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A Cidade do Empreendimento Virando o Planejamento de Ponta

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A Cidade do Empreendimento Virando o Planejamento de Ponta-Cabecga: Baltimore, Hong Kong, Londres (1975-1987) Houve um momento, no decorrer da década de 70, em que o movimento urbanistico comegou a plantar bananeira e a virar do avesso; pareceu mesmo, por vezes, durante os anos 80, estar à beira da autodestruição. O planejamento convencional, a utilização de planos e regulamentos para guiar o uso do solo pareciam cada vez mais desacreditados. Em vez disso, o planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajé-lo por todos os meios possiveis ¢ imagindveis. Cidades, a nova mensagem soou em alto e bom som, eram méquinas de produzir riqueza; o primeiro e principal objetivo do planejamento devia ser o de azeitar a mdquina. O planejador foi-se confundindo cada vez mais com seu tradicional adversdrio, o empreendedor; o guarda-caga transformava-se em cagador furtivo. Em parte alguma isso ficou tão evidente como na Inglaterra; talvez por um desses atos de justiga tipicos dos antigos dramalhdes, tenha cabido 2 terra que dera vida ao movimento servir também de palco a seus últimos estertores aparentes. Mas a origem de toda essa reversão estd nos Estados Unidos, onde o planejamento regulamentador nunca fora realmente forte ¢ o hdbito do desenvolvimento, a tradição da livre iniciativa sempre haviam predominado. A causa-raiz foi econdmica. O planejamento convencional do uso do solo florescera no grande boom dos anos 50 e 60, talvez o mais longo perfodo de crescimento conlf_nuo que a economia capitalista jamais conheceu. Isso porque servira como meio para dirigir ¢ controlar o explosivo crescimento físico. A grande recessão das décadas de 70 e 80 acarretou uma mudança na natureza do problema básico observado, objeto do planejamento, ameaçando, assim, a pró-
O ChatGPT disse:
O trecho que você trouxe discute uma transformação profunda na prática do planejamento urbano entre os anos 1970 e 1980, usando Baltimore, Hong Kong e Londres como exemplos. Aqui está um resumo detalhado e organizado para facilitar a compreensão:
1. Contexto Histórico
· Nos anos 1970, o planejamento urbano tradicional começou a ser questionado.
· O uso de planos e regulamentos para controlar o crescimento das cidades parecia cada vez mais ineficaz.
2. Mudança de Paradigma
· Em vez de controlar o crescimento urbano, o planejamento passou a encorajá-lo de qualquer maneira possível.
· As cidades passaram a ser vistas principalmente como máquinas de produzir riqueza.
· O papel do planejador começou a se confundir com o do empreendedor, invertendo funções tradicionais:
· Antes: planejador = regulador, empreendedor = desenvolvedor.
· Agora: planejador muitas vezes promovia o desenvolvimento em vez de contê-lo.
3. Evidência Regional
· Inglaterra: fenômeno evidente, mas curioso porque foi a "terra que deu vida ao movimento" e também seu palco de declínio.
· Estados Unidos: origem do movimento, onde o planejamento regulatório nunca foi tão forte e a tradição de livre iniciativa predominava.
4. Causa da Mudança
· A raiz era econômica:
· O planejamento convencional prosperou durante o boom econômico dos anos 1950 e 1960, auxiliando a controlar o crescimento físico rápido das cidades.
· Com a recessão das décadas de 1970 e 1980, os problemas mudaram, e o planejamento precisava lidar com uma nova realidade econômica, não apenas com o crescimento físico.
Em resumo, o texto descreve a transição do planejamento urbano do controle para a promoção do crescimento econômico, motivada por crises econômicas e mudanças sociais, com efeitos distintos em diferentes países. O planejador deixa de ser um fiscalizador e passa a atuar como facilitador do mercado.
Se você quiser, posso fazer uma versão ainda mais condensada, como se fosse um mapa mental ou resumo visual, para facilitar a memorização desse trecho. Quer que eu faça isso?
Você disse:
vou colar aos poucos e conforme isso vc resume cada parte colada ok
O ChatGPT disse:
Perfeito! Pode colar a primeira parte, e eu faço o resumo detalhado dela antes de você colar a próxima.
Você disse:
faz dessa que colei agora
O ChatGPT disse:
Perfeito! Aqui está o resumo detalhado da parte que você colou:
Resumo – “A Cidade do Empreendimento” (trecho 1975-1987)
1. Crise do Planejamento Urbano Convencional
· Durante os anos 70, o planejamento urbano começou a perder credibilidade.
· O modelo tradicional, baseado em planos e regulamentos para controlar o uso do solo, mostrava-se cada vez menos eficaz.
2. Mudança de Função do Planejamento
· O planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajá-lo por todos os meios possíveis.
· A cidade passou a ser vista como uma máquina de produzir riqueza, e o objetivo principal do planejamento tornou-se “lubrificar” essa máquina.
3. Confusão de Papéis
· O planejador, antes regulador, começou a se confundir com o empreendedor, incentivando o desenvolvimento em vez de fiscalizá-lo.
· Expressão usada: “o guarda-carga transformava-se em cagador furtivo” — simbolizando a inversão de funções.
4. Diferenças Regionais
· Na Inglaterra, essa mudança tornou-se muito visível; o país foi tanto origem quanto palco do declínio do modelo tradicional.
· Nos Estados Unidos, o planejamento regulatório nunca fora forte; prevalecia a tradição da livre iniciativa e o hábito do desenvolvimento.
5. Causa Econômica
· O planejamento convencional prosperou nos anos 50 e 60, durante o boom econômico, como ferramenta de controle do crescimento urbano explosivo.
· A recessão das décadas de 70 e 80 mudou o problema básico que o planejamento deveria resolver, exigindo novas abordagens.
Se quiser, posso também fazer uma versão ainda mais enxuta, em 3-4 linhas, que captura só a essência do texto.
Quer que eu faça?
Você disse:
pria legitimidade deste. O golpe com que atingiu a cconomia britdnica foi sobremancira rude, pondo a nu profundas debilidades estruturais; grande parte da basc manufaturcira do pafs desapareceu, ocasionando a perda de 2 milhões de empregos fabris só entre 1971 ¢ 19811, Uma nova geografia emergiu, pondo em contraste as fircas intra-urbanas decadentes — que agora inclufam não só velhos casos problemdticos, como Glasgow ¢ Liverpool, mas as outrora orgulhosas sedes da manufatura, como Londres ¢ Birmingham — com os corredores de alta tecnologia, a'nda em expansio, da Inglaterra meridional?, Desenvo.vimento paralelo ocorreu nos Estados Unidos. Ali, também, as regides industriais tradicionais — Nova Inglaterra, a Costa Adlintica Centl ¢ sobretudo o Centro-Ocste — foram, como as de ultramar, atacadas pelos mesmos virus da concorréncia, da queda nos lucros ¢ da reestruturagio. O cinturdio fabril da nação viu-sc agraciado com um novo cpiteto por parte da mídia: Bacia Enferrujada. Barry Bluestone ¢ Bennett Harrison, em seu livro dramaticamente intitulado The Deindustrialization of America, estimavam que, durante os anos 70, o efeito combinado de indútrias em fuga, fechamento de fibricas ¢ permanentes redugdes fisicas teriam custado ao país nada menos que 38 milhdes de empregos. E de um total calculado de 35 milhdes de empregos perdidos entre 1969 ¢ 1976, mais da metade situava-se no chamado cinturão congelado: em outras palavras, no coração mesmo da região industrial’. Plancjadores e scus Ifderes polfticos urbanos foram pegos de surpresa. Haviam-se esquecido de sua histéria. Como obscrvamos no Capftulo 5, Clarence Stein, o visiondrio fundador da Regional Planning Association of America ¢ projetista de Radburn, predissera a decadéncia da cconomia urbana num notdvel artigo de maio de 1925, intitulado **Dinosaur Cities""*, Colin Clark, economista igualmente perspicaz, previra correlamente a retração geral do emprego na indistria, em seu livro The Conditions of Economic Progress, de 1940%. Nenhum deles merecera muita atenção. Scu azar foi estarem muito à frente dos colegas. Mas houve muito mais. Durante os anos 70, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos, os redutos do pensamento ncoconservador — o British Centre for Policy Studics, a American Heritage Foundation — comegarame interpretação do trecho que você trouxe, focando nos temas centrais sobre o planejamento urbano:
1. Fragilidade do planejamento diante de mudanças políticas
· O trecho começa mostrando uma medida específica: uma regra mais flexível que eliminaria a necessidade de monitorar a qualidade agrícola para solos de menor valor, indicando desregulamentação direcionada.
· A metáfora “mordida de cão não é tão forte quanto o latido” sugere que, embora o governo fosse radical e “barulhento” (latido), na prática suas ações tiveram impacto limitado sobre a essência do planejamento.
2. Persistência do planejamento
· O texto afirma claramente que o planejamento não desaparecerá nem se despolitizará, mesmo sob governos de direita.
· Comparação com o Abade Sieyès: assim como a influência de Sieyès sobreviveu a revoluções passadas, o planejamento urbano sobrevive às pressões políticas e econômicas, ainda que transformado.
3. Transformações do planejamento tradicional
· Sofreu abalo profundo em sua própria base, tornando-se:
· Reativo: age principalmente em resposta a problemas, não como motor de inovação.
· Artesanal e antiintelectual: distanciamento da abordagem científica ou estratégica.
· Enquanto isso, o setor acadêmico se “retira para a torre de marfim”, indicando um distanciamento entre teoria e prática.
4. Novos desafios urbanos
· O planejamento enfrenta problemas para os quais seus profissionais não foram preparados, como:
· Declínio econômico-estrutural das cidades
· Reconstrução de uma nova economia sobre bases industriais em ruínas
· Além disso, enfrenta “a volta da ralé urbana”: a massa urbana marginalizada, pobre e hostil, que se tornou um problema social e político legítimo devido à própria existência do planejamento.
5. Interpretação geral
· Mesmo enfraquecido e limitado, o planejamento continua necessário e politicamente relevante, mas:
· Tornou-se menos visionário, mais técnico e defensivo
· Deve lidar com desafios econômicos e sociais complexos, incluindo pobreza urbana e marginalização
· A metáfora final (“à espera do lado de fora dos portões”) sugere que as consequências sociais do planejamento são tangíveis e urgentes, pressionando os planejadores a agir sob condições difíceis.
