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Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) HIGOR DE SOUSA ANHANGUERA EDUCACIONAL Relatório apresentado à Universidade Anhanguera como parte dos requisitos avaliativos da disciplina de Química e Ciências dos Materiais. Projeto apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Instituição Anhanguera. Professora da disciplina conforme disponível no AVA: Katielly Tavares dos Santos. 21 DE NOVEMBRO DE 2025. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) SUMÁRIO 1 Introdução ............................................................. 3 2 Desenvolvimento .................................................. 4 2.1 Roteiro de Aula Prática 1 ................................... 4 2.2 Roteiro de Aula Prática 2 ................................... 10 2.3 Roteiro de Aula Prática 3 ................................. 17 2.4 Roteiro de Aula Prática 4 ................................. 21 3 Conclusão ............................................................ 27 Referências ............................................................. 28 mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) 1. INTRODUÇÃO Este roteiro de aula prática de Química e Ciência dos Materiais foi elaborado para proporcionar uma abordagem integrada e aprofundada sobre os princípios que regem o comportamento e as propriedades dos materiais. Na primeira atividade, os alunos explorarão a estrutura atômica e os estados da matéria (sólido, líquido e gasoso), utilizando simulações e experimentos práticos. O objetivo é relacionar a organização atômica com propriedades como massa, volume e densidade, estabelecendo conexões entre teoria e observação. A segunda atividade abordará reações químicas em soluções aquosas, com ênfase em processos ácido-base e de neutralização. Por meio de experimentos, os estudantes analisarão conceitos como solubilidade, concentração e cinética reacional. A terceira atividade focará nas estruturas cristalinas, investigando a disposição atômica em sistemas como cúbico simples (CS), cúbico de corpo centrado (CCC) e cúbico de face centrada (CFC). Por fim, a quarta atividade examinará as propriedades dos materiais metálicos, incluindo ductilidade, tensão máxima e módulo de elasticidade, por meio de simulações e análise de dados de ensaios de tração. Ao final deste roteiro, os alunos terão desenvolvido uma visão abrangente sobre a relação entre estrutura, propriedades e aplicações dos materiais, consolidando conhecimentos essenciais para áreas científicas e industriais. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 1 Introdução Esta atividade prática tem como objetivo investigar a estrutura atômica e os estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso), com ênfase na análise experimental da densidade da água destilada. Para isso, serão utilizados instrumentos como proveta e béquer, permitindo relacionar massa e volume para determinação dessa propriedade. A densidade – uma grandeza intensiva fundamental na caracterização de materiais – será calculada a partir das medições realizadas e comparada com valores teóricos. Essa abordagem facilitará a compreensão da influência da organização molecular nas propriedades dos diferentes estados da matéria. Objetivo da Atividade Determinar a relação entre massa e volume em líquidos por meio do simulador "Reação de Neutralização Ácido-Base" do Laboratório Virtual Algetec, consolidando conceitos teóricos por meio de análise prática. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Procedimentos Realizados 1. Identificação das Vidrarias e Materiais • Vidrarias utilizadas: o Pipeta graduada o Proveta o Béqueres (50 mL e 250 mL) • Equipamentos auxiliares: o Balança analítica o Pipetador de borracha 2. Medição de Volume e Massa 1. Medição com pipeta graduada: o Mediu-se 10 mL de água destilada utilizando a pipeta graduada. o Transferiu-se o volume para um béquer de 50 mL. o Determinou-se a massa do béquer vazio e, posteriormente, com os 10 mL de água, utilizando a balança analítica. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com 3. Medição com proveta: o Repetiu-se o procedimento, agora medindo 15 mL de água destilada com a proveta. o Registrou-se a massa do béquer antes e após a adição da água. 4. Tara da Balança • Realizou-se o zeramento (tara) da balança com o béquer posicionado em seu interior, garantindo que apenas a massa da água fosse considerada nas medições. Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) 5. Controle de Temperatura • A temperatura ambiente do laboratório virtual foi registrada como 25°C, assegurando que as condições experimentais fossem monitoradas. Cálculos Realizados Massa da Água na Proveta Massa da proveta + 15 mL de água: Mproveta+água = 45g Massa da proveta vazia: Mproveta = 30g Mágua = Mproveta+água – Mproveta Mágua = 45g − 30g = 15g Massa da Água no Béquer Massa do béquer + 15 mL de água: Mbéquer+água = 35g Massa do béquer vazio: Mbéquer = 20g mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Mágua = Mbéquer água - Mbéquer Mágua = 35g − 20g = 15g Densidade da Água Destilada d = m V Para o caso da proveta: dproveta = 15 g = 1 g/mL 15 ml Para o caso do béquer: dbéquer = 15 g = 1 g/mL 15 ml Resultados A água destilada apresentou: • Massa medida: 15 g (tanto na proveta quanto no béquer) • Densidade calculada: 1 g/mL nos dois casos Esse resultado é igual ao valor esperado para água pura a 25°C, mostrando que as medições foram feitas corretamente. Tanto a proveta quanto o béquer deram medidas precisas quando usados adequadamente. Conclusão O experimento confirmou que a densidade da água destilada é realmente 1 g/mL nas condições testadas. Os materiais utilizados (proveta e béquer) mostraram-se eficientes para essas medições. Resultados Obtidos Tabela 1 – Dados obtidos mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Vidrarias Proveta 50mL Béquer 50mL Massa de vidraria seca (g) 30 g 20 g Massa de vidraria + 15mL de água (g) 45 g 35 g Massa dos 15mL de água (g) 15 g 15 g Temperatura (ºC) 25ºC 25ºC Análise dos Resultados 1. Qual a vantagem de tarar a balança com o béquer dentro? Justifique. Tarar a balança com o béquer dentro permite que o equipamento ignore automaticamente a massa do recipiente, medindo apenas o líquido adicionado. Isso elimina erros nos cálculos e garante resultados mais precisos, já que você trabalha diretamente com a massa da substância de interesse. 2. Considerando as vidrarias selecionadas, quais seriam as mais indicadas em termos de medição de volumes? Reflita sobre sua resposta. Entre as vidrarias utilizadas: • Pipeta graduada e proveta são as melhores opções para medições precisas, pois possuem escalas detalhadas e são projetadas especificamente para medir volumes com exatidão. • Béquer, por outro lado, tem marcações menos precisas e é mais adequado para misturas ou transferências de líquidos do que para medições exatas. Conclusão Esta atividade prática permitiu compreender como massa e volume se relacionam para determinar a densidade de líquidos, usando a água destilada Downloaded by HigorSousa (higordesouza15092004@gmail.com) mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) como exemplo. Os resultados obtidos (1 g/mL) confirmaram o valor teórico esperado, mostrando que os métodos de medição foram aplicados corretamente. Ao comparar o uso da proveta e do béquer, observamos como a escolha do material influencia na precisão das medidas. Além disso, reforçamos que a densidade é uma propriedade essencial para caracterizar materiais, pois está diretamente ligada à sua composição e estrutura microscópica. Em resumo, o experimento não apenas consolidou conceitos teóricos, mas também destacou a importância da precisão em medidas laboratoriais e como as propriedades macroscópicas dos materiais refletem sua organização atômica e molecular. 2.2 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 2 Introdução Esta atividade prática tem como objetivo estudar reações ácido-base por meio de uma simulação de neutralização, utilizando o Laboratório Virtual Algetec. O experimento focará na titulação – método comum para determinar a concentração de uma solução ácida ou básica. Será analisada a reação entre: • Ácido acetilsalicílico (aspirina) – como ácido • Hidróxido de sódio (NaOH) – como base O processo de neutralização formará água e um sal, permitindo calcular a quantidade de ácido presente no comprimido de aspirina. Os dados coletados durante a titulação serão essenciais para essa determinação. Objetivo Compreender as etapas da titulação ácido-base e quantificar o ácido acetilsalicílico em um comprimido de aspirina, aplicando conceitos de estequiometria e neutralização. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Procedimentos Realizados 1. Preparação Inicial • Acessei o simulador "Reação de Neutralização Ácido-Base" na plataforma VirtuaLab (Algetec). • No menu de opções, selecionei o comprimido de Aspirina® (Opção 2), com dosagem aproximada de 1000 mg. 2. Equipamentos de Proteção • Antes de iniciar, retirei do armário virtual os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): o Jaleco o Luvas o Óculos de proteção • Esses itens foram utilizados para garantir a segurança durante toda a simulação, seguindo protocolos laboratoriais. Preparação dos Materiais 1. Seleção de Vidrarias mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) o Acessei a gaveta de vidrarias no simulador e organizei sobre a bancada: ▪ Béquer ▪ Proveta ▪ Erlenmeyer 2. Indicador Ácido-Base o Retirei do armário de indicadores a solução alcoólica de fenolftaleína e posicionei-a na bancada para uso na titulação. 3. Pesagem do Comprimido o Preparei a balança analítica e realizei a tara com o vidro de relógio. o Pesei o comprimido de Aspirina® e registrei sua massa: 1000 mg (valor correspondente à Opção 2 selecionada). mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Preparação da Amostra para Titulação 1. Dissolução do Comprimido o Adicionei 20 mL de água destilada (medidos na proveta) no Erlenmeyer o Transfiri o comprimido de Aspirina® 1000 mg para o Erlenmeyer e agitei até completa dissolução. 2. Adição de Solvente Orgânico o Acrescentei 20 mL de álcool etílico 99,5% (medidos na proveta) o Homogeneizei a mistura para garantir a dissolução total do princípio ativo 3. Preparação do Indicador o Adicionei 3 gotas de fenolftaleína (solução alcoólica) o A solução permaneceu incolor, indicando meio ácido pronto para titulação mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Preparação do Titulante 1. Montagem do Sistema o Enchi a bureta com 50 mL de NaOH 0,1 mol/L o Posicionei o Erlenmeyer sob a bureta o Ajustei o suporte universal para iniciar a titulação Processo de Titulação 1. Primeira Titulação o Adicionei NaOH gota a gota sob agitação constante o Observei a mudança para rosa pálido persistente o Anotei o volume gasto: 18,5 mL 2. Validação dos Resultados o Repeti o procedimento mais duas vezes o Obteve volumes concordantes de 18,7 mL e 18,6 mL Finalização 1. Limpeza dos Materiais mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) o Esvaziei e lavei todos os recipientes: ▪ Béquer ▪ Proveta ▪ Bureta ▪ Erlenmeyer o Descartando os resíduos adequadamente Resultados -Escolha do comprimido: Opção 2 (massa aproximada: 1000 mg) Tabela 2 - Dados da titulação Titulação Volume de NaOH gasto (mL) Concentração de NaOH (mol/L) Número de mols de NaOH 1º 18,5 0,1 0,00185 2º 18,7 0,1 0,00187 3º 18,6 0,1 0,00186 Cálculos Número de mols de NaOH NNaOH = MNaOH VNaOH Para a primeira titulação: NNaOH = 0,1mol/L × 0,0185L = 0,00185mol Massa de ácido acetilsalicílico (AAS) na amostra MAAS = nAAS . 180 Como a estequiometria da reação entre NaOH e AAS é 1:1, o número de mols de NaOH é igual ao número de mols de AAS. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Para a primeira titulação: MAAS = 0,00185mol × 180g/mol = 0,333g Análise dos Dados Os resultados obtidos nas três titulações mostraram que: • Volume médio de NaOH gasto: 18,6 mL • Quantidade de NaOH utilizada: 0,00186 mol • Massa calculada de ácido acetilsalicílico no comprimido: ≈ 0,335 g Esses valores confirmam a eficácia do método de titulação para determinar a concentração do princípio ativo na Aspirina®. 1. Por que, no processo de titulometria, é importante que a reação seja rápida? A reação deve ser rápida para que o ponto de equivalência seja claramente identificado sem interferências. Reações lentas podem levar à decomposição de reagentes ou produtos, comprometendo a precisão da análise. 2. Explique por que foi necessário acrescentar álcool etílico 99,5% ao Erlenmeyer. O álcool etílico atua como solvente orgânico, auxiliando na dissolução completa do ácido acetilsalicílico (pouco solúvel em água). Isso garante que todo o princípio ativo esteja disponível para reagir com o NaOH, evitando erros na titulação. 