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JORDANA BEATRIZ-MED7 1 
 
1 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
SARAMPO 
➢ ETIOLOGIA: 
Morbillivirus, família Paramyxoviridae. 
É um vírus respiratório, no qual a contaminação ocorre 
pelas vias aéreas. 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Aerossóis: 
▪ Se estabelece quando o 
indivíduo infectado elimina o 
vírus na secreção respiratória e 
este vírus pode permanecer em 
suspensão no ar e pode ser 
transmitido pelas correntes 
aéreas. 
▪ Não precisa do contato face a 
face com o indivíduo infectado 
para se contaminar. 
o Gotículas de secreção respiratória; 
o A transmissão ocorre 4 dias antes até 6 
dias após o início do rash. 
o A taxa de transmissibilidade é maior 
que 98% se a pessoa susceptível entrar 
em contato com os aerossóis, ou seja, 
tem risco de 98% de adoecer. 
o Susceptível: todos que não tem 
imunidade, ou seja, nunca teve a 
doença e nunca foi vacinado. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período de incubação e de 8-12 dias. 
o O pct já está infectado, mas, não tem 
manifestação clínica. 
o O vírus está se replicando no interior de 
órgãos internos. 
OBS.: doenças exantemáticas VIRAL geralmente o 
período de incubação é de 1 a 3 semanas. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Febre, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia; 
▪ Manchas de KOPLIK- achado 
PATOGNOMÔNICO. 
o São lesões branco acinzentadas/ 
azuladas no interior da mucosa oral. 
o Lesões circunscritas por halo 
hiperemiado. 
Já tem manifestações, porém, não são as principais da 
doença. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Exantema maculopapular MORBILIFORME- 
tende a confluência, porém, existem áreas de 
pele integras. 
▪ Início retroauricular com progressão 
craniocaudal.; 
o Início na linha de implantação dos 
cabelos e desce; 
o 1º dia: normalmente só região superior 
do tronco. 
o Depois região dos membros e só depois 
chegas as extremidades. 
o IMPLANTAÇÃO DOS CABELOS → 
MEMBROS → EXTREMIDADES. 
o Serve para diferenciar da rubéola. 
o Sarampo geralmente é marcado por 3 
dias na fase exantemática. 
FASE DE CONVALESCÊNCIA: 
▪ É quando o exantema soma: ele fica 
acastanhado e depois descama. 
▪ Descamação furfurácea- pele ‘esfarinhando’ 
▪ Quanto mais intenso o exantema maior é a 
descamação. 
 
➢ COMPLICAÇÕES: 
RESPIRATÓRIAS: 
▪ Otite média aguda: complicação bacteriana 
mais comum. 
o Agente etiológico mais comum: 
Pneumococo. 
▪ Pneumonia: principal causa de morte. 
o Pneumonia bacteriana: agente 
etiológico mais comum: pneumococo. 
o Pneumonia de células gigantes: 
causada pelo próprio vírus. 
Existe uma diferença na fisiopatologia e na evolução 
das duas pneumonias: 
✓ Pneumonia primária/células gigante: não há 
melhora do sarampo. 
✓ Pneumonia bacteriana: criança parece que vai 
melhorar e depois tem uma piora muito 
importante. 
Sempre que uma criança tiver melhora e depois uma 
piora clínica: pensar em infecção oportunista e infecção 
bacteriana. 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 2 
 
2 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
NEUROLÓGICA: 
▪ Encefalite: 
o Imunomediada; 
o Alta letalidade; 
o Os sobreviventes tem grande risco de 
sequelas crônicas permanentes. 
▪ Paraencefalite esclerosante subaguda: 
o Doença neurodegenerativa; 
o Acontece 10 anos após infecção viral. 
OUTRAS: 
▪ Diarreia; 
▪ Crupe e traqueíte. 
 
➢ CONDUTA: 
o Avaliação laboratorial: sorologia e 
isolamento viral. 
o Notificação compulsória E imediata. 
▪ Em caso de suspeita já deve 
notificar. 
▪ Definição de caso suspeito: 
febre, exantema mobiliforme e 
1 dos 3 sintomas: tosse, coriza 
OU conjuntivite. 
▪ Mesmo vacinado não afasta a 
suspeita. 
➢ TRATAMENTO: 
1. Vitamina A: 2 doses (1ª no diagnóstico e outra 
no dia seguinte); 
a. Quem tem deficiência de vitamina A 
tem risco de ter as formas mais graves 
da doença. 
b. A própria infecção pelo sarampo 
provoca a depleção doníveis de 
vitamina A. 
2. Não há nenhum tratamento antiviral específico. 
 