Se você quiser, posso fazer um resumo de todo o panorama do planejamento urbano na Inglaterra e nos EUA nos anos 1980, unindo os trechos anteriores que você me forneceu, mostrando política, economia e participação popular de forma visual e cronológica. Isso facilitaria muito a compreensão da evolução histórica.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
pronto agora quero que vc monte de todos juntos
O ChatGPT disse:
Perfeito! Vou organizar todo o conteúdo que você trouxe em um resumo contínuo, estruturado de forma cronológica e temática, destacando políticas, exemplos práticos, impactos econômicos e sociais, e a evolução do planejamento urbano.
Resumo Integrado: Planejamento Urbano e Zonas de Empreendimento – Inglaterra e EUA (décadas de 1980)
1. Zonas de Empreendimento na Inglaterra
· A ideia inicial surgiu a partir de debates acadêmicos sobre como pequenas empresas, mais ágeis, poderiam se adaptar às mudanças do mercado mundial.
· Peter Hall, cético quanto às possibilidades de ação, teve sua proposta adotada parcialmente pelo governo conservador britânico em 1980.
· Foram criadas 15 zonas empresariais, incluindo a Isle of Dogs, nas Docklands londrinas.
· Objetivo: simplificar planejamento físico e oferecer concessões fiscais.
· O resultado real foi modesto:
· Investimento público: £132,9 milhões
· Empregos criados: 8.000 (três quartos provavelmente teriam surgido mesmo sem as zonas)
· Exceção: Canary Wharf, que atraiu 46.000 empregos em escritórios, através de investimento privado massivo.
Lição: o esquema foi radical no conceito, mas limitado na prática; ideias inovadoras foram incorporadas de forma a se tornarem “inofensivas”.
2. Influência e Experiência nos EUA
· A administração Reagan apoiou conceitos semelhantes, embora não sancionados como lei federal.
· 26 estados criaram mais de 1.400 zonas de empreendimento local, com investimento de empresas privadas superior a $147 milhões, gerando cerca de 7.000 empregos.
· Estratégia indireta: permitir imigração ilegal massiva em cidades como Houston e Los Angeles, aumentando a disponibilidade de mão de obra barata.
· Modelo de alavancagem do setor privado:
· Exemplo: Boston – $2,7 milhões de subvenção federal atraíram seis vezes mais investimento privado.
· Urban Development Action Grant (UDAG): exigia que fundos privados fossem pelo menos 2,5 vezes maiores que os públicos.
Resultados nos EUA:
· Até 1983, 929 comunidades atraíram mais de 3 bilhões de dólares em projetos.
· Criação de 411.000 empregos permanentes, 55% para pessoas de baixa ou média renda.
· Benefício adicional: revitalização urbana com participação popular.
3. Transformações no Planejamento Britânico
· Governo Thatcher (1979-1980s) desmantelou sistemas estratégicos de planejamento:
· Conselhos Regionais de Planejamento Econômico encerraram atividades.
· Lei de Planejamento de 1980 transferiu poderes de condados para distritos, enfraquecendo planos de estrutura.
· 1986: proposta de eliminar completamente o planejamento em nível de condado; abolido o Conselho da Grande Londres.
· Resultado: planejamento tornou-se:
· Reativo, antiintelectual e fragmentado
· Profissionais perderam vínculo com universidades e politécnicos; faculdades de urbanismo fecharam.
· Ciclo histórico: após décadas de crescimento e estagnação, o planejamento se adapta, mas enfrenta distanciamento acadêmico e político.
4. Persistência e Desafios Contemporâneos
· Planejamento sobrevive, porque a população avançada demanda cada vez mais qualidade de ambiente.
· Participação popular crescente: organizações voluntárias, inquéritos públicos, defesa do próprio espaço urbano.
· Governo Thatcher tentou liberar empreendedores das restrições, mas enfrentou forte oposição local (ex.: Berkshire Central, Essex).
· Novos desafios:
· Reconstrução da economia urbana pós-declínio industrial
· Gestão da pobreza e marginalização urbana (“ralé urbana”)
· Necessidade de inovar em políticas para empregos e reurbanização
Conclusão:
O planejamento urbano não desapareceu nem se despolitizou. Tornou-se mais técnico, defensivo e fragmentado, enquanto enfrenta problemas econômicos, sociais e políticos que exigem soluções para os quais seus profissionais historicamente não estavam preparados.
Se você quiser, posso fazer agora uma versão visual ou esquema resumido, mostrando linha do tempo, políticas, resultados econômicos e impactos sociais, que deixaria o panorama muito mais fácil de estudar e memorizar.
Quer que eu faça esse esquema visual?
Você disse:
docklands
O ChatGPT disse:
Perfeito! Vamos detalhar o caso das Docklands dentro do contexto que você trouxe:
Docklands – Londres: Transformação Urbana nos anos 1980
1. Contexto Inicial
· Área portuária abandonada e degradada no leste de Londres.
· Forte declínio industrial e desemprego significativo.
· Tradicionalmente, áreas portuárias eram centros de emprego; com o fechamento dos portos, surgiram problemas sociais e econômicos graves.
2. Criação da Zona de Desenvolvimento – LDDC
· LDDC (London Docklands Development Corporation) criada pelo governo Thatcher em 1981.
· Objetivo: revitalizar a região com investimentos privados alavancados por fundos públicos limitados.
· Estrutura:
· Incentivos fiscais e redução de regulamentações.
· Planejamento simplificado, com foco na atratividade para empresas privadas.
· Ausência de medidas radicais de estímulo à inovação local, como liberdade de migração ou incentivos a empreendedores imigrantes.
3. Resultados e Impactos
· Modesto impacto inicial:
· Custos públicos relativamente baixos, mas geração de apenas alguns milhares de empregos diretos.
· Distribuição desigual: a Isle of Dogs, zona mais conhecida, não foi inicialmente a mais beneficiada.
· Investimentos privados transformadores:
· Exemplo: Canary Wharf, projeto de escritórios liderado por consórcio norte-americanoe canadense, gerou cerca de 46.000 empregos.
· Método inspirado em experiências americanas:
· Uso de fundos públicos para alavancar investimentos privados, técnica semelhante à UDAG nos EUA.
4. Críticas e Limitações
· Esquema criticado por:
· Não criar empregos equivalentes aos perdidos na indústria tradicional.
· Concentrar investimentos em grandes escritórios e setores comerciais, nem sempre beneficiando moradores locais.
· Falta de estímulo à inovação empresarial local.
5. Legado
· Docklands se tornou símbolo de reurbanização através do investimento privado.
· Exemplo clássico de:
· Transferência de risco para o setor privado.
· Planejamento urbano simplificado e reativo.
· Desenvolvimento desigual, com grande impacto econômico concentrado em poucos projetos.
Se você quiser, posso montar uma linha do tempo visual das Docklands, mostrando criação da LDDC, principais projetos e impactos econômicos, para facilitar estudo ou apresentação.
Quer que eu faça essa linha do tempo?
Você disse:
resuma todos pfv
O ChatGPT disse:
Claro! Aqui está um resumo consolidado de todo o texto que você enviou sobre Docklands, planejamento urbano e políticas de desenvolvimento:
Resumo: Docklands e Políticas de Planejamento Urbano (1980s)
1. Contexto e Problemas
· As Docklands eram áreas portuárias degradadas em Londres, com alto desemprego devido ao declínio industrial.
· Governos anteriores tentaram políticas de planejamento estratégico, mas a região permanecia economicamente estagnada.
2. Criação da LDDC (London Docklands Development Corporation)
· Criada pelo governo Thatcher em 1981 para revitalizar a região.
· Objetivo: atrair investimentos privados usando fundos públicos limitados.
· Estratégia: simplificação do planejamento urbano, incentivos fiscais e menor regulamentação.
· Limitações: pouco estímulo à inovação local e à migração de mão de obra.
3. Resultados
· Inicialmente, o impacto foi modesto:
· Alguns milhares de empregos criados, a maioria em áreas que teriam se desenvolvido mesmo sem o programa.
· Projetos maiores, como Canary Wharf, criaram dezenas de milhares de empregos, demonstrando o efeito da alavancagem do setor privado.
· Inspirado em experiências americanas (UDAG), que também usavam fundos públicos para multiplicar investimentos privados.
4. Críticas
· O programa não conseguiu substituir os empregos perdidos na indústria tradicional.
· Benefícios concentrados em grandes projetos comerciais.
· Planejamento urbano passou a ser reativo e antiintelectual, enquanto acadêmicos se afastavam da prática.
5. Legado
· Docklands se tornou símbolo de revitalização urbana através de investimentos privados.
· Mostra as limitações do planejamento centralizado e o papel crescente do setor privado no desenvolvimento urbano.
· O planejamento urbano não desapareceu, mas tornou-se mais político, reativo e especializado, enfrentando desafios econômicos e sociais complexos, como a desigualdade e a exclusão de populações locais.
Se quiser, posso transformar esse resumo em uma versão ainda mais enxuta em 5-6 linhas, ótima para estudo rápido ou apresentação.
Quer que eu faça isso?a pôr em xeque todo aquele cômodo consenso que produzira a polflica ccondmica keynesiana e a polftica social da previdéncia estatal. Ao aceitar os primeiros argumentos dos cldssicos no géncro, crigidos, agora, em textos sagrados — como o trabalho de Hayck, The Road to Serfdom (O Caminho da Serviddo), por exemplo, então no scu 38° ano de vida -, o plancjamento tornou-se, cle préprio, parte central do pacote de polfticas visado por csses ataques. Desvirtuara e inibira — assim alcgava a dircita radical - a
O ChatGPT disse:
Perfeito! Aqui está o resumo detalhado do novo trecho que você colou:
Resumo – Impactos econômicos e políticos sobre o planejamento urbano (anos 70)
1. Choque Econômico na Inglaterra
· A economia britânica sofreu um golpe severo, revelando fragilidades estruturais.
· Grande parte da base manufatureira desapareceu, com perda de 2 milhões de empregos fabris entre 1971-1981.
· Surgiu uma nova geografia econômica:
· Áreas decadentes: Glasgow, Liverpool, Londres, Birmingham (antigas sedes industriais).
· Corredores de alta tecnologia em expansão no sul da Inglaterra.
2. Paralelo nos Estados Unidos
· Regiões industriais tradicionais (Nova Inglaterra, Costa Atlântica Central, Centro-Oeste) sofreram desindustrialização, com indústrias fechando ou relocando.
· Surgiu o termo “Rust Belt” (Cinturão Enferrujado) para descrever essas áreas.
