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MAPA - GQ - CUSTOS DA QUALIDADE - 54_2025
MAPA - GQ - CUSTOS DA QUALIDADE - 54_2025
Dentre os inúmeros impactos desencadeados pelo processo de globalização e
expansão dos mercados, o aumento da competitividade no mercado tem se
destacado como um grande desafio para as empresas, seja pela necessidade de
melhor posicionamento, ou até mesmo, pela necessidade de manter-se sustentável
em sua atividade. Nesse sentido, a qualidade deixou de ser uma fonte de vantagem
estratégica para ser uma vantagem competitiva (Kaplan; Norton, 1986).
Na tentativa de melhorar a qualidade dos seus produtos para garantir a satisfação de
consumidores cada vez mais exigentes e com maiores opções disponíveis, a
contabilidade cumpre papel imprescindível no fornecimento de informações
necessárias às organizações na tomada de decisões (Padoveze, 2004). Nesse
cenário, a Contabilidade torna-se suporte importante no que diz respeito à
informação, principalmente pelo fato de constituir-se em “várias técnicas e
procedimentos contábeis já conhecidos de maneira a auxiliar os gerentes das
entidades em seu processo decisório” (Iudícibus, 1998, p. 21).
Portanto, qualquer tentativa séria de melhorar a qualidade dos produtos deve
considerar os custos associados à obtenção da qualidade, já que o objetivo dos
programas de melhoria contínua não é apenas atender aos requisitos do cliente,
mas também fazê-lo com um menor custo (Schiffauerova; Thomson, 2006). Segundo
Atkinson et al. (2001, p. 686), “a redução de custos envolve muito mais que
simplesmente encontrar formas de corte dos custos do produto. O esforço principal
da redução de custos é diminuir os custos enquanto se mantém ou melhora a
qualidade do produto”.
Desse modo, surge o conceito de custos de qualidade que, segundo Garvin (1997, p.
94), “são definidos como quaisquer custos de fabricação ou de serviço que
ultrapassem os que teriam havido se o produto tivesse sido feito ou o serviço tivesse
sido prestado com perfeição da primeira vez”. Discutir custo da qualidade é relevante,
pois reforça a busca na melhoria dos processos, do combate ao desperdício,
amenizando os custos identificáveis, resultantes da falta de qualidade, como o
retrabalho para consertar produtos defeituosos e devoluções de vendas por falhas
no atendimento às necessidades dos clientes.
São essas oportunidades que os estudos de autores como Deming (1982) e
Feigenbaum (1990) vêm comprovando tornarem as empresas mais lucrativas e
competitivas. Num sentido mais amplo, Feigenbaum (1990) dá sustento à teoria de
que investir em prevenção de custos é mais vantajoso, elevando o índice de
satisfação dos clientes e assim, aumentando significativamente as vendas, trazendo
para a empresa retornos satisfatórios e construindo uma boa imagem de padrão de
qualidade perante os seus concorrentes.
No contexto da globalização, as empresas podem agora oferecer seus produtos e
serviços em qualquer parte do mundo. Esse crescimento estrutural das organizações
tem exigido maior flexibilidade para adaptarem-se às mudanças, principalmente, no
que diz respeito à necessidade de controles cada vez mais eficazes. Para Kaplan
(1980), o controle de custos torna-se relevante no aperfeiçoamento dos métodos de
custeio e a identificação pelo que adiciona valor e eliminação do que não adiciona
valor ao produto e serviço, o que caracteriza uma estratégia de suma importância
para a criação de uma forte vantagem competitiva para a empresa.
Nessa perspectiva, diversos estudos foram realizados com o intuito de analisar o
custo da qualidade, tais como os estudos de Martins (2011), Batista, Abbas,
Camacho e Lopes (2018), todos pretendiam identificar os custos da qualidade e
reforçar a importância da gestão dos custos de qualidade e o impacto que os
mesmos refletem nos resultados da empresa e, consequentemente, no seu
faturamento.
Trabalhos de extrema relevância trazendo como principal objetivo mostrar que a
qualidade pode ser medida e gerenciada, de forma a tornar as empresas mais
competitivas por meio de produtos e/ou serviços de alta qualidade. Em linhas gerais,
os estudos realizados têm se desenvolvido, principalmente, com o objetivo de
investigar a utilização dessa metodologia em diferentes setores, como meio de
obtenção de vantagem competitiva pelas empresas. Por isso, em meio a esse
mercado globalizado, a análise estratégica de custos torna-se um diferencial
competitivo e essencial à sobrevivência da empresa.
Fonte: RODRIGUES, B. L. S., GONÇALVES, D. E. S. Gestão de custos de
qualidade como estratégia competitiva em uma panificadora do recôncavo baiano.
Revista de Administração e Contabilidade, Feira de Santana, v. 14. n. 1, p. 48-68.
Disponível em: https://reacfat.com.br/reac/article/view/267/270. Acesso em: 21 out.
2025.
Por isso, para esta atividade MAPA, você, Gestor da Qualidade, foi convidado para
estabelecer a mensuração dos Custos da Qualidade de uma empresa, de modo a
elaborar um relatório para a alta administração tomar as decisões necessárias.
Portanto, segue a situação da empresa em que você realizará o serviço.
