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Incêndios florestais

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AVALIAÇÃO DO FOGO
d) Recursos disponíveis: número de combatentes disponíveis; tipo e quantidade de equipamento de que se pode dispor; verificar a existência de barreiras naturais e fontes de abastecimento d’água; disponibilidade de mapas ou fotos aéreas onde possam ser plotados o fogo e a estratégia de controle; avaliar as implicações ambientais. 
e) Cálculo das probabilidades: p/ calcular o meio de controlar o fogo mais efetivo numa situação específica, deve-se determinar a velocidade de propagação do fogo, o tipo de material combustível, deve-se estimar a extensão do fogo e determinar os recursos necessários para estabelecer a linha de controle. Além disso, deve-se considerar num plano de controle, o clima, a hora do dia e a estação do ano. 
f) Plano e execução de controle: com a fotografia aérea ou um mapa da área envolvida, deve-se traçar o perímetro do fogo o mais precisamente possível. Em seguida deve-se dividir o perímetro em segmentos lógicos de acordo com a extensão do fogo, distribuindo-os, incluindo as barreiras naturais, para as equipes de combate, carros, tanque, tratores, etc. Definidos os locais de atuação, deve-se dar instruções claras ao chefe de cada equipe ou unidade e combinar a comunicação das ações com os mesmos.
COMBATE DO FOGO
As ferramentas de escavar, cortar e raspar são empregadas na construção de aceiros e tem o principal objetivo de remover os combustíveis expostos ao fogo. 
Abafadores de vários tipos têm a função de excluir o oxigênio temporariamente. 
Ferramentas utilizadas para a aplicação de terra ou areia sobre o fogo têm a função de dissipar o calor, diminuindo a temperatura do combustível que está queimando. 
Equipamentos usados para jogar água têm a dupla função de excluir o oxigênio e reduzir a temperatura do material que está queimando. 
Equipamentos utilizados para efetuar contra-fogo tem a função de eliminar os combustíveis da trajetória do incêndio principal.
Ferramentas manuais: machados, enxadas, foices, pás, ciscadores, serras, bombas-costais, baldes e regadores, lanternas, pinga-fogo . 
Equipamentos mecanizados: tratores com lâmina, caminhões bombeiro, motoniveladoras e moto-bombas. 
Aviões e helicópteros: áreas de difícil acesso, transportam pessoal e equipamentos às regiões de difícil acesso e lançam água (alta capacidade de absorver calor) ou retardantes químicos (melhoram as propriedades extintoras da água por torná-la mais viscosa e aderente à vegetação, por reduzira evaporação da água aplicada sobre a vegetação e por efeitos inibidores diretos sobre a combustão. sobre o fogo. Os retardantes químicos mais utilizados são: fosfato diamônico, fosfato monoamônico, sulfato de amônia e borato de cálcio e sódio.
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TIPOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
 
3) Incêndios de copas: atuam queimando as copas das árvores, deixando a folhagem totalmente destruída e as árvores morrem devido ao superaquecimento do cambio. Em geral, esses incêndios têm origem nos incêndios superficiais. Alguns fatores que facilitam a propagação do fogo para as copas é a velocidade do vento e a existência de galhos mortos nas partes inferiores dos troncos.
4) Incêndios de manchões: originam-se de chispas, folhas, restos de culturas em combustão, que são levados acesos pelo vento, formando no início os "manchões", que podem se transformar em superficiais ou de copas.
FATORES IMPORTANTES NA ORIGEM DOS INCÊNDIOS
Precipitações: mantêm o material florestal úmido, tornando impossível a ignição e a propagação do fogo;
Umidade do ar: o material florestal absorve umidade do ar, e vice-versa, formando uma relação muito estreita entre eles. 
Temperatura: sua influência ocorre sobre a combustibilidade da mata ao facilitar a evaporação e o grau de umidade da madeira. O ar quente absorve maior quantidade de umidade do que o ar frio. O calor do próprio fogo também é importante, pois seca os materiais, elevando sua temperatura ao ponto de ignição.
Vento: aceleram a propagação do incêndio e dirigem o seu avanço.
Topografia: o declive facilita a propagação do fogo de acordo com o grau de inclinação. O fogo tende a se alastrar para cima. Dependendo do local, a topografia é mais importante do que os ventos na propagação do fogo.
DETECÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
Patrulha terrestre: manter equipe treinada, munida de equipamento de transmissão, e veículos de locomoção (bicicletas, cavalos, automóveis, barcos), vistoriando permanentemente a área;
Patrulha aérea: equipe para vigiar áreas de difícil acesso. Um equipamento de baixo custo que pode ser utilizado é o ultraleve;
Torres de observação: podem ser de madeira, ferro ou alumínio, com altura e distâncias entre cada uma variável de acordo com a altura das árvores ao seu redor e com a visibilidade do local. Cada unidade deve possuir uma cabina com equipamento para combate ao fogo, utilidades para o conforto do vigia que deve ser mantido por 24 horas nas épocas mais críticas, mapas da área, binóculo, luneta, equipamento de comunicação, podendo ser ainda adaptados instrumentos meteorológicos.
AVALIAÇÃO DO FOGO
Consiste na análise criteriosa dos seguintes pontos: 
a) Comportamento do fogo: deve-se avaliar a direção e velocidade de propagação do fogo, tamanho da área queimada e as variações esperadas. Informações sobre os tipos de combustíveis existentes junto à área que está queimando. 
b) Segurança das pessoas: deve ser analisado o risco que correm as pessoas que habitam áreas próximas ao local do incêndio, verificar a necessidade de evacuar residências e outras edificações. Além disso, deve-se avaliar qual o perigo dos combatentes. 
c) Exposição das propriedades: verificar quais as propriedades ameaçadas pelo fogo e seu valor. 
CONCEITO
 
Séria ameaça aos ecossistemas florestais em todo mundo, devastando florestas, provocando perda da biodiversidade, ocasionando erosão e degradação do solo, alterando o ciclo hidrológico e influindo em aspectos sócio-econômicos. 
O que danifica ou mata uma árvore durante um incêndio é a elevação da temperatura das células vivas a um nível letal.
TRIÂNGULO DO FOGO
O combustível ou seja as matérias ou produtos que queimam (ramos secos, madeira, mato seco, etc.), o comburente que alimenta a combustão (o oxigênio) e o calor ou energia de ativação que permite que os primeiros dois elementos entrem em ação, dá início ao incêndio, mantendo e favorecendo a sua propagação. (chama de um fósforo, faíscas, incidência dos raios solares sobre objetos que os refletem, tais como vidros). 
O conhecimento dos três elementos do "triângulo do fogo" e do modo como cada um deles contribui para o início e propagação do fogo, ajuda a tomar medidas preventivas e a atacar com maior eficácia os focos de incêndio ou a evitar a sua propagação.
IMPACTOS DO FOGO
Os impactos dependem das características do incêndio e da fragilidade do ambiente.
Os efeitos podem ser diretos e indiretos.
São observados em diversos elementos do ecossistema: vegetação, solo, fauna, atmosfera. 
Destruição de árvores, sementes e rebrotas da futura regeneração;
Destruição da cobertura morta e empobrecimento do solo facilitando a erosão;
Destruição das áreas de proteção da fauna e flora, e eliminação das belezas cênicas naturais;
Destruição de casas, culturas agrícolas, pecuária e muitas vezes vidas humanas;
Destruição de todos os benefícios diretos e indiretos que uma floresta pode oferecer.
A magnitude dos efeitos depende da intensidade, duração do incêndio e características da vegetação.
Mesma aquelas árvores que não morrem, debilitam-se e podem sofrer ataques severos de pragas e doenças. Portanto, deve-se analisar a viabilidade de se aproveitar o mais rápido possível o material lenhoso remanescente de áreas queimadas.
DIFERENÇA DE SUSCEPTIBILIDADE
Diferenças de suscetibilidade entre espécies podem ser devido: espessura da casca, profundidade dasraízes, características da copa, densidade do povoamento. 
Diferenças de suscetibilidade entre indivíduos de uma mesma espécie devido: idade das árvores, estação do ano, umidade do solo (antes e depois do fogo), temperatura do ar, comportamento do fogo. 
 TIPOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
1) Incêndios superficiais: + comuns, queimam a camada orgânica, vegetação rasteira e pequenas árvores e todo material combustível sobre o solo. A maneira de queimar, a velocidade e a intensidade de propagação do fogo dependem: das características e quantidade de material inflamável; da topografia; das condições atmosféricas.			
2) Incêndios subterrâneos: ocasionados por fogo que queima sob a superfície do solo, tendo em vista a acumulação de MO. É um fogo de difícil controle, pois apresenta alta temperatura e nem sempre é de fácil localização.
					