· Estimativa de perdas nos anos 70: 38 milhões de empregos perdidos devido a indústrias em fuga, fechamento de fábricas e redução de mão de obra.
3. Surpresa dos planejadores e líderes políticos
· Muitos não anteciparam o colapso industrial urbano, apesar de Clarence Stein (1925) e Colin Clark (1940) terem previsto declínios econômicos urbanos e industriais.
· Suas previsões foram ignoradas por estarem à frente de seu tempo.
4. Mudança ideológica
· Nos anos 70, instituições neoconservadoras na Inglaterra e EUA (British Centre for Policy Studies, American Heritage Foundation) começaram a questionar o consenso keynesiano e as políticas sociais do Estado.
· O planejamento urbano passou a ser alvo de críticas ideológicas, acusado de desvirtuar e inibir a economia, integrando-se ao debate sobre políticas liberais e clássicas.
Se você quiser, posso combinar os dois trechos que você já colou em um resumo contínuo, mostrando a linha de evolução do planejamento urbano do controle à promoção do crescimento, e depois ao impacto da crise econômica e ideologia.
Quer que eu faça isso agora?
Você disse:
nao combina quero que faça pagina por pagina ok
O ChatGPT disse:
Perfeito! Então vamos continuar página por página. 😊
O resumo da página que você acabou de colar já está pronto (veja acima). Pode colar a próxima página que eu faço o resumo dela do mesmo jeito.
Você disse:
CIDADES DO AMANHÃ operação das forças de mercado, forçando os industriais a tomarem decisões subotimais de localização, e até estrangulando a livre empresa. Fora, pelo menos em parte, responsável pelo colapso de cidades e regiões morosas em gerar o aparecimento de novas indústrias que substituíssem as decadentes. Nesse sentido, as objeções levantadas ao planejamento regional foram particularmente cabíveis; mas — apesar das ressalvas do próprio Hayek quanto ao escopo de seu ataque — o planejamento do uso do solo não escapou à censura. As primeiras advertências, porém, chegaram muito antes dessa crítica de base; fizeram-se ouvir em fins da década de 60. Nos Estados Unidos, a administração Johnson redobrava seus programas urbanos contra a pobreza após as desordens de 1964-1967. Daí resultou o Programa de Cidades-Modelo a que se associou o Programa de Urbanização Comunitária (Capítulo 8). Por toda a parte, na Inglaterra, uma série de relatórios — o de Milner Holland (1965) sobre a habitação em Londres, o de Plowden (1967) sobre escolas primárias, o de Seebohm (1968) sobre servigos sociais — marcaram a redescoberta oficial da pobreza por parte do establishment britânico. Perspicazes comentadores acadêmicos como David Eversley — trazido da universidade para encabeçar o planejamento estratégico de Londres — começaram a alertar para o declínio ominoso da base econômica londrina®, O tristemente famoso discurso de Enoch Powell, em abril de 1968, sobre o problema da tensão racial nas cidades, no qual ele lembrava as águas do Tibre tintas de sangue, provocou uma imediata e pânica resposta política por parte do então governo trabalhista de Wilson: um programa urbano que iria prestar particular ajuda a áreas com-altas concentrações de imigrantes — ou, segundo o eufemismo oficial, áreas particularmente carentes”. Os Community Development Projects (Projetos de Urbanização Comunitária) de 1969, cópia carbono do programa norte-americano, visavam a despertar a consciência das comunidades carentes locais, Algumas das cquipes do projeto, impregnadas de uma juvenil verve marxista, entregaram-se ao trabalho com tamanho entusiasmo que acabaram indo de cabeça contra as burocracias locais ¢, em 1976, 0 experimento todo cessava abruptamente®. Ocorreu, no entanto, uma rara iroria histórica. A mensagem das equipes CDP proclamava que o problema — de lugares como Saltley em Birmingham, Benwell em Newcastle-upon-Tyne — era “estrutural”'; uma nova palavra, em voga na universidade, entrara para o vocabulário urbanístico, Forças maiores, na crepuscular economia capitalista — sobretudo a crescente concentração de capital num número cada vez menor de mãos monopolizadoras —, estavam transferindo o controle de firmas e indústrias dos administradores locais para as salas de reunião de empresas multinacionais cada vez mais
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo detalhado da página que você acabou de colar:
Resumo – Cidades do Amanhã: planejamento urbano e pobreza (anos 60-70)
1. Críticas ao planejamento urbano
· O planejamento regional e do uso do solo foi acusado de estrangular a livre empresa e de contribuir para o colapso de cidades e regiões industriais decadentes.
· A crítica ideológica ganhou força com economistas como Hayek, que alertavam sobre os efeitos negativos da intervenção estatal.
2. Primeiros sinais de alerta (final dos anos 60)
· Nos EUA, a administração Johnson ampliou programas urbanos contra a pobreza (1964-1967):
· Programa de Cidades-Modelo
· Programa de Urbanização Comunitária
· Na Inglaterra, relatórios oficiais redescobriram a pobreza urbana:
· Milner Holland (1965) – habitação em Londres
· Plowden (1967) – escolas primárias
· Seebohm (1968) – serviços sociais
3. Planejamento estratégico e alertas econômicos
· Acadêmicos como David Eversley alertaram sobre o declínio da base econômica de Londres.
· O discurso de Enoch Powell (1968) sobre tensão racial provocou uma resposta política imediata, levando a programas urbanos focados em áreas carentes e comunidades de imigrantes.
4. Community Development Projects (CDP, 1969-1976)
· Inspirados nos EUA, buscavam despertar consciência comunitária em bairros pobres.
· Muitas equipes, motivadas por ideais marxistas, entraram em conflito com burocracias locais; o programa foi encerrado em 1976.
5. Ideia de problemas “estruturais”
· Surgiu o conceito de que os problemas urbanos eram estruturais, ligados à economia capitalista global:
· Concentração de capital em poucas mãos
· Transferência de controle das empresas dos administradores locais para multinacionais
· Isso indicava que os problemas locais não poderiam ser resolvidos apenas por políticas municipais ou planejamento tradicional.
Se você quiser, posso continuar a manter o padrão página por página, resumindo cada bloco do texto com clareza e separando contexto histórico, crítica, iniciativas e conceitos-chave, como fiz até agora.
Pode colar a próxima página que eu faço o resumo.
Você disse:
distantes. Foi essa conclusão, com sua implicagio de que não era dentro dos limites do sistema capitalista que se iria achar uma solução, o que tornou a mensagem tão inaceitdvel para a atuante lideranga politica das cidades, ou para o Ministério do Interior da Gri- Bretanha. A primcira ironia foi que, uma década mais tarde, uma nova geraçãode politicos nas prefeituras iria concordar calorosamente com cla. A segunda que, mesmo antes de isso acontecer, a noção de declinio estrutural tomara-sc parte do pensamento institucionalmente aceito. O vefculo foi, de certa forma, insólito. Em 1972, Peter Walker, secretdrio de Estado para o Meio Ambiente na administragio dos conservadores, havia indicado trés das mais antigas firmas de consultoria britdnicas para investigarem em profundidade os problemas de trés dreas intra-urbanas carentes. Publicados simultancamen'e no verão de 1977, seus relatérios finais sublinhavam a mesma conclusão: a privação já não era uma questio de individuos ou famflias cafrem abaixo da linha da miséria; ao contrário, tornara-se um caso de faléncia da economia urbana por inteiro”. O governo, agora trabalhista, escutou a mensagem: num Livro Branco de 1977 ¢ na Lei de 1978 sobre 4reas intra-urbanas, a énfase da polftica intra-urbana foi macigamente desviada para o ressurgimento ccondmico. Doravante, as dreas intra-urbanas iriam dar alta prioridade ao novo desenvolvimento industrial; recursos bdsicos do governo seriam desviados das novas cidades para ajudar os municipios; o programa urbano seria macigamente expandido; e parcerias entre o govemo central ¢ o local scriam introduzidas em algumas das dreas mais duramente atingidas das cidades mais importantes. A principio, a inteira extensão da mudanga passou despercebida. Burocracias existentes espanavam de programas existentes o pó que eles haviam apanhado nas gavetas. E esses programas refletiam responsabilidades ¢ preocupagdes tradicionais: um centro de lazer aqui, um trecho de paisagem acold. Mas quando a década de 70 foi substituida pela de 80 e as economias . tra-urbanas continuaram em sangria desatada, a tonica mudou de lugar. Por esse tempo, quase todas as autoridades tinham escritérios de desenvolvimento ccondmico sob vários nomes, servidos por um novo tipo de funcionário público local''. Por vezes, cram planejadores os que assumiam esses cargos, jd agora conscientes, porém, de que lhes cumpria reverter scus papéis tradicionais. A orientação ¢ o controle do crescimento, tradicionais preocupagdes do sistema britdnico de plancjamento cstatutdrio desde 1947, foram repentinamente substituidos pela obsessão de encorajar o crescimento a qualquer custo; o debate politico passou, por conseguinte, a centrar-se em como fazer isso o melhor possivel.
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo detalhado da página que você acabou de colar:
Resumo – Reconhecimento do declínio estrutural e mudança de política urbana (anos 70)
1. Conclusão sobre problemas estruturais
· A análise de áreas urbanas carentes indicou que a privação não era apenas individual, mas resultado do colapso da economia urbana como um todo.
· Isso foi política e ideologicamente difícil de aceitar para a liderança política ativa das cidades e para o Ministério do Interior britânico.
2. Ironias históricas
· Década depois, uma nova geração de políticos municipais acabou concordando com essas conclusões.
· Antes disso, o conceito de declínio estrutural já havia se tornado parte do pensamento institucional aceito.
3. Estudos e relatórios oficiais
· Em 1972, Peter Walker (Secretário de Estado para o Meio Ambiente) indicou consultorias britânicas para investigar três áreas urbanas carentes.
· Relatórios finais (1977) concluíram que a pobreza era problema da economia urbana, não de indivíduos/famílias.
4. Mudança nas políticas governamentais
· Governo trabalhista reagiu:
· Livro Branco de 1977 e Lei de 1978: foco no ressurgimento econômico das áreas urbanas.
· Prioridade ao novo desenvolvimento industrial.
· Redirecionamento de recursos do governo central para municípios afetados.
· Introdução de parcerias central-local em áreas críticas.
5. Transformação da burocracia e do planejamento
· Inicialmente, a mudança passou despercebida; programas antigos continuavam sendo burocraticamente geridos.
