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Suicídio em Idosos Um fator alarmante CIBELE ANDRADE SACAMOTO PSICÓLOGA SUICIDOLOGISTA CRP 06/161065 Sobre mim Atuo na prática clínica, atendendo crianças, adolescentes, adultos e idosos onde priorizo um atendimento ético e científico, baseado na terapia do esquema. Ministro palestras e treinamentos sobre manejo de crises emocionais e de psicoeducação sobre o luto e suicídio. Sou psicóloga, pós-graduada em Suicidologia e Luto, com formação em situações emocionais extremas. Você consegue encontrar um pouquinho mais sobre meu trabalho no Instagram: @psicibs VELHICE FASE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Erikson - Integração do Ego X Desesperança OMS - Envelhecimento e o direito ao cuidado. O processo de envelhecimento é heterogêneo, sendo influenciado por variáveis (OMS,2 023) O desenvolvimento humano continua por toda a vida. VELHICE Teoria do life-span ou ciclo da vida; Desenvolvimento e integração com outras fases; Desenvolvimento da autonomia, independencia, autorregulação e intimidade. Valorização X Estigma ENVELHECIMENTO - ASPECTOS PSICOLÓGICOS Caractéristicas pessoais Personalidade Formas de Enfrentamento Aspectos Culturais RISCOS E FATORES PSICOSSOCIAIS NO ENVELHECIMENTO VIolência Familiar Fatores Psicológicos e sociais Morte Perdas do envelhecimento e doenças Dificuldades sócio econômicas Isolamento e solidão Eventos estressantes APROXIMAÇÃO DA MORTE Final da existência – sentido da vida Morte com dignidade Temores Morte com sofrimento Dor, indignidade, degeneração Desejo ADOECIMENTO PSÍQUICO Sentimentos de menos valia Solidão Demências Naturalização da dor e do sofrimento Autonegligência Aumento do suicídios Depressão no final da vida SUICÍDIO Edwin S. Shneidman Psicólogo clínico americano Shneidman (1987), “Suicídio é um ato consciente de autoaniquilamento, compreendido como um mal-estar multidimensional sofrido por um indivíduo vulnerável, que define um tema-problema para o qual o autoextermínio é percebido como melhor solução.” Psychache Ato permanente para um problema temporario. DADOS ESTÁTISTICOS Idosos são o grupo de maior risco para suicídio, segundo a OMS. O fenômeno recebe pouca atenção de autoridades, pesquisadores e mídia. As ações e reflexões geralmente priorizam grupos mais jovens. No Brasil, cerca de 1.200 idosos (60 anos ou mais) morrem anualmente por suicídio. Entre os brasileiros, a média de casos é de 7,8 óbitos a cada 100 mil idosos; As taxas mais elevadas de morte por suicídio estão entre os idosos acima dos 70 anos; Em relação ao gênero, os números são maiores entre os idosos homens; Nos últimos anos houve uma redução de 10,3% de suicídio entre as mulheres; Idosos entre 70 e 79 anos têm uma taxa de 8,2/100.000. Considerando idosos acima de 60 anos, a taxa média de suicídio é 7,8/100.000. A taxa média de suicídio na população geral é de 5,3/100.000. As taxas de suicídio são sempre mais altas entre os idosos. Nos últimos 5 anos, a taxa de suicídio entre idosos foi 47,2% maior que a da população geral. DADOS ESTÁTISTICOS FATORES DE RISCO Doenças crônicas incuráveis, como demências, aumentam o risco de suicídio entre idosos. Controle dos sintomas de doenças crônicas ainda é insuficiente. Isolamento social e ausência de perspectiva de futuro contribuem para o risco. Limitações físicas, como mobilidade, audição e visão, ampliam o isolamento e o risco. Demências tornam os idosos mais impulsivos e com dificuldades para resolver problemas. Mudanças cognitivas ocorrem após demências, infartos ou AVCs. Depressão e ansiedade nos idosos têm sintomas mais sutis, sendo muitas vezes confundidos com comportamentos "normais" da idade. É importante investigar causas de mudanças de comportamento em idosos, como apatia ou irritabilidade. O comportamento suicida resulta da interação de múltiplos fatores. Idosos frequentemente manifestam intenções suicidas de forma indireta. Expressões comuns incluem: "não precisam mais de mim", "não quero incomodar", "já vivi demais", "estou cansado