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ASMA BRÔNQUICA EMERGÊNCIA Dr. Felipe Marinho INTRODUÇÃO Asma Inflamação crônica Obstrução ao fluxo aéreo reversível Episódios recorrentes Ft genéticos + exposição ambiental INTRODUÇÃO 2011 - 4a causa de internação Prevalência 5-10% J Bras Pneumol. 2012; 38 (supl.1) FISIOPATOGENIA FISIOPATOGENIA Genes Fatores ambientais Inflamação aguda Exacerbação Inflamação crônica Remodelamento SintomasHRVias aéreas Limitação Fluxo Aéreo + FISIOPATOGENIA FISIOPATOGENIA J Bras Pneumol. 2012; 38 (supl.1) FISIOPATOGENIA P Jeffery. Asthma 1998. FISIOPATOGENIA FISIOPATOGENIA FISIOPATOGENIA Inflamação AGUDA Inflamação CRÔNICA Remodelamento das Vias Aéreas Sintomas (Broncoconstrição) Exacerbações (Hiperresponsividade) Obstrução persistente FATORES DESENCADEANTES Infecção viral 80% das exacerbações Rinovírus Influenza Vírus Sincicial Respiratório Etc. Inflamação persistente FATORES DESENCADEANTES Alérgenos Mudanças climáticas Medicações (AAS, Beta-bloq) Infecções Mycoplasma, Chlamydia, etc. Estresse emocional Exercício Físico QUADRO CLÍNICO Quadro típico: dispnéia E/OU opressão torácica E/OU sibilância (90%) Tórax silente Obstrução grave Pneumotórax hipertensivo Percepção alterada da dispnéia QUADRO CLÍNICO Achados do Exame Físico na Asma Brônquica Sinal Likelihoo Ratio + Likelihood Ratio - Sensib Espec Sibilância 36 0,85 15% 99,6% Roncos 5,9 0,95 8% 99% Uso de mm. acessória - 0,7 24% 100% Pulso paradoxal > 15mmHg 3,7 0,62 45% 88% Hiper-ressonância 4,8 0,73 32% 94% Hollerman. JAMA 1995. Sintomas Leve Moderada Grave Iminência PCR Dispnéia Com atividade física Ao falar Ao repouso Ao repouso Fala Sentenças Frases Palavras Incapaz de falar Posição Capaz de deitar Prefere sentar Incapaz de deitar Incapaz de deitar Mm Acessória Não usa Comumente Usa Usa Respiração paradoxal Ausculta Sibilos EXP moderados Sibilos EXP difusos Sibilos INS e EXP Tórax silente Estado mental Agitado ou normal Agitado Agitado Confuso ou sonolento FC < 100 100-120 >120 Bradicardia relativa SpO2 > 95% 91-95% <91% <91% pCO2 <42 <42 ≥42 ≥42 QUADRO CLÍNICO Diagnóstico Diferencial EAP Obstrução alta de vias aéreas Inalação de produtos químicos Sd. do pânico Disfunção de cordas vocais DPOC / Bronquiectasias HAP e/ou TEP EXAMES COMPLEMENTARES SpO2 Gasometria RX tórax Hemograma Eletrólitos (K+) ECG EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES COMPLEMENTARES Peak flow Define melhor gravidade Decisão sobre Alta Shim CS. Am J Med, 1980. TRATAMENTO β2-agonistas intermitente (20/20min) ou contínuo PARENTERAL??? Muitos efeitos colaterais Swedish Society of Chest Medicine. Eur Respir J, 1990. Salmeron S. Am J Respir Crit Care Med, 1994. Terbutalina Amp: 0,5mg/1ml Dose: 0,150 - 0,250 IM ou SC (repetir em 15 min) TRATAMENTO β2-agonistas Inalatório Fenoterol gts 10-20 gts + SF0,9% 5mL, INL, 20/20 min (1a hora) Repetir 1/1h ou espaçar mais TRATAMENTO β2-agonistas Inalatório Fenoterol OU Salbutamol Spray (+ espaçador) Aerossol 4-8 jatos, a cada 20 min (1a hora) Broncodilatação + rápida e + intensa Tarala RA. Br J Clin Pharmacol,, 1980. TRATAMENTO Anticolinérgico Br Ipratrópio Inibe Ach nas fibras epitélio, glândulas e mm. Dose: 5mg (40 gts) ⬇ admissões hospitalares (metanálise) RR: 0,62 (0,44 - 0,8) NNT: 18 Rodrigo G. Am J Med, 1999. + benefício em pacientes graves (VEF1 < 55%) TRATAMENTO Corticosteróides - Metanálise: ⬇ obstrução ⬇ recidiva Rowe BH. Am J Emerg Med, 1992. Prednisona 40-60mg/dia Hidrocortisona 200-300mg (ataque) Hidrocortisona 100mg 6/6h Metilprednisolona 40mg 6/6h 05-14 dias TRATAMENTO Corticosteróides - Metanálise: ⬆⬆ doses = ⬆⬆ efeitos colaterais ORAL = EV Corticosteróides inalatórios Após a alta J Bras Pneumol. 