➢ PROFILAXIA PÓS CONTATO: 
o Indicada apenas para susceptíveis. 
o Vacina: até 3 dias após o contato – 
IDEALMENTE. 
▪ O período da indução da 
resposta imune vacinal é mais 
curto que o período de 
incubação do vírus selvagem. 
▪ Período de incubação do vírus 
selvagem 8-12 dias: O vírus 
ainda não está na corrente 
sanguínea, está em órgãos 
internos se replicando. 
▪ Quando recebe a vacina já 
produz anticorpos e quando 
acabar o período de incubação, 
já tem defesa. 
o Imunoglobulina padrão IM: 
▪ Até 6 dias após o contato. 
▪ Indicado: para quem não pode 
tomar a vacina (grávida, 
imunodeprimidos e menor de 6 
meses). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 3 
 
3 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
RUBÉOLA 
O mais importante da rubéola é a síndrome da rubéola 
congênita. É na verdade um ‘sarampo mais leve’. Só 
deve preocupar se for uma gestante susceptível. 
➢ ETIOLOGIA: 
o Rubivírus; família Togaviridae. 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Através das gotículas. 
o Ocorre 5 dias antes até 6 dias após o 
início do rash. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período de incubação: 14 a 21 dias. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Febre baixa, mal estar, anorexia, mialgias, dor 
na garganta e hiperemia conjuntival. 
▪ Adenomegalia: retroauricular, occipital e 
cervical → mais importante- definição de caso 
suspeito. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Manchas de Forchheimer- Enantema. 
▪ Exantema maculopapular róseo- 
RUBEOLIFORME. 
 
➢ COMPLICAÇÕES: 
o Trombocitopenia; 
o Artrite; 
o Síndrome da rubéola congênita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXANTEMA SÚBITO/ ROSEOLA INFANTIL 
➢ ETIOLOGIA: 
o Herpes vírus humano tipo 6 ou 7; 
família herperviridae. 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
o Típica dos lactantes. 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Através da saliva de portadores 
crônicos assintomáticos. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o É difícil de precisar. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Febre alta- desaparece subitamente. 
o Dura de 3 a 5 dias e não sabe de onde 
está vindo. 
▪ Manifestações inespecíficas. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Exantema maculopapular- RUBEOLIFORME, 
róseo. 
▪ Início do trono e migra para periferia. 
▪ Progressão centrífuga. 
Não tem nenhum marco específico importante → o que 
importa é a evolução da doença. 
É uma doença benigna. 
➢ COMPLICAÇÕES: 
o Crise febril → fase prodrômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 4 
 
4 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
VARICELA 
➢ ETIOLOGIA: 
o Vírus varicela zoster; 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Ocorre através dos aerossóis. 
o Transmissível até todas as lesões se 
tornarem crostas. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período: 10-21 dias. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Inespecífica; 
▪ Mais comum em adolescentes e adultos; 
▪ Crianças tem as primeiras manifestações já na 
fase exantemáticas. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Exantema vascular com polimorfismo regional; 
▪ Progressão centrífuga- distribuição centrípede. 
▪ Exantema pruriginoso. 
 
➢ COMPLICAÇÕES: 
CUTÂNEAS: infecção bacteriana secundária, em 5%. 
NEUROLÓGICA: 
▪ Ataxia cerebelar aguda-mais frequente; 
o Nistahmo; 
o Alteração da marcha; 
o Alteração da fala. 
▪ Encefalite- mais rara e mais grave. 
OUTRAS: 
▪ Varicela progressiva- imunodeprimidos; 
▪ Síndrome da varicela congênita:imunodeprimidos; 
▪ RNPT: 
o IG: 28 semanas- mãe sem varicela. 
▪ RN de mãe com varicela deve ser feito 5 dias 
antes até2 dias após o parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 5 
 
5 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
ERITEMA INFECCIOSO 
➢ ETIOLOGIA: 
o Parvovírus B19; Família Erythovírus. 
o O vírus gosta das células vermelhas- 
medula. 
o Infecção a princípio está na medula, e 
precisa do núcleo celular para 
proliferar. 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Através da gotícula; 
o Na fase exantemática não há 
transmissão. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período: 16 dias. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Inespecífica ou inexistente. 
▪ Período onde há transmissão. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Exantema trifásico: característico. 
▪ 1ª fase: eritema malar- face esbofeteada; 
▪ 2ª fase: exantema rendilhado; 
▪ 3ª fase: recidiva do exantema; 
Processo pós infeccioso- imunomediado – não há 
transmissão. 
➢ OUTRAS MANIFESTAÇÕES- 
PARVOVÍRUS 19 
CRISE APLÁSICA TRANSITÓRIA: 
▪ Pct com doenças hemolíticas; 
▪ Acentuação da anemia + reticulocitopenia; 
▪ Contagiosos. 
Infecta os percursores da linhagem eritroide → destrói 
esses precursores → interrupção temporária da 
eritopoiese. 
Em pcts sem doenças hemolíticas não há repercussões 
→ pois as hemácias tem vida maior. 
Em pcts com doenças hemolíticas- principalmente 
anemia falciforme- o Turn over eritrocitário é maior- 
então quando fica alguns dias sem produzir hemácias → 
acentuação muito grave da anemia. 
 
