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6 Módulo de Biossegurança

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� CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS Módulo II - Biossegurança
BIOSSEGURANÇA
INDICE
INTRODUÇÃO
Capítulo 01– Segurança no Local de Trabalho
Capítulo 02 – Importância da Segurança no Local de Trabalho
Capítulo 03 – Proteção Ao Trabalhador 
Capítulo 04 – Acidente De Trabalho
INTRODUÇÃO
A Biossegurança “é o conjunto de ações voltadas para aprevenção, minimização ou eliminaçãode riscos inerentes às atividades depesquisa, produção, ensino,desenvolvimento tecnológico e prestaçãode serviços”. (Comissão de Biossegurança – FIOCRUZ, 2003).
Diante do vasto avanço biotecnológico e cientifico e do fenômeno da globalização que por um lado simplifica e beneficia as atividades do trabalhador por outro pode ser capaz de colocá-lo em situações gravemente agressoras à sua saúde e até mesmo ao ambiente ao qual será realizado esse trabalho, muitos desses profissionais enfrentam constantemente riscos por produtos geneticamente modificados, fatores biológicos, químicos e até mesmo ambientais. 
Na tentativa de minimizar esses fatores de risco á saúde do homem foi cria da em 1995 a legislação de Biossegurança no Brasil (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004). A (CTNBio) Comissão Técnica Nacional de Biossegurança é um órgão deliberativo integrante ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que possui por finalidade apoiar o Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança tendo como objetivo o estabelecimento de normas técnica de segurança visando a proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente (MENDONÇA-HAGLER et al, 2008). 
Biossegurança é uma área de conhecimento considerada nova que é compreendida em vários países como um conjunto de leis, diretrizes e procedimentos específicos, segundo Júnior e Garrafa (apud Schramm) o conceito Biossegurança compreende: “o conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde, o meio ambiente ou a qualidade do trabalho desenvolvido”. A Biossegurança não consiste apenas medidas de prevenção e controle; a sua dimensão científica necessita dos profissionais uma formação educacional apropriada para compreender e executar seus objetivos (BONIS; COSTA 2009).
Sendo que essa formação cientifica deve ser introduzida aos alunos desde o ensino médio não somente no ensino superior, pois este é um importante fator na compreensão das práticas de Biossegurança. 
A Biossegurança envolve diversas áreas de trabalho tais como: indústrias, hospitais, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, tendo como objetivo evitar riscos gerados por agentes químicos, físicos e ergonômicos. 
É de suma importância às unidades de saúde adotar medidas de Biossegurança para evitar possíveis contaminações com material biológico tanto para o profissional quanto para o paciente, tais medidas proporcionam melhor assistência à saúde e cria um ambiente mais seguro em áreas hospitalares prevenindo contra doenças infecciosas e parasitárias.
CAPÍTULO 01 - SEGURANÇA NO LUGAR DE TRABALHO
SEGURANÇA DA INSTITUIÇÃO, DO FUNCIONÁRIO E DO CLIENTE
A segurança no local de trabalho tem como princípio a garantia da segurança da instituição. Evitamos riscos assegurando-nos de que a instituição na qual os clientes recebem tratamento e os profissionais de saúde trabalham, seja segura e livre de riscos. Uma instituição bem conservada deve oferecer uma base firme para a segurança dos funcionários. O profissional de saúde deve desenvolver senso de responsabilidade em relação a sua segurança e a do paciente.
Outro componente da segurança no local de trabalho é garantir a segurança dos funcionários que trabalham na instituição. A segurança dos funcionários é uma responsabilidade conjunta, pois a direção da instituição e sua equipe têm responsabilidades quanto aos diversos aspectos da segurança no local de trabalho. Num local de trabalho seguro, os hábitos e as rotinas dos funcionários são avaliados cuidadosamente, a fim de que sejam valorizados os comportamentos seguros. A segurança dos empregados depende de que cada funcionário reconheça os riscos existentes no ambiente de assistência à saúde. Como profissional de saúde, você precisará desenvolver um sentido de responsabilidade com relação à sua própria segurança e à segurança dos seus clientes. Além disso, deverá ter conhecimentos satisfatórios acerca de como você pode causar danos e ser responsável pela manutenção da segurança do ambiente. Isso reduz os perigos em potencial para você mesmo e para os seus clientes.
SEGURANÇA DA INSTITUIÇÃO 
Podemos evitar riscos pessoais e aos nossos clientes garantindo, antes de tudo, a segurança da instituição. Isso significa que o prédio e local de trabalho em que os profissionais de saúde realizam suas tarefas devem ser adequados e seguros do ponto de vista estrutural. Você deve estar atento a problemas potenciais existentes em sua área, para que possa relatá-los ao seu supervisor ou ao departamento apropriado. 
