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, as DSTs também ocorrem em grande número, atingindo tanto mulheres quanto homens, nas diferentes faixas etárias. Os sintomas das DSTs podem manifestar-se tanto nos órgãos genitais quanto em outras partes do corpo, ou mesmo podem não estar visíveis. De fato, muitas DSTs não produzem sintomas, dificultando a busca de tratamento e facilitando a disseminação do agente infeccioso. A forma mais simples, prática e eficiente de prevenir uma DST é o uso de preservativos (masculino ou feminino) nas relações sexuais. Também conhecidos como camisinhas, os preservativos são impermeáveis e evitam que os agentes causadores das DSTs e Aids passem de uma pessoa a outra. E também evitam a gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre. Da mesma forma, a principal causa do aumento do número de casos de DSTs é o não uso de preservativos. Este não uso pode acontecer por: • Falta do preservativo no momento da relação sexual: embora as camisinhas possam ser encontradas gratuitamente nos postos de saúde e facilmente em farmácias e supermercados, nem sempre as pessoas procuram obtê-las; ou nem sempre se lembram que o sexo pode acontecer a qualquer momento e que é preciso ter sempre o preservativo na bolsa, no bolso ou na carteira. • Inabilidade no manuseio do preservativo, e inibição de demonstrar esta falta de destreza no momento da relação. Problema que pode ser facilmente resolvido com algum treino ou conversa franca com a/o parceira/o. • Mitos relativos à redução do prazer com o uso do preservativo. Argumento utilizado no passado, quando os preservativos ainda não eram lubrificados, não havia disponibilidade de tamanhos variados e a tecnologia utilizada na fabricação 2. DSTS CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 7 ainda não havia sido capaz de produzir um látex mais fino e com maior preservação da sensibilidade. Todas essas dificuldades já foram superadas atualmente. • Inibição de tratar do assunto com a/o parceira/o. Mais uma vez, a melhor forma de lidar com essa dificuldade é uma boa conversa. Experimente. • Dificuldade de recusar a relação sexual se não for protegida, em especial se houver algum tipo de dependência da pessoa em relação ao parceiro. Essa é uma questão complexa, que tem sua origem no machismo desses parceiros e envolve desde questões de confiança até o mito da redução do prazer (ver acima). É preciso conversar a respeito. Lembre-se de que, no caso das mulheres, a camisinha também evita a gravidez não planejada. • Fantasias de que a Aids e as demais DSTs são problemas que afetam apenas alguns tipos de pessoas, e que o indivíduo que não se identifica como sendo uma destas pessoas não precisaria se proteger, pois não estaria sob risco. Não há qualquer fundamento nessa crença, ao contrário – o risco é o mesmo para qualquer pessoa, independente de gênero, raça, idade,orientação sexual ou qualquer outro critério. As DSTs mais comuns no Brasil são: • Cancro mole • Clamídia • Gonorreia • Hepatites virais • Condiloma acuminado (HPV) • Donovanose • Herpes • Linfogranuloma venéreo • Sífilis • Tricomoníase • Aids Os preservativos masculino e feminino, assim como géis lubrificantes, são distribuídos gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997). CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 8 Veremos a seguir as características de cada uma dessas doenças, seus sintomas, formas de prevenção e de tratamento, que podem ajudar na identificação de algum problema. Mas, antes, temos alguns pontos importantes a serem observados: As informações abaixo servem como referência, mas não substituem o diagnóstico médico. Em caso de qualquer sinal ou suspeita de DST, um médico deve ser sempre consultado; a automedicação é uma prática perigosa e NUNCA deve ser adotada. Não tenha vergonha em observar seus genitais e os genitais de sua/seu parceira/o. Além de aumentar a intimidade do casal, isso facilita a descoberta de algum sintoma visível de DST. Caso identifique alguma alteração na pele ou outro sintoma, não tenha medo de procurar um serviço de saúde; quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor e mais rápido será o tratamento. Lembre-se: muitas DSTs são assintomáticas, ou seja, não apresentam alterações visíveis no corpo e dependem de exames laboratoriais para seu diagnóstico; esta