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BIOTERAPICOS
BREVE HISTORICO
� Constantine Hering (1800 – 1880) -Psorinum – 1º nosódio
� Johann Wilhelm Lux (1831) - Isopatia – mormo no gado(Burkholderia
mallei)
� Johann Ernst Stapf (1788 – 1860) -Auto-isopatia – críticas de Hahnemann –
raciocínio simples, método paliativo
� Segundo a Farmacopeia H. Francesa (1965): São medicamentos
preparados de acordo com a farmacotécnica homeopática a partir de
produtos biológicos, quimicamente indefinidos, como secreções,
excreções, tecidos e órgãos patológicos ou não, bem como produtos de
origem microbiana e alérgenos.
� Segundo a Farmacopeia H. Brasileira (2011): “São preparações
medicamentosas obtidas a partir de produtos biológicos, quimicamente
indefinidos: secreções, excreções, tecidos, órgãos, produtos de origem
microbiana e alérgenos. Essas preparações podem ser de origem
patológica (nosódios) ou não patológicos(sarcódios), elaboradas
conforme a farmacotécnica homeopática”.
São utilizados nas seguintes situações:
� De acordo com a totalidade sintomática (Psorinum, Luesinum,
Medorrhinum);
� Coadjuvantes terapêuticos quando a etiologia da infecção é conhecida
(Staphylococcinum, Streptococcinum, Colibacillinum);
� Nas reações de hipersensibilidade (poeira, pólen, alimentos etc);
� Na eliminação de agentes tóxicos (Diphtherotoxinum, Staphylotoxinum;
Arsenicum);
� Na inibição da formação ou estimulador da eliminação (cálculos renais e
biliares).
São divididos em duas grandes
categorias:
� Bioterápicos de Estoque;
� Isoterápicos.
 Bioterápicos de Estoque
� Bioterápicos Codex: obtidos a partir de vacinas, soros, toxinas e anatoxinas,
inscritos na Farmacopéia Francesa. Ex.:Influenzinum, Tuberculinum (TK), etc;
� Bioterápicos Simples: obtidos a partir de culturas microbianas puras, lisadas e
atenuadas. Ex.: Colibacilinum, Staphylococcinum, etc.
� Bioterápicos Complexos: obtidos a partir de órgãos doentes, secreçõesou
excreções patológicas. Ex.: Luesinum (lisado de cranco sifilítico), Pertussinum
(lisado de expectorações de pacientes com coqueluche), etc.
� Bioterápicos Ingleses: conhecidos como nosódios intestinais de Bach- Peterson,
obtidos a partir de microrganismos da flora intestinal que não fermentam lactose,
presentes nas fezes de doentes crônicos.
� Bioterápicos Roberto Costa: obtidos a partir de microrganismos vivos, conforme
técnica desenvolvida pelo pesquisador brasileiro Roberto de Andrade Costa
 Isoterápicos
� São preparações medicamentosas obtidas a partir de insumos
relacionados com a patologia/enfermidade do paciente, elaboradas
conforme a farmacotécnica homeopática.
� origem endógena - Sangue, urina, cálculo renal etc.
� origem exógena - Alérgenos, alimentos, toxinas etc
� São divididos em:
Auto-isoterápicos - do próprio paciente e só a ele destinado: Cálculo, fezes,
sangue, secreções, urina etc.
Heteroisoterápicos - externo ao paciente e de alguma forma o sensibiliza:
Alérgenos, poeira, pólen, solventes, etc.
 Preparo dos Isoterápicos
� Coleta -consultório médico, laboratório de análises clínicas, própria
farmácia que para isso deve possuir local apropriado segundo a RDC
67/2007, ou próprio paciente quando aplicável.
Segundo a Farmacopeia Homeopática
Brasileira 3.ed. (2011), os aspectos mais
importantes nos procedimentos de coleta
são:� Toda amostra de origem biológica deve ser tratada como se fosse patogênica
� Observar e seguir as normas técnicas de segurança individual e de
proteção(EPI: equipamento de proteção individual).
� Descontaminar a parte externa do recipiente da coleta, quando se tratar de
material patogênico.
� Colher o material, sempre que possível, antes do início de qualquer tratamento.
� O material utilizado na coleta deve ser, tanto quanto possível, descartável,
sendo necessário para o seu descarte aplicar o PGRSS – Programa de
Gerenciamento de Resíduo de Serviços de Saúde, de acordo com o material
coletado e outras normas vigentes para segurança do manipulador. O
material reutilizável deve ser descontaminado, de forma que a biossegurança
seja garantida.
Todo material biológico deverá ser
coletado conforme procedimentos
adequados de antissepsia e
biossegurança. Levá-los o mais rápido
possível à Farmácia ou armazená-los sob
refrigeração.
Detalhes das Orientações:
� Excreções (escarro, fezes, pus): Não usar medicamentos tópicos ou
produtos antissépticos.
� Raspado de pele e unha: Não usar produtos de limpeza e assepsia.
� Saliva: Não usar medicamento tópico; usar produtos de higiene neutros.
 Coletar em jejum de 1 hora, antes da higiene bucal.
� Sangue: Coletar sem anticoagulantes, diluir em 9 partes de soro fisiológico.
� Secreção (auricular, nasal, vaginal): Não usar antisséptico local.
� Urina: O paciente deve estar em jejum de 12 horas. Não usar antisséptico
local. Desprezar o primeiro jato de urina.
� Fonte: Fontes (2018, p.208)
– Técnicas de obtenção dos
isoterápicos.
Ponto de partida
 