A segurança da instituição tem como base uma construção correta; infraestrutura apropriada, que inclui rede de esgotos, redes de água, filtros e ductos de ventilação; materiais de isolamento do tipo e composição apropriados; fios, tomadas elétricas e aterramento, que atendam aos padrões da construção. A segurança da instituição também depende do uso dos equipamentos apropriados e da manutenção preventiva e reparos. Isso requer tempo e dinheiro, com firme apoio da administração. 
Em condições ideais, as instituições devem ter decoração atraente e dispor de áreas de armazenamento adequadas, que promovam a segurança evitando o acúmulo de equipamentos nos corredores. Fique atento e relate quaisquer perigos evidentes, tais como vãos de portas obstruídos. As áreas de trabalho devem atender às exigências de construção relativas ao espaço, ao mobiliário, isolamento com chumbo, eletricidade e proteção contra incêndio. A manipulação criteriosa da ventilação, da iluminação e das saídas também deve ser incluída na segurança do local de trabalho. As superfícies de trabalho devem ser suficientemente resistentes para servir ao uso pretendido, e com facilidade de limpar.
- SEGURANÇA DOS EMPREGADOS
Atualmente, os profissionais de saúde estão mais interessados em sua segurança pessoal, principalmente acerca dos riscos implícitos ao cuidado dos pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana (AIDS), do vírus da hepatite B e de tuberculose. 
Outras infecções graves que podem disseminar-se no local de trabalho são varicela (catapora), herpes, meningite e rubéola. O mais grave é que a confiança e o uso excessivo dos antibióticos têm gerado microrganismos resistentes aos agentes antimicrobianos, que são particularmente prevalentes nas grandes instituições de atenção a saúde. Embora os pacientes costumem ser mais suscetíveis a essas infecções, os funcionários resistentes, a exposição às doenças durante o manuseio das secreções dos pacientes e dos dejetos humanos é um risco que se observa nas instituições de assistência à saúde. O manuseio das roupas de cama sujas e das superfícies contaminadas coloca os profissionais de saúde em risco mais elevado de contrair infecções. 
A exposição aos microrganismos transmitidos pelo ar e aos pacientes com infecções subclínicas aumenta ainda mais esses riscos. A segurança dos empregados inclui a profilaxia dessas infecções, assim como evitar lesões lombares, quedas, acidentes com substâncias químicas, exposição à radiação e acidentes com eletricidade e incêndio. 
Os acidentes com agulhas, escalpes e outros objetos perfurantes contaminados constituem um risco contínuo à segurança dos empregados. Hoje em dia, a pressão cada vez maior no sentido de realizar mais tarefas em menos tempo e com menos ajuda é um fator que contribui para os riscos enfrentados pelos empregados na instituição deassistência à saúde. O estresse gerado nesse ambiente aumenta as chances de acidentes, assim como a frequência à qual eles ocorrem.
1.1.3 SEGURANÇA DOS CLIENTES
Todos os profissionais de saúde compartilham da responsabilidade de assegurar um ambiente isento de riscos aos clientes. A administração oferece a instituição, os recursos financeiros e os programas, mas cada profissional de saúde deve ter controle significativo sobre os prognósticos de seus clientes. Os profissionais de saúde que prestam assistência direta aos clientes devem desempenhar suas funções de maneira segura, conscienciosa e terapêutica. O levantamento dos clientes e seu transporte seguro são fatores importantes que devem ser considerados visando à manutenção de um ambiente seguro. 
Aplicando a mecânica corporal correta e as técnicas de levantamento apropriadas, o profissional evita acidentes com os clientes e lesões a si próprio. O atendimento oportuno às necessidades e condições dos clientescontribui para a segurança. Por exemplo, a notificação imediata de uma alteração nas condições do cliente, ou uma intervenção imediata frente a uma alteração súbita do seu estado, pode salvar sua vida. Além disso, a administração oportuna e correta dos fármacos é extremamente importante para garantir a segurança do paciente.
Todas as modalidades terapêuticas, desde as trocas de curativos até à fisioterapia, precisam ser executadas com muito cuidado para preservar a segurança do paciente. Evitar quedas dos pacientes e identificar aqueles que correm maior risco de sofrer esses acidentes são maneiras de promover sua segurança.
CAPÍTULO 02 - IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO
2.1 TIPOS DE ACIDENTES 
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As lesões lombares estão entre os acidentes mais comuns sofridos pelos profissionais de saúde, mas esse tipo de lesão pode ser evitada. Não subestime a importância de estar atento e sempre utilizar a mecânica corporal mais correta, para evitar lesões lombares. 
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As feridas com perfurações e o espirro de líquidos corporais contaminados são comuns, mas a incidência da transmissão do HIV e das hepatites é baixa. Os acidentes com agulhas e objetos perfurocortantes contaminados pelo sangue envolvendo profissionais de saúde geram muita ansiedade, tendo em vista a possibilidade de transmissão do HIV. 