é mais uma razão para a prática da prevenção e da busca de um serviço de saúde em caso de dúvida ou de relação desprotegida. cancro mole O cancro mole, popularmente conhecido como “cavalo”, “cancroide” ou “cancro venéreo”, é uma doença sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Haemophilus ducreyi. Ela se manifesta com feridas dolorosas e avermelhadas na região genital, tanto de homens quando de mulheres, e que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. As feridas vêm acompanhadas de secreção e pus. sinais e sintomas: Os primeiros sintomas da doença são: dores de cabeça, febre e fraqueza. Seu período CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 9 de incubação pode variar entre 1 e 15 dias, quando se manifestam as feridas. Nos homens, as feridas costumam aparecer na cabeça do pênis e, na mulher, na vagina ou no ânus. As feridas nem sempre são visíveis, mas provocam fortes dores no momento da relação sexual. tratamento: O tratamento para essa doença geralmente é feito por meio de antibióticos. Entretanto, para sua correta prescrição, no surgimento de qualquer desses sintomas, procure um médico. Essa indicação vale para todas as DSTs listadas. clamíDia Clamídia é uma doença sexualmente transmissível muito comum, causada pela bactéria Chlamydia Trachomati. Essa doença afeta a uretra e outros órgãos genitais de homens e mulheres sexualmente ativos. sinais e sintomas: Entre os sintomas estão: ardência para urinar, aumento do número de micções e, em alguns casos, corrimento, que pode ser acompanhado de pus. O período de incubação é de 15 dias entre a relação sexual e os primeiros sintomas. tratamento: A clamídia é tratada com antibióticos, que devem ser ministrados tanto à pessoa infectada quanto ao seu parceiro. Neste período de tratamento recomenda-se abstinência sexual. GonorrÉia Também conhecida como blenorragia ou uretrite gonocócica, a gonorréia é uma CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 10 doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria Gonorrhoeae. Caracteriza-se pela presença de secreção ou corrimento na uretra do homem e da mulher. Entretanto, em alguns casos, a doença pode não apresentar sintomas aparentes nas mulheres. sinais e sintomas: A gonorreia se manifesta, comumente, 10 dias após o contágio e pode provocar coceiras, ardência para urinar, dores na região inferior do abdômen e hemorragia. Pode haver também contágio por meio das práticas sexuais anal e oral desprotegidas, ocasionando infecções no ânus e na faringe (garganta). tratamento: O tratamento é feito com antibióticos, geralmente de dosagem única. HePatites virais Hepatite é a inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, uso de remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B, C e D. Existe, ainda, o vírus E, mais frequente na África e na Ásia. As hepatites do tipo A e E são transmitidas por via oral, principalmente pela água ou alimento contaminados, mas também pelo contato entre pessoas; já os vírus responsáveis pelas hepatites do tipo B, C e D podem estar presentes no sangue (tipos B, C e D), no esperma (tipos B e D) e no leite materno (tipos B e D), sendo por esta razão consideradas doenças sexualmente transmissíveis. sinais e sintomas: As hepatites nem sempre apresentam sintomas, mas estas, quando aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 11 tratamento: Depende de cada tipo de hepatite e pode variar do simples repouso durante a fase aguda, no caso da Hepatite A, ao uso de antirretrovirais no caso das Hepatites B, C e D; além do eventual uso de medicamentos, indica-se o corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses e, se necessário, o uso de remédios para aliviar vômitos e febres. A escolha do tratamento adequado deve ser feita por um médico. A rede pública de saúde disponibiliza vacinas contra os tipos A e B. A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite; isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode-se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses. CONDILOMA ACUMINADO (HPV) conDiloma acuminaDo (HPv) O condiloma acuminado, também conhecido como crista de galo ou verruga genital, é uma doença sexualmente transmissível causada por um vírus chamado Papilomavírus humano - HPV. Segundo o Ministério da Saúde, existem atualmente mais de 100 tipos de HPV. A