· Ao longo dos anos 80, com a continuação da crise econômica urbana, surgiram:
· Critérios claros de desenvolvimento econômico.
· Novos funcionários públicos focados em estimular o crescimento.
· Planejadores tradicionais precisaram mudar o papel de controle do crescimento para a promoção do crescimento a qualquer custo.
· O debate político passou a se centrar em como estimular o crescimento da forma mais eficaz possível.
Se quiser, posso continuar mantendo o mesmo estilo página por página, destacando contexto histórico, políticas, ideologia e transformações institucionais.
Pode colar a próxima página.
Você disse:
A ROUSIFICAGAO DA AMERICA A essa altura, alguns plancjadores e polfticos britdnicos começaram a olhar para o outro lado do Atlantico. Pois em fins dos anos 70, segundo a sonora mensagem que vinha dessas bandas, as cidades norte-americanas haviam encontrado uma férmula mdgica. Numa tfpica reunido anglo-norte-americana de alto nivel, o inglés sisudo projetaria slides, mostrando a drida desolagdo da Liverpool intra-urbana; já os exuberantes norte-americanos viriam com fotos de um vibrante centro comercial de Boston, cheio de vida, cor e excitação; mais — o que nem é preciso dizer — explosdo de vendas e expansio de cmpregos'®. A receita mégica para a revitalizagio urbana - a palavra-isca norte-americana que passou a circular em todas essas reunides — parecia consistir num novo tipo de parceria criativa, expressdo incessantemente utilizada pelos norte-americanos, entre o governo municipal e o setor privado, parceria a ser condimentada por uma judiciosa subvengdo vinda de Washington, à qual poucas amarras — se comparada 2 ajuda fornecida por Whitehall às cidades britdnicas — eram impostas. ‘Tinha-se, igualmente, ao que parece, chegado 2 clara percepgio de que haviam findado os dias da economia manufatureira, e que a grande safda seria encontrar ¢ criar uma nova função, como área útil, para a cidade-base. Manadas de entediados suburbanitas viriam até uma cidade restaurada que lhes oferecesse uma qualidade de vida que eles jamais poderiam encontrar numa rua de lojas. Yuppies, ou Jjovens profissionais urbanos — a palavra comegou a circular no infcio dos anos 80 -, elitizariam as degradadas freas residenciais vitorianas préximas do centro e injetariam scus d6lares em butiques, bares ¢ restaurantes restaurados. Por fim, a cidade restaurada tornar-se-ia cfetivamente importante atração para turistas que proveriam o municfpio de uma nova base econdmica. Essa a férmula que já havia ressuscitado a orla maritima de Boston € que estava, naquele exato momento, transformando o Inner Harbor (Cais Interno) de Baltimore — os dois grandes exemplos patentes da revitalização urbana em sua primeira fase. Visto mais de perto, o fato, naturalmente, assume maior complexidade. Ambas as cidades, que comegaram a experimentar o declinio urbanojá nos anos 50, estavam trabalhando sobre o problema desde essa época — duas décadas antes de suas equivalentes britdnicas. Ambas, na década de 60, haviam caminhado para uma urbanização empresarial do tipo escritério central, inteiramente convencional: de certo modo, uma férmula mais fécil para clas do que para suas equivalentes britdnicas, visto que ambas eram centros comerciais estabelecidos de longa data, e Boston abrigava precipuamente instituigdes financeiras. Ambas haviam, em seguida,
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo detalhado da página que você acabou de colar:
Resumo – A revitalização urbana nos EUA e o impacto na visão britânica (final dos anos 70)
1. Observação britânica das cidades americanas
· Planejadores e políticos britânicos começaram a olhar para os EUA em busca de soluções para o declínio urbano.
· Em reuniões anglo-norte-americanas, contrastava-se:
· Liverpool: áreas intra-urbanas desoladas.
· Boston: centro comercial vibrante, com movimento, cor e empregos em expansão.
2. “Receita mágica” da revitalização urbana
· Baseada em parcerias criativas entre governo municipal e setor privado, com subvenções federais flexíveis (menos restritivas que o apoio britânico de Whitehall).
· Reconheceu-se o fimda economia manufatureira e a necessidade de criar novas funções urbanas:
· Restaurar áreas urbanas para atrair suburbanos e jovens profissionais urbanos (yuppies).
· Transformar bairros degradados em espaços comerciais e residenciais atrativos.
· Tornar a cidade atração turística e gerar nova base econômica.
3. Exemplos concretos
· Boston – Waterfront: revitalização da orla marítima.
· Baltimore – Inner Harbor: transformação do cais interno.
· Ambos os casos mostram uma primeira fase de revitalização urbana, iniciada bem antes das experiências britânicas, desde os anos 50 e 60.
4. Contexto histórico das cidades americanas
· Boston e Baltimore enfrentavam declínio urbano desde os anos 50.
· Na década de 60, já haviam adotado urbanização empresarial e centros de escritórios, facilitando a aplicação da nova estratégia de revitalização.
· Boston destacava-se como centro financeiro consolidado, o que tornava a transformação mais viável do que nas cidades britânicas com histórico industrial semelhante.
Pode colar a próxima página que eu continuo com o mesmo estilo de resumo página por página.
Você disse:
enxertado nas grandes reurbanizações costeiras das suas áreas derrelitas de porto interno, que envolviam a combinação então recente dos edifícios restaurados do armazém e do mercado, lojas, bares, restaurantes e hotéis, e a restauração de antigas áreas residenciais. E em ambas as cidades, o agente-chave em ação foi o mesmo. James Rouse já era célebre, em fins dos anos 60, como o empreendedor de Baltimore que construíra Colúmbia, uma das mais ambiciosas novas cidades construídas pela iniciativa privada nos Estados Unidos da época. Através de sua liderança no Comitê para a Grande Baltimore, grupo financeiro de elite organizado em 1956, vira-se ele igualmento envolvido na revitalização do centro de Baltimore desde sua fase inicial: os 33 acres do Charles Center, complexo de escritórios, centro de lojas, hotel e apartamentos residenciais, começaram a tomar forma a partir de fins dos anos 50. Curiosamente esse projeto desenvolveu-se sob a legislagio de remodelação urbana de 1949 ¢ 1954, e em quase todos os aspectos obedecia ao modelo fixado por Pittsburgh e Filadélfia (Capftulo 7): uma nova e radical elite financeira tomava efetivamente posse da cidade, liderando uma coalização pró-crescimento que habilmente manipulou o apoio público e combinou fundos federais e privados para promover uma urbanização comercial em grande escala”. Não havia nada de muito novo no fato; dúzias de cidades estavam fazendo ou tentando fazer o mesmo. Mas o papel desempenhado por Rouse no Inner Harbor de Baltimore e nos esquemas equivalentes do Quincy Market (Mercado Quincy) e do Boston Waterfront (Orla Marítima de Boston) assinalava algo diferente. Estes esquemas eram maiores — 250 acres em Baltimore — e incorporavam uma nova combinação de atividades: recreação, cultura, compras, habitação para moradores de renda mista. Baseavam-se, também, no cntão novo conceito de reutilização adaptável: recuperação e reciclagem de antigas estruturas físicas para novos usos", Envolviam um desempenho público relativamente muito maior e um maior comprometimento federal: 180 milhões de dólares no caso de Baltimore, contra 58 milhões do município e apenas 22 milhões do setor privado. Assim, o subvencionamento federal, conjugado com uma nova visão de investimento em empreendimento lucrativo por parte do setor público, e a cooperação entre os empreendedores do setor público e privado foram elementos decisivos da nova fórmula". É significativo que em ambas as cidades tenham sido levados a termo Por sagazes ¢ bem estabelecidos prefeitos democratas, que mantinham boas relações com os bairros - Kevin White em Boston, William Donald Schacfer em Baltimore. As urbanizações resultantes têm muito em comum com a de Covent Garden de Londres que estava sendo reciclada por essa mes-
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo detalhado da página que você acabou de colar:
Resumo – O papel de James Rouse e a nova fórmula de revitalização urbana nos EUA
1. Reurbanizações costeiras e recuperação de áreas portuárias
· Boston e Baltimore integraram edifícios restaurados de armazéns e mercados, lojas, bares, restaurantes e hotéis, além da restauração de áreas residenciais antigas.
· Esses projetos representavam a nova fase da revitalização urbana, combinando usos comerciais, culturais, residenciais e recreativos.
2. James Rouse: agente-chave
· Famoso pelo projeto da nova cidade de Colúmbia, Rouse liderou também a revitalização do Charles Center em Baltimore, iniciada nos anos 50.
· A estratégia de Rouse:
· Coalizão pró-crescimento formada por elite financeira local.
· Combinação de apoio público e fundos federais e privados.
· Modelo inspirado em projetos anteriores de Pittsburgh e Filadélfia.
3. Características inovadoras dos projetos de Boston e Baltimore
· Escala maior que projetos anteriores (ex.: 250 acres em Baltimore).
· Uso misto: recreação, cultura, compras e habitação de renda mista.
· Reutilização adaptável: antigas estruturas físicas convertidas para novos usos.
· Subvenção federal significativa:
· Baltimore: $180 milhões do governo federal, $58 milhões do município, $22 milhões do setor privado.
· Forte cooperação entre setor público e privado.
4. Liderança política local
· Projetos executados sob prefeitos democratas influentes:
· Kevin White (Boston)
· William Donald Schaefer (Baltimore)
· Prefeitos com boas relações comunitárias facilitaram implementação e sucesso das revitalizações.
5. Conexão com Londres
· Projetos como Covent Garden estavam sendo reciclados na mesma época, mostrando paralelos transatlânticos entre estratégias de revitalização urbana.
Se quiser, posso continuar resumindo a próxima página, mantendo o foco em contexto histórico, atores, políticas e estratégias urbanísticas.
Pode colar a próxima parte.