3. Por que, no processo de titulometria, é importante que a solução contida na bureta seja adicionada lentamente ao Erlenmeyer? A adição lenta permite: • Identificar com precisão a mudança de cor do indicador (ponto final). • Evitar o excesso de titulante (NaOH), que levaria a resultados falsamente elevados. Cálculo do teor em massa de AAS no comprimido (triplicata) Dados (NaOH 0,100 mol/L): volumes gastos = 18,5 mL; 18,7 mL; 18,6 mL. Estequiometria 1:1 (AAS:NaOH). Massa molar do AAS = 180 g/mol. Mols de NaOH (e de AAS): n = M·V • 18,5 mL → n = 0,100 × 0,0185 = 0,00185 mol • 18,7 mL → n = 0,100 × 0,0187 = 0,00187 mol • 18,6 mL → n = 0,100 × 0,0186 = 0,00186 mol Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Massas correspondentes de AAS (m = n·180): • 0,333 g; 0,3366 g; 0,3348 g → média = 0,3348 g (≈ 335 mg); desvio‑padrão ≈ 0,0018 g. Teor em massa no comprimido (Opção 2 ≈ 1,000 g): Teor (%) = (média AAS / massa do comprimido) × 100 = (0,3348 / 1,000) × 100 ≈ 33,5 % (m/m). Conclusão mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Esta atividade permitiu: 1. Domínio da técnica de titulação ácido-base • Compreendemos todo o processo de neutralização • Aprendemos a calcular com precisão a quantidade de ácido acetilsalicílico em medicamentos 2. Validação do método • Os resultados obtidos confirmaram a eficácia da titulação • A precisão foi comprovada pelos cálculos estequiométricos 3. Vantagens do laboratório virtual • A plataforma Algetec proporcionou: o Experiência prática interativa o Controlepreciso do titulante o Visualização clara do ponto de equivalência 4. Aprendizados • Importância da adição controlada do titulante • Necessidade de rigor nas medidas volumétricas • Relevância dos indicadores ácido-base 2.2ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 3 Introdução As estruturas cristalinas definem as propriedades físicas e químicas dos materiais sólidos, representando a organização tridimensional e repetitiva de seus átomos. Entre os diversos arranjos cristalinos, as estruturas cúbicas destacam-se por sua simplicidade e ampla ocorrência em metais. Este experimento focará em três tipos fundamentais: 1. Cúbica Simples (CS) 2. Cúbica de Corpo Centrado (CCC) 3. Cúbica de Face Centrada (CFC) Por meio do software CrystalWalk, visualizaremos a disposição atômica em cada célula unitária, analisando como essas configurações influenciam propriedades como densidade, ductilidade e condutividade. Essa abordagem mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) prática permitirá correlacionar a estrutura microscópica com o comportamento macroscópico dos materiais. Análise dos Dados 1. Observações Gerais Através da construção das células unitárias no CrystalWalk, foi possível comparar as três estruturas cristalinas cúbicas, identificando como suas diferenças atômicas influenciam diretamente nas propriedades dos materiais. 2. Análise Individual das Estruturas a) Cúbica Simples (CS) • Arranjo atômico: Átomos apenas nos vértices do cubo • Características principais: ✓ Baixa densidade atômica. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) • Aplicações: Raramente encontrada em metais (exemplo: polônio) devido à sua ineficiência no empacotamento b) Cúbica de Corpo Centrado (CCC) • Arranjo atômico: Átomos nos vértices + 1 átomo central • Características principais: ✓ Empacotamento mais eficiente que a CS ✓ Maior resistência mecânica • Exemplos típicos: Ferro α (ferrita), cromo, tungstênio • Propriedades resultantes: ✓ Boa resistência à tração ✓ Menor ductilidade que CFC c) Cúbica de Face Centrada (CFC) • Arranjo atômico: Átomos nos vértices + átomos no centro das faces • Características principais: ✓ Máximo empacotamento ✓ Número de coordenação ✓ Distribuição isotrópica dos átomos • Exemplos típicos: Alumínio, cobre, níquel, ouro mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) • Propriedades resultantes: ✓ Alta ductilidade ✓ Excelente conformabilidade ✓ Melhor resistência à corrosão 3. Conclusão da Análise A simulação permitiu visualizar claramente como: • O aumento da complexidade estrutural (CS → CCC → CFC) melhora as propriedades mecânicas • O número de coordenação está diretamente relacionado à densidade atômica • A escolha do material para aplicações específicas depende criticamente de sua estrutura cristalina Conclusão Esta atividade prática proporcionou uma compreensão fundamental das estruturas cristalinas cúbicas, destacando três aspectos principais: 1. Visualização e Comparação das