preocupação que gira em torno desta doença é que algumas de suas variações podem dar origem a cânceres, se não tratadas. sinais e sintomas: Seus principais sintomas são surgimento de verrugas avermelhadas de aspecto similar Importante: Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 12 a uma couve-flor na região genital. Os locais mais comuns para o surgimento dessas verrugas são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem, e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. tratamento: A remoção das verrugas é comumente realizada por intervenções cirúrgicas ou aplicações tópicas de medicamentos. Atualmente já existem vacinas disponíveis para a prevenção de alguns tipos específicos de HPV. Entretanto, essas vacinas só são indicadas para pessoas que não estejam contaminadas, como uma forma de prevenção. Donovanose Donovanose é uma doença sexualmente transmissível, também conhecida por granuloma venéreo, úlcera serpiginosa ou úlcera venérea crônica, e é causadapela bactéria Klebsiella Granulomatis. sinais e sintomas: A donovanose tem um período de incubação longo, que pode variar entre 30 dias e 6 meses; seu principal sintoma é o surgimento, nas regiões da genitália, virilha e ânus, de úlceras indolores, de fácil sangramento e que destroem a pele em sua volta. tratamento: O tratamento é feito com antibióticos, recomendando-se não ter relações sexuais neste período. Como as úlceras não causam dores, há uma preocupação com o diagnóstico e tratamento tardios. HerPes Genital O herpes genital é uma infecção causada pelo vírus Herpes Simples Genital ou HSV-2; este CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 13 vírus não tem cura, apenas tratamento. Sua principal característica é a recorrência, ou seja, a doença surge, melhora, desaparece e volta a surgir. sinais e sintomas: O herpes genital é identificado por pequenas bolhas que aparecem agrupadas na região genital e que se transformam em feridas entre os 3º e 4º dias. Pode haver, ainda, dor ou mesmo ardência no local. Antes do surgimento das bolhas, há possibilidade de afluirem sintomas como formigamento, ardor e coceira, além de febre e mal-estar. Seu período de incubação pode variar entre 03 e 14 dias e, em alguns casos, a pessoa infectada pode não apresentar sintomas. tratamento: Como não há cura para o herpes genital, o tratamento é feito no sentido de ajudar no desaparecimento de sintomas e cicatrizar as feridas. O vírus continuará no corpo e a transmissão poderá ocorrer. linfoGranuloma venÉreo O linfogranuloma venéreo, também conhecido como doença de nicolas-favre, linfogranuloma inguinal, mula ou bubão, é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Caracteriza-se por uma infecção crônica que atinge os genitais e os gânglios da virilha. Atenção: Além do herpes genital, há também o herpes labial. Os dois tipos são muito contagiosos. É comum haver casos de infecção genital pelo herpes labial, bem como de infecção oral pelo herpes genital. É a chamada infecção cruzada. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 14 sinais e sintomas: A doença se manifesta entre 7 e 30 dias após o contato com a bactéria, por meio de uma ferida ou caroço nos locais expostos à bactéria. A ferida dura em média 3 a 5 dias e nem sempre é identificada facilmente, o que requer atenção a qualquer manifestação estranha no corpo. Entre 2 e 6 semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso nos gânglios da virilha (bubão). tratamento: Seu tratamento consiste na utilização de antibióticos e na aspiração do bubão inguinal, entre outros procedimentos eventualmente necessários. sífilis A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, popularmente conhecida como cancro duro, que pode ter sérias complicações, inclusive em outras partes do corpo, se não for tratada. A doença se apresenta em três estágios, sendo os dois primeiros os de maior risco de cotransmissão e o terceiro, sem sintomas aparentes, o mais perigoso, pois causa falsa sensação de cura. sinais e sintomas: Na primeira fase, a doença se manifesta com uma lesão, chamada cancro, na região genital, que pode levar de 7 a 20 dias para surgir após o sexo desprotegido. Na segunda fase, que ocorre em média 4 a 8 semanas a contar do surgimento do cancro, os sintomas podem ser de mal-estar, febre, dor de cabeça, perda de apetite e peso, e ínguas pelo corpo. Por fim, na terceira fase, ocorre a inflamação crônica, atingindo outras partes e órgãos do organismo. Nesta fase, a doença está no seu estágio mais avançado, podendo levar o indivíduo à incapacidade ou morte. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 15 Em mulher grávida, a sífilis pode provocar abortamento ou má formação no bebê. Por isso é realizado o teste de sífilis durante o pré-natal, pois nos casos positivos a grávida deve ser tratada para evitar a transmissão. tratamento: O tratamento da sífilis, assim como de outras doenças sexualmente transmissíveis, é feito com antibióticos. A grande preocupação dos médicos continua sendo o diagnóstico equivocado ou tardio, pois seus sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras DSTs. tricomoníase A tricomoníase é uma infecção causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra; nos homens, o pênis. sinais e sintomas: Os sintomas são diferentes para homens e mulheres. Nos homens, a doença causa inflamação na uretra (uretrite), acompanhada de secreções esbranquiçadas e amareladas. Na mulher, causa corrimento vaginal com forte odor. O período médio de incubação da doença é de 10 a 30 dias. tratamento: O tratamento desta doença é realizado geralmente com medicação de dose única, não só para o/a infectado/a, mas também para seu/sua parceiro/a. TODAS AS DSTs PODEM SER PREVENIDAS COM O USO DA CAMISINHA. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 16 DúviDas frequentes: qual é a gravidade das Dsts? o que acontece se não forem tratadas corretamente? Como toda doença, as DSTs podem causar sérias complicações se não forem tratadas adequadamente: dependendo do caso, podem levar a disfunções sexuais, esterilidade, provocar aborto, evoluir para algum tipo de câncer ou mesmo causar a morte. É fundamental consultar um médico para obter o correto diagnóstico e tratamento para uma eventual DST, prevenindo assim problemas futuros e principalmente evitando que a/o parceira/o contraia a doença. O médico poderá inclusive prescrever que a/o parceira/o faça também o tratamento, para evitar reinfecção (se uma pessoa foi tratada e a outra não, a pessoa que não foi tratada pode infectar novamente a primeira, caso voltem a fazer sexo desprotegido). Posso contrair uma Dst através do sexo oral? Toda relação sexual sem proteção traz algum risco. No entanto, este risco pode ser diferente em função da doença que está sendo considerada. No caso da sífilis e da gonorreia, por exemplo, o sexo oral desprotegido é bastante arriscado. No caso da infecção pelo HIV, a transmissão depende do contato com secreções que são liberadas no momento do ato sexual, como o esperma, e também da integridade das mucosas da cavidade oral, que podem apresentar feridas abertas ou sangramento na gengiva. Por isso, é sempre recomendado que o sexo oral seja praticado com protetor (preservativo ou plástico fino) para evitar contato com secreções. Existem atualmente preservativos aromatizados, com vários sabores, que servem para a prática de sexo oral. toda ferida ou corrimento genital é uma Dst? Não necessariamente, porque existem outras doenças que podem igualmente ocasionar corrimento genital. Neste caso, procure um médico para receber o diagnóstico correto. É possível contrair Dsts compartilhando o uso de vibradores ou outros acessórios eróticos? Sim. Nunca se deve compartilhar vibradores ou outros acessórios eróticos. A utilização de acessórios, em especial os vibradores, deve ser feita sempre com camisinha. A Aids surgiu na década de 80, com os primeiros casos identificados nos Estados Unidos, Haiti e África Central. Entretanto, muito rapidamente se disseminou para os diversos países do mundo, tranformando-se numa pandemia, ou seja, numa epidemia generalizada. No Brasil, os primeiros casos de Aids foram identificados no estado de São Paulo, o que motivou, em 1983, a criação do Programa de Aids do Estado de São Paulo. Dois anos mais tarde, foi fundado também em São Paulo o primeiro Grupo de Apoio à Prevenção da Aids – o GAPA, organização não governamental voltada para dar apoio a pessoas vivendo com HIV e para sensibilizar a opinião pública e o governo para as questões relacionadas à epidemia. Nos quase trintaanos de existência da Aids no Brasil surgiram várias outras ONGs voltadas especificamente para a prevenção, o