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As técnicas de engenharia de segurança, os dispositivos de segurança para o descarte das agulhas, os objetos perfurantes com protetores e cabos de segurança e os sistemas de injeções que não necessitam usar agulhas ajudaram a reduzir o risco de exposição ao HIV. 
As instituições de assistência à saúde oferecem orientações para que se evite reencapar agulhas e seringas, assim como outras recomendações de segurança. Esse processo educativo tem contribuído para reduzir a incidência da exposição ao HIV. 
O risco de transmissão de hepatite B também tem diminuído, na medida em que a maioria dos profissionais de saúde está imunizada contra essa infecção. Embora todos os profissionais de saúde devam ter opção de receber a vacina contra a hepatite B, essa vacinação não é obrigatória. Contudo, qualquer pessoa que se recusar a ser vacinada deve assinar um termo de recusa. 
Os funcionários que podem se recusar são as gestantes, os indivíduos alérgicos aos meios usados na suspensão e algumas pessoas que têm aversão a agulhas. Outro impedimento à imunização universal contra a hepatite B é a interrupção das vacinações subsequentes. Os profissionais de saúde costumam começar a série de vacinas, mas não a concluem. Lembre-se de completar todo o esquema de vacinação contra hepatite B. Marque em sua agenda as datas programadas para a revacinação contra hepatite B. Caso não tenha certeza de que completou toda a série de injeções, peça ao seu médico que verifique em seu prontuário e confirme se você tomou toda a série. 
As lesões causadas por pacientes agitados que agridem os profissionais de saúde podem ocorrer em qualquer contexto de atenção à saúde.
ACIDENTE IMPESSOAL - É aquele cuja caracterização independente de existir acidentado, como, por exemplo, a explosão de um forno.
ACIDENTE INICIAL - É o acidente impessoal que desencadeia um ou mais acidentes, como, por exemplo, uma explosão que com a consequente onda de pressão leva um trabalhador de encontro a um obstáculo (uma parede) causando-lhe lesões.
ACIDENTE PESSOAL - É o acidente cuja caracterização depende de existir acidentado, como, por exemplo, um choque de veículo com uma parede, ocasionando lesão ao motorista.
ACIDENTE SEM LESÃO - É aquele que não causa lesão corporal. No de choque de veículo, como citado, não havendo lesão do motorista e sim apenas prejuízo material.
ACIDENTE DE TRAJETO - É aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência para o trabalho ou vice-versa.
CAUSAS DOS ACIDENTES:
- Atos inseguros: violação dos procedimentos de segurança; 
- Condições inseguras: riscos profissionais inerentes à operação; 
- Fatores pessoais: fatores individuais de comportamento ou psicológicos que levam ao ato inseguro.
CONSEQUÊNCIA DOS ACIDENTES:
ACIDENTE SEM AFASTAMENTO O acidentado volta ao trabalho no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte.
ACIDENTE COM AFASTAMENTO Impede o retorno do acidentado até o dia seguinte ao acidente. 
Neste caso, pode ocorrer: 
- Incapacidade temporária: total ou parcial; 
- Incapacidade permanente: total ou parcial; 
- Morte.
2.2 ACIDENTES DO TRABALHO 
CONCEITOS E LEGISLAÇÃO: O acidente de trabalho engloba em sua definição legal o acidente típico, o acidente de trajeto e a doença profissional. Para efeitos didáticos, incluímos neste capítulo os principais tópicos referentes aos acidentes típicos de trajeto. O decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, que aprovou o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, dispõe em seu Capítulo III (artigos 130 a 161) de referências sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais. Assim sendo, o acidente de trabalho é definido como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
- A doença do trabalho, assim entendida adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante da relação mencionada.
EQUIPARAM-SE TAMBÉM AO ACIDENTE DE TRABALHO, PARA EFEITO DESTE CAPÍTULO: 
- O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do trabalhador, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzindo lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
O ACIDENTE SOFRIDO PELO TRABALHADOR NO LOCAL E NO HORÁRIO DE TRABALHO, EM QUE TENHA COMO CONSEQUÊNCIA DE: 
- Ato de sabotagem ou de terrorismo pra- ticado por terceiros, inclusive companheiros de trabalho; 
- Ofensa física intencional inclusive de terceiros, por motivo de disputa relacionada de trabalho;
 - Imprudência, negligência ou imperícia de terceiros ou de companheiro de trabalho; 
- Ato de pessoa privada do uso da razão; 
- Desabamento, inundação, incêndio ou outros casos eventuais decorrentes de força maior.