INCÊNDIOS FLORESTAIS
DANOS AO AMBIENTE
A) Danos às árvores: 
Destruição total: pouco freqüente
Abertura de cicatrizes: favorece o ataque de insetos e fungos.
B) Danos ao manejo florestal:
Altera o rendimento sustentado ( corte prematuro das árvores danificadas
Espécies pioneiras de menor valor econômico
Reduz a densidade, diminuindo a capacidade produtiva
C) Danos ao solo:
Eliminação da camada orgânica expondo o solo a intempéries ( mudanças nas propriedades físicas ( porosidade e permeabilidade ( erosão. 
D) Danos à água:
Carreamento de cinzas alterando a composição química da água e o carreamento de partículas de solo ( assoreamento.
E) Danos à fauna
Efeitos Diretos: morte dos animais;
Efeitos Indiretos: eliminação de alimento, abrigo e exposição da presa ao predador.
F) Danos ao ar atmosférico:
Emissão de gases como o CO e o CO2 ( efeito estufa;
Emissão de material particulado;
A fumaça tem o potencial de inibir as chuvas.
G) Danos à vida humana
H) Danos às propriedades
I) Outros danos: 
Acidentes em rodovias;
Fechamento de aeroportos;
Problemas respiratórios;
Desligamentos de rede de transmissão de energia elétrica.
CAUSAS DOS INCÊNDIOS
Causas naturais, como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente e outras causas; 
Imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos; 
Fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha; 
Perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de compôs;
Incendiários e/ou piromaníacos.
FOGO: é uma reação química na qual dois elementos reagiram entre si favorecidos por um terceiro, desenvolve luz e calor e quando controlado é indispensável à vida.
INCÊNDIO:é o fogo descontrolado indicando destruição.
INCÊNDIO FLORESTAL: é a destruição do maior patrimônio da humanidade, a biodiversidade dos ecossistemas.
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QUEIMA CONTROLADA
Reduzir a acumulação de combustível: preparo de terreno para plantio (Resíduos de exploração e restos de culturas anteriores são barreiras físicas para o plantio manual ou mecânico);
Na regeneração natural, a queima controlada é um ótimo meio de preparara área para receber as sementes e favorecer a germinação;
Controlar espécies indesejáveis, desde que essas sejam mais sensíveis ao fogo do que aquelas que se quer proteger;
Destruir ramos, folhas e troncos infestados por insetos;
Reduzir a infestação de fungos causadores de podridão de raízes; 
Facilitar e induzir o surgimento de um sub-bosque imprescindível ao equilíbrio ecológico;
 Acelerar o processo de decomposição
Os objetivos da queima e os fatores climáticos devem estar estreitamente correlacionados com a técnica adequada de queima, a fim de se prevenir efeitos danosos aos recursos florestais. 
Tomando-se como base o comportamento do fogo e a velocidade de propagação, o fogo pode se mover na mesma direção do vento (queima a favor do vento), na direção oposta ao vento (queima contra o vento), ou formando um ângulo reto contra o vento (queima de flancos).
APLICAÇÃO DA QUEIMA
Estação do ano
Intervalo entre as queimas
Hora do dia
Plano de queima
Licença para queima
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Algumas noções sobre o fogo
Um dos processos, de acabar ou evitar a sua propagação, é eliminar todas as formas de propagação de calor. O calor propaga-se por condução, isto é, por contato entre corpos (contato direto das chamas com os materiais que estão próximos). Propaga-se por convecção, ou seja, em fluidos, o ar quente de um incêndio torna-se mais leve e ao deslocar-se provoca incêndios. As copas das árvores mais altas podem começar a arder depois de aquecidas, porque o ar quente provoca esse aquecimento e a sua ignição. Para extinguir um incêndio basta retirar um desses elementos, ou seja, retirar o material ou o combustível, acabar com o calor ou resfriar o material que está em contato com o fogo, retirar o oxigênio ou abafar o material que arde para que não entre em contato com o ar. O resfriamento é o processo mais utilizado para acabar com o incêndio ou evitar a sua propagação. A água é o elemento utilizado para fazer baixar a temperatura dos materiais que ardem ou para evitar que os que estão em contato entrem em combustão.
PRECAUÇÕES PÓS-COMBATE
 
Descobrir e suprimir possíveis incêndios de manchas causados por fagulhas lançadas do incêndio principal;
Ampliar o aceiro ou a faixa limpa em torno da área queimada para melhorar o isolamento da mesma;
Derrubar as árvores ou arbustos, dentro e fora da área queimada, que estejam queimando;
Eliminar, através de aplicação de água ou terra, todos os resíduos do fogo dentro da área queimada;
Manter patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de reativação do fogo. Voltar no dia seguinte para nova verificação.
PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Dispersão ou separação dos materiais que estão a arder ou combustível; 
Abafamento ou redução do oxigênio que é necessário para a combustão;
Arrefecimento ou diminuição da temperatura para valores inferiores aos de combustão;
Inibição ou ação que impede a formação da chama. 
PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES DO FOGO
Água: arrefece e abafa devido à formação do vapor de água que reduz o oxigênio. Pode ser aplicada sob a forma de jacto, chuveiro ou nevoeiro e vapor. A capacidade de extinção da água aumenta se lhe forem adicionados molhantes (aumentam o tempo de contacto da água com os combustíveis), emulsões (aumentam o poder de arrefecimento e abafamento), viscosantes (facilitam que a água circule entre o material em combustão), opacificantes (aumentam a capacidade de arrefecimento por dificultarem que seja atravessada por infravermelhos);
Espumas: arrefecimento devido à água que contêm ao grande poder de abafamento, pois impedem a libertação dos gases da combustão e a combinação com o oxigênio;
Anidrido carbônico (CO2), armazenado em estado líquido à pressão (20 atmosferas) e que ao se descomprimir solidifica, formando neve carbônica, que absorve grande quantidade de calor e produz o arrefecimento. Ao mesmo tempo produz o abafamento por reduzir a percentagem de oxigênio existente no ar. 
Halons: produtos químicos complexos obtidos dos hidrocarbonetos como o metano (CH4) e em que os átomos de hidrogênio são substituídos por átomos de alógenos (flúor, cloro, bromo, e iodo). O poder de extinção do fogo manifesta-se através da inibição da formação das reações que provocam a combustão e as chamas. Dados os elevados custos da sua utilização, este agente extintor só é utilizado em casos de proteção a equipamentos de elevado valor. 
QUEIMA CONTROLADA
Queima controlada é definida como a aplicação controlada do fogo em combustíveis tanto no estado natural como alterado, sob determinadas condições de clima, umidade do combustível,umidade do solo, etc. .., de tal forma que o fogo seja confinado a uma área pré-determinada e ao mesmo tempo produza a intensidade de calor e taxa de propagação necessária para favorecer certos objetivos do manejo. A queima controlada é relativamente barata, e em certas circunstâncias é o único meio de atingir um determinado objetivo. 
		
INCÊNDIOS FLORESTAIS x QUEIMA CONTROLADA
CRESCIMENTO DA ÁRVORE
Deve-se à presença de certos tecidos, conhecidos como meristemas, dotados da capacidade de produzir novas células. O crescimento em altura ocorre através de meristema apical (ativo durante toda a vida da árvore), localizado nas gemas terminais ou brotos do ápice do tronco e dos ramos. Através de sucessivas divisões, novas células são acrescentadas para baixo, enquanto o tecido meristemático vai sendo deslocado para cima. As células produzidas pelo meristema apical irão constituir os tecidos primários, como a medula, o córtex, a epiderme etc. Nas plantas jovens e sob intensa competição, há uma predominância da planta pelo crescimento apical, em relação ao crescimento em diâmetro. O crescimento em diâmetro (secundário), se deve à ação do meristema cambial, tecido constituído por uma camada de células do câmbio que se divide continuamente, graças à ação de hormônios. Há uma produção de células lignificadas, de paredes grossas (xilema) e uma camada de células de paredes delgadas 
(floema), numa proporção de, aproximadamente, 6:1. Toda nova camada de floema na casca interna oprime o floema, formado no ano anterior, modificando-lhe a função. Simultaneamente, formam-se câmbios suberizados nas porções mais velhas da casca interna, produzindo camadas externas de células corticais suberizadas que morrem, desprendem-se e dão às árvores seus padrões característicos de casca. Os dois meristemas, apical e cambial, estão intimamente unidos, formando um sistema fisiológico único na árvore. 
Morfologia do Crescimento 
O crescimento pode ser entendido como um aumento de massa, peso ou volume num organismo. Os vegetais apresentam embriogênese indefinida (célula ou conjunto de células que se conservam embrionárias durante toda existência das plantas). Assim, quando o eixo embrionário de uma semente inicia o processo de germinação, praticamente todas as células se dividem ativamente; com a continuação do seu crescimento, as divisões celulares ficam restritas a determinadas partes da planta, nas extremidades do caule e das raízes.
1.Meristemas Primários: promover o crescimento em extensão (longitudinal) da planta, também chamado de crescimento primário. Esses tecidos determinam o crescimento em altura do caule e em profundidade da raiz. O meristema primário é, assim, denominado, pois as células que o compõem são as mesmas que existiam no eixo embrionário, em qualquer idade da planta; as células meristemáticas, são compostas de dois tipos de células: células iniciais e células derivadas. As células iniciais se autoperpetuam (embriogênese indefinida), persistindo enquanto durar na vida de uma planta qualquer; dão origem às células derivadas e permanecem como tais, ou seja, quando uma célula inicial se divide, uma das células-filha continua a desempenhar a função da inicial, enquanto a outra célula-filha, depois de várias divisões, sofre diferenciação, especialização e fica madura. No meristema primário, existem regiões que possuem células em vários estágios de diferenciação, denominadas promeristema, protoderme, meristema fundamental e procâmbio. O promeristema é formado pelas células iniciais e suas derivadas próximas e é a região menos diferenciada do ápice caulinar; a protoderme compreende uma camada de células periféricas e dará origem à epiderme; o meristema fundamental é a porção do tecido meristemático que dará origem aos três tecidos do corpo primário da planta (parênquima, colênquima e esclerênquima) e, finalmente, o procâmbio, que dará origem aos tecidos condutores primários (xilema e floema). 
 
