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ANÁLISE DOS PRINCIPAIS ÍNDICES DE PERIGO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO MUNICÍPIO DE XANXERÊ, SANTA CATARINA. Mariah Filippin Moraes Rosa, Nicole Dranka da Maia RESUMO Este trabalho foi desenvolvido com objetivo de avaliar o desempenho dos índices de perigo de FMA, FMA+, Angstron e Nesterov no município de Xanxerê (oeste de Santa Catarina), de modo a sugerir o melhor índice a ser usado na região. Para a realização deste trabalho, foram usados dados meteorológicos diários (temperatura, precipitação e umidade relativa) de um período de três meses. Os dados meteorológicos foram obtidos da rede de estações convencionais do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), estação A858. Em seguida, foram calculados os índices de perigo de incêndios. O índice Nesterov (G) foi o que apresentou maior risco de incêndios para a região, e o mês 3 apresentou valores de risco muito alto de incêndio, em relação aos demais meses, sendo considerado, então, o índice de Nesterov ideal para região ou períodos em que tem eventos de chuva e quando ocorrem temperaturas mais quentes. INTRODUÇÃO A biodiversidade é um dos aspectos mais importantes das áreas protegidas naturais, e neste contexto os incêndios florestais têm um efeito extremamente negativo nos ecossistemas em que sua ocorrência não é natural. A perda de habitats e a consequente diminuição da diversidade da flora e fauna podem ser devastadoras. Sendo assim, é de suma importância avaliar os riscos de incêndios nesses locais, e fazer um planejamento de ações preventivas e de minimização de danos em relação a ocorrência de incêndios florestais (MEDEIROS; FIEDLER, 2003). Nas áreas de florestas, o fogo se tornou um dos principais agentes causadores de prejuízos tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente, devastando a fauna e a flora, causando prejuízos financeiros às empresas, governo e sociedade. A sociedade também tem sofrido consequências com a ação dos incêndios florestais, por meio da perda de seus bens e até mesmo com perda de vidas (SILVA, 2017). Incêndios florestais ocorrem devido à combinação de diversos fatores ligados ao fenômeno da combustão, fatores esses que podem variar conforme o ambiente, influenciando de diferentes formas a combustão, resultando em diferentes formas de ocorrência e propagação, em função das características do ambiente (BATISTA, 2000). Conhecer as causas dos incêndios possibilita, de forma objetiva, trabalhar com a prevenção e redução das fontes de fogo, melhorando os gastos com a proteção das florestas. A eficiência do combate a incêndios pode ser dimensionada através da classificação dos incêndios por classe de tamanho (SANTOS; SOARES; BATISTA, 2006). Os incêndios florestais são significativamente afetados pela variação climática e outras variáveis meteorológicas como temperatura, vento, precipitação e umidade relativa. Por isso, apenas a partir de informações exatas pode-se identificar a ação do fogo em uma região (SANTOS; SOARES; BATISTA, 2006). Este trabalho teve como objetivo principal avaliar o desempeno dos índices de perigo de FMA, FMA+, Angstron e Nesterov nas condições do município de Xanxerê, oeste de Santa Catarina, no período de 3 meses. MATERIAL E MÉTODOS Os dados meteorológicos da cidade de Xanxerê, localizada no estado de Santa Catarina, foram obtidos da rede de estações convencionais do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), estação A858. A análise realizada foi no período de 3 meses, iniciando no dia 01/01/2021 até no dia 31/03/2021. Os dados utilizados foram: hora da medição de precipitação total, temperatura do ar do bulbo seco, umidade relativa do ar, a velocidade do vento e também a pressão máxima. Sendo assim, com os dados obtidos, foi calculado alguns índices para determinar o perigo de