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Aula 5 - Apresentação

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Aspectos Relevantes do Direito no Brasil no Período Regencial e nas primeiras décadas do Segundo Reinado - Semana 5
colegiosagrado.com.br
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Abdicação de D. Pedro I
A oposição contra a política autoritária de D. Pedro I não cessara desde a Confederação do Equador. Era criticada a opressão do Poder Moderador - instituído pela Constituição outorgada de 1824 - e o predomínio do Partido Português junto ao imperador, contrariava muitos interesses.
Problemas econômicos e financeiros: o não reconhecimento no exterior da emancipação política e a instalação do aparelho estatal necessário em todo o território. A guerra contra as Províncias Unidas do rio da Prata (atual Paraguai) reforçava a crise com gastos militares significativos, sustentados por novos empréstimos externos.
A Inglaterra impôs, em agosto de 1827, um acordo comercial que limitava a cobrança das tarifas alfandegárias – principal arrecadação do império – o que levou a empréstimos no exterior.
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Abdicação de D. Pedro I
Neste momento, Portugal vivia uma crise financeira estarrecedora, graças às fraquezas administrativas do reinado de D. Miguel. A imprensa argumentava que D. Pedro estava preocupado com o antigo país colonizador e cogitava assumir o trono por lá também. Para os brasileiros, esse ato era impensável pois, se o imperador estava comprometido com a independência do país, tinha o dever de deixar Portugal de lado.
Revoltados com a decepcionante condução política do imperador, os opositores do Rio de Janeiro se organizam e travam uma violenta batalha contra os portugueses, em março de 1831, no episódio que ficou conhecido como “Noite das Garrafadas”.
Esses atos enfraquecem o alicerce político do imperador, que foi perdendo apoio dos ministros e pressionado a sair do cargo. No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro abdica do cargo de imperador, retorna à Europa e deixa o trono para seu filho Pedro, de 5 anos.
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O Período Regencial (1831-1840)
 
O período posterior à abdicação de D. Pedro I ficou conhecido como Período Regencial – ao longo dele o país foi conduzido por figuras públicas, em nome do futuro imperador (cuja maioridade aconteceria antecipadamente, em 23/07/1840, quando então D. Pedro de Alcântara não havia completado 15 anos, já que seu aniversário ocorria no dia 02/12).
 A princípio o governo regencial assumiu a forma de Regência Trina (três regentes) – logo após a abdicação de D. Pedro I, instalou-se uma Regência Trina Provisória, escolhida por parlamentares que se encontravam na Corte na manhã do dia 07/04, já que a Assembléia Geral estava em recesso. 
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O Período Regencial (1831-1840)
1 Regência Trina Provisória (1831)
Governou o país por aproximadamente três meses, era composta pelos senadores Nicolau de Campos Vergueiro e José Joaquim de Campos (Marquês de Caravelas) e pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, pai do Duque de Caxias. As três grandes correntes políticas do Brasil Imperial estavam assim representadas: os liberais, com o Senador Campos Vergueiro, os conservadores, por Carneiro de Campos, e os militares, pelo General Francisco de Lima e Silva, o "Chico Regência".
Mantendo inalterada a Constituição de 1824, a Regência Provisória tinha um caráter liberal e anti-absolutista. Era o início do chamado avanço liberal, que durou até 1837, quando os grupos políticos das províncias alcançaram um maior grau de autonomia.
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2 A Regência Trina Permanente (1831-1834)
Uma vez instalada a Assembléia Geral, foi eleita em 17 de junho de 1831 a Regência Trina Permanente, que ficou composta pelos deputados José da Costa Carvalho, político do sul do país, João Bráulio Muniz, do norte, e novamente pelo Brigadeiro Chico Regência. Tal composição representava, por um lado, uma tentativa de equilíbrio entre as forças do norte e do sul do país; por outro lado, a permanência do Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, era a garantia do controle da situação e da manutenção da ordem pública. Ocorre o Ato Adicional.
3 A Regência Una do Padre Diogo Antônio Feijó
Conforme estipulado pelo Ato Adicional, realizou-se, a 7 de abril de 1835, a eleição para o cargo de Regente Único.