O ACIDENTE SOFRIDO AINDA QUE FORA DO LOCAL E HORÁRIO DE TRABALHO:
 - Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
- Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízos ou proporcionar proveito; 
- Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, qualquer que seja o meio de locomoção utilizado, inclusive para estudo, qualquer que seja o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do trabalhador; 
- No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela. O trabalhador é considerado como pleno exercício do trabalho nos períodos destinados à refeição ou aodescanso ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este.
CUSTO DO ACIDENTE: O prejuízo resultante do acidente leva ao veículo do custo do acidente. No caso do empregador, o custo do acidente envolve o custo direto (despesas com seguro dos acidentes, lucros cessantes etc.) e o custo indireto (perda de tempo, equipamentos danificados, despesas decorrentes de ações jurídicas e trabalhistas, queda da produção,etc). O custo social, entretanto, não está incluindo nesses cálculos. Nos acidentes de trabalho, a incapacidade do trabalhador, as dificuldades para sua recuperação e reabilitação profissional, o fechamentodo mercado de trabalho para o acidentado são alguns pontos quedificilmente são quantificados e que, ao nosso ver, constituem um contraponto crítico à política desenvolvida atualmente.
AGRAVAMENTO DO ACIDENTE: Entende-se como agravamento do acidente do trabalho, aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional. Já a lesão que, resulta de acidente de outra origem, se associa ou se superpõe às consequências do anterior não é considerada como agravamento ou complicação do acidente de trabalho.
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE: A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, ou de imediato, em caso de morte.
O ACIDENTADO E A ESTABILIDADE NO EMPREGO: O segurado da Previdência Social que sofreu acidente do trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de um ano, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção do auxílio-acidente.
CARACTERIZAÇÃO DO DIA DO ACIDENTE: A data do inicio da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for feito o diagnostico, deve ser considerada como dia do acidente. Das possibilidades descritas, vale para efeito da caracterização do dia do acidente a condição que o primeiro ocorrer.
CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE: O Decreto n˚ 2.172 estabelece também que a caracterização do acidente de trabalho deve ser feita:
- Administrativamente, através do setor de benefícios do INSS, que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente; 
- Tecnicamente, através da perícia médica do INSS que, estabelecerá a causa e efeito entre: 
- O acidente e a lesão; 
- A doença e o trabalho; 
- A causa da morte e o acidente.
ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS: As doenças profissionais, que trataremos são equiparadas aos acidentes de trabalho na Legislação brasileira.
OS DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS DO ACIDENTADO: Independentemente de carência, a Previdência Social assegura ao acidentado no trabalho e seus dependentes uma série de benefícios tais como: 
- Auxílio-doença: auxílio dado pelo INSS ao acidentado que ficar incapacitado por mais de 15 dias para o trabalho; cumpre ao empregador o pagamento dos primeiros 15 dias a partir da data do acidente. Em se tratando de trabalho avulso, a Previdência Social é responsável pelo auxílio-doença a partir do dia seguinte ao do acidente. 
- Aposentadoria por invalidez para que os que forem considerados incapazes para o trabalho e insuscetíveis de reabilitação para exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. 
- Auxílio-acidente: concessão indenizatória quando resultar sequela definitiva após a consolidação das lesões decorrentes do acidente. As sequelas definitivas que impliquem redução da capacidade
2.2 DOENÇAS PROFISSIONAIS 
Doenças profissionais e doenças do trabalho são entidades distintas conforme a atual legislação brasileira.
DOENÇAS PROFISSIONAIS: São aquelas que ocorrem em consequência ao exercício do trabalho, provocando ou que possam vir a provocar lesões ou perturbações funcionais ou orgânicas. A doença profissional é entendida, pois como a que é produzida ou desencadeada pelo exercício laboratorial peculiar à determinada atividade, decorrente do desenvolvimento normal desta atividade.
DOENÇAS DO TRABALHO: São aquelas produzidas ou desencadeadas em função das condições especiais em que o trabalho é realizado. O decreto nº 212, de 5 de março de 1997, relaciona em seu anexo as doenças profissionais e as doenças do trabalho. Esta relação divide os agentes patogênicos em diversas categorias, a saber; agentes químicos, físicos, biológicos e poeiras orgânicas.
2.3 CARACTERIZAÇÃO 
A doença profissional ou do trabalho será caracterizado quando, diagnosticada a intoxicação ou afecção, verifica-se que o empregado exerce atividade que o expõe ao respectivo agente patogênico constante do anexo ao decreto e relacionado. Entretanto, o próprio decreto estabelece que deve ser equiparada a acidente de trabalho a doença não incluída na relação e que tenha resultado de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente. A doença profissional é considerada, para efeitos previdenciários, como acidentes do trabalho.
