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160 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
 
QUESTÃO 26 
 
(AQUILES AMARAL 2025) […] enquanto me limitei a 
considerar os costumes dos outros homens, quase nada 
encontrei que me desse segurança, e notava quase tanta 
diversidade quanto antes observava entre as opiniões dos 
filósofos. De forma que o maior proveito que disso tirava era 
que […] aprendia a não crer com muita firmeza em nada do 
que só me fora persuadido pelo exemplo e pelo costume; e 
assim desvencilhava-me pouco a pouco de muitos erros, que 
podem ofuscar nossa luz natural e nos tornar menos capazes 
de ouvir a razão. 
DESCARTES, R. Discurso do método. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
1996. p. 14. (adaptado) 
 
Qual característica do método cartesiano é evidenciada no 
texto? 
 
 Abandono de objetos de estudo considerados simples. 
 Subordinação da consciência aos costumes 
extrínsecos. 
 Segmentação dos dados para estudos científicos 
sensíveis. 
 Questionamento de conceitos preestabelecidos 
socialmente. 
 Variedade de possibilidades para se chegar à razão 
filosófica. 
 
QUESTÃO 27 
 
Mas o que sou eu, portanto? Uma coisa que pensa. Que é 
uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que 
concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que 
imagina também e que sente. Certamente não é pouco S 
todas essas coisas pertencem à minha natureza. Mas por 
que não lhe pertenceriam? Não sou eu próprio esse mesmo 
que duvida de quase tudo, que, no entanto, entende e 
concebe certas coisas, que assegura e afirma que somente 
tais coisas são verdadeiras, que nega todas as demais, que 
quer e deseja conhecê-las mais, que não quer ser enganado, 
que imagina muitas coisas, mesmo mau grado seu, e que 
sente também muitas como que por intermédio dos órgãos 
do corpo? Haverá algo em tudo isso que não seja tão 
verdadeiro quanto é certo que sou e que existo, mesmo 
quando aquele que me deu a existência se servisse de todas 
as suas forças para enganar-me? 
DESCARTES, R. Meditações. In: Descartes (coleção Os Pensadores) São 
Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 95. 
 
A filosofia de Descartes tem como ponto de partida a ideia 
do cogito, que estabelece como fundamento do 
conhecimento o(a) 
 
 sujeito pensante. 
 matéria analisada. 
 existência de Deus. 
 impressão dos sentidos. 
 corpo e os órgãos sensoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 28 
 
(AQUILES AMARAL 2025) "John Stuart Mill afirma que 'As 
ações são corretas na proporção em que tendem a promover 
a felicidade; erradas na proporção em que tendem a produzir 
o oposto da felicidade'." 
 (Utilitarianism, 1861) 
 
De acordo com Mill, o utilitarismo entende a felicidade como: 
 
 A busca exclusiva de prazeres físicos imediatos. 
 Um objetivo inatingível devido à natureza egoísta do ser 
humano. 
 A ausência de dor e a promoção do prazer como critério 
de moralidade. 
 A promoção de benefícios apenas para a própria 
pessoa, sem pensar no coletivo. 
 A imposição de valores morais universais, 
independentemente das consequências. 
 
QUESTÃO 29 
 
(AQUILES AMARAL 2025) "John Stuart Mill comenta que 
'Kant acreditava que a base da moralidade repousava em 
princípios a priori e universais, enquanto o utilitarismo 
defende que a moralidade deve ser julgada pelos efeitos 
práticos que ações têm sobre a felicidade'." 
(Utilitarianism, 1861) 
 
Conforme Mill, a principal diferença entre a ética kantiana e 
o utilitarismo é que: 
 
 Kant propõe que a felicidade é o objetivo central da 
moralidade, diferentemente do utilitarismo. 
 Kant defende que o bem maior é a felicidade coletiva, 
enquanto o utilitarismo é individualista. 
 O utilitarismo se baseia em princípios universais, 
enquanto Kant rejeita os valores coletivos. 
 Kant valoriza o dever moral a priori, enquanto o 
utilitarismo valoriza as consequências das ações. 
 O utilitarismo não considera os resultados práticos das 
ações, ao contrário de Kant que valoriza as 
consequências de uma ação. 
 
QUESTÃO 30 
 
(AQUILES AMARAL 2025) Deveres éticos envolvem um 
constrangimento para o qual somente a legislação interna é 
possível. Uma vez que a faculdade moral de constranger a si 
mesmo pode ser chamada de virtude, a ação que emerge de 
tal disposição (respeito pela lei) pode ser chamada de ação 
(ética) virtuosa, ainda que a lei estabeleça um dever de 
direito, pois é a doutrina da virtude que nos ordena a manter 
sagrado o direito dos seres humanos. 
KANT, Immanuel. A Metafísica dos Costumes. 
São Paulo: Ed. Folha de São Paulo, 2010. p. 163. (adaptado). 
 
Segundo o posicionamento filosófico apresentado, a ação 
virtuosa está amparada no alinhamento entre 
 
 obrigação e razão. 
 instinto e condição. 
 disposição e desejo. 
 coerção e aceitação. 
 norma e penalização. 
 