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4 A Regência de Araújo Lima: o "Regresso Conservador"
Após a queda do Padre Feijó, o Ministro da Justiça, o pernambucano Pedro de Araújo Lima, assumiria interinamente, nomeando um novo gabinete composto por políticos regressistas, que ficou conhecido como Ministério das Capacidades pela fama de que gozavam os seus componentes
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Sendo a Regência um dos períodos mais agitados da história política do país, em que se destacam dois temas: 
1. A unidade territorial do país, que esteve em jogo com os inúmeros movimentos revoltosos e, 
2. O intenso debate acerca da centralização ou descentralização do poder. 
 Neste sentido, é importante analisar os efeitos do chamado Ato Adicional de 1834, que teve por propósito dar suporte a medidas descentralizadoras no âmbito do poder. 
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O Ato Adicional de 1834 tentou ir contra a estrutura centralizadora do governo imperial.
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Segundo o Ato Adicional, as províncias poderiam formar suas próprias Assembleias Legislativas. Controlar a arrecadação de impostos e os gastos do poder local. Além de criarem leis, os membros dessa assembleia tinham autonomia para nomearem os funcionários do governo. Com o passar do tempo, essa última regalia se transformou em barganha política destinada à compra de votos.
A extinção da Regência Trina. Em seu lugar, uma Regência Una seria eleita através do voto direto. Na verdade, essa conquista em nada modificava o problema da exclusão política no país. Respeitando às leis eleitorais da Constituição, somente as pessoas que comprovassem uma determinada renda poderiam votar e lançar candidatura.
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Determinações de menor valor apontavam que a capital do Império seria transformada em Município Neutro. Além disso, confirmando uma determinação já existente, o Ato Adicional estipulou a suspensão do Conselho de Estado e do Poder Moderador, dois órgãos que só poderiam funcionar com a posse de um novo rei.
Apesar de suas intenções liberais, o Ato Adicional de 1834 não teve a força necessária para que o desmando e o centralismo fossem enfraquecidos do cenário político da época.
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Nesse contexto, faz-se relevante tratar da criação de uma instituição de grande importância no período: a chamada “Guarda Nacional”, em 1831.
Deve-se frisar ser esta, não apenas um corpo armado por cidadãos confiáveis (proprietários), que tinha por propósito reduzir a excessiva centralização do poder e combater a ameaça das “classes perigosas”, mas também dar relevo ao fato de que ela influenciou claramente no processo de fortalecimento das elites locais, contribuindo para o surgimento do fenômeno do “coronelismo”. 
Por isso, faz-se necessário analisar pontos relevantes do Código de Processo Criminal de 1832 - que, juntamente com o Código Criminal de 1830, dá início a uma tradição jurídica penal brasileira. 
Neste contexto, é interessante que aquele seja analisado em conjunto com o Ato Adicional de 1834, já que ambos, em comum, compartilham o espírito de descentralização vigente no período (ainda que isso apontasse para uma contradição sistêmica, pois a Constituição de 1824 tem no centralismo sua essência), de forma a ampliar o poder das elites fundiárias, principalmente por intermédio da figura do juiz de paz. 
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A GUARDA NACIONAL
Durante o período regencial, a ausência de um representante do poder real abriu caminho para uma série de revoltas e levantes que tentavam ir contra o governo. Mediante essa ameaça, ainda sob a vigência da Regência Trina Permanente (1831 - 1835), o ministro da justiça, Diogo Antônio Feijó, estipulou a criação da Guarda Nacional, em agosto de 1831. Em suma, essa milícia civil seria formada por “homens livres” destinados a manter a ordem interna.
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A criação de uma milícia da Guarda Nacional era realizada de forma local e o alistamentoera obrigatório a todo cidadão com direito ao voto nos municípios. Com isso, o Exército, que tinha alistamento facultativo, reduziu-se a um contingente de 10 mil soldados. A Guarda Nacional, em pouco tempo, estava em quase todo o território brasileiro.
Com o passar do tempo, a função pública e mantenedora da ordem, que justificou a criação desse novo elemento, teve suas funções desvirtuadas, pois as forças da Guarda Nacional foram usadas pelos grandes latifundiários para assegurar seus interesses . Ou seja, como instrumento de coerção política utilizado pelos coronéis.
