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ASMA - ATUALIZAÇÃO GINA 2023

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Renata D’Onofrio
	Patologia
	Definições
	Etiologia + Fatores de Risco
	Quadro Clínico
	Diagnóstico
	Tratamento
	ASMA
	A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores que se caracteriza por
hiperresponsividade dessas vias a diferentes estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo,
de forma recorrente e, tipicamente, reversível.
Asma Leve: é controlada com as primeiras linhas terapêuticas - medicamento de alívio, conforme a necessidade, ou CI em baixa dose.
Asma Moderada: doença bem controlada com tratamento intermediário, como dose baixa de CI e beta2-agonista de longa ação (LABA).
Asma Grave: pacientes com asma refratária e aqueles cuja resposta ao tratamento de comorbidades é incompleta. Requer tratamento com CI/LABA de alta dose, seja para evitar descontrole ou não controle da doença apesar do tratamento.
	Etiologia:
· Desconhecida. 
Fatores de Risco: 
· Infância: meninos.
· Pós-puberdade: mulheres.
· História familiar.
· Tabagismo passivo.
· Ausência de aleitamento materno.
· Sensibilização aos alérgenos.
	Sinais e Sintomas:
· Sibilos.
· Dispneia.
· Tosse.
· Cansaço aos esforços.
· Aperto no peito.
· Piora dos sintomas à noite ou pela manhã.
· Variação da intensidade dos sintomas ao longo do tempo.
· Aumento da frequência ou piora dos sintomas com IVAS.
· Sintomas desencadeados por exposição a alérgenos:
· Fumaça.
· Odores.
· Tabaco.
· Agrotóxicos.
· Frio.
	Classificação:
· Asma Alérgica: geralmente começa na infância e está associado a uma história passada e/ou familiar de doença alérgica - como eczema, rinite alérgica ou alergia a alimentos ou medicamentos – com inflamação eosinofílica das vias aéreas;
· Asma Não Alérgica: ocorre em alguns adultos e o perfil celular (neutrofílico, eosinofílico ou com células inflamatórias).
· Asma de Início Tardio: ocorre pela primeira vez na vida adulta e geralmente os pacientes são refratários ao tratamento com corticosteroides.
· Exames;
· Raio-x de tórax.
· Hemograma.
· Eosinófilos.
· IgE sérico.
· Prick Teste – teste cutâneo.
· Espirometria:
· É o exame recomendado para indivíduos > 4 anos de idade. 
· Um aumento ou decréscimo do VEF1 de mais de 12% do valor basal e superior a 200 mL é compatível com asma.
	Medidas Gerais:
· O tratamento tem por objetivo atingir e manter o controle da doença, que é definido como a intensidade com que as manifestações da doença são suprimidas pelo tratamento.
A avaliação desse controle deve ser feita de maneira objetiva e periódica, utilizando-se instrumentos - GINA.
· A diretriz GINA categoriza o tratamento da asma em 5 etapas que levam em conta a gravidade e resposta às intervenções instituídas.
· Asma Intermitente I:
· I: dose baixa de CI + LABA, sob demanda!
· Budesonida + Formoterol.
· Asma Persistente Leve II:
· II: dose baixa de CI (fixo) + LABA de resgate.
· Budesonida (200-400 mcg, 12/12h) + Formoterol.
· Asma Persistente Moderada III:
· III: dose baixa de CI (fixo) + LABA (fixo e de resgate). 
· Budesonida (200-400 mcg, 12/12h) + Formoterol (12 mcg, 12/112h).
· Asma Persistente Grave IV:
· IV: dose média de CI (fixo) + LABA (fixo e sob demanda).
· Budesonida (> 400 – 800 mcg, 12/12h) + Formoterol (12 mcg, 12/12h).
· Asma Persistente Grave Refratária V:
· V: dose alta CI (fixo e sob demanda) + LABA (fixo e sob demanda) + LAMA e/ou imunobiológicos.
· Budesonida (>800 mcg) + Formoterol (12 mcg, 12/12h) + Tiotrópio (2 puffs, 1x/dia).