Estruturas • Através do CrystalWalk, observamos claramente as diferenças entre: o CS (Cúbica Simples): Arranjo básico com átomos apenas nos vértices o CCC (Corpo Centrado): Adição de um átomo central o CFC (Face Centrada): Átomos nas faces, maximizando o empacotamento mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) • Esta diferença explica propriedades como: o Ductilidade (CFC > CCC > CS) o Resistência mecânica o Condutividade térmica/elétrica 2. Aplicações Práticas • Materiais CFC (ex: Alumínio, Cobre): o Ideais para aplicações que requerem conformabilidade • Materiais CCC (ex: Ferro α): o Melhor para aplicações estruturais • Materiais CS: o Raros na natureza devido à baixa eficiência 2.3ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 4 Introdução Esta atividade prática teve como objetivo investigar as propriedades mecânicas de materiais metálicos por meio da análise de diagramas tensão- deformação, obtidos a partir de ensaios de tração. O experimento permitiu: • Avaliar parâmetros fundamentais como: o Limite de escoamento o Tensão máxima o Módulo de elasticidade o Ductilidade • Compreender o comportamento dos materiais sob carga, identificando as regiões: o Elástica o Plástica o Ruptura O uso do software MDSolids possibilitou: ✔ Visualização interativa do diagrama mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) ✔ Análise quantitativa dos dados ✔ Comparação com valores teóricos Essa abordagem prática é essencial para correlacionar as propriedades mecânicas com aplicações reais em engenharia e ciência dos materiais. Procedimentos Realizados 1. Configuração Inicial do Software • Acessei o MDSolids através do link disponibilizado no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) • Explorei a interface para familiarização com os módulos e ferramentas disponíveis 2. Seleção do Módulo de Análise • Naveguei até o menu "Problem Library" • Selecionei as opções: o "Material Properties" (Propriedades dos Materiais) o "Stress-strain curves" (Curvas Tensão-Deformação) 3. Inserção de Dados Experimentais • Preenchi os campos obrigatórios: o Força (N): mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) 0, 200, 400, 600, 800, 1000, 1200, 1400, 1600, 1800, 2000, 2200, 2400, 2600, 2600, 2800, 3000, 3500, 4000, 4500, 5000, 5300, 5000, 4800, 4500 o Deformação (mm): 0,0000, 0,0125, 0,0250, 0,0375, 0,0503, 0,0631, 0,0759, 0,0887, 0,1015, 0,1143, 0,1271, 0,1671, 0,2071, 0,2571, 0,3071, 0,4371, 0,5171, 0,6071, 0,7595, 0,9571, 1,1571, 1,4571, 1,8571, 2,2571, 2,6571 4. Configuração dos Parâmetros • Defini as unidades de medida: o Força: Newton (N) o Comprimento: milímetros (mm) o Tensão: Mega Pascal (MPa) o Deformação: mm/mm • Especifiquei: o Comprimento útil do corpo de prova: 300 mm o Área da seção transversal: 7,07 mm² mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) 5. Geração do Diagrama • Cliquei em "Plot" para processar os dados • O software automaticamente: o Calculou os valores de tensão e deformação o Plotou a curva tensão-deformação completa o Identificou os pontos característicos do material 6. Análise dos Resultados • Visualizei as diferentes regiões do diagrama: o Região elástica o Ponto de escoamento o Região plástica o Ponto de tensão máxima o Fratura mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Análise dos Dados 1. Comportamento Mecânico do Material O diagrama tensão-deformação obtido revelou características importantes: Ductilidade do Material: • Alongamento significativo antes da ruptura (≈ 2,6571 mm) • Presença marcante de região plástica • Curva com deformação progressiva após escoamento • Conclusão: Material claramente dúctil, típico de metais como aços baixo carbono ou alumínio 2. Parâmetros Mecânicos Fundamentais a) Tensão Máxima (σ_max): • Valor observado: 5300 MPa • Corresponde ao ponto mais alto do diagrama • Momento em que começa a estricção do corpo de prova b) Tensão de Ruptura (σ_rupt): • Valor final: 5000 MPa • Diferença de apenas 5,66% em relação à tensão máxima • Indica falha gradual (típica de materiais dúcteis) c) Módulo de Elasticidade (E): • Calculado pela inclinação da região elástica: 150 MPa • Representa a rigidez do material • Faixa característica de materiais poliméricos ou metais muito puros. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Retificação de unidadese resultados (conforme MDSolids e roteiro) Conversão correta: σ = F/A (MPa), com A = 7,07 mm². Gage length L₀ = 300 mm. (a) Tensão máxima: F_max = 5300 N ⇒ σ_max = 5300 / 7,07 ≈ 750 MPa. (b) Tensão de ruptura: último ponto F = 4500 N ⇒ σ_rupt ≈ 4500 / 7,07 ≈ 637 MPa. (c) Módulo de elasticidade (trecho elástico): E = Δσ/Δε. Exemplo entre 200 N (δ = 0,0125 mm) e 400 N (δ = 0,0250 mm): Δσ = (400 − 200)/7,07 ≈ 28,3 MPa; Δε = (0,0250 − 0,0125)/300 = 4,17×10⁻⁵; Logo, E ≈ 28,3 / 4,17×10⁻⁵ ≈ 6,79×10⁵ MPa (≈ 679 GPa). Observação: o valor de E é elevado para metais usuais, mas é o que resulta do dataset e dos parâmetros do roteiro. Resultados Os resultados obtidos indicam que o material analisado possui boa ductilidade, evidenciada pela sua capacidade de se deformar significativamente antes da ruptura. A tensão máxima e a tensão de ruptura foram encontradas em valores elevados, sugerindo que o material é bastante resistente à tração. O módulo de elasticidade calculado oferece uma visão sobre a rigidez do material, sendo um parâmetro importante para entender seu comportamento sob diferentes cargas. Conclusão Esta atividade prática permitiu compreender a importância do diagrama tensão-deformação na avaliação das propriedades mecânicas de materiais metálicos. Por meio do software MDSolids, foi possível: 1. Construir e interpretar o diagrama completo, identificando: o Comportamento dúctil do material (alongamento significativo antes da ruptura) o Alta resistência mecânica (valores elevados de tensão máxima e de ruptura) o Módulo de elasticidade, indicando a rigidez do material 2. Correlacionar as propriedades com aplicações práticas: o Materiais dúcteis são ideais para componentes que exigem absorção de energia ou conformação plástica o O módulo de elasticidade é crucial para projetos que requerem previsibilidade sob carga 3. Validar conceitos teóricos por meio da simulação, reforçando que: o A estrutura microscópica determina o comportamento macroscópico Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.cm) o Parâmetros como tensão de escoamento e ductilidade são essenciais para seleção de materiais. mailto:(higordesouza15092004@gmail.cm) Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) Conclusões Gerais As aulas práticas em Química e Ciência dos Materiais ajudaram a entender melhor como os materiais se comportam e por que suas propriedades são importantes. Cada atividade trouxe um aprendizado valioso: 1. Estrutura Atômica e Estados da Matéria o Vimos como a organização dos átomos define se um material é sólido, líquido ou gasoso. o Aprendemos a calcular densidade e sua relação com massa e volume. 2. Reações Químicas em Soluções o Exploramos como ácidos e bases reagem, formando água e sais. o A concentração e o tipo de reagente influenciam na velocidade e no resultado das reações. 3. Estruturas Cristalinas o Usando o CrystalWalk, visualizamos como os átomos se organizam em metais. o Comparamos estruturas cúbicas simples, de corpo centrado e de face centrada, entendendo por que algumas são mais densas e resistentes. 4. Propriedades Mecânicas dos Metais o Através do ensaio de tração, analisamos: ▪ Ductilidade (capacidade de se deformar sem quebrar) ▪ Resistência (tensão máxima suportada) ▪ Rigidez (módulo de elasticidade) o Esses dados são essenciais para escolher o material certo em projetos de engenharia. Por Que Isso Importa? • Na prática: Esses conceitos ajudam a desenvolver materiais mais eficientes, como metais mais leves para carros ou plásticos mais resistentes. • Na indústria: Entender essas propriedades evita falhas em estruturas e produtos. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com Downloaded by Higor Sousa (higordesouza15092004@gmail.com) • Na pesquisa: Serve como base para criar novos materiais, como ligas metálicas ou cerâmicas avançadas. Resultado Final As atividades uniram teoria e prática, mostrando como a ciência dos materiais está presente no dia a dia. O conhecimento adquirido será útil tanto na faculdade quanto no mercado de trabalho, especialmente em áreas como engenharia, química e tecnologia de materiais. REFERÊNCIAS ALGETEC: Laboratórios Virtuais Algetec. Disponível em: https://www.algetec.com. br/br/laboratoriosvirtuais. CRYSTALWALK.CrystalWalk. Disponível em: https://crystalwalk.herokuapp.com/. mailto:(higordesouza15092004@gmail.com http://www.algetec.com/