Você disse:
ma época (Capítulo 7). Suas bases são despudoradamente turísticas: Baltimore atrai 22 milhões de visitantes por ano, 7 milhões dos quais são turistas, cifra comparável à de Disneylândia. E isso fornece a chave decisiva que explica a natureza revolucionária de tais urbanizações: 0 processo de criar locais de sucesso só incidentalmente tem algo a ver com empreendimento urbanístico. Assemelha-se muito mais à direção de um teatro, com atrações em substituição contínua a fim de chamar público c mantê-lo entretido na sala de espetáculo. Não admira que talvez o mais presiigioso modelo deles todos, os 28 000 acres do Walt Disney World na Flórida, scja dirigido per ama companhia A dotada de departamentos relacionados com *"Engenharia de Imagens™ e ""Atrações”. Não me parece que recenseadores ¢ plancjadores tenham as qualidades pecessdrias para criar grandes teatros, embora possam ser utilíssimos como atores ou como dramaturgos! A rousificação de Boston ¢ Baltimore — processo agora repetido numa séric de cidades industriais norte-americanas mais antigas — envolvia, portanto, a criação deliberada da cidade-como-palco. Como ” © teatro, ela copia a vida real mas não é vida urbana de verdade: o 11:2 Baston, o Quincy Markes modelo é a espetaculosa Main Street America (Avenida America), ' que dá as boas-vindas aos visitantes na Disneylândia californiana, sancada para proteger você (como diz a frasc), salubre, segura, e sele ou oito vezes maior que uma avenida normal. A seu redor, as Tuas encantadoramente restauradas — todas yuppificadas por uma injeção maciça de fundos da HUD (Housing and Urban Development) — 1&ém exatamente a mesma qualidade: procuram parecer um trecho de filme de Disney com sua América urbana imaginária, cometendo, porém, a incongruência de serem reais.
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo detalhado da página que você colou:
Resumo – A “Rousificação” e a cidade-como-palco
1. Foco turístico e teatral
· O sucesso de Baltimore e Boston não se baseia apenas em planejamento urbano tradicional, mas na criação de destinos turísticos de grande escala.
· Baltimore atrai 22 milhões de visitantes por ano, sendo 7 milhões turistas, números comparáveisà Disneylândia.
· O processo se assemelha mais à direção de um teatro do que ao urbanismo clássico: atrações são criadas e substituídas para manter o público entretido.
2. Paralelo com Walt Disney World
· Walt Disney World (28.000 acres) exemplifica a lógica do entretenimento urbano planejado: departamentos especializados em “Engenharia de Imagens” e “Atrações” gerenciam a experiência.
· O autor sugere que planejadores e recenseadores não têm necessariamente as habilidades para criar essas experiências, podendo atuar apenas como coadjuvantes.
3. Cidade-como-palco
· A revitalização de Boston e Baltimore transformou-as em cenários urbanos espetaculares:
· Quincy Market e Inner Harbor funcionam como espaços performáticos.
· Recriam uma Main Street imaginária da América, idealizada e segura, como em um parque temático.
· Habitações restauradas e comercialmente reconfiguradas (yuppificadas com fundos HUD) dão a sensação de vida urbana, mas a experiência é controlada e artificial.
4. Crítica implícita
· Embora visualmente e economicamente bem-sucedida, a cidade-como-palco não reproduz a vida urbana real.
· O sucesso é mais sobre entretenimento, turismo e consumo do que sobre a vida cotidiana dos habitantes originais.
Se quiser, posso resumir a próxima página, que provavelmente continua explorando as implicações desse modelo urbano “teatral” e sua adoção em outras cidades.
Quer que eu continue?
Você disse:
A BATALHA EM DEFESA DAS DOCKLANDS Isso tudo foi de grande importincia par o debate na Inglaterra, . debate esse que, como cra inevitdvel, dada a escala e a natureza do problema, assumiu aspectos politicos. De fato, no fim dos anos 70, em todas as grandes cidades britdnicas, manifestava-se um novo fenémeno: cnormes extensdes de terra devoluta ou semidevoluta, marcadas pelas sombrias rufnas de fdbricas ou de armazéns demelitos, aguardavam por uma rourbanizaglio. Via de regra, essas terras eram, em sua maior parte, de domfnio publico ou semipúblico; pertenciam 13 Ba - | ou às municipalidades locais, que as haviam adquirido para esque- 1,3 Balumore, o Inner Harbor s ey Duas amostras da recuperação da drea intra-urbana norte-americana através & mas de construção viária ou habitacional, agora ameaçados por corparcena de investimentos publicos e privados, obtidos ambos com a intermedia tes nos gastos (ou, no caso dos esquemas vidrios, . por oposição po- 430 da Rouse Corporation *Rousificação” é a palavra que passa a integrar ¢ pular), ou a corporações públicas, como as autoridades das Docas, vocabulário do planejador ” .
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo da página que você colou:
Resumo – A Batalha em Defesa das Docklands
1. Contexto britânico
· Nos anos 70, as grandes cidades da Inglaterra enfrentavam vastas áreas urbanas degradadas:
· Terrenos devolutos ou semidevolutos.
· Ruínas de fábricas ou armazéns abandonados.
· Essas áreas aguardavam reurbanização.
2. Propriedade das áreas degradadas
· Em geral, os terrenos eram de domínio público ou semipúblico:
· Pertenciam ao governo central, municipalidades ou corporações públicas (como autoridades das Docas).
· Muitas dessas terras tinham sido adquiridas para planejamento urbano ou expansão futura, mas permaneciam largamente subutilizadas.
3. Importância política e econômica
· O debate sobre a reurbanização dessas áreas não era apenas técnico, mas politizado, devido à escala do problema e à necessidade de combinar esforços públicos e privados.
· A experiência norte-americana (o modelo da “Rousificação”) servia como referência e inspiração, mostrando que parcerias público-privadas podiam viabilizar grandes projetos de revitalização urbana.
4. Termo-chave
· “Rousificação” entra no vocabulário dos planejadores urbanos britânicos, referindo-se ao modelo de revitalização inspirado em James Rouse, com forte participação de capitais privados e criação de áreas urbanas turísticas e comerciais.
Se quiser, posso resumir a continuação, que provavelmente detalha como se desenrolou a batalha política e econômica para revitalizar as Docklands.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
Docklands — as urbanizações teriam de ser demolidas mesmo ante; de estarem concluídas, porque surgira algo mais lucrativo; interes. sado apenas em explorar oportunidades, 3 medida que estas aparecessem. Não era planejamento, pelo menos no sentido em que todos o haviam entendido durante os últimos quarenta anos. Como explicou o chefe-executivo do Comitê das Docklands: A brutal escalada da derrelição, de que o LDDC (London Docklands Dok ment Committee) fora formalmente encarregado, erade tal ordem que a única muein de tentar resolver o problema sem um enorme influxo de fundos públicos.i. gerar uma espécie de momentum crítico, uma urbanização *"bolade nevquee c"ris se real credibilidade em favor das Docklands, atuando antecipadamente enve os em preendedores imobiliários comerciais e residenciais em potencial. Era precisop,o r. tanto, ser oportunista em relação às propostas vindas dos empreendedores!, Muita coisa foi feita. Nas docas, como em Stevenage e Crawley quarenta anos atrás, a corporação urbanizadora provou que tinhapo - deres para cortar fitas vermelhas. Arrancou das autoridades locais poderes até então não conseguidos — maiores do que tinham as novas cidades — e os utilizou para acolher, de braços abertos, o empreendedor privado. Em apenas cinco anos, desde seu início até meados de 1986, já empregara 279 milhões de libras de fundos públicos para atrair um investimento privado quase seis vezes maior do que essa quantia; atraíra quatrocentas novas companhias e 8 000 novos empregos; providenciara locais para 4 000 novas moradias, estando 10000 em construção ou plancjadas; e começara a trabalhar mum novo e importante sistema eletrificado sobre trilhos®. Os críticos insistiam em afirmar que o plano todo nada mais era que uma yuppificação do East End, tradicional baluarte da classe trabalhadert londrina. A ZONA DO EMPREENDIMENTO Foi af que um determinado conceito passou a desempenhar pape! jamais imaginado por seu autor. Em discurso proferido no congresso do Royal Town Planning Institute realizado em Chester, 1977, Petef Hall — co-autor do iconoclástico Manifesto do Não-Plano em 1970 (Capítulo 8) — chamava a atenção para o problema emergente é decadência urbana: ‘‘As áreas urbanas de maior porte têm visto &V crescimento fazer-se mais lento, parar ¢, em seguida, regredir. Esto perdendo gente e empregos”". Examinando as possíveis maneiras¢ Teconstruir as bases econômicas dessas cidades, chegou ele à ¢t clusão de que “nenhuma receita pode realmente operar milagres¢ certas áreas"', Aqui, sugeria,
O ChatGPT disse:
Aqui está o resumo da página que você forneceu:
Resumo – Docklands e a Zona do Empreendimento
1. Reurbanização Oportunista das Docklands
· As urbanizações nas Docklands eram altamente flexíveis e orientadas pelo lucro:
· Projetos poderiam ser demolidos mesmo antes da conclusão se surgisse algo mais lucrativo.
· O objetivo era aproveitar oportunidades à medida que aparecessem, em vez de seguir um planejamento tradicional.
· Segundo o chefe-executivo do LDDC (London Docklands Development Committee):
· A degradação era tão intensa que era necessário um enorme influxo de fundos públicos para criar um “momentum crítico” que atraísse investidores privados.
2. Resultados concretos do LDDC (até 1986)
· Investimento público: £279 milhões.
· Investimento privado atraído: quase seis vezes maior.
· Novos negócios e empregos: 400 novas empresas, 8.000 empregos.
· Habitação: 4.000 novas moradias prontas, 10.000 em construção ou planejadas.
· Infraestrutura: início de um novo sistema ferroviário eletrificado.
· Crítica social: os críticos viam o processo como uma “yuppificação” do East End, deslocando a classe trabalhadora tradicional.
3. A Zona do Empreendimento
· O conceito de Peter Hall, co-autor do Manifesto do Não-Plano (1970), ganha relevância:
· Ele identificava a decadência urbana como o grande problema das cidades modernas.
· Constatou que áreas urbanas maiores viam crescimento lento, estagnaçãoe declínio, com perda de população e empregos.
· Hall sugeria que nenhuma receita isolada podia resolver milagrosamente certas áreas, apontando para a necessidade de intervenções mais estratégicas e inovadoras.