Veículo ou
excipiente usado
nas dinamizações
 
Processo
 
Material insolúvel: cálculos,
escamas, fragmentos de
órgãos e tecidos, pêlos e pós
 
Lactose, álcool 20% (p/p) e 70% (p/p)
 
 
1.Triturar até 3 CH ou 6 DH em lactose.
 2.Preparar a 4 CH em álcool 20%ou7DH m água
3.Dinamizar as potências intermediária sem álcool
70% (p/p)
4.O teor hidroalcoólico da última potência vai
depender da forma
farmacêutica a ser dispensada.
 
Material solúvel: alérgenos, excreções e
secreções
 
Álcool 70% (p/p)
 
1.Dinamizar até a 3CH ou 6DH emi.i. adequado à
solubilidade do material. 2.Dinamizar as potências
intermediária sem álcool 70% (p/p).
3.O teor hidroalcoólico da última potência vai
depender da forma farmacêutica a ser dispensada.
 
Cultura microbiana: placa
microbiana ou suspensão de
cepas de bactérias
Glicerina diluída (1
parte de água e 1
parte de glicerina) e
álcool 70% (p/p)
 
1.Dinamizar com glicerina diluída até 3CH ou 6 DH.
2.Dinamizar as potências intermediáriasem álcool
70% (p/p).
3.O teor hidroalcoólico da última
potência vai depender da forma
farmacêutica a ser dispensada.
 
Descarte de material
� Pode ser realizado por empresa terceirizada, deve seguir o PGRSS,
conforme RDC 306/2004
� material descartável :* Até 12 CH e 24DH: deixar imerso em hipoclorito de
sódio 1% por 2h ou autoclavar e descartar (cuidados especiais aos
perfurocortantes) * Acima 12CH e 24DH: descartados na coleta seletiva
sem tratamento prévio (cuidados especiais aos perfurocortantes).
� material reutilizável :Vidros de potências acima e abaixo de 12 CH ou 24
DH devem ser deixados imersos em etanol 70% (p/p) por 2h ou em
hipoclorito de sódio a 1% por 2h, lavados em água corrente, água
destilada e depois esterilizados em estufa 180 C por 30 minutos ou
autoclave 120 C por 30 minutos.
Armazenamento das matrizes de
Bioterápicos
� Bioterápicos de estoque e heteroisoterápicos :armazenados da mesma
maneira que os demais medicamentos homeopáticos.
� Auto-isoterápicos :são do próprio paciente e serão guardadas apenas
como segurançacaso o paciente necessite para repetir receituário,
aumentar a potência ou por quebra de frasco.
Rotulagem de Bioterápicos
� Os rótulos de bioterápicos homeopáticos, assim como os de qualquer
medicamento homeopático, devem conter informações claras e legíveis
para garantir a segurança e eficácia do produto. Estes rótulos devem
indicar que se trata de um medicamento homeopático, a via de
administração, a Farmacopeia ou código a que obedece, e a identidade
da farmácia. Além disso, para medicamentos sujeitos a registo
simplificado, o rótulo deve indicar "medicamento homeopático" em
maiúsculas e em fundo azul, e a menção "Sem indicações
� Segundo RDC 67/2007, deve-se colocar também número de registro no
livro de receituário.
Elementos essenciais nos rótulos de
bioterápicos homeopáticos:
� Nome da farmácia e endereço: Identifica o estabelecimento responsável pela
preparação e distribuição do medicamento. 
� Número de licença do estabelecimento: Confirma a legalidade da farmácia. 
� Nome do produto: Especifica o nome do bioterápico homeopático. 
�Farmacopeia ou código: Indica a referência da Farmacopeia Homeopática Brasileira
(FHB) ou outro código relevante. 
� Via de administração: Informa como o medicamento deve ser tomado (oral, tópica,
etc.). 
� Indicação "medicamento homeopático": Essencial para identificar o tipo de
medicamento. 
� Menção "Sem indicações" (para registo simplificado): Informa que o medicamento não
possui indicações terapêuticas específicas. 
� Outras exigências: Dependendo do medicamento, outros elementos podem ser
necessários. 
Boas Práticas de Manipulação de
Bioterápicos
� A Farmácia deve possuir arquivos de Biossegurança:
� Normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e ambiental;
� Instrução de uso de EPI’s;
� Procedimentos em casos de acidentes;
� Manuseio do material
Boas Práticas de Manipulação de
Bioterápicos
� A Farmácia ainda deve manter, no mínimo, os seguintes POP’s:
� Orientação em relação a coleta;
� Coleta do Material;
� Técnica de Preparação;
� Descarte de material;
� Armazenamento das matrizes;
� Rotulagem e dispensação;
� Limpeza do local de coleta;
� Monitoramento do ambiente.

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