de viver". Essas verbalizações podem vir acompanhadas de mudanças comportamentais. Mudanças incluem desinteresse por atividades prazerosas e descuido com a alimentação e outros cuidados basicos. COMPORTAMENTOS DE RISCO EM IDOSOS Tratamento adequado para os transtornos mentais; Manutenção da autoestima elevada; Suporte dos amigos e uma boa estrutura familiar; Capacidade de adaptação positiva aos problemas da vida; Habilidade e empatia para enfrentar as adversidades; Aposentadoria e renda estável; Envolvimento em atividades religiosas; Ter contato social ou animais em casa. PROTEÇÃO AO COMPORTAMENTO SUICIDA Manter relações de confiança para aumentar o vínculo com familiares e amigos; Encorajar a continuidade do tratamento adequado para recuperar o equilíbrio mental; Estimular o envolvimento em atividades religiosas ou espirituais; Incentivar a participação em atividades que tornem a rotina mais leve; Despertar o aprendizado de algo novo, tais como dança ou um novo idioma; Evitar o consumo abusivo de drogas ilícitas. Combater o alcoolismo no envelhecimento. Suporte Imediato AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO Distanásia – Prolongamento do processo de morrer em pessoas com tentativas de suicídio recorrentes Eutanásia em pessoas com grande sofrimento existencial refratário que não querem mais viver Morte medicamente assistida como diminuição de risco para pessoas com tentativas de suicídio recorrentes com muito sofrimento Cuidados paliativos em psiquiatria com pessoas com sofrimento e depressão refratárias QUESTÕES AINDA PARA DEBATE Indicações End Game - Rob Epstein, Jeffrey Friedman Diante do fim inevitável, pacientes terminais conhecem profissionais de saúde extraordinários determinados a mudar a nossa percepção sobre a vida e a morte. “O SOFRIMENTO SÓ É INTOLERÁVEL QUANDO NINGUÉM CUIDA”. (CICELY SAUNDERS) Referências CVV Florianópolis (SC), E. (2012). Suicídio de idosos: um alerta à sociedade [Review of Suicídio de idosos: um alerta à sociedade]. , Resenha Da Revista Ciência & Saúde Coletiva, 17. Minayo, M. C. de S., Cavalcante, F. G., Mangas, R. M. do N., & Souza, J. R. A. de .. (2012). Autópsias psicológicas sobre suicídio de idosos no Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva, 17(10), 2773–2781. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001000025 FUKUMITSU, K. J.; KOVACS, M. J. Especificidades sobre processo de luto frente ao suicídio. Psico, Porto Alegre, v. 47, n. 1, p. 3-12, 2016. DOI: 10.15448/1980-8623.2016.1.19651 Pinto LW, Pires TO, Silva CMFP, Assis SG. Evolução temporal da mortalidade por suicídio em pessoas com 60 anos ou mais nos estados brasileiros, 1980 a 2009. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17( 8 ):1973-81. doi: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-8123201200080008 Sousa GS, Silva RM, Figueiredo AEB, Minayo MCS, Vieira LJES. Circunstâncias que envolvem o suicídio de pessoas idosas. Interface (Botucatu). 2014;18(49):389-402. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.024 World Health Organization (WHO). Preventing suicide: a global imperative [Internet]. Geneva: WHO; 2014 [cited 2019 June 15]. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/131056/9789241564779_eng.pdf?sequence=1 Santos, Mariana Cristina Lobato dos et al. Suicide in the elderly: an epidemiologic study. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2021, v. 55 [Accessed 24 September 2024], e03694. Available from: . Epub 31 May 2021. ISSN 1980-220X. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019026603694. SHNEIDMAN, E. Deaths of Man. New York: Quadrangle, 1973. Shneidman, E. S. (1987) – A psychological approach to suicide. In G. Vandebos & B. Bryant Eds. Cataclysms, crises, and catastrophes: Psychology in action (pp. 147-182). Washington: American Psychological Association. Contato (19) 99917-6358 AGENDE SEU ATENDIMENTO EM PSICOTERAPIA (SOMENTE MENSAGENS) @psicibs CONHEÇA UM POUCO DOS MEUS PENSAMENTOS E FILOSOFIAS cibeleandradepsico@gmail.comCONTATO PARA PALESTRAS E WORKSHOPS