A CÉLULA VEGETAL
Parede Celular: responsável pela conformação da célula estrutura rígida e permeável; substância orgânica mais abundante na natureza é a celulose (longa e linear, constituída de várias unidades de glicose, unidas pelas suas extremidades; quando alinhadas em fileiras paralelas formam microfibrilas). 
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As paredes das células vegetais são compostas por três camadas bem distintas: 
a) lamela média: atua como uma substância cimentante entre as células adjacentes, cujos componentes básicos são, em grande parte, os compostos pécticos. 
b) parede primária: composta de microfibrilas que se acumulam sobre a lamela média, formando uma camada que acompanha o crescimento da célula. É a parede que possui a celulose como o principal componente, acompanhada de outras substâncias não celulósicas, como a hemicelulose e compostos pécticos. É a membrana mais ou menos rígida que envolve o protoplasto da célula e a primeira parede celular que se desenvolve numa célula jovem. 
c) parede secundária: é formada por dentro da parede primária quando a célula está próxima ou já alcançou o tamanho máximo. Tem a celulose como componente essencial, acompanhada da hemicelulose, mas não apresenta a presença de compostos pécticos. É formada por três camadas bem distintas: S1, S2 e S3, de fora para dentro, respectivamente.
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As camadas S1 e S3 são delgadas, enquanto a camada S2 é espessa e forma a porção principal da célula. Paralelamente à deposição da parede secundária, inicia-se o processo de lignificação que é mais intenso na lamela média e na parede primária.
Protoplasto: envolve o conteúdo completo da célula, com exceção da parede celular. 
a) As partes protoplásticas fazem parte da matéria viva da célula e apresentam citoplasma, núcleo, mitocôndrias, complexo de Golgi, centríolo e plastos. 
b) As partes não protoplásticas são entidades não vivas das células e apresentam duas estruturas básicas: vacúolo – são grandes cavidades que contêm água e outras substâncias orgânicas e não orgânicas. Nas células maduras, o vacúolo pode representar até 95% do volume total da célula; substâncias ergásticas – amido, cristais, óleos, gorduras e corpos protéicos.
CONCEITO
 
É o ramo da Botânica que procura conhecer o arranjo estrutural dos elementos que constituem o lenho ou xilema secundário (madeira) visando determinar-lhe a origem, forma, dimensões, conteúdos, filogenia e suas relações recíprocas. Com importância na compreensão das adaptações do vegetal ao ambiente e na solução de problemas taxonômicos, na possibilidade de distinguir madeiras aparentemente idênticas, no comportamento mecânico da madeira (resistência, secagem, colagem de peças, trabalhabilidade e outros), proporcionar subsídios aos órgãos de fiscalização para identificação das madeiras comercializadas e/ou ameaçadas de extinção e predizer utilizações adequadas, de acordo com as características.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
1) Criptógamas: plantas que não produzem sementes.
Talófitas: corpo é um talo, sem tecido de condução especializado e sem diferenciação em raiz, caule e folha, com reprodução assexuada (algas verdes). São plantas aquáticas, podendo ocorrer também em locais úmidos, sobre rochas e troncos de árvores. 
Briófitas: corpo diferenciado externamente em caulóide e filóide, além de estruturas semelhantes a raízes, sem tecido de condução especializado, reprodução sexuada (musgos). São plantas de pequeno porte, vivendo em ambientes úmidos e sombreados, em barrancos, troncos de árvores e ambientes aquáticos. 
Pteridófitas: com tecido de condução especializado (xilema e floema), com diferenciação em raiz, caule e folhas verdadeiras, não produzem sementes, reprodução sexuada (samambaias e avencas). São as primeiras plantas vasculares, possibilitando às plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. As pteridófitas e todas as fanerógamas possuem vasos condutores e, por isso, são chamadas de plantas vasculares ou traqueófitas. 
2) Fanerógamas: são plantas que produzem sementes. 
Espermatófitas com tecido de condução especializado (xilema e floema), com diferenciação em raiz, caule e folhas verdadeiras, além de produzir sementes. São vegetais superiores e, em geral, produzem madeira. 
a) Gimnospermas: estrutura anatômica do caule muito simples, com poucos elementos celulares; madeiras moles, leves, coloração clara ou rosada, fibras longas (traqueídeos); madeiras fáceis de serem trabalhadas e usinadas; ausência de vasos; plantas arbustivas e árvores de grande porte (jamais apresentam plantas herbáceas); fecundação simples; óvulos e sementes descobertos; endosperma formado antes da fecundação; flores unissexuais desprovidas de perianto (cones); exsudam resina; anéis de crescimento bastante distintos; ausência de diferenciação nítida entre cerne e alburno; botanicamente, são muito primitivas; folhas sempre perenes, em formatos de agulhas.
No Brasil, existem apenas 3 espécies coníferas nativas: pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia) e as duas espécies de pinheiro-bravo (Podocarpus lamberttii e Podocarpus selowii). De modo geral, as Gimnospermas são típicas de clima temperado. 
b) Angiospermas: estrutura anatômica do caule bem mais complexa e especializada que as Gimnospermas; madeiras duras, fibras curtas; grande ∆ de peso; madeiras nem sempre fáceis de serem trabalhadas e usinadas; anéis de crescimento nem sempre distintos; presença de vasos; dupla fecundação; óvulos e sementes produzidos por carpelos; sementes no interior do fruto; endosperma formado depois da fecundação; flores unissexuais ou hermafroditas; exsuda gomose; grande ∆ na cor; cerne e alburno bastante distintos, muitas vezes diferenciados pela cor; botanicamente, + evoluídas e recentes que as Gimnospermas; folhas largas e caducifólias e, freqüentemente, mudam de coloração.
ANATOMIA DA MADEIRA
O SISTEMA FUNDAMENTAL DAS PLANTAS
 
Parênquima: células vivas, capazes de crescer, sendo potencialmente meristemáticas, células relacionadas com a fotossíntese, com o acúmulo de substâncias de reserva (amido, por exemplo) e com a cicatrização (regeneração de ferimentos). Podem especializar-se em células ou estruturas secretoras. O parênquima, que faz parte do sistema vascular secundário, pode estar orientado em relação aos raios da circunferência do órgão, sendo denominado de parênquima radial; quando se encontra orientado no sistema longitudinal ou axial é denominado de parênquima axial. PC são delgadas e impregnadas de celulose, hemicelulose e substâncias pécticas. As células contêm os cloroplastos (fotossíntese), plastídeos e as substâncias ergásticas (relacionadas com os produtos de reserva, como o amido, taninos, cristais de sílica e gorduras). 
Colênquima: tecido vivo capazes de reassumir a atividade meristemática, PC espessa, com a finalidade de conferir sustentação ou manutenção da forma do organismo. PC são primárias e não lignificadas e podem realizar fotossíntese. Nos caules jovens e indicam ser um tecido adaptado para a sustentação das folhas e caules em crescimento. Tem uma posição periférica bem característica e se localiza, geralmente, logo abaixo da epiderme. Nas partes velhas das plantas, o colênquima pode endurecer ou transformar-se em esclerênquima, pela deposição de paredes secundárias lignificadas. Em caules com crescimento secundário, o xilema se torna o principal tecido de sustentação, quando as suas células são longas, justapostas e com paredes lignificadas. 
Esclerênquima: tecido morto, com paredes secundárias rígidas, constituído de células dotadas de intensa impregnação de lignina, tornando-as resistentes e impermeáveis, determinando a morte das células. O esclerênquima é um tecido de sustentação, muito mais que o colênquima. 
FORMAÇÃO DO CERNE E ALBURNO
O xilema é constituído por dois tecidos: 
Alburno: tecido lenhoso que se localiza na região abaixo da casca, geralmente de cor clara, células vivas (fisiologicamente ativas), não obstruídas, circulam as substâncias nutritivas da planta, razão pela qual é facilmente atacada pelos agentes degradadores da madeira (fungos e insetos xilófagos). Recebe produtos preservadores nos processos de tratamento da madeira. 
Cerne: abaixo do alburno, geralmente de cor + escura que o alburno (Angiospermas), constituída de células mortas. Maior durabilidade natural; os poros geralmente estão obstruídos por extrativos e tilos (dificuldade de tratar com preservantes; praticamente, não existe absorção dos produtos, mesmo nos tratamentos sob pressão, em autoclaves). 
O caule de uma planta jovem é constituído inteiramente de células vivas e funcionalmente ativas (alburno); a transformação do alburno em cerne se deve à produção de novas células no câmbio, próximo à casca. O interior do caule vai se distanciando do câmbio (células+ velhas parte + central). A árvore cresce de fora para dentro. Num determinado período (depende da espécie e cond. de crescimento), ocorre a morte do protoplasma das células centrais do caule, dando origem ao cerne. Há formação de várias substâncias orgânicas (extrativos); em algumas Angiospermas, formação de tiloses nos vasos, provocando a obstrução parcial ou total dos lumes das células. Os extrativos e infiltrações promovem o escurecimento do tecido do cerne. As mudanças do alburno para cerne são, principalmente, a nível químico; estrutural e anatomicamente, o cerne e o alburno são semelhantes. 
PARTES COMPONENTES DE UMA ÁRVORE
Copa: é a parte superior da árvore onde se localizam os galhos, folhas, flores e frutos. 
Sistema radicular: parte inferior da árvore constituída pelas raízes, com a função de retirar água e nutriente do solo, bem como sustentar e apoiar a planta. 
Tronco, caule, fuste: é a parte intermediária da árvore, justamente a de maior interesse, sob o ponto de vista comercial, por ser a região de onde se retira a madeira. Tem a função de sustentação da copa e condução de seiva. Observadas numa seção transversal, notam-se, do centro para a periferia as seguintes regiões do caule: medula, xilema (cerne e alburno), câmbio, floema e casca. 
Medula: constituída de um tecido primário, contínuo, meristemático, localizado na região central do caule. Sua função é armazenar substâncias nutritivas e, nas plantas jovens, participa da condução ascendente de líquidos. Por ser um tecido parenquimático, a medula é uma região muito susceptível ao apodrecimento, sendo comum se encontrar toras ocas (já deterioradas), por ocasião da derrubada da árvore.
Casca externa: proteção física e biológica. 
Floema: condução de alimentos, crescimento em diâmetro. Câmbio: crescimento em diâmetro. 
Raios: armazenamento e fluxo alimentar no sentido radial (lateral) do floema das células vivas do câmbio e cerne. Xilema: condução de seiva bruta (água e sais minerais) até as folhas. Anéis de crescimento: madeira de primavera - baixa densidade para condução de água; madeira de verão - alta densidade que dá resistência e suporte à árvore. Cerne: proporciona resistência e suporte a árvore, freqüentemente possui baixo teor de umidade, coloração escura. 
Uma planta é considerada lenhosa quando atinge, pelo menos, seis metros de altura, apresenta, geralmente, um único caule ou tronco e apresenta lenho secundário, isto é, tecido de sustentação e condução de seiva de tronco e raízes.
TECIDOS DO CORPO VEGETAL
a) Sistema dérmico: constituído pela epiderme (tecido de revestimento do corpo primário da planta) e pela periderme (tecido de revestimento do corpo secundário da planta, formado pelo felogênio). 
b) Sistema fundamental: parênquima (< diferenciado, mas desempenha várias funções (reserva, aeração, transporte); colênquima (tecido vivo, intimamente relacionado com o parênquima, com paredes primárias espessas e função de sustentação); esclerênquima (tecido morto, mais especializado na função de sustentação que o colênquima, apresentando células com paredes espessas, freqüentemente lignificadas,como legítimos elementos de sustentação de órgãos vegetais maduros. São formados pelas fibras e esclereídeos. 
c) Sistema vascular: condução de água (traqueídeos nas Gimnospermas e elementos de vasos, nas Angiospermas), com o armazenamento (células de parênquima, em forma de raios) e com a sustentação (fibras e esclereídeos). O sistema vascular compreende dois tecidos: 
Xilema: associado ao floema, distribuindo-se, sem interrupção, pelo corpo do vegetal. Principal tecido condutor de água nas plantas vasculares; condutor de sais minerais, armazenar substâncias e sustentar o vegetal. Não só no caule, mas também se faz presente na raiz e nos ramos. Toda madeira é proveniente de tecido xilemático, mas, sob a ótica comercial, nem todo tecido xilemático produz madeira.
Floema: principal tecido condutor de substâncias nutrientes nas plantas vasculares, transportando a seiva orgânica ou elaborada (seiva rica em compostos orgânicos, produzidos pela fotossíntese). 
CRESCIMENTO DA ÁRVORE
 
