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DIREITO CIVIL 1

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INTRODUÇÃOI 
A responsabilidade civil surge do inadimplemento de obrigações ou 
descumprimento de contratos. Segundo Tartuce (2018, p. 479), o inadimplemento 
é central na teoria das obrigações, gerando responsabilidade civil contratual (arts. 
389-391 CC/2002), com dever de indenizar perdas e danos (arts. 402-404 CC), além 
de danos morais (art. 5º, V e X CF/88). A inexecução pode ser parcial ou total. Na 
parcial, parte da obrigação é cumprida, permitindo resolução proporcional ou 
execução específica, com indenização pelo não cumprido. Na total, nada é 
adimplido, levando a resolução integral e reparação plena. 
O cumprimento retardado, ou mora, ocorre quando a prestação é feita após o prazo 
estipulado, gerando juros moratórios, correção monetária e perdas decorrentes do 
atraso (art. 395 CC). A mora pode ser do devedor (ex re, automática, ou ex persona, 
por interpelação) ou do credor (recusa injusta em receber). Purgar a mora é possível 
pagando o devido com acréscimos. 
Contratos são pactos de vontades para criar, modificar ou extinguir relações 
jurídicas (art. 421 CC), regidos pela autonomia da vontade, limitada pela função 
social (boa-fé, probidade). Classificam-se em unilaterais (uma parte obriga-se) ou 
bilaterais (recíprocos); onerosos (contraprestações) ou gratuitos; comutativos 
(equivalentes) ou aleatórios (incertos); paritários (iguais) ou adesão (padrão). 
Responsabilidade contratual é subjetiva, exigindo culpa (negligência, imprudência, 
imperícia – art. 186 CC), mas objetiva no CDC (art. 12/14) para fornecedores. Prova-
se nexo causal entre ato e dano. 
Perdas e danos incluem danos emergentes (perda efetiva) e lucros cessantes 
(ganho frustrado), mais juros, correção e honorários (art. 404 CC). Danos morais 
indenizam sofrimento psíquico. 
Cláusula penal (multa) é compensatória (por inadimplemento total/parcial) ou 
moratória (por atraso), limitada a 10% em consumerista (art. 412 CC). 
Eviction: perda da coisa por terceiro com direito anterior, credor responde (arts. 
447-457 CC). Vícios redibitórios: defeitos ocultos, permitindo rejeição ou 
abatimento (arts. 441-446 CC). 
Resolução: por inadimplemento (art. 475 CC), via notificação (unilateral em 
exceções) ou judicial. Exceptio non adimpleti contractus (art. 476 CC): suspender 
cumprimento se contraparte inadimplir. 
Teoria da imprevisão (art. 478 CC): eventos extraordinários geram onerosidade 
excessiva, permitindo revisão ou resolução. Pandemias como COVID 
exemplificam, com julgados adaptando aluguéis. 
Função social do contrato (art. 421-A CC, Lei 13.874/19) impõe boa-fê objetiva 
(lealdade, informação), punindo abuso de direito (art. 187 CC). 
Casos práticos: locação inadimplida gera despejo e indenização; venda com vício 
permite devolução. STJ reforça equilíbrio contratual. 
Estudo integra revisão técnica de Gustavo da Silva Santanna e Miguel do 
Nascimento Costa, enfatizando aplicação prática em cenários reais. 
 
1. Com base no contrato de transporte, assinale a alternativa correta. 
A. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas 
e suas bagagens, independente de motivo de força maior. 
B. O transportador, uma vez executado o transporte, tem direito de retenção 
sobre a bagagem de passageiro e outros objetos pessoais deste, para garantir-
se do pagamento do valor da passagem que não tiver sido feito no início ou 
durante o percurso. 
C. É anulável qualquer cláusula excludente da responsabilidade. 
D. O transportador, sob nenhuma hipótese, pode recusar passageiros. 
E. Más condições de higiene ou de saúde não são justificativas plausíveis para 
a recusa do transportador em conduzir o passageiro. 
 
2. Considerando que a mora é o atraso, o retardamento da obrigação, marque 
a resposta correta. 
A. O devedor responderá pelos prejuízos a que sua mora der causa, sem a 
correção dos juros. 
B. Se a prestação, em razão da mora, se tornar inútil ao credor, este não 
poderá enjeitá-la. 
C. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor 
que não quiser recebê-lo no tempo, no lugar e na forma que a lei ou a 
convenção estabelecer. 
D. Mesmo havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este 
em mora. 
 
E. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela 
conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas 
em conservá-la e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao 
credor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da 
sua efetivação. 
3. O Código Civil estabelece a possibilidade de cláusula penal nos contratos. 
Indique a alternativa correta. 
A. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento 
da obrigação, esta não se converterá em alternativa a benefício do credor. 
B. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato 
posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma 
cláusula especial ou simplesmente à mora. 
C. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, o credor não 
terá o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o 
desempenho da obrigação principal. 
D. Incorre de pleno direito o credor na cláusula penal, desde que, 
dolosamente, deixe de cumprir a obrigação. 
E. O valor da cominação imposta na cláusula penal pode exceder o da 
obrigação principal.

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