incêndio na região. Índices de perigo de incêndios: Fórmula de Monte Alegre (FMA): é um índice cumulativo, utiliza apenas a umidade relativa do ar às 13h e a precipitação para calcular o risco de incêndio (SOARES, 1973). Sendo que o índice está sujeito a restrições de precipitação, conforme demonstra no Quadro 1. (1) Onde: FMA = Fórmula de Monte Alegre; H = umidade relativa do ar (%), medida às 13 horas; n = número de dias sem chuva maior ou igual a 13,0 mm. A interpretação do grau de perigo estimado pela Fórmula de Monte Alegre (FMA) é realizada por meio de algumas restrições conforme demonstra no Quadro 1, o qual é interpretado pelas classes de perigo do Quadro 2. Fórmula de Monte Alegre Modificada (FMA+): A fórmula (FMA+) inclui a velocidade do vento, além disso, é um índice também cumulativo e seus dados são obtidos às 13hs e também está sujeito às restrições de precipitação, conforme demonstrado no Quadro 1, e o grau de perigo está demonstrado no Quadro 2. (2) Onde: FMA+ = Fórmula de Monte Alegre Alterada; H = umidade relativa do ar (%), medida às 13 horas; n = número de dias sem chuva maior ou igual a 13,0 mm; v = velocidade do vento em m/s, medido às 13 horas; e = base dos logaritmos natural (2,718282). Índice de Angstron (B): Trata-se de um índice não-acumulativo, desenvolvido na Suécia, e baseia-se fundamentalmente na temperatura e na umidade relativa do ar, ambos medidos diariamente às 13hs (Angström, 1949). As restrições e interpretação do índice de Angstron (B) está demonstrado nos Quadros 1 e 2. (3) Onde: B = índice de Ängstrom; H = umidade relativa do ar (%); T = temperatura do ar (°C). Quando o valor de “B” for menor do que 2,5 há perigo de incêndio (B < 2,5 = perigo). Índice de Nesterov (G): Este índice, também cumulativo, foi desenvolvido na ex- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e aperfeiçoado na Polônia, o qual utiliza a temperatura e o déficit de saturação do ar, ambos medidos diariamente às 13h (Nesterov, 1949). As restrições e interpretação do índice de Nesterov (G) está demonstrado nos Quadros 1 e 2. (4) Onde: G = Índice de Nesterov; di = déficit de saturação do ar em milibares; Ti = temperatura do ar em Cº; n = número de dias sem chuva (maior que 10 mm). Já em relação ao déficit de saturação do ar é calculado pela equação: (5) Onde: di = déficit de saturação do ar em milibares; E = pressão máxima de vapor d´água em milibares; H = umidade relativa do ar em %. Quadro 1 - Restrições seguidas para os cálculos de cada tipo de índices: Quadro 2 – Classes de perigo de incêndio: Todos os índices foram calculados utilizando o software Excel 2019, e a partir dos resultados, foram comparados com os quadros 1 e 2 para a interpretação dos dados e riscos de incêndio na área de Xanxerê. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para os índices calculados com a série de dados de Xanxerê – SC foi possível criar quatro tabelas indicando as classificações de risco de incêndios no decorrer dos três meses, a qual foi feita a análise (01/01/2021 até no dia 31/03/2021). Tabela 1 – Resultados dos 3 meses da fórmula de Monte Alegre (FMA): MONTE ALEGRE (FMA) FMA (1ºmês) Classificação FMA (2ºmês) Classificação FMA(3ºmês) Classificação 0,0 1,4 3,1 3,4 2,8 2,2 2,4 2,8 3,0 2,8 2,8 2,6 2,3 2,6 NULO PEQUENO MÉDIO MÉDIO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 1,1 1,4 1,2 1,0 1,4 1,3 1,5 1,8 1,5 1,6 1,3 1,2 1,3 1,4 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO MÉDIO MÉDIO PEQUENO MÉDIO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 1,4 1,4 1,2 1,0 1,0 1,0 1,3 1,3 1,3 1,4 1,6 1,6 1,8 1,8 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO MÉDIO MÉDIO MÉDIO 2,8 2,8 2,3 2,1 2,2 2,4 2,4 2,2 2,2 2,3 2,2 2,1 2,2 2,6 2,0 2,3 2,4 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 1,2 1,2 1,3 1,9 1,4 1,4 1,5 1,7 1,6 1,1 1,3 1,5 1,4 1,4 PEQUENO PEQUENO