Se quiser, posso resumir a próxima parte, que provavelmente detalha como o conceito da Zona do Empreendimento foi aplicado na prática e suas implicações para planejamento urbano moderno.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
o melhor pode ser inimigo do bom. Se realmente quiscrmos socorrer as dreas intraurbanas e as cidades em geral, talvez tenhamos que usar remédios alamente heterodoxos... possivelmente um remédio extremo, a que eu daria o nome de solução Porto Livre. Arcas intra-urbanas, pequenas ¢ seletas, seriam simplesmentc abertas a todo de empreendimento, com um minimo de controle. Em outras palavras, nosso objetivo seria recriar a Hong Kong dos anos 50 ¢ 60 dentro da Liverpool ou da Glasgow intra-urbanas?!. Isso envolveria trés elementos. Cada drea estaria completamente aberta à imigração de empreendedores e capital — a saber, nada de controles de imigragdo. ‘‘Bascar-se-ia, despudoradamente, na livre a burocracia seria “‘reduzida ao minimo absoluto”. E a moradia seria uma opção, visto que a drea situar-se-ia cfetivamente fora da legislagiio normal e dos controles do Reino Unido. Hall conclufa: “Uma drea dessas de maneira alguma se coadunaria com as modernas convengdes britdnicas de bem-estar social. Mas poderia tomar-se plena de vigor, cconomicamente falando, caso seguisse o modelo de Hong Kong. E por tratar-se de uma solugdo de última instdncia extremamente drdstica para problemas urbanos, só poderia ser experimentada em escala muito pequena”. E terminava com uma negação que, no caso, pareceu irbnica: “Não espero ver o govemo britdnico trabalhando nessa solução de imediato ¢ fago questão de acentuar que não a estou recomendando como solugdo para 0s nossos males urbanos. Digo que é um modelo, e modelo extremo, de uma solução possível”"?2, De certa mancira, segundo revelaram análises posteriores e mais detidas, sua evocação de Hong Kong não deixava de ser bizarra, pois em termos da campanha de Tumer contra as burocracias do sistema habitacional do Terceiro Mundo, Hong Kong constituía um insigne exemplo de ultraconservadorismo: ao longo das décadas de 60 e 70, contrariando a imagem mítica que dela fazia o mundo lá fora, Hong Kong mantivera aquele que foi, em termos relativos, o maior programa de habitação popular do mundo niio-comunista®. Jonathan Schiffer deveria, mais tarde, sugerir engenhosa explicação: ao manter os custos da produção maciça de moradias dentro de um mínimo garantido, o programa reprimia consideravelmente as demandas por aumentos sal s, mantendo o custo da mão-de-obra em Hong Kong entre os mais baixos do mundo desenvolvido. Além disso, embora pelos padrdes britdnicos convencionais Hong Kong não tivesse um sistema de plancjamento de uso do solo muito restritivo ou abrangente no cstilo inglés®, já pelos padrdes de muitos Países em desenvolvimento, o plancjamento ali se revestia de um cardter fortemente intervencionista. Hall, contudo, pôde defender seu argumento bésico: embora indirctamente subsidiada dessa ¢ de outras manciras, Hong Kong demonstrou ser um dos exemplos mundial-
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo detalhado da seção sobre a “solução Porto Livre” e Hong Kong”:
Resumo – “Solução Porto Livre” de Peter Hall
1. Conceito central
· Hall propõe uma abordagem extremamente heterodoxa para revitalizar áreas intraurbanas em declínio, como Liverpool ou Glasgow: a “solução Porto Livre”.
· Ideia básica: criar áreas pequenas e seletas abertas a todo tipo de empreendimento, com mínimo controle estatal e burocrático.
· Elementos principais:
1. Livre imigração de empreendedores e capital – sem restrições.
2. Burocracia mínima – reduzir o controle estatal ao absoluto.
3. Habitação opcional – a área funcionaria fora das leis e regulamentos britânicos normais.
2. Objetivo
· Recriar um ambiente econômico vibrante e dinâmico, inspirado na Hong Kong dos anos 50–60.
· Hall enfatiza que se trata de modelo extremo e experimental, aplicável em pequena escala.
· Ele ironicamente observa que não espera que o governo britânico adote a medida imediatamente, mas que serve como exemplo de solução possível.
3. Hong Kong como referência paradoxal
· Embora evocada como símbolo de liberdade econômica, Hong Kong tinha características paradoxais:
1. Programa massivo de habitação popular, considerado o maior do mundo não-comunista.
1. Controle rigoroso de custos na produção de moradia, mantendo salários baixos e a mão-de-obra barata.
1. Planejamento de uso do solo era menos restritivo que no Reino Unido, mas intervencionista em padrões de países em desenvolvimento.
· Conclusão de Hall: Hong Kong demonstrou que uma área urbana pode ser economicamente dinâmica mesmo sob intervenção governamental indireta, oferecendo lições para políticas urbanas extremas na Inglaterra.
4. Observações críticas
· A proposta de Hall era drástica e radical, indo contra os padrões britânicos de bem-estar social e planejamento urbano.
· A ideia de “Porto Livre” funcionaria somente como experiência piloto, não como política nacional.
Se quiser, posso fazer um resumo integrado de toda a narrativa que você me enviou, desde a revitalização norte-americana (Rouse/Boston/Baltimore) até a proposta radical de Hall, para termos uma visão completa do debate sobre reurbanização e experimentação urbana.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
mente mais bem-sucedidos de como atuar agilmente dentro de novas linhas empresarinis consentâncas com n situação do mercado mundial, graças, sobretudo, A extraordinária capacidade de adaptação de seu setor dominante, a pequena empresa’, Isso tudo fazin parte, porém, de um obscuro debate acadêmico, 0 curioso é que, apesar do total ceticismo de Hall quanto às possibilidades de ação, sua espera não foi longa, Em 1980, o novo governo conservador da Inglaterra apresentava uma provisão em favor das zonas empresariais ¢ o ministro das Finanças citava especificamente Peter Hall como autor do esquema, Durante os anos de 80-81, foram designadas quinze zonas — uma das quais, a Isle of Dogs, no coração das Docklands londrinas. O conceito na sua totalidade bem como o infeliz autor viram-se devidamente atacados por ncadémicos radicais de ambos os lados do Atlântico?”, No caso, no entanto, o que veio à tona foi algo muito diferente: um conjunto de zonas, situadas sobretudo, embora não exclusivamente, em úreas intra-urbanas derrelitas, com concessões especialmente favoráveis de taxação ¢ um conjunto simplificado de procedimentos de planejamento físico”, A maioria dos elementos restantes — livre migração da mão-de-obra, incentivo aos empreendedores imigrantes, total liberdade em relação i Iegislação central — simplesmente primaram pela ausência: exemplo particularmente pungente de que, sobretudo na Inglaterra, ídéias radicais só são incorporadas pelo establislument para serem sancadas e assim se tornarem completamente inofensivas. O que sobretudo faltou, apesar do título, foi um mecanismo que encorajasse a inovação, no sentido enunciado por Joseph Schumpeter, como um meio de fornecer tradições industriais alternativas a freas onde a base industrial tradicional houvesse desaparecido”, Tratava-se, portanto, de um esquema modesto e nada radical, com modestos resultados: a um custo público total de 132,9 milhões de libras, criara 8 000 novos empregos, três quartos dos quais, aproximadamente, ter-se-iam localizado de qualquer modo naquela mesma área, fosse cla zona ou não”, Mais de um terço dos novos empregos haviam sido gerados em apenas três das quinze zonas, não se incluindo entre elas, curiosamente, a Isle of Dogs. Exatamente por aquela mesma época, contudo, chegavam dramáticas notícias: um consórcio norte-americano elaborara um plano para um enorme complexo de escritórios em Canary Wharf, em plena área do LDDC, aproveitando o status de Zona de Empreendimento, e fornecendo aproximadamente 46 000 empregos em escritórios,Após uma extraordinária série de periclitantes negociações e o efetivo afastamento dos empreendores iniciais, fechou-se, ao apagar das luzes, um acordo com um grupo canadense em julho de 1987, Finalmente, contados seis anos, uma ZE havia produzido um autêntico manancial de empregos.
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo detalhado desta seção sobre as Zonas de Empreendimento (ZE) no Reino Unido e a aplicação do conceito de Hall:
Resumo – Zonas de Empreendimento na Inglaterra (década de 1980)
1. Origem e inspiração
· Peter Hall, com sua ideia da “solução Porto Livre”, inspirou a criação de Zonas de Empreendimento (ZE) pelo governo conservador britânico em 1980.
· A Isle of Dogs, no coração das Docklands de Londres, foi uma das quinze zonas designadas.
· Apesar de Hall ter sugerido radicalismo extremo (livre imigração de mão-de-obra, mínima regulamentação, incentivo a empreendedores), a implementação oficial foi muito moderada e limitada.
2. Características das ZE implementadas
· Concessões fiscais favoráveis.
· Simplificação do planejamento físico, mas sem liberdade radical ou incentivo à inovação empresarial como Hall imaginara.
· Ausência de elementos mais ousados:
· Livre migração da mão-de-obra
· Total liberdade frente à legislação central
· Incentivos a empreendedores imigrantes
· Resultado: as ideias radicais foram neutralizadas pelo establishment, tornando-se inofensivas.
3. Resultados iniciais
· Custo público total: 132,9 milhões de libras.
· Empregos criados: 8.000, sendo que três quartos teriam surgido na área mesmo sem ZE.
· Mais de um terço dos empregos concentraram-se em apenas três zonas, não incluindo a Isle of Dogs.
4. Desenvolvimentos posteriores
· Por volta de 1987, um consórcio norte-americano planejou um grande complexo em Canary Wharf, dentro da ZE do LDDC, criando aproximadamente 46.000 empregos em escritórios.
· Após negociações arriscadas e substituição dos empreendedores iniciais, um grupo canadense finalizou o projeto em julho de 1987.
· Conclusão: somente seis anos após a criação da ZE surge um impacto real e significativo no emprego.
5. Observações críticas
· O esquema oficial foi modesto e pouco radical, contrastando com a visão original de Hall de inovação urbana extrema e empreendedora.
· Destaca a diferença entre teoria radical e implementação prática, especialmente na Inglaterra, onde mudanças estruturais profundas tendem a ser suavizadas e controladas.