2) Meristemas Secundários: tecidos com capacidade de divisão; diferem dos primários, principalmente por não serem constituídos pelas mesmas células que se encontram no eixo embrionário da semente; são, assim, denominados, porque são formados por tecidos adultos que foram previamente originados pelos sistemas primários. Existem 2 tipos de meristemas secundários: o câmbio vascular e o felogênio. As células dos meristemas secundários, que possuem capacidade de divisão celular, são meristemáticas e são originadas de células já diferenciadas do corpo primário. São células que, mesmo adultas (diferenciadas) são potencialmente meristemáticas e readquirem a capacidade de divisão celular. 
a) câmbio vascular: origina xilema e floema secundários; Na maioria das Monocotiledôneas e em muitas Dicotiledôneas herbáceas não existe o câmbio ou, quando presente, é apenas vestigial ou não funcional. Nas Monocotiledôneas, todas as células do procâmbio se diferenciam em xilema ou floema primários, mas não se forma o câmbio vascular. 
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b) felogênio: dá origem a um tecido protetor secundário denominado periderme que substitui e epiderme (tecido protetor primário) que não possui capacidade de divisão e não pode acompanhar o aumento do diâmetro do corpo secundário, sendo rompida e substituída por outro tecido de revestimento, a periderme. A periderme consiste em 3 camadas: a) felogênio: produz as demais camadas; b) súber ou felema: protege o felogênio, em direção à periferia; c) feloderme: tecido parenquimático vivo, formado para o interior do órgão.
Nas regiões subtropicais, de clima temperado, quando as estações do ano são bem definidas, quente, há grande incidência de luz, elevação da temperatura e alta precipitação, promovendo alta atividade fisiológica e resultando em rápido desenvolvimento das árvores; a madeira formada nesse período é chamada de madeira de lenho inicial, juvenil ou primaveril e as suas células se caracterizam por apresentar paredes finas, lumes grandes, coloração clara e baixa densidade; no período frio, predominam as condições desfavoráveis para o desenvolvimento das árvores (ausência de luz, baixa temperatura e presença de geada e nevascas), reduzindo a atividade fisiológica e o câmbio cessa quase toda a sua atividade; a madeira formada nesse período é chamada de lenho tardio ou outonal, caracterizado por células de paredes espessas, lumes reduzidos, coloração escura e alta densidade. Esta atividade estacional anual do câmbio vascular forma os anéis de crescimento, facilmente perceptíveis num corte transversal de madeiras, das Gimnospermas.
Nas regiões tropicais, quando as estações do ano são bem definidas, os anéis que se formam no caule não correspondem necessariamente aos períodos anuais de crescimento; na maioria das folhosas, os anéis de crescimento são indistintos. É comum encontrar-se, em certas árvores, os anéis descontínuos (árvores muito velhas, com copa assimétrica, não formando um círculo completo em torno da medula) e os falsos anéis de crescimento (mais de um anel por período vegetativo), ambos motivados por variações ambientais bruscas, queimadas, ataques de insetos, poluição etc.
Floema: É um tecido complexo, altamente especializado e constituído por vasos, denominados liberianos ou crivados, células companheiras, parênquima liberiano e elementos mecânicos. 
ANATOMIA DA MADEIRA
MADEIRA DAS GIMNOSPERMAS
 