apoio aos doentes e portadores do HIV e ao diálogo com os governos na busca de alternativas de enfrentamento ao HIV/Aids. Ao mesmo tempo, governos, setor privado e agências de cooperação internacional também se mobilizaram para a construção de uma resposta conjunta à Aids no Brasil. Graças a esse conjunto de esforços, a epidemia de HIV/Aids está atualmente estabilizada no Brasil, o que significa que continuam a ocorrer novos casos de infecção e óbitos por esta causa, mas sem o crescimento explosivo que ocorreu na década de 90. Para compreender melhor a doença, conheça agora suas fases e sintomas: 1ª fase - infecção aguda Ocorre quando o indivíduo é infectado pelo vírus e seu sistema imunológico começa a ser atacado, levando de 8 a 12 semanas para produzir os primeiros anticorpos contra o HIV. Nesta fase, os sintomas são muito parecidos com uma gripe, por isso são de difícil percepção. 3. AIDS NO BRASIL CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 18 2ª fase - assintomático Esta é a fase em que há uma intensa interação entre o HIV e os anticorpos, que trabalham para combater o vírus que sofre constantes e rápidas mutações. Não há sintomas aparentes nesta fase e ela pode durar muitos anos. 3ª fase - sintomática inicial Esta é a fase em que os anticorpos funcionam com menos eficiência, até serem destruídos pelo vírus. A consequência é um organismo debilitado e vulnerável. Os principias sintomas desta fase são diarreia, febres, emagrecimento e suores noturnos. 4ª fase - aids Somente neste estágio é que a doença propriamente dita se concretiza. Com o organismo fragilizado e quase sem defesas, as chamadas doenças oportunistas aparecem. formas de transmissão • Por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo masculino ou feminino. • Pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos perfuro-cortantes. • Na gravidez, no parto ou na amamentação, se a mãe for portadora do vírus (transmissão vertical, da mãe para a criança). teste e Diagnóstico Vivenciada qualquer situação de risco, como ter feito sexo sem proteção, não hesite em fazer o teste. Atenção: Ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Nem todos os pacientes que possuem o vírus HIV (soropositivos) desenvolvem a doença - Aids. Entretanto, mesmo não tendo desenvolvido a Aids, podem transmitir o HIV (vírus) a outras pessoas. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 19 O teste é realizado a partir de uma simples coleta de sangue. É ANÔNIMO e feito GRATUITAMENTE pelo Sistema Único de Saúde – SUS nas suas unidades públicas e Centros de Testagem e Aconselhamento - CTAs. Nestes locais, há também serviço de aconselhamento que atenderá o indivíduo antes e depois do teste. Se o resultado for positivo, o profissional de saúde passará todas as informações necessárias acerca da infecção e os cuidados que o/a portador/a do vírus deve ter para manter-se saudável. tratamento Até o momento não há uma vacina ou medicamento capaz de curar a Aids. Entretanto, os tratamentos disponíveis hoje permitem que a pessoa possa continuar levando a sua vida de forma adequada e com qualidade, sem prejuízo das suas atividades sociais, de trabalho, afetivas e sexuais. O tratamento para a Aids é composto por: • Acompanhamento frequente de um profissional de saúde; • Exames periódicos; e, em casos indicados, • Administração de medicamentos, os chamados antirretrovirais ou, como popularmente são conhecidos, “coquetéis”. Essa medicação ajuda a diminuir a multiplicação do vírus HIV no organismo e recupera as defesas, evitando que ocorram doenças oportunistas. A adesão ao tratamento e sua correta realização são fundamentais para possibilitar que o/a portador/a do HIV tenha uma vida social e afetiva normal. No caso das gestantes portadoras do HIV, já existem medidas eficazes para evitar o risco de transmissão vertical, sendo possível que as crianças nasçam sem infecção. Neste caso, quanto mais cedo for detectada a infecção da gestante por HIV, maiores Descubra onde fazer o teste ligando para o Disque Saúde: 0800 61 1997 CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 20 serão as possibilidades de sucesso do tratamento, que deve ter início no pré-natal. Entre os cuidados específicos, estão: • Uso de medicamentos antirretrovirais; • Parto diferenciado, que será definido mediante análise da saúde da gestante; e • Suspensão do aleitamento materno, com a substituição por leite com fórmula infantil artificial. Todo o tratamento contra a Aids é GRATUITO e está disponível no Sistema Único de Saúde – SUS. O uso de drogas está diretamente associado à transmissão e disseminação do HIV. Além da troca de materiais, que permite o contato com resíduos de sangue contendo HIV, os usuários de drogas estão mais expostos aos riscos de infecção por relações sexuais sem proteção. Por isso, essas três palavras – Drogas, Sangue e Seringas – andam lado a lado com o HIV. O compartilhamento de seringas ou outros materiais também facilita a transmissão de doenças como as Hepatites B e C, o que pode debilitar ainda mais o organismo, no caso dos portadores do HIV. Mesmo um pequeno resíduo de sangue infectado pode ser suficiente para a transmissão do vírus a outros indivíduos. 4. SANgUE, DROgAS E SERINgAS Estudos comprovam que o vírus HIV pode sobreviver durante 4 semanas em uma seringa usada. Para vencer os preconceitos e estigmas que envolvem as pessoas portadoras de HIV/Aids, em 1989 foi elaborada a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids, assegurando que: I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a Aids. II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua condição. III - Todo portador do vírus da Aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida. IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação. V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/Aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual. VI - Todo portador do vírus da Aids tem direito à participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do HIV/Aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei. VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV. 5. PRECONCEITOS x DIREITOS CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 23 VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/Aids, sem o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais. IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/Aids compulsoriamente, em caso algum. Os testes de Aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, controle de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser informados. Os resultados deverão ser transmitidos por um profissional competente. X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes. XI - Toda pessoacom HIV/Aids tem direito à continuação de sua vida civil, profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos completos à cidadania. Além dessas garantias, as pessoas portadoras de HIV/Aids ainda podem valer-se de outros direitos legais: No campo das finanças, é assegurado às pessoas soropositivas ou a quem tenha algum dependente nessa condição, o saque integral de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); basta requerer o benefício junto à Caixa Econômica Federal. Além disso, as pessoas soropositivas podem receber os valores relativos à aposentadoria, reforma ou pensão, isentos de imposto de renda. No campo dos transportes, já existem alguns estados que isentam a/o soropositiva/o do pagamento do transporte coletivo (intermunicipal). E alguns municípios concedem às pessoas soropositivas a gratuidade da tarifa do transporte coletivo urbano. Consulte a secretaria de transportes de seu estado e município. No campo da justiça, existem organizações privadas que recebem verba do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para atuarem na proteção dos direitos das pessoas soropositivas, recebendo denúncias e assessorando vítimas de discriminação e preconceito. Além desse trabalho, estas instituições ainda oferecem assessoria jurídica gratuita à/ao soropositiva/o sempre que necessário. Por fim, no campo do trabalho, os direitos das pessoas soropositivas incluem o sigilo CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 24 da sua condição de portador/a do HIV/Aids. Portanto, as empresas não podem exigir testes de HIV em exames admissionais, periódicos ou mesmo demissionais. Outra garantia nesta área é a concessão de Auxílio-Doença em casos de incapacidade para o trabalho, desde que superior a 15 dias e inferior a 12 meses. Caso a incapacidade seja superior a 12 meses, a/o soropositiva/o terá direito à Aposentadoria por Invalidez. Mesmo com seus direitos definidos e assegurados, não se pode negar que ainda