Se quiser, posso fazer agora um resumo unificado de toda a narrativa que você enviou, mostrando a evolução da revitalização urbana: desde os projetos norte-americanos de Rouse, passando pela “Rousificação” e o debate britânico, até a implementação das Zonas de Empreendimento em Docklands. Isso ajudaria a enxergar o quadro completo de ideias e práticas urbanísticas.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
Todavia, a idéia foi, em contrapantida, calorosamente apoiada pela administração Reagan nos Estados Unidos, onde, curiosamente, também tendeu a ganhar o apoio de políticos intra-urbanos da esquerda liberal, Apesar disso, não conseguiu ser sancionada como lei federal. Os Estados aderiram: 26 legislaturas aprovaram leis criando mais de 1 400 zonas de empreendimento locais em 680 localidades, Uma pequena amostra de dez apenas, estudada pelo Departamento de Habitação ¢ Urbanização dos Estados Unidos em 1986, revelou que 263 firmas haviam investido acima de 147 milhões de dólares para criar ou manter mais de 7 000 empregos”, A administração Reagan, porém, implementou significativamente o conceito original por outras vias: deixando abertamente de policiar a fronteira com o México, fez vista grossa para uma enorme imigração ilegal que entrou nas cidades do Cirturão do Sol, como Houston ou Los Angeles, as quais — disto é possível que se jactassem, entre quatro paredes, os funcionários da administração - constituíram- se modelos em ação de zonas de empreendimento em estado puro. Quanto aos resultados acionados, está claro, foram eles inapelavelmente condenados pelos analistas urbanos radicais de esquerda”, ALAVANCANDO O SETOR PRIVADO A urbanizagiio das Docklands obedeceu aos modelos norte-americanos num aspecto decisivo: bascou-se na idéia ds usar fundos públicos relativamente modestos para gerar — ou, empregando este verbo esquisitamente antigramatical de origem ianque, para alavancar* — uma quantia muito maior do investimento privado. Em Boston, por exemplo, os 2,7 milhdes de délares de subvenção federal para a preservaglio, vindos do Departamento de Habitagio ¢ Urbanização, atrafram um investimento privado scis vezes maior do que essa quantia®. A administragio Carter, em 1977, sacralizara esse princfpio em lei. A Urban Development Action Grant (Subvengio A Ação Urbanizadora) foi fixada, segundo o conceilo de alavancamento, entre 4,5 ¢ 6,5 unidades de investimento privado para cada unidade de investimento público. Uma comunidade poderia requerer uma UDAG, caso houvesse atingido padrdes de peniiria física ¢ econdmica ou sc tivesse um bolsão de pobreza. Precisava mostrar que iria atrair pelo menos duas vezes e meia mais fundos privados do que públicos, e que não haveria outra mancira de financiar-se o pro- Jeto.
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo detalhado dessa seção sobre Zonas de Empreendimento e alavancagem de investimentos nos EUA:
Zonas de Empreendimento e Alavancagem nos EUA
1. Expansão das Zonas de Empreendimento (ZE)
· Apesar de a ideia original não ter sido sancionada como lei federal, a iniciativa ganhou ampla adesão estadual e local.
· Até 1986: 26 legislaturas estaduais aprovaram leis criando mais de 1.400 ZE locais em 680 localidades.
· Estudo de 10 dessas ZE revelou:
· 263 firmas investindo mais de 147 milhões de dólares
· Mais de 7.000 empregos criados ou mantidos
2. Aplicação prática pelo governo Reagan
· A administração Reagan não policia ativamente a fronteira com o México, permitindo uma grande imigração ilegal para cidades do “Cinturão do Sol” (Houston, Los Angeles).
· Esses centros urbanos se comportaram, segundo a análise, como ZE em estado puro, com mão de obra abundante e flexível.
· Analisadores urbanos radicais de esquerda condenaram esses resultados como exploração ou falha social.
3. Princípio da alavancagem do setor privado
· O modelo das Docklands britânicas inspirou-se no modelo norte-americano de alavancagem:
· Usar fundos públicos relativamente modestos para atrair investimentos privados muito maiores.
· Exemplo em Boston:
· Subvenção federal: 2,7 milhões de dólares
· Investimento privado atraído: seis vezes maior que a subvenção
· Administracão Carter (1977) formalizou esse princípio na Urban Development Action Grant (UDAG):
· Objetivo: 4,5 a 6,5 unidades de investimento privado para cada 1 unidade pública
· Critérios de elegibilidade:
· Área deve ter déficit físico ou econômico, ou bolsão de pobreza
· Deve atrair pelo menos 2,5 vezes mais fundos privados do que públicos
· Não deve haver outra forma de financiamento viável
4. Significado
· Essa abordagem enfatiza o papel catalisador do setor público: o Estado não financia sozinho, mas estimula investimentos privados maiores, maximizando o impacto econômico.
· Serve como modelo para a revitalização urbana em áreas decadentes, combinando apoio governamental estratégico e capacidade de iniciativa privada.
Se quiser, posso fazer agora um quadro comparativo entre Docklands, Zonas de Empreendimento nos EUA e projetos de Rouse, destacando financiamento público versus privado, objetivos e resultados. Isso facilitaria ver os paralelos e diferenças entre os dois contextos.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
Perto de fins de 1983, 929 comunidades haviam atraído mais de 1900 projetos e três bilhões de dólares em fundos da UDAG, à razão média de 3,9; não espanta que a parte do ledo tivesse ido para as cidades afetadas de maior porte do cinturão manufatureiro, fican. do Nova York ¢ Baltimore com mais de cinqiicnta esquemas cada. O programa gerara um total previsto de 411 000 novos empregos permanentes — 56% dos quais, o que é significativo, em projetoscomerciais, ¢ 55% para pessoas de renda baixa ou moderada®. Não admira que o 2squema UDAG fosse amplamente acatado como uma das poucas histórias verdadeiramente bem-sucedidas da política de recuperação urbana; tampouco surpreende que em 1983 o esquema UDG (Subvenção & Urbanização) do govemo britânico lhe tecesse os mais sinceros clogios. Houve, o que é incvitável, algumas criticas. Diziam alguns que se havia encaminhado dinheiro demais para projetos hoteleiros (ao que se replicava que hotéis geram grande quantidade de empregos para mão-de-obra não-qualificada, e isso vinha a calhar para os desempregados que residiam em áreas intra-urbanas). Outros levantavam a etema questão sobre a necessidade de todos esses estratagemas: quantos desses empregos teriam, fosse como fosse, ali existido com esquema ou sem ele? Outros, contudo, mostravam que as UDAGs jamais poderiam restituir os empregos perdidos nas fábricas, ou mesmo que o número de empregos por elas viabilizados jamais se igualaria ao número dos empregos perdidos®. Isso, porém, fazia parte de um debate mais amplo sobre a evolugdo que então se operava nos diversos setores rumo a uma cconomia de serviços. Para muitos economistas, fiéis às análises pionciras realizadas por A. G. B. Fischer ¢ Colin Clark cinqúenta anos atrás, o declínio verificado nos empregos em fábricas era decorrência incvitável da agonizante cconomia capitalista, ¢ a única política inteligente seria accitar o fato e antecipá-lo. Outros afirmavam que a economia de serviços gerava sobretudo empregos de baixos salários, tipo lanchonete, e que — nas palavras de um excerto de polêmica acadêmica — O Importante é Fabricar”. O ATAQUE AO PLANEJAMENTO O problema é que o verdadeiro debate, travado em ambos os lados do Atlântico, ainda girava em torno do Jesenvolvimento econdmico. E nesse meio tempo, em outros sclores mais tradicionais do sistema britdnico de plancjamento, durante a década de 80, a histéria fazia-se cada vez mais semelhante a um movimento de marcha a ré, Após 1979, o governo Thatcher foi progressivamente desmaniclando o sistema de plancjamento estratégico que a duras penas
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo detalhado da seção sobre UDAGs e o debate sobre planejamento urbano:
Impacto do programa UDAG (Urban Development Action Grant)
1. Escala e resultados
· Até final de 1983:
· 929 comunidades beneficiadas
· >1.900 projetos aprovados
· $3 bilhões em fundos da UDAG aplicados
· Razão média de alavancagem: 3,9 dólares privados para cada dólar público
· Principais beneficiadas: cidades do Cinturão Fabril, como Nova York e Baltimore (>50 projetos cada)
· Criação prevista de 411.000 novos empregos:
· 56% em projetos comerciais
· 55% destinados a pessoas de renda baixa ou moderada
2. Reconhecimento e crítica
· Considerado um dos poucos sucessos reais da política de recuperação urbana nos EUA
· Recebeu elogios do governo britânico para seu programa equivalente (UDG)
· Críticas surgiram, incluindo:
· Suposta prioridade excessiva a hotéis → resposta: hotéis geram empregos para mão de obra não qualificada
· Questionamento sobre quantos empregos existiriam independentemente do programa
· Reconhecimento de que as UDAGs não substituíam empregos industriais perdidos
→ reflexão sobre a mudança estrutural da economia: do setor industrial para a economia de serviços
3. Debate econômico subjacente
· Economistas divididos:
· Alguns: declínio industrial inevitável, política deve aceitar e antecipar mudanças
· Outros: economia de serviços gera empregos de baixo salário, reforçando que “importante é fabricar”
· Evidencia a tensão entre políticas de revitalização urbana e mudanças econômicas estruturais
O ataque ao planejamento tradicional
· Durante a década de 1980, especialmente sob Thatcher (UK):
· O sistema estratégico de planejamento urbano britânico começou a ser gradualmente desmontado
· O debate real mudou de planejamento físico para desenvolvimento econômico
· A lógica: incentivar investimento privado e empreendedorismo em áreas urbanas degradadas, reduzindo a intervenção estatal direta
Se você quiser, posso criar um quadro comparativo resumido entre UDAG (EUA) e UDG (UK), mostrando investimento público, alavancagem privada, emprego criado e críticas, para visualizar melhor os paralelos e diferenças entre os dois países. Isso ajuda a consolidar essa parte do texto.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
governos sucessivos haviam construido durante os anos 60 ¢ mantido durante os 70. Os Consclhos Regionais de Plancjamento Econdmico foram os primeiros a encerrar suas atividades, em 1979, No ano seguinte, quando o govemo teve de atualizar o Plano Estratégico para o Sudocste — plano que constava de um relatério-base ¢ cinco grandes volumes de pesquisas — cle o fez em duas péginas ¢ meia datilografadas; em 1986, ao repetir o exercicio, gastou scis. A Lei de Plancjamento de 1980 cfetuou significativa transferéncia de poderes dos condados para os distritos, fazendo com que os planos de estrutura do condado perdessem em eficiéncia; um documento de 1986 propunha que se acabasse com todos cles, climinando de vez o plancjamento em nivel de condado. Nas drcas urbanas mais importantes, uma Lei de 1986 aboliu o Consclho da Grande Londres ¢ os scis condados metropolitanos, única experiéncia do género realizada na Inglaterra em matéria de govemo metropolitano®, Tudo isso determinou uma considerfvel mudanca no cstilo do plancjamento. O Livro Branco de 1983, que previu a aboligio do governo metropolitano, simplesmente declarava já ndo haver agora, como nos anos 60, a mesma necessidade de um plancjamento estra- (égico; sugeria, assim, claramente, que era suficiente manter-se uma atividade residual de plancjamento do uso do solo sobre bases fixadas caso a caso”. O governo local accitou o palpite. Um dos condados — Berkshire, citado entre os que tiveram mais rápido crescimento em toda a Inglaterra — aboliu seu Departamento de Plancjamento, fazendo afundar com cle o Departamento de Fiscalizagio de Obras. Dentro da profissio, verificou-se um nitido enfraquecimento dos lagos com a universidade ¢ as escolas politécnicas. A procura de plancjadores sofreu brusca retração, exacerbada pela chegada repentina, ao mercado de trabalho, de centenas de plancjadores demitidos dos setores metropolitanos ¢ condados. Simultancaments ganizagdes mantencdoras cortaram a ajuda ao universitdrio, precipitando o fechamento de várias faculdades de urbanismo. Dentro de uma ampla perspectiva histérica, talvez se tratasse apenas de mais uma volta do parafuso cfclico. Já nos idos de 50, o plancjamento na Inglaterra enfrentara uma relativa estagnação quendo — sob um governo conservador anterior — cafra no ostracismo; mas depois disso, durante o perfodo de crescimento pleno da década de 60, ganhara novo impulso, registrando uma das fases mais bemsucedidas de sua curta existéncia. Em certo sentido, o que acabamos de dizer, é pura figua para moinho de marxistas académicos: o planejamento muda de figura à medida que lhe cumpre enfrentar novos desafios, ou os velhos, quando voltam. A novidade, como já ficou visto no Capftulo 10, estava no crescente distanciamento dos comentadores académicos em relação à totalidade do processo.