· Omalizumabe e Mepolizumabe: avaliar IgE sérico, verificar presença de asma associada e idade do paciente.
· Tratamento Geral: controle ambiental + acompanhamento regular.
	Renata D’Onofrio
	Patologia
	Definições
	Fatores de Risco
	Quadro Clínico
	Diagnóstico
	Tratamento
	CRISE ASMÁTICA
	A crise aguda de asma ocorre quando há uma piora significativa dos sintomas basais do paciente que usualmente requer mudança no tratamento habitual. Geralmente é desencadeada por infecções virais, exposição ocupacional ou a alérgenos ambientais.
	Fatores Desencadeantes: 
· Infecções virais.
· Exposição ocupacional.
· Exposição a alérgenos.
· Mudanças sazonais.
Fatores de Gravidade:
· 3 ou mais visitas à emergência ou 2 ou mais internações por asma nos últimos 12 meses.
· Uso frequente de corticoides sistêmicos.
· Crise grave prévia com necessidade de IOT.
· Uso de dois ou mais tubos de broncodilatador de alívio/mês.
· Problemas psicossociais ou outras comorbidades associadas.
· Asma Lábil.
	Sinais e Sintomas:
· Sibilos.
· Dispneia.
· Tosse.
· Cansaço aos esforços.
· Aperto no peito.
· Fala entrecortada.
· Uso de musculatura acessória.
· FC: > 120 bpm.
· FR: > 30 ipm.
· Pulso paradoxal: > 18 mmHg.
· PFE: menor ou igual a 120 L/min. 
	Exames:
· Raio-x de Tórax:
· Deve ser solicitado se o quadro clínico sugerir processo infeccioso, IC ou pneumotórax.
· Pode evidenciar: hiperinsuflação pulmonar, retificação de cúpulas diafragmáticas, aumento dos espaços intercostais e do diâmetro anteroposterior do tórax.
· Hemograma:
· Costuma estar dentro da normalidade, exceto em casos de exacerbação por pneumonia.
· Uso de corticoide pode elevar a contagem de leucócitos. 
· Gasometria Arterial:
· Indicada de SPO₂ < 93%, ou se houver sinais de insuficiência respiratória.
	Medidas Gerais:
· Oxigênio:
· Manter a saturação de oxigênio > 92%.
· Baixo fluxo: 1-3 L/min.
· Beta-2 Agonista de Curta Duração:
· Salbutamol spray: 6-8 jatos com espaçador.
· Nebulizar 10-20 gotas em 3-5 ml de SF 0,9% em O₂ 6-8 L/min. Repetir a cada 1/1h ou 4/4h, SN.
· Anticolinérgico:
· Ipratrópio (0,250 mg/ml) 500 mcg (40 gotas), diluídos em 3-5ml de SF 0,9%.
· Repetir dose 20/20 min (3x) ou 4-8 puffs.
· Glicocorticoides Sistêmicos:
· Prednisona: 1 mg/kg/dia, por 5 a 7 dias.
· Dose máxima: 50 mg/dia.
· Metilprednisolona: 62,5-125 mg, EV.
· Casos graves e refratários.
· Hidrocortisona: 150-200 mg, EV.
· Casos graves e refratários. Na crise.
Casos Refratários:
· Usar em casos graves, refratários a 1h de terapia inalatória intensiva.
· Sulfato de Magnésio 10% (1 g/mL): 20 ml + 80 mL SF 0,9%, EV, correr em 20-30 min.
· Se refratariedade mantida:
· Adrenalina: 0,3 – 0,5 mg (0,3 – 0,5 mL de solução 1:1000) IM ou SC.
· Terbutalina: 0,25 mg, SC, a cada 20min. Repetir até 3x.
Indicações Ventilação Mecânica:
· Falha na VNI.
· Falha em reverter acidose respiratória.
· Arritmias graves.
· Parada cardíaca e respiratória.
· Rebaixamento do nível de consciência.
· Tórax silencioso.

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