O caráter elitista e repressor da Guarda Nacional sobreviveu durante todo o Império e no regime republicano até a década de 1930. 
Somente com a Revolução de 1930 foi que o poder dos coronéis e de seus oficias armados foi desarticulado de forma definitiva. Contudo, nesse extenso e lamentável episódio, observamos um exemplo claro sobre como os limites entre o público e o privado foram desrespeitados em nossa história.
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Teoria dos atos de comércio - De acordo com a teoria francesa dos atos de comércio, a matéria comercial deixa de ser baseada na figura do comerciante da Idade Média e passa a ser definida pela prática dos atos de comércio enumerados na lei. 
Teoria da Empresa – O Código Civil italiano(1942) unifica o direito civil e o comercial. O direito comercial deixa de ser direito do comerciante (período subjetivo das Corporações de Ofício) ou dos atos de comércio (período objetivo da codificação napoleônica), para alcançar limites muito mais largos, acomodando-se à plasticidade da economia política(encampando prestação de serviços, as atividades ligadas à terra e a negociação imobiliária).
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Análise do Código Comercial de 1850 no contexto do período em que foi criado.
Revela-se a presença dos ideais liberais no início da organização do direito privado brasileiro em um histórico de incipiente e frágil modernização da sociedade brasileira e a importância de uma regulação econômica. 
É relevante, sob uma perspectiva do alcance social e de análise de uma história da luta pela igualdade de gêneros no Brasil, que é somente a partir deste Código que as mulheres maiores de 18 anos conquistariam o direito de abrir seu próprio estabelecimento comercial (ainda que as casadas necessitassem de autorização do marido; o que só iria ser superado pelo Estatuto da Mulher Casada, de 1962). 
Outro aspecto importante de se destacar é que o longevo Código Comercial produziu efeitos jurídicos até 2002, quando foi revogado pelo novo Código Civil brasileiro.
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O acesso às terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde o período colonial ou ainda pela compra e, principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas. 
A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850, as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda ou por autorização do rei. 
historianovest.blogspot.com
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A Lei de Terras garantia mão-de-obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra. Assim, o imigrante ou homem livre deveria se dedicar ao trabalho assalariado, geralmente nas plantações de café, para obter o capital suficiente para compra de sua propriedade. Isto porque, as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento``a vista e não mais através de posse. 
E quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser regularizadas como propriedade privada. Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus, ao invés de trabalharem nas grandes lavouras, dirigiriam-se para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse. 
A criação desta Lei garantiu os interesses dos grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café e, certamente, contribuiu para a formação de grandes concentrações latifundiárias e do injusta distribuição de terras no Brasil. 
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conversecomagente.blogspot.com
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. O projeto, convertido em lei em setembro de 1850, apoiado nos mais "sólidos princípios do direito das gentes," extinguia o tráfico determinando que: 
(...) "Artigo 3º - são autores do crime de importação, ou de tentativa dessa importação, o dono, o capitão ou mestre, o piloto e o contramestre da embarcação, e o sobrecarga. São cúmplices a equipagem, e os que coadjuvarem o desembarque de escravos no território brasileiro de que concorrerem para ocultar ao conhecimento da autoridade, ou para os subtrair à apreensão no mar, ou em ato de desembarque sendo perseguida.“
Muitos protestaram contra a decisão do Governo imperial, o que motivaria, mais tarde, a ida de Eusébio de Queirós à Câmara dos Deputados, a 16 de julho de 1852. Lembrou ele em seu depoimento que inúmeros fazendeiros - em especial os do " Norte do Império" - há tempos enfrentavam dificuldades financeiras graves, não tendo como pagar as dívidas contraídas com os traficantes de escravos. 
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REFERENCIAS
 
1. ANGELOZZI, Gilberto. História do Direito no Brasil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,2009. Capítulo 5.
2. CASTRO, Flávia Lages. História do Direito Geral e Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2008. Capítulo XV.
3. PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. (Capítulo XI – p. 361 a 366)
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