Não são consideradas como doenças do trabalho: 
- As doenças degenerativas; 
- As inerentes a grupo etário; 
- As que não produzem incapacidade laborativa 
- As doenças endêmicas adquiridas por habitantes de região em que ela sedesenvolve, salvo se comprovadas terem resultado de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Os trabalhadores submetidos às condições de trabalho, manipulando ou expostos a fatores que possam levar à instalações de doenças, deverão ser objeto de atenção através de cuidados exames periódicos de saúde, com monitorização permanente da análise do ambiente de trabalho, observação dos limites de tolerância individuais, controle do tempo de exposição, cuidados de higiene pessoal e ambiental valorizados e uso adequado de equipamentos de proteção.
No caso de doença profissional caracterizada,deve o médico:
- Emitir comunicação de acidente de trabalho (CAT);
 - Encaminhar o trabalhador ao INSS para caracterização do acidente do trabalho e avaliação previdenciária; 
- Encaminhar o trabalhador, ao SUS para investigação clínica e registro; 
-Desencadear ações imediatas de correção, prevenção e controle no ambiente, condições e processos de trabalho. Cópias dos exames, laudos e pareceres devem ser fornecidos ao trabalhador. As empresas devem garantir ao trabalhador sob investigação de alteração de seu estado de saúde suspeita de ser etiologia ocupacional; 
- Afastamento da exposição; 
- Emissão do CAT; 
- Custeio das consultas e pareceres necessários à elucidação diagnóstica. 
O médico do trabalho deve estar permanentemente alertado de que esta relação não esgota o grande número de patologias que podem ser reconhecidas como doenças profissionais. A tenossinovite dos digitadores, o trabalho exposto às mudanças habituais de fuso horário (principalmente nos aeronautas), as repercussões psicológicas de certas atividades com grande responsabilidade ou manipulação de grandes somas de dinheiro (bancários), vícios posturas decorrentes da exigência de certas atividades, manifestações individuais ou reações de hipersensibilidade, são alguns exemplos pinçados entre centenas que podem ser reconhecidos como tendo relação direta com as atividades desenvolvidas.
VIBRAÇÕES: 
Atividades Profissionais: 
- Instrumentos pneumáticos, ferramentas vibratórias elétricas e manuais; 
- Condução de ônibus e caminhões; 
- indústria metalúrgica, construção naval e automobilística, mineração; 
- Agricultura: motosserras. 
AR COMPRIMIDO: 
Atividades Profissionais: 
- Trabalhos em caixões ou câmaras pneumáticas e em túbulospneumáticos;
- Operação com uso de escafandro; 
- Operações de mergulho; 
- Trabalho com ar comprimido em túneis pressurizados.
RADIAÇÕES IONIZANTES:
Atividades Profissionais: 
- Extração de minerais radioativos: tratamento, purificação, isola- mento e preparo para distribuição; 
- Operação com reatores nucleares ou com fontes de neutros ou de outras radiaçõescorpusculares; 
- Trabalhos executados com exposições a raios X, rádio e substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos; 
- Fabricação e manipulação de produtos químicos e farmacêuticos radioativos; 
- Fabricação e aplicação de produtos luminescentes radíferos; 
- Pesquisas e estudos dos raios X e de substâncias radioativas em laboratórios.
MICRORGANISMOS E PARASITAS E INFECCIOSOS VIVOS E SEUS PRODUTOS TÓXICOS: 
Atividades profissionais: 
- Trabalhadores em agricultura, pecuária, silvicultura, caça veterinária e curtume (sujeitos a Mycobacterium; vírus hospedados por artrópodes; cocidióides; fungos; histoplasma; leptospira; richetsia; bacilos do carbúnculo e tétano; ancilóstomo; tripanossoma; pasteurella);
- Trabalhadores de construção, escavação de terra, esgoto, canal de irrigação, minério (sujeitos a ancilóstomo; histiplasma; coccidióides; leptospira; bacilos; sepse); 
- Manipulação e embalagem de carne e pescado (Mycobacterium; bruchellas; estreptococos, fungos; ricketsias; pasteurella); 
- Manipulação de aves confinadas e pássaros (fungos; bactérias; mixovírus: doença de Newcastle); 
- Trabalho em hospitais, laboratórios e outros ambientes envolvidos no tratamento de doenças transmissíveis; 
- Trabalho em veterinária; 
- Trabalhos em condições de temperatura elevada e umidade, tais como cozinhas, ginásios, piscinas (fungos: micose cutânea).
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA: 
Generalidades: A CIPA – Comissão de Prevenção de Acidentes – é uma comissão de formação obrigatória nas empresas e integrada por representantes de empregados e empregador e que se destina a reduzir ou eliminar acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais através de uma sistemática estabelecida por norma regulamentadora do Ministério do trabalho. Todas as empresas privadas e públicas que possuem empregados, regidos pela CLT, são obrigadas a organizar e manter em funcionamento uma CIPA.