< no. de caracteres diagnósticos, sua identificação é + difícil. Ausência de vasos, presença de traqueídeos e anéis anuais de crescimento bem definidos. Traqueídeos longitudinais (93%): formados pelo câmbio, período de vida muito curto (perdem o conteúdo celular, tornando-se tubos ocos, de paredes lignificadas, que desempenham a função de condução e sustentação do lenho). Os fluidos podem entrar nos lumes diretamente pelas extremidades afiladas, fluir livremente na madeira, e passar para o lume dos traqueídeos adjacentes, através das pontuações areoladas.
Traqueídeos radiais: pontuações areoladas em suas paredes, dimensões bem inferiores aos traqueídeos longitudinais. Horizontalmente e associados aos raios. Têm a função de condução transversal dos nutrientes do lenho e de sustentação do vegetal. 
Parênquima longitudinal ou axial: células curtas, formato retangular, PC finas e não lignificadas, cuja função é o armazenamento de substâncias nutritivas no lenho. Grande longevidade e pontuações simples em suas paredes. Podem ser encontradas dispersas pelo lenho-parênquima-axial-difuso ou formando faixas junto aos limites dos anéis de crescimento e parênquima axial marginal ou, ainda, associadas aos canais resiníferos. 
Parênquima transversal (6% radial ou raios): armazenar, transformar e conduzir substâncias nutritivas, no sentido transversal. As células parenquimáticas se caracterizam por PC finas, não lignificadas e pontuações simples. Células epiteliais: células do parênquima longitudinal, especializadas na produção de resina, que delimitam os canais resiníferos, formando um epitélio. São + curtas e hexagonais que elementos de parênquima longitudinal e núcleo grande e citoplasma denso, enquanto vivas.
Canais resiníferos (1%): intercelulares, c/ forma tubular, delimitados e envolvidos por células epiteliais do parênquima (epitélio), que vertem resina. Podem ocupar o lenho na posição vertical (canais resiníferos longitudinais) ou horizontal (canais resiníferos radiais ou transversais), sempre dentro de um raio (raio fusiforme). 
De origem normal ou traumática (ferimentos).
Campo de cruzamento: área de contato entre as paredes radiais dos traquídeos longitudinais e as paredes transversais das células do parênquima radial. Pontuações: interrupções nas paredes secundárias dos traqueídeos ou lacunas. Estabelecer comunicação com as células vizinhas, para a passagem de líquido ou gás.
a) Pontuação simples: comunicação c/ a célula vizinha. A cavidade da pontuação permanece com igual largura ou se torna mais ampla ou estreita, gradualmente na direção do lume. 
b) Pontuação areolada: forma um abaulamento, de forma circular, sobre a cavidade da pontuação (câmara da pontuação), deixando uma abertura (poro) no centro da saliência. Única fonte de comunicação entre os traqueídeos (s/ placa de perfuração).
Caminho dos fluidos: no sentido longitudinal é realizado através dos traqueídeos longitudinais (ocos e vazios), e entre estes, pelas pontuações areoladas. No sentido radial, através dos raios na superfície tangencial, fluindo ao longo das células radiais por difusão e entre células, pela membrana das pontuações simples. Das células radiais, os fluidos podem difundir-se através da membrana das pontuações semi-areoladas (campo de cruzamento) e caminhar para o lume dos traqueídeos longitudinais adjacentes. Pontuações areoladas se concentram nas paredes radiais dos traqueídeos e não ocorrem nas paredes tangenciais, o fluxo radial de lume a lume nos traqueídeos é quase impossível, em virtude da ausência de pontuações nessadireção. Na direção tangencial dos anéis de crescimento é realizado quando os fluidos entram na madeira pela superfície radial. Como as pontuações que ligam um lume ao outro estão concentradas nas paredes radiais dos traqueídeos, os fluidos correm através das membranas das pontuações areoladas dos traqueídeos adjacentes.
PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS
São propriedades percebidas pelos órgãos sensoriais, influenciando + ou - na utilização das madeiras. 
Cor:importância secundária p/ identificação de madeiras deve ser considerada com muita cautela, pois é comum encontrar ampla gama de ∆ natural de tonalidade na mesma espécie e, até mesmo, entre várias partes de um mesmo tronco. Esta ∆ deve-se à impregnação de diversas substâncias orgânicas nas células e nas PC (resina, tanino, gomas e corantes), depositadas, de forma mais acentuada, no cerne. Freqüentemente, as madeiras de cor + escura têm > durabilidade, uma vez que tais produtos corantes são + tóxicos para os fungos, insetos e agentes marinhos xilófagos. É de grande importância sob o ponto de vista decorativo (uso nobre e especial). Substâncias corantes, quando presentes em elevadas %, podem ser extraídas comercialmente e aplicadas na tintura de couros, tecidos etc. Sujeita a ∆; a madeira recém-cortada é, geralmente, mais clara e, quando exposta ao ar, durante determinado tempo, tonalidade + escura (oxidação de compostos orgânicos do lenho); escurece também ocorre quando há elevação do teor de umidade, exposição ao sol, em contato com determinados metais e ataque de certos fungos e bactérias. A cor deve ser observada numa superfície do cerne, recentemente cortada ou polida, no plano tangencial. A cor é passível de modificações artificiais por meio de tinturas e descolorações (ação de água ou vapor).
Cheiro: difícil de ser expressa e definida. Deve-se à presença de certas substâncias voláteis ou extrativos, principalmente no cerne. O cheiro tende a diminuir com o tempo de exposição, mas se torna bem pronunciado quando se raspa, corta-se ou se umidece a madeira, no plano longitudinal tangencial. O cheiro a ser considerado e avaliado se refere à madeira.
Gosto: difícil de ser definida, geralmente, as espécies ricas em tanino apresentam um sabor amargo. O gosto é mais sentido em madeiras verdes ou recentemente cortadas, sendo mais intenso no alburno. Em função do gosto desagradável, algumas madeiras devem ser descartadas para certos usos industriais, como embalagens para alimentos, palitos de dente, de picolé e pirulitos, brinquedos para bebês etc.
Desenho: aparência natural das faces da madeira, notadamente da face longitudinal do cerne, bem polida, que resulta das várias características macroscópicas: cerne, alburno, cor, grã, anéis de crescimento e raios. Desenhos especialmente atraentes têm sua origem em certas anormalidades: grã irregular, galhos, troncos aforquilhados, nós, crescimento excêntrico, deposições irregulares de substâncias corantes etc. 
Brilho: que algumas madeiras possuem de refletir a luz incidente. A face longitudinal radial é sempre a mais reluzente pelo efeito das faixas horizontais dos raios. A importância do brilho é principalmente de ordem estética e pode ser aumentado, artificialmente, por polimentos e acabamentos superficiais. 
Textura: efeito produzido na madeira pelas dimensões, distribuição e % dos diversos elementos estruturais constituintes do lenho, principalmente os poros. Nas Angiospermas, a textura é determinada sobretudo pelo diâmetro dos vasos e largura dos raios; nas Gimnospermas, a textura é determinada pela espessura e regularidade dos anéis de crescimento. A textura da madeira tem grande importância na fase de colagem e na aplicação de revestimentos superficiais. Madeiras com textura grosseira absorvem em grande quantidade as substâncias que lhe são aplicadas. Sob o ponto de vista da colagem, a excessiva absorção do adesivo por uma superfície porosa pode causar uma má aderência. 
Dureza: difícil de ser definida de importância < para os propósitos de anatomia e identificação de madeiras. 
Grã: orientação geral dos elementos longitudinais da madeira em relação ao eixo do tronco. Há uma grande ∆ natural no arranjo e direção dos tecidos longitudinais.
FORMAÇÃO DO CERNE E ALBURNO
Em função de ser um tecido fisiologicamente morto e da presença de extrativos, geralmente tóxicos (compostos polifenólicos), o cerne apresenta uma resistência natural ao apodrecimento e ao ataque de organismos xilófagos, baixa permeabilidade e massa específica mais elevada que o alburno. A riqueza de materiais nutritivos, principalmente carboidratos e amido, faz com que o alburno seja muito procurado por organismos xilófagos, principalmente quando as condições ambientais sejam favoráveis. 
PARÂMETRO�
CERNE�
ALBURNO�
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Coloração�
+ escura�
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Atividade fisiológica�
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SEÇÕES FUNDAMENTAIS DE OBSERVAÇÃO
A identificação da madeira se baseia nas diferenças morfológicas das estruturas anatômicas do lenho secundário (xilema secundário) de uma madeira adulta. A estrutura da madeira é caracterizada pelo arranjo e pela quantidade % de ≠ tipos de células, influenciando significativamente, as propriedades da madeira. 
A madeira é considerada um material anisotrópico porque as suas propriedades variam conforme a direção de seus eixos estruturais: longitudinal, tangencial e radial.
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Seção transversal: perpendicular aos elementos axiais, como as fibras e vasos, ou ao eixo maior do caule, como a medula. Esta é a seção onde se observam as várias disposições dos tecidos do lenho, podendo-se distinguir a medula, os anéis de crescimento, o cerne e alburno, os diferentes tipos de parênquima, os arranjos, distribuição e tamanhos dos poros, além da largura e freqüência dos raios da madeira. 
Seção longitudinal-tangencial: paralelo ao eixo maior do caule e perpendicular aos raios da madeira e, ainda, tangencial às camadas de crescimento. Ele mostra, em observação macroscópica, a orientação, a largura, a altura dos raios e o desenho tipo catedral, causado pelas camadas de crescimento. 
Seção longitudinal-radial: passa pelo eixo > do tronco, paralelo aos raios e, ainda, perpendicular às camadas de crescimento. Não oferece muitas informações na identificação de madeiras, em nível microscópico, com exceção do espelhado dos raios, além do desenho riscado, provocado pelas camadas de crescimento.
ANATOMIA DA MADEIRA
DEFEITOS NA ESTRUTURA ANATÔMICA DA MADEIRA
 
