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Indicadores de 
Desempenho em 
Responsabilidade Social 
e Ambiental
Fábio César Bovolenta
Indicadores de Desempenho 
em Responsabilidade 
Social e Ambiental
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Introdução
Olá, aluno(a)! 
Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Indicadores de desempenho em responsabilidade 
social e ambiental”, na qual abordaremos as principais estratégias de gestão 
ambiental e responsabilidade social, voltadas a organizações com as seguintes 
características: indústria, de bens de consumo duráveis e não duráveis, comerciais, 
serviços especializados, serviços públicos e cooperativas.
Além disso, trataremos dos indicadores principais de referência, conhecidos como 
benchmarking de qualidade e desempenho, no âmbito da responsabilidade ambiental 
e social.
O conteúdo permitirá a você avaliar os tipos de indicadores de desempenho sobre 
responsabilidade socioambiental, bem como as estratégias de gestão. Para isso, este 
conteúdo será dividido em dois tópicos de estudo: 
• Estratégias de gestão ambiental e responsabilidade social para organizações;
• Indicadores e benchmarking de qualidade e desempenhos da responsabilida-
de socioambiental.
Então, aproveite ao máximo este material e bons estudos! 
Objetivos da Aprendizagem
• avaliar os tipos de indicadores de desempenho de responsabilidade social e am-
biental e as estratégias de gestão ambiental e de responsabilidade social;
• identificar as principais estratégias de gestão ambiental e responsabilidade so-
cial para organizações do tipo: indústria, de bens de consumo duráveis e não du-
ráveis, comerciais, serviços especializados, serviços públicos e cooperativas;
• identificar os principais indicadores e benchmarking de qualidade e desempenho 
da responsabilidade ambiental e social.
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Estratégias de Gestão Ambiental e 
Responsabilidade Social para Organizações
Percebemos um sentimento de perplexidade frente ao modo de vida na sociedade 
contemporânea e às contradições existentes. Diante disso, criou-se uma cultura 
de individualismo, o que nos provoca incertezas e inseguranças relacionadas à 
preservação ambiental; afinal, é preciso preservar o mundo em que vivemos e as 
pessoas que nele habitam.
Seria natural que buscássemos a preservação ambiental e o crescimento social como 
um todo, mas não é isso que vemos em muitas empresas e, até mesmo, nos meios 
sociais. Atualmente, observa-se uma preocupação extrema com questões individuais; 
por isso, apesar de vivermos em sociedade, estamos sozinhos. 
Pare em alguma esquina das ruas de sua cidade – escolha 
preferencialmente as mais movimentadas – e apenas observe o rosto 
das pessoas. Veja o ar de preocupação estampado em suas faces e 
perceba a pressa com que se movimentam, sempre como se estivessem 
atrasadas para algum compromisso importante, quando, na verdade, 
estão simplesmente retornando do trabalho para casa. (MUNHOZ, 2015, 
p. 55).
É preciso reconhecer, portanto, que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com 
seus problemas individuais, mesmo que muitos deles sejam problemas coletivos. As 
organizações constituem uma ferramenta do nosso tempo, cujas ações, integradas 
com as questões sociais, podem prestar serviço à sociedade civil, melhorando a 
qualidade de vida do ser humano.
Vale notar, ao longo do tempo, que as ações foram feitas por grupos de pessoas 
preocupadas com as questões sociais e ambientais. Como vimos em outros contéudos, 
essas ações deram às empresas um papel de destaque nesse processo, gerando a visão 
empresarial sobre a responsabilidade social e ambiental. Para tanto, foi necessário 
organizar seu papel no que diz respeito às questões socioambientais.
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Gestão ambiental é aquela que tem responsabilidade social, no 
âmbito da preservação do meio ambiente. Por isso, a importância 
de contextualizarmos esse tema.
Atenção
Figura 1– Planeta Terra
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Dentre as estratégias de gestão ambiental e responsabilidade social, estão: 
• conhecer a comunidade em que a organização está;
• definir o público de interesse para a empresa; assim, é possível compreender 
as possibilidades de uma produção responsável;
• ter um código de ética e uma política institucional voltados à preservação am-
biental e à responsabilidade social;
• buscar uma produção capaz de reduzir o impacto ambiental, o que, conse-
quentemente, melhora a imagem da empresa no mercado;
• estar em conformidade com a legislação vigente;
• buscar antecipar mudanças institucionais, tornando a empresa proativa e 
mais competitiva no mercado;
• qualificar os funcionários, a fim de que possam acompanhar as mudanças na 
organização, visto que a legislação está sempre sujeita a mudanças;
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• buscar reaproveitar, em outros setores, os resíduos sólidos, gerando, com 
isso, outra fonte de recurso e redução de custos;
• comprometer-se com a melhoria dos processos;
• produzir produtos e serviços não agressivos;
• saber como orientar o consumidor;
• ter um enfoque preventivo, bem como planos de emergência, englobando si-
tuações de risco.