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo detalhado desta seção sobre o declínio do planejamento urbano na Inglaterra durante os anos 1980:
Desmantelamento do planejamento estratégico
1. Encerramento de órgãos e perda de competência
· Conselhos Regionais de Planejamento Econômico: encerraram atividades em 1979
· Plano Estratégico para o Sudeste: atualização em 1980 feita em apenas duas páginas e meia, repetida em 1986 com ainda menos esforço
· Lei de Planejamento de 1980:
· Transferência de poderes dos condados para os distritos
· Planos de estrutura do condado perderam eficiência
· 1986: proposta de eliminar todos os planos de condado, eliminando o planejamento em nível intermediário
· Grande Londres:
· Lei de 1986 aboliu o Conselho da Grande Londres e seus condados metropolitanos
· Experiência única de governo metropolitanona Inglaterra
2. Mudança no estilo de planejamento
· Livro Branco de 1983: reconhecia que não havia mais necessidade de planejamento estratégico, sugerindo planejamento residual, caso a caso
· Exemplo concreto: Berkshire aboliu seu Departamento de Planejamento, destruindo também o Departamento de Fiscalização de Obras
· Repercussões no setor:
· Enfraquecimento das ligações universidade-profissão
· Demissão de centenas de planejadores metropolitanos e distritais
· Redução da demanda por novos planejadores
· Fechamento de várias faculdades de urbanismo devido à retirada de apoio financeiro
3. Contexto histórico e cíclico
· Comparação com o passado:
· Década de 1950: estagnação do planejamento sob governo conservador
· Década de 1960: fase de crescimento e fortalecimento do planejamento urbano
· Conclusão: o planejamento muda de forma conforme novos desafios ou antigos problemas reaparecem
· Observação crítica: distanciamento crescente de acadêmicos em relação à prática efetiva do planejamento
Se quiser, posso fazer um quadro cronológico completo mostrando como o planejamento urbano britânico evoluiu das décadas de 50 a 80, incluindo leis, órgãos e mudanças na prática profissional. Isso ajuda a visualizar o ciclo de expansão e retração que o texto descreve.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
Sera, então, que o plancjamento vai desaparccer? Nilo de todo. O plancjamento sobreviverd porque possui, em todo pafs avangado, uma vasta — ¢, com o correr do tempo, crescente — clientela polftica, Um bom ambiente, como diriam os cconomistas, é um bem rentavelmente cldst medida que o povo ¢ as socicdades em geral enriquecem, exigem proporcionalmente sempre mais ¢ mais do ambiente onde vivem. E, postos de parte os condomfnios privados cercados de muros, a dnica safda que têm para conscguir o que exigem é através de uma ação popular. Prova disso é o fato de que as pessoas estio querendo, até com ansiedade, gastar mais ¢ mais de seu precioso tempo na defesa de seus préprios ambicnies, filiando-sc a todo tipo de organizagdes voluntdrias ¢ dando atenção a inquéritos públicos — mas isso, não raro, prova também que o meu bom ambiente ¢ o mau ambiente do meu préximo. Daf por que, em sociedades pés-industriais muito avangadas — sudeste da Inglaterra, Arca da Bafa de San Francisco -, as polfticas de plancjamento tornam-se sempre mais populares, sempre mais procrastinadas, sempre mais amargas®, É curioso obscrvar que isso se tornou evidente no curso dos anos 80. O primeiro governo Thatcher de 1979 aplicara-se com clara determinação a libertar o empreendedor das algemas do plancjamento. Em 1983, Michacl Heseltine — então sccretdrio de Estado para o Mcio Ambiente — chocou o Berkshire Central, Téri até debaixo d'água, ao modificar o plano de estrutura do condado, permitindo que 4 000 casas extras fossem construidas em pleno campo. Houve uma oposigiio violenta. O conselho distrital local recusou-sc a inscrever a provisiio em seu plano distrital. O engragado é que fora o préprio Heseltiae quem enfraquecera o poder dos plancjadores de estruturas :t.avés de uma lei de 1980, a fim de controlar os planos distritais o escaldo inferior; cafa cle, assim, ou pouco depois scu sucesso;, na armadilha por cle préprio montada*!, Do outro lado de Londres, na primavera de 1984, um importante conséreio de lideres construtores-empreendedores do pafs veio a público com um plano para a construção de uma séric de novas cidades em sistema de livre iniciativa — novas Coldmbias -, anunciando, um ano mais tarde, que a primeira seria construfda num local do cinturão verde junto a Tillingham Hall, no Essex*. O inquérito instaurado transformou-se numa daquelas causes célébres da histéria do urbanismo que fazem a delicia dos inglescs. Os empreendedores perderam; indubitavelmente com grande surpresa deles, pois toda uma série de declaragdes oficiais, fartamente divulgadas sob titulos como Lifiing the Burden (Levantando a Carga), levara-os evidentemente a acreditar (¢ quase todos os oulros) que o govemo os apoiaria®. Então, em 1987 - confessadamente na efervescéncia de uma eleição geral — o govemo viu-se forgado a recuar para uma mudanga pro-
O ChatGPT disse:
Aqui está um resumo e interpretação detalhada da seção sobre o papel persistente do planejamento urbano e suas tensões na Inglaterra nos anos 1980:
O planejamento não vai desaparecer
1. Persistência do planejamento
· Apesar do desmantelamento institucional e do enfraquecimento do planejamento estratégico, o planejamento urbano sobrevive.
· Motivo principal: existe uma clientela política crescente — cidadãos que, à medida que enriquecem, exigem mais qualidade ambiental e proteção de seus espaços.
· Em termos econômicos, o ambiente urbano é visto como um bem escasso e valorizado, cuja preservação depende da ação popular organizada.
2. Participação popular
· Cidadãos se engajam ativamente:
· Filiação a organizações voluntárias
· Participação em inquéritos públicos
· Resultado: políticas de planejamento tornam-se populares, prolongadas e intensamente disputadas.
· Efeito colateral: o bom ambiente de um indivíduo pode ser percebido como mau ambiente do vizinho, gerando conflitos.
3. Casos ilustrativos nos anos 1980
· Berkshire, 1983: Michael Heseltine, então secretário de Estado para o Meio Ambiente, aprovou 4.000 casas adicionais no campo.
· O conselho distrital local resistiu, recusando-se a incluir a medida em seu plano.
· Ironia: Heseltine mesmo tinha enfraquecido o poder dos planejadores distritais pela Lei de 1980, criando uma armadilha institucional que se voltou contra ele.
· Tillingham Hall, Essex, 1984-85: Construtores propuseram novas cidades em regime de livre iniciativa (“novas Colombias”).
· O plano encontrou oposição forte em inquéritos públicos, resultando na derrota dos empreendedores, apesar de sinais oficiais que indicavam apoio do governo.
4. Conclusão sobre a dinâmica
· Mesmo em contextos de liberalização e desregulamentação, o planejamento urbano continua relevante e é politicamente sensível.
· As tensões surgem do conflito entre empreendedorismo livre e exigências públicas de proteção ambiental.
· O fenômeno é típico de sociedades pós-industriais avançadas, onde a proteção ambiental e o uso do solo se tornam cada vez mais politizados.
Se você quiser, posso fazer um quadro comparativo mostrando a tensão entre a liberalização econômica e a participação popular no planejamento urbano nos anos 1980, ilustrando com os casos de Berkshire e Tillingham Hall. Isso ajuda a entender por que, mesmo com leis favoráveis ao empreendedor, o planejamento persiste.
Quer que eu faça isso?
Você disse:
graméitica relativamente menor, que removeria a necessidade de monitorar considerações de ordem agrícola no caso de propostas de urbanização para solo agrário de qualidade inferior. O govemo radical de direita, aqui como em toda a parte, estava provando que mordida de cão não é tão forte quanto o latido. Não, o plancjamento não irá por água abaixo; tampouco voltará a despolitizar-se, como houve quem por isso esperasse. À semelhança do Abade Sicyês*, em revolução mais remota, cle vive. Mas o plancjamento tradicional do uso do solo sofreu, na base, mais abalos em sua própria terra do que nunca antes, em seus oitenta anos de existência. Tornou-se deliberadamente reativo, artesão ¢ antiintelectual, enquanto na universidade partia para retiros sempre mais altos, em sua torre de marfim. Entrementes, enfrenta uma nova ordem de problemas, para cuja solução seus profissionais, por formação (e talvez por inclinação), nunca foram habilitados: o problemado declinio cconômico-estrutural de todas as comunidades urbanas ¢ da reconstrugiio de uma nova cconomia sobre as rufnas da velha. E, exacerbado por esse fato, enfrenta o pesadelo da volta de um antiqilfssimo problema urbano, que, mais do que qualquer outro, responde por tê-lo trazido à vida ¢ haver-lhe conferido legitimidade: a ralé urbana, que 14 está, massa mal-humorada ¢ inamistosa, à espera do lado de fora dos portdes.
O ChatGPT disse:
Aqui está uma análise detalhada

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