Defeitos na grã: todas árvores têm espiralamento em > ou < grau, como um princípio construtivo da árvore, numa forma de atender, com eficiência, o processo fisiológico da transpiração e distribuição da água pela copa. Outras possíveis causas do espiralamento: ação dos ventos, desenvolvimento da copa, movimento solar, rotação da terra, deposição irregular de nutrientes no solo, as divisões pseudotransversais das células iniciais fusiformes do câmbio etc. As principais conseqüências: diminuição da resistência mecânica, deformação na secagem e dificuldades em conseguir um bom acabamento superficial.
Lenho de reação: lenho formado de árvores que se desenvolvem sob o efeito de esforços externos contínuos, provavelmente devido a um estímulo assimétrico de hormônios de crescimento, visando compensar o esforço imposto. É um tecido especial causado tanto pelos efeitos genotípicos, como estímulos mecânicos (vento, peso da neve), ou atribuído à ação da gravidade. Sua função é procurar retornar as árvores ou galhos à sua posição normal anterior. Apresenta ≠ anatômicas, físicas, químicas e mecânicas do lenho normal; conseqüentemente, o aproveitamento do chamado lenho de reação é prejudicado. As árvores que crescem em encostas muito acentuadas apresentam troncos curvos, sendo comum à presença do lenho de reação. Este tipo de lenho também ocorre nas bases dos ramos. O lenho de compressãose situa no lado inferior dos troncos inclinados ou galhos das Gimnospermas, do lado sujeito ao esforço de compressão; presença do crescimento excêntrico, com anéis de crescimento muito largos e transição quase indistinta entre lenho inicial e tardio. As principais características do lenho de compressão são: excessiva dureza; elevado conteúdo de lignina e baixo conteúdo em celulose; ausência de camadas S3 de parede celular; orientação espiralada da estrutura fibrilar; a madeira é quebradiça, c/ dificuldades de trabalhabilidade; madeira c/ comportamento desigual; elevada instabilidade dimensional; coloração típica que pode diminuir o seu valor (> teor de lignina, cor avermelhada); > resistência à compressão axial e perpendicular; propensa a empenamentos durante a secagem.
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Lenho de reação: A – lenho de tração (angiosperma); B – lenho de compressão (gimnosperma).
O lenho de tração como o lenho de compressão, está associado ao crescimento excêntrico. Forma-se no lado superior dos troncos inclinados dos troncos das folhosas. Coloração distinta, + clara (branco-prateada) do que o lenho normal (percebida na madeira recém cortada ou no microscópio) e a superfície da madeira se apresenta sedosa (espessamento anormal das paredes internas das fibras) e lanosa Principais características do lenho de tração são: PC possuem > conteúdo de celulose, enquanto que a lignina é quase ausente; difícil trabalhabilidade da madeira: as superfícies das peças são ásperas e lanosas, difícil colagem e aplicação de pregos etc.; > instabilidade dimensional, principalmente no sentido longitudinal, com tendência ao aparecimento do colapso e outras deformações; coloração anormal da madeira, comprometendo seu valor; elevada resistência a esforços de tração e baixa resistência à compressão e flexão; dificuldades nas operações de cozimento da madeira para a fabricação de celulose e papel; as lâminas ficam onduladas e os compensados ficam empenados, corrugados e rachados.
MADEIRA DAS ANGIOSPERMAS
Cristais e sílica: com o avançar da idade, especialmente no processo de formação do cerne, as substâncias minerais podem transformar-se em ligações insolúveis, como os oxalatos de cálcio e os silicatos. Apesar de não serem propriamente caracteres anatômicos, sua presença é importante para a anatomia, identificação e utilização da madeira. Nos capilares submicroscópicos da PC ou são depositados nos lumes das células, principalmente nas células parenquimáticas. As inclusões minerais são consideradas como defeito quando estão petrificadas. A sílica pode ocorrer no interior das células em forma de partículas ou grãos, normalmente nos raios e no parênquima longitudinal e, em casos mais raros, nas fibras e noutros elementos verticais. Os cristais e depósitos de sílica podem inviabilizar o aproveitamento da madeira, devido ao efeito abrasivo dos minerais nos dentes das serras e partes cortantes dos equipamentos, quando se desdobram as toras e se faz o acabamento da madeira. Por outro lado, tais elementos conferem elevada durabilidade natural às madeiras, dando-lhes resistência ao ataque dos organismos xilófagos, notadamente os marinhos.
Floema incluso: em alguns gêneros e famílias, o câmbio forma esporadicamente células de floema para o interior do tronco. É uma estrutura atípica.
Espessamento em espiral: as fibras e vasos de algumas espécies apresentam espessamentos espirais em suas paredes internas. São de grande valor taxonômico.
Caminhos dos fluidos: a presença de tilas nos vasos reduz a permeabilidade nas madeiras. A % do fluxo de líquidos pelo alburno é muito > que pelo cerne e a % do fluxo através de madeiras com anéis porosos é > do que nas madeiras com poros difusos. A passagem dos fluidos entre vasos, traqueídeos e fibrotraqueídeos é realizada através das pontuações areoladas e a passagem entre as células parenquimáticas e fibras libriformes é realizada através de pontuações simples. A passagem de líquidos entre os vasos, traqueídeos e fibrotraqueídeos e as demais células é feita através de pontuações semi-areoladas. 
MACROSCOPIA E MICROSCOPIA
Macroscopia: analise de caracteres organolépticos e nos anatômicos macroscópicos, observados a olho nu ou com uma lupa, de pequeno aumento (até 10x).
Microscopia:
a) maceração: forma artificial de separação das células de um tecido, através da dissolução da lamela média (remover a lignina). Possibilita a observação tridimensional das células, facilitando o estudo das características anatômicas da madeira.
b) microtomia: transformar a madeira em seções muito finas, transformando-a num objeto transparente e observada com o auxílio de um microscópio.
DEFEITOS NA ESTRUTURA ANATÔMICA DA MADEIRA
Largura irregular dos anéis de crescimento: a largura depende de muitos fatores: duração do período vegetativo, temperatura, umidade, qualidade do solo, luminosidade e silvicultura (espaçamento, desbaste, concorrência, tratos culturais etc.). Gera propriedades heterogêneas, > fragilidade a determinados esforços mecânicos, instabilidade dimensional.
Crescimento excêntrico: deslocamento muito acentuado da medula e do cerne do centro geométrico do tronco. Conseqüências: anéis de crescimento c/ largura variável pouca ≠ do lenho inicial e tardio; fendas circulares, prop. desiguais, torções e empenamentos . Causas: vento, gravidade em árvores obliquas, insolação lateral muito forte, crescimento unilateral da copa (suprimento deficiente de nutrientes num dos lados).
MADEIRA DAS ANGIOSPERMAS
As principais células são: fibras, células epiteliais, elementos vasculares, células do parênquima longitudinal, células do parênquima radial. Além disso, algumas espécies apresentam células oleíferas, tubos taniníferos, canais secretores, inclusões minerais etc.
Vasos: conjunto de células sobrepostas (elementos vasculares) no sentido longitudinal, formando uma estrutura de tubos de forma contínua e de comprimento indeterminado, cuja função é a condução ascendente de líquidos ou seiva bruta na árvore. Quando vistos na seção transversal, os vasos são denominados “poros”. Para permitir a circulação de substâncias líquidas e a comunicação, os elementos vasculares possuem extremidades perfuradas denominadas placas de perfuração que podem ser de diferentes tipos, em suas paredes laterais, há pontuações, cuja disposição, aspecto, tamanho e forma são características de algumas madeiras e se tornaram importantes e indispensáveis para a identificação e definição das propriedades tecnológicas da madeira (massa específica, secagem, impregnação para tratamento preservativo etc.).
Parênquima transversal (radial ou raios): como nas Gimnospermas, os raios das Angiospermas são de natureza parenquimática, desempenham as funções de armazenamento, translocação e condução da seiva elaborada para a parte funcional da planta (alburno), no sentido radial do tronco e irradiam na direção do câmbio (periferia) para a medula (centro). Apresentam-se em faixas ou filas radiais, paralelas, e ocupam de 10 a 40% do plano lenhoso. 
Parênquima longitudinal (axial): células orientadas no sentido do eixo maior. Função de enchimento e armazenamento de substâncias nutritivas para o vegetal. Paredes são finas, não lignificadas, pontuações simples e forma retangular e/ou fusiforme nos planos longitudinais. 
Fibras: células peculiares às Angiospermas; o termo “fibra” é genérico e designa toda célula alongada e com extremidade estreita, com pontas, que não seja vascular 
Ou parenquimática, presente no xilema e no floema. As fibras constituem a > % do lenho (20-80%), sendo mais abundante nas madeiras + duras, função específica de sustentação do vegetal na posição vertical, sendo as principais responsáveis pela >ou< resistência do lenho. As fibras das madeiras das folhosas são curtas, geralmente de 0,5 a 2,5 mm de comprimento, estreitas, com extremidades afiladas, fechadas e de centro oco. A madeira será+ ou - densa em função da espessura da parede da fibra. Grande valor p/ fins de identificação e p/ determinar propriedades tecnológicas da madeira. Ao estudar o tecido fibroso, devem ser considerados os seguintes pontos a serem mensurados: comprimento, largura, espessura da parede e o diâmetro do lume. 
Tilas ou tiloses: associada à formação do cerne; conjunto de proliferações semelhantes a bolas que penetram nos vasos a partir das células do parênquima adjacente, através dos pares de pontuações. Obstruem o lume dos vasos. Dificultam a secagem e impregnação c/ subst. preservativas, barreiras físicas à penetração de fungos xilófagos, aumentando a durabilidade natural da madeira. Ferimentos externos podem estimular a formação de tilos, visando bloquear a penetração de ar na coluna de líquidos em circulação; às vezes, é decorrente da degradação enzimática das membranas das pontuações por fungos xilófagos.
Canais celulares e intercelulares: à semelhança dos canais resiníferos nas Gimnospermas, algumas Angiospermas podem apresentar canais que contêm substâncias diversas, como resinas, gomas, bálsamos, taninos, látex etc. Células oleíferas e mucilaginosas: parenquimáticas especializadas, c/ óleo, mucilagem ou resinas, grandes dimensões. Aproveitamento industrial dos óleos essenciais para fins medicinais e de perfumaria.
ANATOMIA DA MADEIRA
ESTRUTURA ANATÔMICA E COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO
 
Trabalhabilidade: grau de facilidade de se processar a madeira com ferramentas manuais e mecânicas. O objetivo da usinagem da madeira não é somente cortá-la, mas produzir uma forma desejada quanto às dimensões e à qualidade da superfície. Matéria-prima: propriedades intrínsecas da madeira e suas interações c/ o processo; Máquina: aspectos construtivos das máquinas e seus dispositivos que podem otimizar as operações de usinagem; Metodologia: definição dos parâmetros de usinagem, escolha das ferramentas + adequadas p/ otimizar o processamento; Mão-de-obra: treinamento e qualificação dos funcionários que executam as operações. Meio-ambiente: condições ambientais, avalia-se a otimização do uso da madeira e a minimização de impactos, quanto à geração de ruídos e resíduos.
Características da madeira x sua trabalhabilidade: 
Teor de umidade: madeiras verdes = < desgaste das partes cortantes das ferramentas por atrito e aquecimento dos dentes. Textura da madeira.
Orientação de corte: o corte perpendicular ou diagonal às fibras requer > energia que o corte paralelo às fibras. 
Idade da árvore: > idade, > usinagem pq. o lenho adulto (+ fácil usinar,>uniformidade,estabilidade e resistência). Árvores + jovens: < diâmetro, > madeira juvenil, > % de alburno e < estabilidade dimensional. 
Presença de sílica e minerais na madeira: a sílica contribui p/ a abrasividade da madeira e o desgaste da serra e partes cortantes. Nas células parenquimáticas das folhosas. Agravada pela elevação da temperatura e a densidade da madeira. 
Grã: grã irregular = superfícies ásperas. Desenho.
Massa específica: < ME > tecidos frágeis, resultando numa superfície aveludada; > ME > desgaste das ferramentas, em vista de sua acentuada dureza. 
Dureza: intimamente associada à ME. Para usos, como assoalhos, peças estruturais, a dureza é uma característica muito importante. P/ usinar, < dureza.
Instabilidade dimensional: ↑↓ dimensões, c/ umidade do ambiente, afeta a geometria das peças em serviço e a resistência mecânica. ∆ c/ a interação da quantidade de substância madeira, c/ a média do ângulo microfibrila nas PC, em relação ao eixo longitudinal da célula, e c/ a extensão da lignificação da PC. Madeiras de > ME, para um mesmo teor de umidade, contêm + água na PC. Depende dos ≠ tecidos da madeira, principalmente da % de fibras, parênquima axial e dos vasos.
Colagem e revestimentos superficiais: textura grosseira > absorção (má aderência). Madeiras de estrutura muito fechada e superfícies lisas, adesivo penetrará c/ dificuldade, < área e linha de cola fraca. Dificuldades: canais secretores, células oleíferas, conteúdos nos vasos, pq. impedem a aderência dos adesivos e inibem a cura da cola (processo químico de ligamento da cola). 
Combustibilidade: > ME >queima (+ madeira/volume). A combustibilidade e o poder calorífico são altamente influenciados pelo teor de lignina e pelo teor de materiais extrativos inflamáveis, como óleos, resinas, ceras etc. Polpa celulósica e papel : preferir madeiras com < tecido parenquimático e > % de fibras e traqueídeos axiais, Angiospermas e das Gimnospermas, respectivamente. Madeiras de < ME, após o desfibramento, têm células q se amoldam melhor, c/ > área de contato (> resistência mecânica). O papel resultante é + compacto, ↓opaco e poroso, de superfície homogênea e de > resistência ao estouro. Faixa ideal de densidade da madeira p/ papel: entre 0,4 e 0,6 g/cm3. Nas madeiras c/ >ME, > consumo de energia e > desgaste dos equipamentos (cavacos e desfibramento mecânico). Cores escuras, >qnt. produto químico (branqueamento), possível comprometimento do papel. É indesejável a presença de canais secretores,goma, resina e látex, problemas no cozimento e por se depositarem nas peneiras, filtros e superfícies metálicas. 
 