Dessa forma, estamos trocando a produção industrial linear pela circular, objetivando 
maior ecoeficiência e eficácia, promovendo, também, a economia de água e energia.
Groenner (2012) lembra que a falta de estratégias para a preservação ambiental com 
responsabilidade social pode trazer diversos prejuízos à empresa, tais como:
• mau uso do produto pelo consumidor;
• consumo exagerado de insumos;
• processo de produção de risco;
• ações civis contra a empresa, o que pode gerar multas e custos de remediação;
• impactos visuais e sonoros;
• matérias-primas inadequadas;
• falta de controle de acidentes e emergências;
• perda de produtos que poderiam ser reutilizados;
• gastos que poderiam ser reduzidos;
• danos à imagem da organização.
Em um mercado cada vez mais competitivo, a gestão da empresa precisa estar atenta 
às questões que vão além da criação de um produto, pois uma organização proativa é 
aquela que está sempre um passo à frente.
Para saber mais sobre o tema, confira o artigo: “Estratégias de gestão 
ambiental e seus fatores determinantes: uma análise institucional”. 
Acesse o link: http://www.scielo.br/pdf/rae/v50n2/04.pdf.
Saiba mais
Para que a empresa tenha bons resultados, no que se refere à responsabilidade 
socioambiental, é importante ter um sistema de gestão ambiental implementado, 
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com base na ISO 14001. Assim, a empresa estará em conformidade com a legislação 
ambiental, tendo a oportunidade de se diferenciar no mercado, não vendo essas 
políticas como barreiras, mas como estratégias de gestão responsável e proativa.
Compreenda mais sobre o sistema de gestão ambiental ISO 14001. 
Acesse: https://certificacaoiso.com.br/iso-14001/.
Saiba mais
 
Figura 2 – A importância de pensarmos na preservação ambiental, fonte de todos os produtos produ-
zidos pelas empresas.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
É de suma importância que a gestão de uma empresa comprometida com a 
responsabilidade socioambiental tenha os seguintes princípios:
• desenvolvimento sustentável;
• responsabilidade comum à sociedade civil;
• precaução a possíveis danos;
• cooperação com todos os interessados pela empresa.
Assim, as organizações contribuem para o desenvolvimento social e para a preservação 
ambiental, servindo de exemplo à sociedade civil e seus componentes, a fim de sair de 
uma situação de individualismo, ampliando a visão de cooperação entre as diversas 
frentes da comunidade.
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As organizações, geralmente, utilizam matéria retirada da natureza: 
quando a empresa adota uma postura de responsabilidade 
socioambiental, ela está contribuindo, então, para a preservação de 
sua fonte de sobrevivência. Você já parou para pensar sobre isso?
Reflita
Indicadores e Benchmarking de Qualidade 
e Desempenhos da Responsabilidade 
Socioambiental
Agora que você já conhece as principais estratégias de gestão ambiental e 
responsabilidade social, vamos estudar os indicadores e benchmarking de qualidade 
e desempenho.
Indicadores deresponsabilidade social
São instrumentos utilizados pela organização para direcionar suas estratégias 
e avaliar o comportamento social empresarial com os públicos de interesse – 
os stakeholders;
Indicadores de desempenho ambiental
Mostram os efeitos das técnicas e processos, empregados pela organização, 
no meio ambiente.
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Figura 3 – Balanço dos negócios. A importância dos indicadores para os negócios.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Por meio dos indicadores de responsabilidade socioambiental, a empresa tem como 
mensurar, por exemplo, a geração de resíduos sólidos (em toneladas) e as emissões de 
gases de efeito estufa, por unidade produzida, em determinado período. O que regulamenta 
a avaliação de desempenho ambiental nas empresas é a norma ISO 14031.
A importância desses indicadores para a empresa é que eles podem se tornar um 
instrumento de auxílio na elaboração de planos de ação e tomada de decisão, uma 
vez que identificam oportunidades e detectam riscos aos quais a empresa pode 
estar submetida.