INTEGRANTES DA CIPA: 
* Integram a CIPA representantes do empregador e dos emprega- dos (titulares e suplentes) de acordo com as proporções mínimas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, não podendo deixar de contemplar a participação de representações dos setores do estabelecimento que oferecem maior risco ou que apresentam maiornúmero de acidentes. 
* O número de membros da CIPA dependerá do grau de risco e do número de empregados da empresa. 
* Os representantes dos empregados (titulares e suplentes) deverão ser eleitos em escrutínio secreto e seus mandatos são de um ano, permitida uma reeleição. 
* O presidente da CIPA será indicado pelo empregador dentre os seus representantes titulares, enquanto o vice-presidente da comissão será escolhido pelos representantes dos empregados, entre seus titulares. 
* O empregador deverá promover para todos os membros da CIPA, em horário normal de trabalho, curso sobre prevenção de acidentes a ser ministrado preferentemente pelos integrantes do serviço de segurança e medicina do trabalho da empresa. A legislação exige carga horária mínima de 18 horas para o curso e estabelecer como currículo básico os seguintes tópicos: 
- Riscos Ambientais; 
- Acidentes de Trabalho: conceito, causas: 
- Inspeção de Segurança; 
- Investigação de Acidentes; 
- Análise de Acidente; 
- Campanhas de Segurança; 
- Equipamentos de Proteção Individual; 
- Princípios Básicos da Prevenção de Incêndios; 
- Estudo da Norma Regulamentadora que se refere à organização e funcionamento das CIPAS; 
- Primeiros Socorros; 
- Organização de Reuniões da CIPA.
2.4 CONTROLE DE RISCOS 
Para reduzir a ocorrência de lesões e acidentes evitáveis e atenuar as perdas financeiras, as instituições de assistência à saúde têm criado programas de controle de riscos. Esses programas começaram a ser criados no início da década de 1980, em resposta ao aumento das ações judiciais e a regulamentação da área de assistência à saúde. 
Os programas de controle de riscos têm como objetivos a manutenção e melhoria das instituições e dos equipamentos, proporcionando um ambiente seguro aos empregados, aos visitantes e aos pacientes. As unidades especializadas (como cirurgia geral e obstetrícia) são particularmente interessantes para os profissionais que desenvolvem programa de controle de riscos, tendo em vista que essas áreas oferecem maiores riscos de imperícia. 
2.4.1. PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS 
Os principais objetivos do programa de controle de riscos são: 
- Reduzir a frequência dos acidentes e das lesões evitáveis, que acarretam ações judiciais, por meio da manutenção ou melhoria da qualidade da assistência prestada; 
- Reduzir as chances de instauração de uma ação judicial, identificando e corrigindo imediatamente os eventos adversos (incidentes); 
- Ajudar a controlar os custos associados aos processos judiciais, identificando precocemente focos problemáticos e intervindo junto ao paciente e sua família; 
- Identificar os riscos conhecidos e potenciais existentes na instituição; 
- Notificar e manter registros dos acidentes e incidentes que ocorrerem; 
- Manter dados estatísticos sobre acidentes e incidentes, para avaliar os progressos no sentido de alcançar as metas de controle de riscos; 
- Assegurar a observância das leis, das regulamentações e recomendações das companhias de seguros; 
- Ajudar na escolha das companhias de seguros; 
- Criar uma divisão centralizada para revisão e procedimento das queixas relacionadas a acidentes, lesões ou danos ao patrimônio; 
- Interagir com as partes lesadas e, quando possível, evitar a instauração de um processo judicial.
2.5 PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
A observância das regulamentações e normas pertinentes podem ajudar a evitar acidentes por picadas de agulhas e objetos perfuro cortantes. Os empregados podem aumentar sua margem de segurança participando dos programas educativos e mantendo atualizados seus conhecimentos sobre doenças transmitidas pelo sangue e medidas de segurança mais modernas. Acima de tudo, todoprofissional deve seguir as normas relativas ao uso e ao descarte seguros propostas pela instituição e notificar todos os acidentes por picadas de agulhas e objetos perfuro cortantes.
2.6 MECÂNICA CORPORAL 
Muitas atividades envolvidas na assistência prestada aos pacientes exigem que os profissionais de saúde puxem, empurrem, levantem e carreguem. Usando a mecânica corporal apropriada, você pode evitar lesões músculo esqueléticas e fadiga. A mecânica corporal correta pode ser resumida em três princípios básicos:
 - Mantenha um centro de gravidade baixo, flexionando os quadris e os joelhos, em vez de curvar-se no nível da cintura.
- Use uma base de sustentação, afastando os pés. 
- Mantenha o alinhamento apropriado do corpo e conserve seu centro de gravidade diretamente sobre a base de apoio.