ESTRUTURA ANATÔMICA E COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO
Densidade e resistência mecânica: as ∆ da massa específica (ME) se devem às ≠ na estrutura anatômica da madeira e na quantidade de substâncias extrativas presentes por unidade de volume, em função, principalmente, da idade da árvore, genótipo, índice de sítio, clima, localização geográfica e tratos silviculturais. A estrutura da madeira está relacionada à espessura da PC, ao tamanho e à quantidade % de ≠ tipos de células (fibras, traqueídeos, vasos, dutos de resina e parênquima). A ME correlaciona-se c/ retratibilidade, durabilidade natural, secagem, trabalhabilidade, impregnabilidade, e várias propriedades mecânicas. Devido às ∆ das dimensões e % dos tecidos lenhosos, a ME das madeiras varia entre 0,13 a 1,40 g/cm3 . O grau de resistência mecânica é altamente modificado pela estrutura histológica que se manifesta no comprimento, espessura das membranas, quantidade de pontuações nas paredes etc., afetando diretamente a massa específica. 
Os vasos são estruturas fracas e a sua abundância, dimensão e distribuição influem na resistência mecânica da madeira. O parênquima é um tecido muito fraco e, dependendo da abundância e distribuição, pode reduzir a resistência mecânica. Nas Gimnospermas, o lenho tardio é + resistente que o lenho juvenil, devido ao maior volume de material lenhoso nas paredes das células. A grã irregular oblíqua faz com que as peças se rompam com facilidade ao longo da direção da inclinação quando a madeira é submetida a esforços mecânicos. A própria estrutura da PC pode afetar a resistência mecânica: quanto + vertical for a orientação das microfibrilas de celulose, > a resistência à tração; quanto + horizontal > a resistência a esforços de compressão.
Durabilidade natural: grau de suscetibilidade da madeira ao ataque de agentes destruidores, como fungos, insetos, brocas marinhas e à ação de intempéries. Em geral, as madeiras + resistentes à ação desses agentes são aquelas de alta massa específica, por apresentarem uma estrutura mais fechada, de elevado teor de substâncias especiais, impregnando as PC. Estes materiais (sílica, alcalóides, taninos etc.), de presença mais marcante no cerne, aumentam a durabilidade natural da madeira, devido ao seu efeito tóxico aos agentes xilófagos. A presença de substâncias especiais no lenho, como certos polifenóis, produz uma coloração acentuada e é por isso que o cerne e as madeiras escuras são mais duráveis. A grande abundância de tecido parenquimático (raios e parênquima axial) proporciona uma baixa durabilidade natural à madeira. É um tecido mole, onde os xilófagos destroem a madeira, utilizando-a como abrigo e/ou alimento; é de fácil penetração para as hifas dos fungos e rico em conteúdos nutritivos (amido, açúcares,proteínas). As larvas, assim que eclodem dos ovos, encontram no parênquima axial paratraqueal os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.
Permeabilidade: madeiras de > ME têm > dificuldade na secagem e impregnação com soluções preservativas por apresentarem < volume de espaços vazios para a circulação de fluidos. A > penetração ou eliminação de líquidos depende dos vasos e raios nas Angiospermas e dos traqueídeos axiais, transversais e dos raios, nas Gimnospermas (estruturas c/ função de condução de líquido no lenho). Nas Angiospermas, o grau de permeabilidade é muito influenciado pelos aspectos anatômicos, como tamanho, abundância, distribuição dos poros e a presença de substâncias obstrutoras. > permeabilidade no sentido axial do que no sentido transversal. O fluxo capilar é aproximadamente 50x > na direção longitudinal do que na direção transversal, pq. nesse sentido existe > número de obstáculos e menos presença de substâncias que possam obstruir a passagem de água. 
DEFEITOS NA ESTRUTURA ANATÔMICA DA MADEIRA
Nós: é a posição basal de um ramo que se encontra inserida no tronco ou peças de madeira, provocando desvios ou a descontinuidade dos tecidos lenhosos na sua vizinhança. Depreciam as peças, devido à presença de grã irregular nas suas proximidades que deixa a madeira instável. Dificuldade de trabalhabilidade das mesmas pelo prejuízo às ferramentas. A contração dos tecidos dos nós durante a secagem é ≠ da do lenho circundante, originando deformações indesejáveis. 
a) nó vivo: quando corresponde a uma época em que o ramo esteve fisiologicamente ativo na floresta, havendo uma perfeita continuidade de seus tecidos lenhosos com o tronco. 
b) nó morto: galho que morreu e deixou de participar do desenvolvimento do tronco. Não há mais continuidade estrutural e a sua fixação depende apenas da compressão periférica exercida pelo crescimento diametral do fuste. Os nós, ao morrerem, podem sofrer transformações, tais como acúmulo de resinas ou outros materiais que lhes conferem acentuada dureza. A presença desses nós, de coloração escura, pode prejudicar sobremaneira a trabalhabilidade da madeira, sem contar que todas as propriedades mecânicas têm o seu valor significativamente reduzido. 
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Tecido de cicatrização: encobrir ferimentos produzidos por injúrias mecânicas externas, formando tecidos de cicatrização (calo). Normalmente, o calo inclui muito parênquima axial e, em certas espécies, surgem canais resiníferos (gomíferos) traumáticos. Ocorre um desvio das camadas de crescimento durante muitos anos, até que o mesmo seja completamente envolvido. O calo cicatricial ocorre pelo fato do câmbio intacto desenvolver-se em forma de uma protuberância calosa; para fora, o ferimento fecha-se através do córtex; para o interior, forma-se uma camada cambial unida ao câmbio do tronco. As protuberâncias laterais se formam gradativamente sobre o local de injúria. A madeira envolvente não está ligada à região do ferimento e, num processo adiantado, ocorre a fusão das duas protuberâncias, tornando seus câmbios um tecido único; 
posteriormente, o crescimento diametral do tronco sobre o ferimento prosseguirá de forma normal. As fibras e os anéis de crescimento apresentam desvios e curvaturas. Quanto mais afastado do local do ferimento menor é o desvio do lenho normal. As feridas muito grandes e profundas quase não se recuperam sem o aparecimento do apodrecimento, porque o englobamento da ferida se processa de forma muito lenta, sem ter como impedir a penetração de fungos xilófagos. Na área de cicatrização, o tecido fica anormal e bastante heterogêneo em relação ao lenho normal. Há tendência a deformações e torceduras, instabilidade dimensional, difícil trabalhabilidade e redução sensível das propriedades mecânicas. Numerosos outros defeitos de natureza secundária surgem como as descolorações, englobamentos, alterações estruturais e ataques de fungos e insetos. A intensidade e a freqüência dos defeitos dependem dos seguintes fatores: tamanho e formato do ferimento, crescimento de árvore, espécie vegetal, condições ambientais etc. 
� �Tecido de cicatrização, com englobamento incompleto (A) e completo (B).
ANATOMIA DA MADEIRA
PAREDE CELULAR
 