Podemos definir duas modalidades, na avaliação de responsabilidade social, a saber:
• Quantitativas: aseadas em índices.
• Qualitativas: Baseadas na análise de conteúdo. 
Esses dados são publicados pelas empresas no balanço social – informações de 
interesse dos stakeholders. (RABELO; SILVA, 2011). Os autores ressaltam que não 
existe obrigatoriedade na divulgação desses indicadores: o que existe são diversas 
estruturas e modelos que podem ser seguidos.
Aspectos que mais aparecem nos indicadores de responsabilidade socioambiental :
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• faturamento;
• lucro;
• número de empregados e folha de pagamento bruta;
• valores gastos com encargos sociais e tributos;
• despesas com alimentação, treinamento, saúde e segurança do trabalhador;
• benefícios concedidos; e
• investimentos e doações para a sociedade.
Um indicador de responsabilidade ambiental abarca os dados referentes ao impacto 
dos produtos no meio ambiente, bem como suas implicações.
Entenda mais sobre os indicadores de desempenho ambiental. 
Acesse o link. 
Saiba mais
 
Os indicadores de desempenho podem ser a base para estudos de benchmarking 
– um processo sistemático de avaliação, que, por meio de contínuas pesquisas 
de mercado, de organizações, produtos e serviços, objetiva identificar as melhores 
práticas e meios para superá-las.
Pereira (2017) apresenta as fases do benchmarking. Veja Quadro 1.
Fase Objetivos da Fase
Planejar Objeto de estudo; equipe; entidades parceiras.
Coletar Diferenciais; causas; projeção do futuro.
Analisar Método; trabalho de campo; registro; análise.
Adaptar Adequação das práticas; comunicação e aprovação de mudanças; definições 
de metas.
Melhorar Implementação de planos; monitoramento de resultados; reavaliação de metas.
Quadro 1 – Fases do benchmarking
Fonte: PEREIRA (2017, p. 77).
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Embora tal estratégia pareça ter caráter de finalidade, ela não deve ser tomada como 
um trabalho estático e pronto, visto que sua utilização deve se pautar na busca pela 
melhoria, de forma a (re)planejar todo o sistema para empreendê-la, em um sistema 
cíclico, cuja meta é a transformação contínua da organização.
Nesse sentido, o benchmarking se destaca na elaboração de estratégias e definições 
táticas dentro da empresa, auxiliando a gestão a identificar os marcos competitivos da 
organização. A ação publicitária da empresa se baseia no benchmarking elaborado.
Figura 4– A importância do benchmarking na comunicação social da empresa.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Com relação ao objeto, no transcurso de benchmarking, faz-se necessário prestar 
atenção a quatro pontos:
1. Processo: Práticas de gestão;
2. Produto: Estrutura e mecanismos de um produto (que é desmontado para ser 
analisado);
3. Desempenho: Baseado em indicadores; 
4. Colaboração: Compartilhado entre organizações, contando com a colabora-
ção de todos.
Além disso, o benchmarking pode ser interno, entre departamentos dentro da 
organização, e/ou externo, realizado entre organizações diferentes. É um processo 
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complexo, com regras metodológicas, cujo objetivo é atingir um desempenho superior 
com a implementação de melhorias significativas. (PEREIRA, 2017). 
Aprofunde seus conhecimentos sobre benchmarking, lendo a 
monografia de Athos Augusto da Silva Galvão, por meio do link.
Saiba mais
Assim, para que a organização sobreviva no mercado, é necessário sempre fazer 
melhorias e avanços que promovam seu desenvolvimento, bem como utilizar 
indicadores de qualidade, além do benchmarking, como instrumentos que auxiliam 
nesse processo de planejamento estratégico empresarial, trazendo diversos benefícios 
à instituição.
Os indicadores de qualidade apontados no texto auxiliam nas 
estratégias de gestão de responsabilidade socioambiental. Você 
já pensou nisso?
Reflita
 
As empresas que utilizam esses instrumentos como indicadores de qualidade tendem 
a se sobressair no mercado, estando sempre um passo à frente dos concorrentes.
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Conclusão
Chegamos ao final do estudo sobre as estratégias de gestão de responsabilidade 
socioambiental, bem como dos indicadores e benchmarking de qualidade na 
responsabilidade socioambiental. 
Vamos relembrar os pontos mais importantes: 
• Cultura de individualismo: provoca-nos incertezas e inseguranças frente às 
questões relacionadas à sociedade e à preservação ambiental.
