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Deficiência nutricional de iodo → principal causa do bócio em bovinos. Baixo teor de iodo no solo e nas pastagens Uso de sal branco não iodado Ingestão de plantas bociogênicas (Manihot, soja, crucíferas) Deficiência de selênio, que impede a conversão de T4 em T3. Excesso de cálcio ou nitratos, que reduzem a absorção intestinal de iodo. ETIOLOGIAETIOLOGIA Surtos foram registrados por Martins et al. (2018) no Mato Grosso. Segundo esrudos, pode acometer bezerros neonatos, fetos e vacas prenhes, indicando transmissão vertical da deficiência, com altas taxas de mortalidade e natimortalidade. Regiões continentais e distantes do litoral são mais suscetíveis pela baixa concentração natural de iodo nos solos. Mesmo sendo doença conhecida, ainda há falhas no manejo mineral e pouca assistência técnica nas propriedades. O principal fator de risco é a deficiência de iodo devido ao uso de sal branco não iodado misturado ao sal mineral. EPIDEMOLOGIAEPIDEMOLOGIA Aumento bilateral da tireoide (região cervical ventral). Emagrecimento e dificuldade respiratória. Hipotricose (pelos ralos), mixedema (edema na pele) e desenvolvimento retardado. Bezerros fracos, letárgicos e com dificuldade para mamar. Em vacas prenhes: abortamentos e fetos com bócio congênito. Deficiência prolongada de iodo na dieta, intensificada pela diluição do sal mineral com sal branco não iodado, reduz drasticamente a síntese dos hormônios tireoidianos T3 e T4, como observado nas três propriedades estudadas. A queda dos níveis circulantes de T3/T4 desencadeia um aumento compensatório de TSH pela hipófise, estabelecendo estimulação contínua da glândula tireoide. Sob estímulo persistente do TSH, ocorre hiperplasia difusa intensa das células foliculares, com ausência quase total de coloide e marcada vascularização, exatamente como demonstrado nos exames histopatológicos dos bezerros e do feto necropsiados. A hiperplasia sustentada resulta em aumento evidente do volume da tireoide (bócio), que pode comprimir estruturas adjacentes. Deficiência de iodo causando bócio em bovinos Deficiência de iodo causando bócio em bovinos O iodo é essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que regulam o metabolismo, crescimento, reprodução e desenvolvimento fetal dos bovinos. Sua deficiência pode causar distúrbios endócrinos, como o bócio. Utilizar mistura mineral comercial com iodo em quantidade adequada. Evitar diluição com sal branco não iodado. Garantir assistência técnica veterinária para manejo nutricional. Monitorar qualidade do solo e pastagens, especialmente em regiões afastadas do mar. Educar produtores sobre os riscos de deficiências minerais e importância do iodo. SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS PATOGENIAPATOGENIA TRATAMENTOTRATAMENTO PREVENÇÃOPREVENÇÃO Sinais clínicos característicos (aumento da tireoide, fraqueza neonatal). Histopatologia: hiperplasia folicular difusa sem coloide. Histórico de manejo mineral inadequado (uso de sal branco não iodado). Resposta positiva à suplementação de iodo, confirmando a deficiência. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Administração parenteral de iodo nos animais afetados. Correção da suplementação mineral, retirando o sal branco da mistura. Em casos não relacionados à deficiência, pode-se usar tiroxina (T4). Após o tratamento, não ocorreram novos casos nas propriedades. DISCENTES: INAÊ GUERREIRO E LUMA CAMPELODISCENTES: INAÊ GUERREIRO E LUMA CAMPELO