 
 
 
 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA 
➢ ETIOLOGIA: 
o Coxsackie A16. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
o Vesículas e úlceras na cavidade oral. 
o Exantema maculopapular/vesículas nas 
mãos, pés e nádegas. 
o Onicomadese- descolamento da parte 
da unha. 
➢ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
o Catapora: distribuição centrípeta com 
progressão centrífuga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 6 
 
6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
ESCARLATINA 
➢ ETIOLOGIA: 
o Estreptococo do grupo A- exotoxina 
pirogênica ou toxina eritrogênica. 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Através de gotículas. 
o Transmissão até 24hrs do início do 
tratamento. 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período de 2 a 5 dias. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
FASE PRODRÔMICA: 
▪ Faringite estreptocócica- foco inicial da 
bactéria. 
▪ Língua em morango. 
FASE EXANTEMÁTICA: 
▪ Exantema micropapular. 
▪ Pele com textura de lixa; 
▪ Início no pescoço. 
▪ Sinal de Filatov- palidez perioral. 
▪ Sinal de pastia- acentuação do exantema em 
áreas de pregas- não desaparece a 
digitopressão. 
▪ Descamação laminar nas extremidades- mão de 
mecânico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
➢ ETIOLOGIA: 
o Vírus Epstein- bar. 
 
➢ TRANSMISSÃO: 
o Infectado: transmite de forma aguda e 
de forma intermitente. 
o Ocorre pela saliva- doença do beijo. 
 
➢ INCUBAÇÃO: 
o Período: 30-50 dias. 
 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
o Faringite; 
o Fadiga; 
o Febre aguda ou prolongada; 
o Linfadenopatia generalizada. 
o Esplenomegalia; 
o Sinal de Hoagland- edema palpebral. 
o Exantema: aparece após uso de 
amoxicilina. 
 
➢ COMPLICAÇÕES: 
o Ruptura esplênica- principalmente 
adolescentes e adultos. 
 
➢ CONDUTA: 
1. Orientar repouso relativo. 
2. Avaliação laboratorial. 
a. Linfocitose com atipia linfocitária; 
b. Anticorpos heterofilos (maiores 4 
anos). 
c. Anticorpos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JORDANA BEATRIZ-MED7 7 
 
7 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS- MEDCURSO 
DOENÇA DE KAWASAKI 
DEFINIÇÃO: vasculite de artérias de médio calibre. 
➢ ETIOLOGIA: 
o Comum em crianças asiáticas; 
o Mais comum me meninos menores de 
5 anos; 
o Doença autolimitada. 
 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
o Infiltrado de células inflamatórias → 
destruição de células e tecidos 
(endotélio, elastina, colágeno) → perda 
de integridade dos vasos resultando em 
aneurismas. 
 
➢ CRITÉRIOS CLÍNICOS: 
o Conjuntivite bilateral não exsudativa; 
o Adenopatia cervical; 
o Exantema polimorfo nas extremidades, 
tronco e períneo. 
o Mucosite: hiperemia labial, faringite 
sem exsudato, língua com aspecto de 
morango. 
o EDEMA+ ERITEMA 
PALMOPLANTAR + 
DESCAMAÇÃO. 
o Febre: sintoma mais comum, inicia no 
primeiro dia de doença e dura mais de 
5 dias. 
 
➢ AVALIAÇAO COMPLEMENTAR. 
o Aumento de VHS e PCR. 
o Leucocitose e linfocitose 
(convalescença); 
o Plaquetose, anemia e leucocitúria. 
o Aumento de TGO, TGP e TG. 
o ECOCARDIOGRAMA: dilatação das 
coronárias. 
o Presença de hiponatremia: risco 
elevado para aneurisma. 
 
➢ DIAGNÓSTICO: 
FORMA COMPLETA: 
Febre + 4 critérios clínicos. 
FORMA INCOMPLETA (obrigatório realizar provas 
inflamatórias- PCR e VHS. 
✓ Lactente menores 6 meses + febre inexplicada 
maior ou = 7 dias + sem achados de DK. 
Ou 
✓ Febre >ou = 5 dias + 2 OU 3 critérios de DK. 
 
➢ TRATAMENTO: 
Deve iniciar até 10º dia. 
1. Imunoglobulina: 2g/kg dose única. 
2. AAS 
a. Manter 80-10mg/kg/dia em até 48 hrs 
sem febre; 
b. Após 3-5 mg/kg/dia. 
 
➢ FATORES DE RISCO: 
o Diagnóstico e tratamento tardio. 
o Idade menor que 1 ano e maior 9 anos; 
o Meninos. 
o Casos refratários ao tratamento. 
o Alterações laboratoriais: 
▪ Ht

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