há muita discriminação e preconceito contra portadores do vírus HIV, especialmente no que tange ao mundo do trabalho. Infelizmente “muitas pessoas que vivem com HIV não conseguem manter-se no mercado de trabalho; outras preferem sentir-se discriminadas ou isoladas nos seus locais de trabalho, o que pode levá-las a abandonar ou pedir demissão.” (TUNALA, 2002). Por isso, é importante que as empresas estejam atentas a isso e que propiciem ao trabalhador com HIV um ambiente acolhedor. Além disso, é responsabilidade de cada um de nós assegurarmos aos portadores de HIV uma vida digna e livre de preconceitos. Faça a sua parte! A maioria das doenças sexualmente transmissíveis existe desde o início da humanidade e, junto com elas, alguns mitos e inverdades. Do mesmo modo, em relação à Aids também existem muitos mitos ou informações distorcidas. Por isso, ATENÇÃO: • O HIV não é transmitido pelo beijo, abraço ou aperto de mão. • O uso de utensílios domésticos como talheres, copos, pratos, ou mesmo artigos de banho como pastas de dentes, desodorantes ou sabonetes, não expõe o indivíduo ao contágio do HIV. • O HIV não é transmitido por meio de suor ou lágrima, em piscinas, banheiros ou assentos de ônibus. • Insetos não transmitem o vírus do HIV, mesmo que tenham picado uma pessoa infectada. O vírus não sobrevive em insetos. • Não existe a possibilidade da camisinha feminina “se perder” dentro do corpo da mulher, e seu uso garante à mulher independência e proteção. • Qualquer pessoa está sujeita aos riscos de contrair uma DST ou Aids. Não são doenças exclusivas de determinadas categorias. • Os anticoncepcionais não previnem o contágio das DTSs ou da infecção do HIV. O único meio de prevenir é a utilização da camisinha. • Ninguém morre de Aids, e, sim, das doenças oportunistas que surgem em razão do organismo debilitado do portador da doença. 6. MITOS CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 26 • A transmissão de DSTs/Aids não está associada à ejaculação, mas, sim, ao contato entre os órgãos genitais e a troca de secreções. • Usar mais de uma camisinha na mesma relação sexual não garante maior proteção, como alguns pensam. Além de ser desconfortável, pode facilitar o seu rompimento. Não deixe que os MITOS gerem preconceitos! Esclarecer é a melhor saída. A sexualidade é algo inerente ao ser humano e se manifesta de forma muito particular, conforme as vivências e experiências de cada um. Ela está associada, entre outras coisas, à busca de prazer, à atração por outras pessoas e à descoberta do próprio corpo. O desenvolvimento da sexualidade é algo natural, que necessita, porém, ocorrer de maneira responsável e saudável. A responsabilidade está em cuidar do seu próprio corpo, aceitar suas transformações e limitações, respeitá-lo, mas, principalmente, em protegê-lo contra doenças. Em termos de proteção, o uso de camisinha, tanto masculina quanto feminina, continua sendo a indicação mais segura para a prevenção de doenças e, também, de uma gravidez não planejada. o uso correto Da camisinHa camisinHa masculina A camisinha masculina é uma capa de látex que, colocada sobre o pênis, protege contra a transmissão de DSTs e contra a gravidez indesejada. 1º Abra a embalagem com cuidado. Nunca abra com os dentes: eles podem furar a camisinha sem que você perceba. 2º A camisinha deve ser colocada apenas quando o pênis estiver ereto. 7. SExUALIDADE COM RESPONSABILIDADE Atenção: evite o uso de lubrificantes à base de óleo, como a vaselina. Use apenas lubrificantes à base de água. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 28 3º Aperte a ponta para retirar o ar e desenrole-a até a base do pênis. 4º Retire a camisinha logo após a ejaculação, com o pênis ainda ereto. Cuide para que não vaze esperma da camisinha. 5º Dê um nó e jogue-a no lixo. Dicas e cuidados • A camisinha deve ser colocada SEMPRE antes do início da relação sexual. • Ao colocá-la, cuide para que não entre ar dentro, pois ela poderá rasgar. • Desenrole a camisinha até que o pênis fique todo coberto. • Não deixe a camisinha ficar apertada na ponta do pênis - deixe um espaço vazio na ponta da camisinha que servirá de depósito para o esperma. • Ao apertar o bico da camisinha, cuide para não apertar com muita força para não estragá-la. camisinHa feminina A camisinha feminina é uma “bolsa” de 15 cm de comprimento por 08 cm de diâmetro, feita de plástico fino. Ela protege a mulher do contato com o líquido liberado pelo homem no momento da relação sexual. 