 
 
 161
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
 
 
QUESTÃO 31 
 
(AQUILES AMARAL 2025) "A vida oscila, como um pêndulo, 
entre a dor e o tédio, que são, de fato, seus dois elementos 
constitutivos." 
(Schopenhauer, O Mundo como Vontade e Representação, Livro IV) 
 
Conforme o trecho de Schopenhauer, é possível entender 
que: 
 
 O ser humano está sempre satisfeito com a vida, sendo 
o tédio algo ocasional. 
 A vida alterna entre momentos de realização plena e 
momentos de tédio. 
 O sofrimento e o tédio são as duas condições inevitáveis 
da existência humana. 
 O tédio é uma condição que surge quando as 
necessidades materiais não são atendidas. 
 O tédio ocorre apenas quando não há sofrimento. 
 
QUESTÃO 32 
 
(AQUILES AMARAL 2025) "A cultura ocidental é a cultura da 
decadência, fundamentada em valores que negam a vida, 
em uma moral que prefere o fraco ao forte, o ressentido ao 
criador." 
(Nietzsche, Crepúsculo dos Ídolos) 
 
De acordo com Nietzsche, a crítica à cultura ocidental está 
relacionada a: 
 
 A humilhação dos valores heroicos da antiguidade. 
 A busca incessante pelo poder e pela dominação. 
 A valorização excessiva da ciência em detrimento da 
religião. 
 A moral que nega a vida, exaltando o fraco e o 
ressentido. 
 A crença em um destino predeterminado que impede a 
autonomia humana. 
 
QUESTÃO 33 
 
(AQUILES AMARAL 2025) "O apolíneo representa o mundo 
da forma, da harmonia, da ordem e da medida; é a expressão 
da beleza e do controle. O dionisíaco, por outro lado, é a 
força do caos, da embriaguez, do instinto e da desordem. 
Ambos coexistem na arte e na vida. A tragédia grega, por 
exemplo, nasce dessa tensão criativa entre o apolíneo e o 
dionisíaco, e somente quando ambos estão em equilíbrio a 
verdadeira arte pode florescer." 
(Nietzsche, O Nascimento da Tragédia) 
 
Segundo a perspectiva de Nietzsche sobre os princípios 
apolíneo e dionisíaco: 
 
 O apolíneo e o dionisíaco são forças opostas, e um deve 
eliminar o outro. 
 A arte e a vida florescem somente quando o caos vence 
a ordem. 
 A verdadeira arte surge da tensão e equilíbrio entre 
ordem e caos. 
 O apolíneo representa a razão absoluta, e o dionisíaco 
a negação da vida. 
 A arte trágica grega exalta o apolíneo em detrimento do 
dionisíaco. 
 
 
QUESTÃO 34 
 
(AQUILES AMARAL 2025) [...] o poder deve ser analisado 
como algo que circula, ou melhor, como algo que só funciona 
em cadeia. Ele nunca está localizado aqui ou ali, nunca está 
nas mãos de alguns, nunca é uma mercadoria que se pode 
possuir, porque o poder funciona apenas em cadeia. Ele não 
está entre as mãos de alguns, ele não passa de um lugar 
para outro, sem nunca cair em seu controle. Os indivíduos 
são os veículos do poder, e não seus pontos de aplicação. 
[...] o poder não é algo que se possui, mas algo que se exerce 
numa relação estratégica entre forças. 
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 
 
A partir do exposto sobre o conceito de poder em Michel 
Foucault, pode-se deduzir que, para o autor: 
 
 o poder é uma estrutura fixa que se concentra em 
instituições e agentes governamentais, responsáveis 
pela manutenção da ordem social. 
 o poder circula nas relações sociais e não se reduz à 
posse por parte de indivíduosou instituições, sendo 
exercido em toda a rede de interações. 
 o poder moderno reside na repressão direta e na coação 
física dos indivíduos, que são os principais alvos de 
controle. 
 o exercício do poder é visível e concentrado, operando 
de forma hierárquica e centralizada nas mãos de elites 
econômicas e políticas. 
 o poder é exclusivo das classes dominantes, que 
utilizam o controle institucional para manipular os 
discursos e as ideologias vigentes. 
 
QUESTÃO 35 
 
(AQUILES AMARAL 2025) A arqueologia mostra que o 
discurso não é simplesmente aquilo que traduz lutas ou 
sistemas de dominação, mas aquilo por que, e pelo qual, se 
luta; o discurso é o poder que se quer capturar. A episteme, 
para Foucault, é uma estrutura que estabelece o campo de 
saberes possíveis em uma época, determinando o que pode 
ser considerado verdadeiro ou falso, racional ou irracional. 
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense, 2008. 
 
A partir do exposto sobre o conceito de episteme, pode-se 
inferir que, segundo Foucault: 
 
 a episteme funciona como uma estrutura inconsciente 
que molda o que é possível conhecer em determinada 
época, influenciando o que é considerado verdadeiro ou 
falso. 
 a episteme é uma construção consciente, que nasce das 
interações dos intelectuais de cada sociedade. 
 a episteme é responsável pela criação de verdades 
absolutas, que permanecem inquestionáveis ao longo 
do tempo. 
 a episteme é estática e inalterável, sendo a mesma em 
todas as sociedades e épocas históricas. 
 a episteme é um fenômeno exclusivamente político, que 
regula diretamente o funcionamento das instituições 
estatais.

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