2.7 - TRANSFERÊNCIAS SEGURAS DE PACIENTES 
Os acidentes que ocorrem durante a transferência de pacientes estão entre os incidentes mais comuns que envolvem os profissionais de saúde. Esses acidentes podem ser recidivantes, causar dores prolongadas e até mesmo uma mudança desnecessária de profissão.
CAPITULO 03 - PROTEÇÃO AO TRABALHADOR
A maior parte deste volume foi destinada às medidas a serem tomadas visando à saúde do trabalhador. A consolidação das Leis do Trabalho e as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho dedicam grande parte de seu texto àmatéria, a implantação dos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), a criação do PCMSO (Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional) e das CIPA (Comissão Interna de Prevenção de acidentes) são partes integrantes de uma série de medidas estabelecidas pelo Poder Público em relação ao assunto. Esses tópicos são complementados pelas medidas específicas de proteção ao trabalhador, que consistem em equipamentos de proteção coletivas e individuais.
3.1 PROTEÇÃO COLETIVA 
A meta principal de atenção em relaçãoà proteção do trabalho deve visar a instituição de medidas coletivas. Devem ser priorizadas em relação individual que pode ser, entretanto, a única maneira viável de se fornecer uma proteção adequada. Em relação às medidas de proteção coletiva, destacamos: 
- Proteção contra o ruído. 
- Materiais absorventes.
O ruído atinge o trabalhador por via direta ou reflexão. Quem opera a máquina produtora de ruído recebe energia sonora por via direta e também por reflexão. Outros trabalhadores em locais mais distantes da máquina recebem tal energia sonora por reflexão. Conhecendo-se o coeficiente de absorção dos materiais e a radiação do som pelas máquinas, podemos preparar edificações com superfície de fácil absorção acústica e barreiras do mesmo material.
CALOR: A propagação do calor é feita de molécula (condução). O ar quente tem moléculas menos densas que se descolam para cima (convexão) e o calor transmite-se através de ondas magnéticas (radiação). Como medidas coletivas de proteção ao calor, em suas diversas formas de propagação, remendam-se: insuflação de ar fresco por ventilação mecânica, aberturas de janelas em paredes ou ventilação mecânica para aumentar a movimentação do ar (velocidade) e diminuir o colchão de ar quente na parte superior da área laborativa, barreiras refletoras (que são de grande valia na redução do calor radiante). A proteção coletiva apoia-se quase exclusivamente na área de atuação do trabalhador e nas máquinas que ali funcionam. Caso as medidas coletivas alcancem os resultados esperados, o trabalhador exercerá suas atividades em ambiente agradável, seguro, sem repercussões danosas para sua saúde e sem ter que utilizar equipamentos de proteção individual, que, na maioria das vezes, constituem grande fator de desconforto e irritabilidades, principalmente no nosso clima de fazer obrigatório. O campo para tentar o aprimoramento de tais equipamentos está em aberto e constitui um desafio futuro para que tenhamos proteção adequada com comodidade e conforto para o usuário.
EPI – Equipamentos de Proteção Individual: EPI é todo equipamento de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Em relação aos EPI, devem ser feitas as seguintes considerações: 
- deve ser fornecido gratuitamente pelas empresas ao empregado; 
- deve ser adequado ao risco; 
- deve estar em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes circunstâncias: 
- sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não, oferecem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais ou do trabalho; 
- enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
- para atender as situações de emergência.
EFICÁCIA DO EPI: 
O PCMSO constitui um progresso no acompanhamento das medidas de proteção à saúde do trabalhador. Nossa observação permite dizer que o uso do EPI indiscutivelmente representa uma tentativa de redução ou eliminação das ações agressoras do meio laboratorial. A certeza da eficácia do EPI só se fará se: 
- for usado adequadamente; 
- o trabalhador for instruído sobre a sua finalidade protetora a maneira de usá-lo adequadamente, de proceder a sua higienização e a sua guarda; 
- o trabalhador for submetido aos exames periódicos obrigatórios que, em última análise, constituem os únicos parâmetros palpáveis para afirmar da sua eficácia. 
Portanto, não basta o simples fornecimento do EPI pelo empregador. Não basta também o simples uso pelo trabalhador. O equipamento deve ser eficaz. Daí a necessidade da avaliação médica periódica, da fiscalização do uso adequado, da informação e esclarecimento contínuos sobre sua utilidade e seu uso, da higienização e da guarda. Uso inadequado do equipamento de proteção individual pode ser mais prejudicial do que o seu não uso, como demonstram frequentes casos de infecção naqueles que utilizam abafadores de ruído de modo indevido.