PEQUENO MÉDIO MÉDIO PEQUENO PEQUENO MÉDIO MÉDIO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 1,6 1,6 1,2 1,4 1,6 1,5 1,4 1,4 1,3 1,6 1,9 1,0 1,1 1,0 1,0 1,2 1,2 MÉDIO MÉDIO PEQUENO PEQUENO PEQUENO MÉDO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO MÉDIO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO Tabela 2 – Resultados dos 3 meses da fórmula de Monte Alegre Modificada (FMA+): MONTE ALEGRE MODIFICADA (FMA+) FMA+ (1ºmês) Classificação FMA+ (2ºmês) Classificação FMA+ (3ºmês) Classificação 0,0 1,5 3,3 3,7 3,1 2,4 2,6 3,0 3,2 3,1 3,2 2,9 2,6 2,8 3,1 3,3 2,7 2,2 2,4 2,7 NULO NULO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO NULO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 2,4 2,6 2,9 2,5 2,7 3,1 3,1 3,5 3,6 3,4 3,1 2,7 2,8 3,0 2,8 2,6 2,8 3,5 3,5 3,0 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO NULO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO NULO 3,3 3,2 2,8 2,5 2,3 2,1 2,3 2,8 2,9 2,9 3,2 3,4 3,6 3,8 3,6 3,6 3,2 2,9 3,3 3,5 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 2,6 2,4 2,4 2,5 2,4 2,3 2,6 2,6 2,2 2,5 2,6 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO 3,1 3,5 3,7 2,9 2,5 3,0 3,3 3,3 PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO NULO PEQUENO PEQUENO 3,3 3,0 2,8 3,1 3,7 3,1 2,3 2,3 2,2 2,4 2,7 PEQUENO NULO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO PEQUENO Tabela 3 – Resultados dos 3 meses da fórmula de Angstron (B): ANGSTRON (B) B (1ºmês) Classificação B (2ºmês) Classificação B (3ºmês) Classificação 3,69 3,89 3,25 3,36 5,00 5,16 3,86 3,76 3,40 4,00 3,35 5,39 4,18 4,15 3,59 4,29 5,53 5,48 4,84 4,51 4,84 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO 5,11 3,92 4,50 5,84 4,38 4,79 3,97 3,12 3,68 3,65 4,60 4,73 4,28 4,01 4,85 4,75 4,40 3,33 4,23 3,89 3,52 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO 3,83 4,15 4,82 5,68 5,54 5,85 4,18 4,21 4,20 4,46 3,70 3,47 2,91 2,90 3,17 3,20 4,52 4,06 3,48 3,54 3,87 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO 5,61 4,72 5,03 5,63 5,46 4,61 5,70 5,59 4,50 5,02 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO 3,05 3,10 5,15 4,24 3,66 3,98 3,87 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO 3,91 4,33 3,31 2,62 5,71 5,29 5,73 5,99 5,34 5,21 MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO MÉDIO A BAIXO Tabela 3 – Resultados dos 3 meses da fórmula de Nesterov (G): NESTEROV (G) G (1ºmês) Classificação G (2ºmês) Classificação G (3ºmês) Classificação 150,31 279,20 434,67 582,56 632,66 665,00 805,51 961,84 1140,41 1268,86 1453,56 745,10 855,58 962,53 1115,15 1216,28 1220,75 1236,83 1296,82 1380,04 NULO NULO PEQUENO MÉDIO MÉDIO MÉDIO MÉDIO MÉDIO ALTO ALTO ALTO MÉDIO MÉDIO MÉDIO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO 1432,45 1565,92 1647,71 1647,71 1723,09 1782,60 1886,21 2033,00 2160,12 2290,36 2364,83 2431,61 2530,18 2649,49 2709,66 2775,70 2863,85 2990,50 3087,80 3207,61 ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO 4388,79 4497,02 4557,40 4564,74 4576,62 4576,62 4684,08 4788,49 4892,55 4967,20 5075,73 5226,25 5419,98 5626,23 5807,35 5993,09 6079,53 6189,95 6342,41 6489,18 MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO 1439,54 1455,82 1522,39 1569,83 1577,67 1593,75 1667,40 1254,33 1258,59 1339,99 1391,28 ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO 3360,23 3545,51 3745,58 3782,62 3885,68 4023,32 4138,52 4257,97 ALTO ALTO ALTO ALTO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO 6621,76 6753,83 6850,30 7027,45 7251,99 7262,10 7290,50 7294,19 7294,19 7328,82 7369,24 MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO MUITO ALTO A partir dos resultados expostos na tabela, é possivel observar que o índice Nesterov (G), foi o que apresentou maior risco de incêndios para a região. Portanto foi o único índice, em relação aos demais, que apresentou alto risco de ocorrência de