2012; 38 (supl.1) Cochrane Database Sys Rev, 2001. TRATAMENTO Metilxantinas Sem evidência de benefícios Não melhora função pulmonar Não diminui internações ⬆ arritmias / palpitações J Bras Pneumol. 2012; 38 (supl.1) Casos refratários e com medicações otimizada TRATAMENTO MgSO4 Hipermagnesemia = relaxamento muscular Broncodilatação Metanálise (N = 859): ⬇ internação pacientes graves (RR = 0,31 / NNT = 8) Alter HJ. Ann Emerg Medicine, 2000. Rowe BH. Ann Emerg Medicine, 2000. MgSO4 1-2g - EV, em 30 min VEF1 < 30% falência da terapia inicial VEF1<60% na 1a hora TRATAMENTO O2 Distúrbio V/Q Baixos fluxos: 1-3L/min SpO2 ≥ 92% O2 + Hélio (Heliox) Sem benefício J Bras Pneumol. 2012; 38 (supl.1) Ho AMH Chest 2003. TRATAMENTO Intubação e VM Falência ventilatória QUETAMINA 50mg/ml - broncodilatador 1-2mg/kg, EV (duração 5 min) PROPOFOL 10mg/ml 0,5-1,5mg/kg, EV (duração 8-15 min) MIDAZOLAN 5mg/ml 0,1-0,3mg/kg, EV (duração 30-40 min) IOT prévio = ⬆ 19 X a chance de IOT TRATAMENTO Intubação e VM Succinilcolina (100mg ou 500mg) 1,0-1,5mg/Kg (Duração: 5 min) Atracúrio 10mg/mL 0,5mg/Kg (Duração 25-45 min) Pancurônio 1mg/mL 0,04-0,1mg/Kg (Duração 40-60 min) Vecurônio (4mg ou 10mg) 0,15-0,28 mg/Kg (Duração 40-80 min) NÃO LIBERA HISTAMINA TRATAMENTO Intubação e VM Ventilação controlada ⬇ Vt ⬇ FR ⬇ Tins PEEP = 80% total-PEEP Acidose Respiratória TRATAMENTO VNI Sem evidência TRATAMENTO Outros ATB 80% exacerbações são virais!!! Pneumonia / Sinusite bacteriana Mucolíticos Não recomendados Piora a tosse e broncoespasmo TRATAMENTO História + Ex Físico VEF1 ou Peak Flow SpO2 Gaso A (VEF1 < 30% ou crise grave) Avaliar gravidade NBZ: β2 (Fenoterol 10gt) 20/20min (1a hora) OU Salbutamol 4-8 puffs 20/20min Corticóide sistêmico (Prednisona 40-60mg) OU Corticóide EV (Hidrocortisona 200mg) (SE CRISE GRAVE) O2 sob cateter para SpO2 > 92% TRATAMENTO VEF1 ou Peak Flow SpO2 Outros exames Reavaliar gravidade Crise MODERADA Sintomas moderados VEF1 ou PEFR 60-80% Inalação β2 1/1h Reavaliar em até 03 horas Após a 1a hora Crise GRAVE Sintomas graves / Anteced de alto risco / Sem melhora clínica VEF1 ou PEFR < 60% Inalação β2 + Ipratrópio 1/1h MgSO4 10% 20mL + SF0,9 100mL, EV, em 30 min TRATAMENTO Boa Resposta Resposta Incompleta Resposta Inadequada VEF1 ou PEFR ≥ 80% VEF ou PEFR 60-80% VEF1 ou PEFR < 60% Resposta sustentada após 1h da última inalação Ex Físico normal Sem dispnéia Persistência dos sintomas (leves / moderados) Sintomas graves, sonolência e confusão pCO2 > 45 Alta Hospitalar Internação Hospitalar Internação em UTI β2 + Corticoide oral Corticóide inalatório Retorno breve β2 + Ipratrópio Corticóide sistêmico O2 Monitorar PEFR β2 + Ipratrópio Corticóide sistêmico O2 PROGNÓSTICO 10-20% internam 1-2% necessitam VM 17% recidivam em 2 sem National Asthma Education and Prevention Program. NIH, 1997. Martins HS. Emergências Clínicas Baseadas em Evidências. Atheneu, 2005. PROGNÓSTICO Fatores prognósticos: História de IOT ou UTI Uso crônico de corticosteróides Piora clínica rápida Má percepção dos sintomas Sintomas noturnos 2-3 internações < 1a > 3 visitas PS em < 1a PS < 1mes Comorbidades (DPOC, ICC, ICo) ⬇ nível socioeconômico National Asthma Education and Prevention Program. NIH, 1997. Martins HS. Emergências Clínicas Baseadas em Evidências. Atheneu, 2005. VEF1 < 50% 15% não tem dispnéia OBRIGADO felipe@unitorax.com
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