Tipos de EPI que devem ser fornecidos aos trabalhadores:
* Proteção para a Cabeça;
* Protetores Faciais;
* Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face quanto a lesões ocasionadas por partícula, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas (elmo);
ÓCULOS: 
- Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impactos de partículas. 
- Óculos de segurança contra respingos ou trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais de infusão e radiações perigosas. 
- Óculos de segurança com lentes que retém 95% da radiação infravermelha incidente, nos trabalhos em que exista calor radiante.
PROTEÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES 
Luvas e/ou Mangas de Proteção - devem ser usadas em trabalhos onde haja perigo de lesões provocadas por: - Matérias ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
Solventes orgânicos ou derivados do petróleo; 
- Materiais ou objetos aquecidos; 
- Choque elétrico; 
- Radiações perigosas; 
- Frio; 
- Agentes biológicos;
Nos casos em que o trabalho se faça em ambiente que envolva calor, as luvas e magotes devem ser de tecido refratário, com revestimento aluminizado.
PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES 
Calçados:
* De proteção contra risco de origem orgânica, térmica, mecânica, elétrica e contra radiações perigosas e agentes biológicos agressivos; 
* Impermeáveis para trabalhos realizados em locais úmidos, lançamentos encharcados e resistentes aos agentes químicos agressivos; 
* Perneiras, contra riscos de origem térmica, mecânica e de radiações perigosas; 
* Nos trabalhos que envolvam calor, a perneira deve ser de tecido refratário revestido de tecido aluminizado. 
* O empregado deve trabalhar calçado, ficando proibido o uso de sandálias, tamancos e chinelos, salvo em casos especiais a critério do Ministério do Trabalho.
CAPÍTULO 04 - ACIDENTE DE TRABALHO
O acidente de trabalho é um fato não programado, involuntário e indesejável, que ocorre dentro do ambiente de trabalho ou no deslocamento pelos trajetos casa-trabalho ou trabalho-casa. Os quinze primeiros dias de afastamento do trabalho são pagos pela empresa. 
A partir do décimo sexto dia, os pagamentos passam a ser feitos pelo INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social. Com o trabalhador dando entrada no benefício por acidente de trabalho. Todos os acidentes de trabalho devem ser comunicados ao INSS, mesmo que a recuperação e retorno ao trabalho ocorra dentro de 15 dias. Mas na prática, isso nem sempre ocorre. 
O INSS é o órgão responsável pelas estatísticas de acidente de trabalho, no país. Estima-se que algo em torno de 80% dos acidentes de trabalho não são comunicados. O Brasil é o décimo país do mundo em números de acidentes de trabalho. A previdência social gasta anualmente, aproximadamente quatro bilhões com acidentes de trabalho. Os números estarrecedores refletem uma realidade nacional. Somente vinte e dois milhões de trabalhadores estão cobertos pelo seguro por acidente de trabalho. Isto significa que ficam de fora 2/3 da força produtiva nacional.
CAUSAS
Na tentativa de se entender como acontecem os acidentes de trabalho e quais os fatos geradores, chegamos a algumas conclusões. 
• Os perigos evidentes no ambiente de trabalho, agravados pela falta de equipamentos de segurança (exemplo: a construção civil). 
• Equipamentos obsoletos ou defeituosos. 
• A não observância da legislação trabalhista e das normas de segurança do trabalho. Compete a DRT - Delegacia Regional do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, a fiscalização das empresas e ao cumprimento das leis trabalhistas e segurança do trabalho.
PREVENÇÃO
A prevenção é um fator preponderante e que poderá levar a uma queda significativa dos números elevados. 
• Inspecionar os cumprimentos das normas de segurança no trabalho. 
• Fortalecimento da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).• A empresa deve fornecer o ambiente adequado para o trabalho. 
• Um melhor atendimento trabalhador / sindicato / governo. 
• A educação do trabalhador, levando-se em conta as suas sugestões. E a chamada democracia no local de trabalho. 
• Maior proteção ao trabalhador nos acordos coletivos de trabalho. 
• A inclusão da cadeira obrigatória de segurança do trabalho e prevenção de acidentes, nos currículos das escolas de 1º e 2º graus. De forma a se criar uma conscientização do jovem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É um erro se achar que o acidente de trabalho se dá por culpa exclusiva do trabalhador.
Classificados, basicamente, em dois grupos, os acidentes de trabalho contemplam:
• As lesões imediatas, ou seja, aquelas que surgem tão logo se dê o fato gerador. Exemplos: o corte dos dedos das mãos serra elétrica, o esmagamento dos membros na prensa hidráulica, etc. 
• As lesões não imediatas, ou seja, aquelas que irão desenvolver ao longo do tempo. Em razão do trabalho repetitivo. Exemplos: lesões no globo ocular em razão da luz da solda elétrica; lesões no aparelho auditivo pela operação da pistola pneumática (britadeira), etc.
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