incêndio, os quais os demais índices como o de monte alegre, o monte alegre modificada e Angstron, apresentaram apenas risco pequeno, médioou nenhum risco. Quanto ao índice de Nesterov (G), o mês 3 apresentou valores de risco muito alto de incêndio, em relação aos demais meses, isto se dá ao fato da climatização, do tempo, da precipitação, da pressão máxima. Portanto, este foi o mês, o qual teria que ficar em alerta, e tomarem decisões corretas, como por exemplo, a vigilância preventiva deve ser intensificada, aumentando o período de operação de torres e vigilância móvel. Sendo assim, a principal técnica que é utilizada quando o risco é alto seria o contra-fogo combinado com bombeamento de água, são os únicos meios efetivos. Ao comparamos o presente trabalho com o de Borges et al. (2011), avaliando o desempenho de três índices (FMA, FMA+ e Nesterov) no norte do estado de Espírito Santo, encontraram que o FMA demostrou pior desempenho em relação ao índice de Nesterov, ou seja, o mesmo ocorreu no presente trabalho. Entretanto, a localização, chuva, temperatura, pressão máxima, esses fatores interferem em todos os índices calculados. É de suma importância observamos alguns aspectos para a região em que se trabalha, pois a utilização de um índice inadequado para a região pode relatar baixo índice quando na verdade já tem risco de incêndio. Assim, podemos dizer que o índice de Nesterov, é ideal para região ou períodos em que tem eventos de chuva e quando ocorrem temperaturas mais quentes. Já em relação, monte alegre, monte alegre modificada são mais aplicáveis em regiões onde há mais eventos de chuva, uma vez que para os cálculos utilizam esses dados para seus resultados e por fim o índice de Angstron é mais aplicado em regiões onde não há muito evento de chuva e é mais quente. CONCLUSÃO O índice Nesterov (G) apresentou maior risco de incêndios para a região em relação aos demais, que apresentaram apenas risco pequeno, médio ou nenhum risco. O índice de Nesterov (G), no mês 3 apresentou valores de risco muito alto de incêndio, em relação aos demais meses, sendo então, este mês, o qual necessita-se ficar em alerta, adotando medidas preventivas. O índice de Nesterov é o mais indicado para região ou períodos em que se tem eventos de chuva e quando ocorrem temperaturas mais quentes. Já em relação ao monte alegre e monte alegre modificada são índices mais aplicáveis em regiões onde há mais eventos de chuva, e o índice de Angstron é mais aplicado em regiões onde não há muito evento de chuva e são mais quentes. REFERÊNCIAS BATISTA, A. C. Mapas de risco: uma alternativa para o planejamento de controle de incêndios florestais. Floresta. v. 30, n. 1/2, p. 45 – 54, 2000. BORGES, T. S. et al. Desempenho de alguns índices de risco de incêndios em plantios de Eucalyptus no norte do Espírito Santo. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 153-159, 2011. MEDEIROS, M. B. FIEDLER, N. C. Incêndios florestais no parque nacional da Serra da Canastra: desafios para a conservação da biodiversidade. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 14, n. 2, p. 157-168, dez. 2003. SANTOS, J. F.; SOARES, R. V.; BATISTA, A. C. Perfil dos incêndios flores tais no Brasil em áreas protegidas no período de 1998 a 2002. Floresta, Curitiba, PR, v. 36, n. 1, jan./abr. 2006. SILVA, F. A. Análise do risco de incêndio florestal em um povoamento de Eucalyptus dunnii maiden. (Myrtaceae) na fazenda São Jorge, município de Piraí do Sul – PR. 2017. Trabalho de conclusão de curso de especialização (especialista em engenharia e segurança do trabalho) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2017. SOARES, R.V.; PAZ, G. Uma nova fórmula para determinar o grau de perigo de incêndios florestais na região centro-paranaense. Floresta, Curitiba, v. 4 n. 3, p. 15-25, 1973.
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