• Muitos problemas contemporâneos são coletivos, mas nem todos se dão conta 
disso, tratando-os de forma individual, sem considerar o contexto de sociedade.
• Uma ferramenta que temos em nosso tempo são as organizações, por inter-
médio de suas ações, integradas com questões sociais, pois elas podem pres-
tar serviço à sociedade civil.
• Uma gestão com responsabilidade social é aquela que presta serviço à socie-
dade civil e a si mesma.
• Uma gestão ambiental é aquela que tem responsabilidade social, no âmbito 
da preservação do meio ambiente.
• Entre as diversas estratégias de gestão ambiental, está a busca por uma pro-
dução que reduza o impacto ambiental.
• Seguir uma gestão de responsabilidade socioambiental melhora a imagem da 
empresa no mercado.
• A falta de estratégias de gestão socioambiental pode trazer diversos prejuí-
zos para a empresa, como ações civis, capazes de gerar multas e custos de 
remediação.
• Em um mercado cada vez mais competitivo, é importante que a gestão da 
empresa se atente a questões que vão além da criação de um produto.
• É importante que a empresa tenha um sistema de gestão ambiental, baseado 
no ISO 14001.
• Comprometimento com o desenvolvimento sustentável é responsabilidade 
comum à sociedade civil, pois institui a precaução a possíveis danos e requer 
a cooperação de todos os interessados.
• Os indicadores de responsabilidade social são instrumentos utilizados pela 
organização para direcionar suas estratégias e avaliar o comportamento so-
cial empresarial com os públicos de interesse – stakeholders.
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• Existe uma norma que regulamenta a avaliação de desempenho ambiental 
das empresas brasileiras, que é encontrada na ISO 14031.
• Os indicadores podem ser instrumentos de auxílio nos planos de ação de 
empresa.
• Os indicadores identificam oportunidades e detectam riscos aos quais a em-
presa pode estar submetida.
• Os aspectos que mais aparecem nos indicadores são: faturamento; lucro; núme-
ro de empregados e folha de pagamento bruta; valores gastos com encargos so-
ciais e tributos; despesas com alimentação, treinamento, saúde e segurança do 
trabalhador; benefícios concedidos; investimentos e doações à sociedade.
• Benchmarking é um processo sistemático de avaliação, por meio de contínua 
pesquisa de mercado, de organizações, produtos e serviços, com o objetivo 
de identificar melhores práticas e meios para superá-las.
• Entre as fases do benchmarking, estão: planejar, coletar, analisar, adaptar 
e melhorar.
• O benchmarking pode ser interno, entre departamentos, dentro da organiza-
ção; e/ou externo, realizado entre organizações diferentes.• Organizações que utilizam indicadores de qualidade tendem a estar em vanta-
gem no mercado, atendendo às demandas de seus consumidores.
Saiba Mais sobre a associação existente entre a responsabilidade 
socioambiental e o desempenho econômico das empresas no 
artigo disponível no link: https://seer.uscs.edu.br/index.php/
revista_gestao/article/download/gr.v35i106.5184/2818/19503
Saiba mais
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Referências
GALVÃO, A. A. da S. Benchmarking: Contribuição Da Ferramenta ao Planejamento 
Estratégico Organizacional. (Monografia) - . Faculdade de Ciências, Cultura e eExtensão 
do RN – FACEX. Natal, RN, 2008. Disponível em: https://storage.googleapis.com/adm-
portal.appspot.com/_assets/modules/academicos/academico_1556.pdf. Acesso 
em: 18 jul. 2018.
GROENNER, P. E. M. As estratégias de gestão ambiental nas empresas. Revista Techoje, 
do IETEC – Instituto de Educação Tecnológica, 2012. Disponível em: http://www.techoje.
com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/122. Acesso em: 18 jul. 2018. 
MUNHOZ, A. S. Responsabilidade e autoridade social das empresas. Curitiba: 
InterSaberes, 2015.
PEREIRA, C. Planejamento de Comunicação: conceitos, práticas e perspectivas. 
Curitiba: InterSaberes, 2017.
RABELO, N. de S.; SILVA, C. E. Modelos de Indicadores de Responsabilidade 
Socioambiental Corporativa. Revista Brasileira de Administração Científica. Aquidabã, 
v. 2, n.1, p. 5-30, jul. 2011. 
TEMPLUM. ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental. Templum Consultoria, 2011. 
Disponível em: https://certificacaoiso.com.br/iso-14001/. Acesso em: 18 jul. 2018.

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