Minerais: teor expresso como teor de cinzas, < 1%. Muitos formam complexos orgânicos e desempenham funções fisiológicas. + freqüentes são cálcio, magnésio, fósforo e silício. Abrasividade da madeira e o seu teor deve ser controlado na fabricação de rayon e celofane.
Ácidos graxos: substâncias de reserva, em grandes concentrações nas sementes, podem ser encontrados também nos tecidos de reserva da madeira.
Estrutura básica da parede celular
Celulose ocorre na forma de longos filamentos, cujos agregados formam estrutura cristalina característica cuja menor unidade é a célula ou cela unitária: microfibrilas são formadas por extensão da célula unitária; um núcleo de celulose envolvido por uma camada de hemicelulose.
Lamela média + parede primária = 2%; S1 = 10-22%; 
S2 = 68-78%; S3 = 8%.
Modificações na PC
1) Pontuações: recesso na parede secundária aberta para o lúmen e obstruída na parte externa por uma membrana formada pela lamela média composta. 
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Perfuração: orifício de comunicação formado nas extremidades de elementos de vasos adjacentes. Espessamento helicoidal: saliências semelhantes a um cordão fino que contorna, em forma de espiral o lúmen das células. Grande valor na identificação de espécies.
Tiloses: formações bulbulares, produzidas pelas células do parênquima, adjacentes às células dos vasos.
PROPRIEDADES FÍSICAS
Todas as propriedades físicas são determinadas por fatores inerentes da organização estrutural: 
Densidade; quantidade de água na parede celular; % de componentes primários; a quantidade e qualidade dos componentes secundários; arranjo e orientação do material na PC e nos diversos tecidos; tipo, tamanho, % e arranjo das células q constituem o tecido madeireiro.
Relação água/madeira
Teor de umidade na árvore: depende da sp.; ∆ dentro da mesma árvore; depende da idade da árvore. 
Madeira saturada = máximo teor de água livre e máximo de água saturada. Localização da água na madeira: 
a) água livre ou capilar: não incorporada à PC; sua retirada só reduz a massa da madeira, não altera as demais propriedades; em espaços vazios, lúmen celular e espaços intercelulares; primeira que sai da madeira no processo de secagem.
b) água de adesão: na parede celular em sítios de adsorção (grupos OH que não formam ligação de H inter e intramolecular; na celulose, as zonas de adsorção são superfície cristalina e moléculas isoladas; hemiceluloses têm vários grupos por não formar estrutura cristalina, a lignina é hidrofóbica devido à polimerização. 
Adsorção monomolecular: cada sítio de adsorção retém uma molécula de água; é a + forte das ligações. Adsorção polimolecular: adição de várias moléculas de água a um sítio de adsorção. Condensação capilar: várias moléculas de água ao adicionadas ao sitio de adsorção c/ níveis decrescentes de energia, até que entre em equilíbrio, com moléculas soltas. Umidade de saturação das fibras (USF): teor de umidade em q as PC estão saturadas, máximo de água de adesão, a quantidade de componentes secundários pode modificar USF (bloquear sítios de adsorção). 
c) água de constituição: faz parte da madeira; formada na decomposição ou degradação térmica da madeira, pouca importância pois quando isso ocorre a madeira perde suas características.
> de condensação capilar + água = água livre
PAREDE CELULAR
Obtidos removendo-se os componentes solúveis em éter, álcool, água e removendo-se a lignina.
A) Celulose: componente + importante da PC em termos de volume e efeito nas características da madeira; é um polissacarídeo polimérico, cadeia linear, insolúvel em água, solventes orgânicos neutros, ácidos e álcalis diluídos, constituída exclusivamente de unidades de β-d- glucose por ligações glicosídicasβ (1-4) e possui uma estrutura cristalina e organizada. 44,44% C, 6,22% H e 49,39% O. Fórmula mínima: C6H10O5. Formam ligações de hidrogênio intramolecular que são responsáveis pela rigidez da molécula, ↑ viscosidade quando em solução, ↑ tendência a cristalizar e habilidade a formar estrutura fibrilar. Grupos OH na região amorfa são acessíveis e reagem prontamente, na região cristalina podem ser inacessíveis. ↑ grau de polimerização. 
B) Hemiceluloses: mistura de polímeros polissacarídeos de↓massa molecular que estão intimamente associados com a celulose nos tecidos das plantas.% variadas, dos açúcares:β-D-xilose,β-D-manose,β-D-glucose,ácidoβ-D-glucorônico, ácido β-D-galactourônco, α-L-arabinose,α-D-galactose e ácido α-D-4-O-metilglucorônico. É linear, porém, podem apresentar pequenas ramificações. As coníferas (25-30%) têm < teor de hemiceluloses que as folhosas (30-40%), e não são =. São insolúveis em solventes orgânicos neutros e a > parte é insolúvel em água; hidrolisáveis por ácidos diluídos e solúveis em soluções alcalinas diluídas; reagem semelhante à celulose (tipo de reação), porem, são mais reativas. 
Desejável na fabricação papel: > rendimento, melhora as propriedades do papel. Indesejável na produção de derivados da celulose: reagem semelhante à celulose produzindo outros derivados (amorfas,+ reativas). ↓grau de polimerização, não forma arranjo fibroso.
C) Lignina: terceiro componente da PC, característica das plantas lenhosas. Confere rigidez à PC e, na madeira, agente permanente de ligação entre células. Termoplástica (importante na fabricação de algumas chapas de fibras e produtos densificados de madeira). Associada c/ as hemiceluloses, não só através de interações físicas como também de ligações covalentes. Folhosas: 20-30% (tropicais > 30%), coníferas:26- 32%. 
O término da lignificação geralmente coincide com a morte da célula. Polímero complexo de ↑ peso molecular constituído de unidade de fenil-propano. Incolor ou bege claro. Devido à sua reatividade e tendência de formar grupos cromóforos, é responsável por grande parte da cor desenvolvida nas celuloses.
D) Componentes secundários (extrativos): constituintes coloridos fornecem valores estéticos; certos compostos, (fenóis), inibem a ação de fungos e insetos aumentando a durabilidade natural; taninos, terebintina e breu são explorados comercialmente; alguns podem dificultar a utilização da madeira; alcalóides e alguns compostos fisiologicamente ativos podem prejudicar a saúde; alguns extrativos formam manchas na celulose; pode provocar a corrosão de metais; amido > suscetibilidade da madeira ao ataque de insetos. C/ base em características estruturais os extrativos podem ser classificados: terpenos e ácidos resinosos, polifenóis (flavonóides,antocianinas,quinonas,estilbenos.e taninos) tropolôneos, glucosídeos, açucares, ácidos graxos e minerais. Fisiologicamente, classificados em: materiais de reserva (ácidos graxos, açucares, gorduras e óleos), materiais de proteção (terpenos, ácidos resinosos, fenóis, ceras) e hormônios vegetais (fitosterol e sistosterol). Terebentina (produtos farmacêuticos, cosméticos e desinfecção, diluição de tintas e vernizes, manufatura de resinas sintéticas e fabricação de produtos de limpeza e polimento): óleos voláteis, breu (vernizes, resinas, sabões, agentes emulsificantes e cola de breu): resina não volátil. Taninos: utilizados em curtumes, fabricação de adesivos, exploração de petróleo, etc. são indesejáveis na fabricação de papel pq. consomem reagentes e podem colorir a celulose.
PROPRIEDADES COMUNS 
A TODAS AS MADEIRAS
Estrutura celular, cuja parede é composta de celulose, carboidratos não celulósicos e lignina;
Natureza anisotrópica; 
Higroscópica, biodegradável, combustível; 
Muito estável à ação da maioria dos produtos químicos; 
Em condições adequadas extremamente durável; 
É um excelente isolante.
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
1. Fácil de ser trabalhada e fixada c/ pregos, parafusos, adesivos etc. 
2. Excelente resistência à flexão por peso quando comparada com diversos materiais. 
3. Resistência ao impacto 2x a resist. à carga estática. 
4. ∆ dimensionais em ∆ de temperatura são pequenas.
O TRONCO DA ÁRVORE
Suporte mecânico para a copa, comunicação entre copa e raízes e armazena reservas nutritivas. Madeira, em escala comercial, é um material produzido por vegetais de porte arbóreo e que possuem certa maturidade. Principais características das plantas produtoras de madeira são as seguintes: tecido vascular, plantas perenes, tronco que persiste de ano a ano, crescimento em.diâmetro.decorrente.de.atividade.do.câmbio.vascular 
Os principais fatores que determinam a importância comercial de uma determinada espécie são: 
1. as dimensões e o formato da árvore 
2. disponibilidade 
3. ocorrência em regiões de fácil acesso 
4. a qualidade da madeira
Fases de desenvolvimento da célula lenhosa: divisão das células meristemáticas, diferenciação, crescimento, espessamento da PC, lignificação e morte.
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Divisão, diferenciação e crescimento das células de uma folhosa
Anéis de crescimento 
Lenho inicial: produzido durante o alongamento (crescimento em altura) e elevada síntese de auxinas e baixa disponibilidade de fotoassimilados. 
Lenho tardio: células produzidas após a maturação das folhas e conseqüente aumento na disponibilidade de produtos da fotossíntese e decréscimo no nível de auxina à medida que a copa cessa o crescimento.
Composição química da parede celular: 
Componentes primários�
Componentes secundários�
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1.Holocelulose�
Taninos�
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a.Celulose (40- 50%)�
Óleos voláteis e resinas�
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b.Hemiceluloses 
(20-35%)�
Gomas, látex, alcalóides, corantes etc.�
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2. Lignina (15-35%)�
Cinzas (< 1%)�
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TECNOLOGIA DA MADEIRA
PROPRIEDADES FÍSICAS
 
Combustão da madeira: se inicia c/ a pirólise e a ignição ocorre a aproximadamente 275OC, durante a pirólise a holocelulose libera principalmente voláteis enquanto que a lignina promove principalmente a produção de carvão. O poder calorífico da madeira (PCS) depende de sua composição, < com > umidade, > com > teor de lignina.
Propriedades elétricas: medida por um condutor (madeira com água livre) ou resistor (madeira seca). ∆ c/ temperatura, umidade, densidade e direções L, R e T.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Comportamento da madeira submetida a ação de forças externas: compressão (tende a reduzir as dimensões), tração (tende a aumentar as dimensões) e cisalhamento (tende que parte do material deslize sobre si próprio). 
Deformação: distorção sofrida por um material em conseqüência da tensão aplicada; proporcional à tensão aplicada desde que não se ultrapasse o limite de proporcionalidade. ≤ LP as deformações recuperáveis, > LP são permanentes.
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A madeira + densa é + resistente pois possui + massa por unidade de volume. > umidade < resistência, > USF não interfere nas propriedades mecânicas (água livre), apenas a massa. Resistência: L>R>T.
VARIABILIDADE DA MADEIRA
∆ na madeira de mesma espécie são ocasionadas por: 
1. variações no câmbio devido à idade 
2. controle genético 
3. influências do meio ambiente
∆ em algumas características no sentido medula-casca:
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∆ de algumas propriedades:
> idade: > densidade, > proporção de lenho tardio, > comprimento das células, < ângulo das microfibrilas, > resistência.
PAINÉIS DE MADEIRA
Comply lumber: miolo de partículas e faces de lâminas. 
Paralell strand lumber (PSL): partículas longas, (1,3 x 94cm), orientadas na mesma direção. 
Painéis de fibra isolante: fibras de baixa densificação. 
Painéis de fibras duras: fibras de alta densificação. 
Painéis de fibras de média densidade (MDF): fibras de média densificação. 
Painéis de fibras de alta densidade (HDF): fibras de alta densificação.

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