SITUAÇÃO DA EMPRESA
A empresa atua no segmento de panificação, com mais de 30 anos de mercado,
com uma marca já bastante consolidada em sua região. Em relação à sua estrutura
e faturamento, a empresa se enquadra como sendo de grande porte, possuindo
mais de 150 funcionários, além de 22 prestadores de serviços terceirizados.
Durante o levantamento de dados, você realizou entrevistas e falou diretamente com
o controller da empresa, que possui formação acadêmica em Administração de
Empresas, além de cursos complementares de Gestão de Vendas e outros cursos
específicos na área de Produção em Panificação. De acordo com os dados
levantados, o colaborador, que está há nove anos na função, descreve como suas
principais atribuições: planejamento, organização e desenvolvimento das estratégias
econômicas e financeiras da empresa.
Ainda durante a entrevista, o controller posicionou-se, espontaneamente, em relação
à concorrência e sobre a importância da boa gestão da qualidade, percebendo-a
como diferencial competitivo em relação aos concorrentes e destacou ainda a
importância do feedback positivo dos clientes como fator motivador para a empresa.
Tal posicionamento, alinha-se a Holota et al. (2016) quando afirmam que a
mensuração, análise e avaliação dos custos da qualidade, de modo a implementá-
los no sistema de gestão da qualidade, faz-se tão importante quanto medir e analisar
a satisfação do cliente.
De forma complementar, alinhando-se a literatura, o entrevistado ainda defende o
estudo contínuo e a busca pelo aperfeiçoamento da gestão dos custos de qualidade,
visto que os mesmos garantem esse diferencial e a credibilidade da organização. A
gestão da qualidade é considerada uma importante ferramenta de gestão e fator
estratégico fundamental para melhoria da competitividade e da produtividade das
empresas (Carpinetti, 2012). Nessa mesma linha, Silva Filho et al. (2015) ainda
reforçam que a competente gestão dos custos melhora a qualidade das decisões,
auxiliam no controle dos processos internos da empresa dando visibilidade as
imperfeições e, consequentemente, torna a atividade mais competitiva.
Seguindo com o levantamento de dados, você solicitou a estrutura de custos
envolvidos na gestão da qualidade dos produtos, dessa forma, o documento que
recebeu apresentava resultado divulgado na Tabela 1.
Agora, para colocar a “mão na massa” e partir para a ação, diante da
experimentação da situação profissional apresentada e desenvolver sua habilidade
enquanto profissional qualificado da área, você deve:
ETAPA 1:
Preencher a tabela disponível no formulário padrão com a classificação correta dos
custos da qualidade em suas respectivas categorias, de modo a preencher
corretamente seus valores e o somatório total de cada categoria e dos custos totais
da qualidade, referente aos dados levantados dos últimos 2 (dois) anos, conforme
ilustra a Tabela 1.
Atente-se: para a classificação dos custos da qualidade,considere a Figura 1 como
informação auxiliar para a categorização.
ETAPA 2:
Calcular o percentual de custos de cada categoria em relação ao total dos custos da
qualidade, conforme levantamento feito na Etapa 1, preenchendo corretamente a
tabela disponível no formulário padrão.
Atente-se: para o cálculo do percentual de cada categoria, você poderá seguir o
exemplo tratado no vídeo de explicação da atividade MAPA, disponível no ambiente
Sala do Café.
ETAPA 3:
Descrever qual categoria é responsável por apresentar o maior percentual do custo
da qualidade encontrado, com base na Etapa 2.
ETAPA 4:
Propor duas ações de melhoria para tentar reduzir os custos da qualidade da
categoria evidenciada na Etapa 3.
Feito isso, seu relatório estará pronto e você poderá entregá-lo à alta administração.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- Acesse o link do vídeo gravado pelo professor com explicações e diretrizes para a
realização desta atividade, disponível no ambiente Sala do Café.
​ - Faça o download do formulário padrão no ambiente Material da Disciplina, redija
sua resposta no formulário e depois o salve no seu computador ou instrumento de
realização.
- Vá até o ambiente da atividade MAPA e anexe o formulário padrão, confira se o
arquivo está correto, e finalize sua atividade.
Bons estudos!
Referências do texto-base:
ATKINSON, A.; KAPLAN, R. S.; MATSUMURA, E. M.; YOUNG, S. M. Contabilidade
gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BATISTA, M. J.; ABBAS, K.; CAMACHO, R. R.; LOPES, A. K. Relação entre o
ambiente, a gestão estratégica de custos e o desempenho: um estudo sob a
perspectiva da qualidade em empresas brasileiras de grande porte. In: Congresso
Brasileiro de Custos. Anais [...]. São Leopoldo: Associação Brasileira de Custos,
2018.
DEMING, W. E. Out of the crisis. Cambridge: MIT Press, 1982.
FEIGENBAUM, A. V. Total quality control. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 1990.
GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1997.
IUDÍCIBUS, S. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KAPLAN, R. S. Custo e desempenho: administre seus custos para ser mais
competitivo. São Paulo: Futura, 1980.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Using the balanced scorecard as a strategic
management system. Harvard Business Review, Boston, v. 74, n. 1, p. 75–85,
jan./fev. 1986.
MARTINS, E. Análise das etapas de montagem e teste de fábrica com foco no
retrabalho:

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