1º Fique numa posição confortável, que pode ser: em pé com um pé em cima de uma cadeira; sentada com os joelhos afastados; agachada ou deitada. Abra a camisinha com cuidado, nunca use os dentes para isso, pois ela pode se danificar. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO 29 2º Segure a camisinha com o anel externo pendurado para baixo, como mostra a imagem abaixo: 3º Aperte o anel interno e introduza na vagina. Com o dedo indicador, empurre a camisinha o mais fundo possível. É importante que ela cubra o colo do útero. 4º O anel externo deve ficar uns 03 cm para fora da vagina - essa parte que fica para fora serve para aumentar a proteção. 5º Ao final da relação, retire o anel externo com cuidado para que o esperma não saia. Dicas e cuidados • Use a camisinha desde o começo da relação. • Não reutilize a camisinha. A cada nova relação, use uma camisinha nova. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra DSTs e gravidez. O uso da camisinha feminina possibilita à mulher maior independência sexual. Atenção: Até que você e o seu parceiro tenham segurança, guie o pênis dele com a sua mão para dentro da sua vagina. CURSO ONLINE – DST/AIDS: DA PREVENÇÃOAO TRATAMENTO 30 LEMBRETES FINAIS • Sem prevenção, QUALQUER pessoa está vulnerável às DSTs/Aids. • USE CAMISINHA! • DSTs podem ser transmitidas pela prática de sexo oral. • Ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids. • Fazer o teste é um importante passo para a prevenção e o tratamento da Aids. • O teste é anônimo e gratuito. • A qualidade de vida aumenta com o tratamento da Aids. • O diálogo aberto e franco entre o casal ajuda a evitar a transmissão do HIV. • Mães com HIV, que estejam em tratamento, podem ter filhos saudáveis, sem o vírus. Segundo a Constituição Federal, todo cidadão tem direito ao acesso à saúde pública. Isto significa que todos os tratamentos, além do teste de HIV, mencionados neste curso, estão disponíveis para você nas unidades do Sistema Único de Saúde gratuitamente. Diante do surgimento de qualquer dos sintomas e sinais descritos neste curso, procure um médico. Lembre-se, é um direito seu buscar ajuda e um dever do Estado concedê-la. Tenha uma vida sexual saudável, sem medos, preocupações ou inseguranças. Cuide de seu corpo! Use camisinha. Ela é a forma mais segura de se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis como a Aids. CONCLUSÃO Conheça também e participe das ações da Campanha Sest Senat na Luta contra a Aids. Localize uma das Unidades do Sest Senat mais próxima de você, pelo site: www.sestsenat.org.br BRASIL. Constituição Federal de 1988, disponível em http://www.senado.gov.br acesso em 14/04/2011. ENGENDERHEALTH e UNFPA, organização. Saúde sexual e saúde reprodutiva das mulheres adultas, adolescentes e jovens vivendo com HIV e Aids: subsídios para gestores, profissionais de saúde e ativistas. – Nova York: EngenderHealth e Brasília, DF: Unfpa, 2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Biblioteca Virtual em Saúde. Dicas em Saúde: Camisinha masculina e feminina. Disponível em www.bvsms.saude.gov.br, acesso em 14/04/2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais. Curso Básico de Vigilância Epidemiológica em HIV e Aids: Evolução de Epidemia da Aids no mundo e no Brasil. Disponível em www.aids.gov.br acesso em 14/04/2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais. O que é o HIV? Disponível em www.aids.gov.br acesso em 14/04/2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Departamento de HIV, Aids e HepatitesVirais. O que são Hepatites Virais? Disponível em http://www.aids.gov.br/pagina/o-que-sao-hepatites-virais acesso em 20/05/2011. TUNALA LG. Fontes cotidianas de estresse entre mulheres portadoras do HIV. Revista Saúde Pública. 36 (suplemento 4): 24-31, 2002 VILLELA, Wilsa Vieira, Monitoramento das metas da UNgASS – Aids em saúde sexual e reprodutiva das mulheres: Fórum UNgASS – Aids. Wilsa Vieira Villela, Alessandra Cabral dos Santos Nilo, José Carlos Pereira da Silva. – Recife: Gestos, 2008. 86 p. Revisão Técnica: Ulisses Lacava e Wilsa Vieira Revisão do texto: Jennifer Gonçalves e Ulisses Lacava BIBLIOgRAFIA apoio
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