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TCC - Denis Brito

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Denis Brito

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TITULO
Educação especial e inclusiva no ensino regular
AUTOR: DENIS BRITO TELES 
Sena Madureira – Ac, 2025.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar a Educação Inclusiva no Ensino Regular ao realizar uma abordagem da importância deste processo para as crianças, e também o seu desenvolvimento no ambiente escolar, pois inúmeras delas diariamente são excluídas pela sociedade em todos os aspectos e não somente na área da educação e no social. Utilizou-se a plataforma digital Google Acadêmico para a busca de artigos e dissertações com os descritores práticas pedagógicas inclusivas, deficiência intelectual e ensino fundamental. Através das leis consolidadas as crianças adquiriram esta inclusão, um marco na história de educação que precisou ao longo do tempo ser consolidado e aperfeiçoado conforme as necessidades das crianças, de modo a constituir-se um instrumento primordial para a criança com deficiência por possibilitar o direito à igualdade. Este trabalho foi composto de pesquisa bibliográfica, a qual analisa diversos e diferentes autores que abordam acerca da inclusão. 
PALAVRAS-CHAVE: Diversidade. Inclusão. Educação Especial. Educação Inclusiva. Igualdade
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho analisa o processo de desenvolvimento da educação inclusiva para as crianças com necessidades especiais, assim como a sua função em estar proporcionando a esta maior interação com as demais pessoas à sua volta, enquanto instrumento de atenuação da discriminação e do preconceito da própria sociedade. Além disso, analisa a questão dos desafios encontrados na Educação Inclusiva, onde por falta de informação, preconceito e exclusão tanto por parte dos professores quanto da própria família, a criança com deficiência encontra barreiras que a impedem de crescer junto com as demais crianças. 
Atualmente a escola é considerada uma instituição que se destaca por ser favorável à transformação social, realizada através da inclusão e de oportunidades educativas, e por promover amplas discussões na busca de oferecer oportunidades de mudanças, de modo a atender de fato às necessidades educativas especiais, favorecendo aos próprios deficientes a sua inserção na sociedade, em todos os aspectos, sejam eles econômicos, sociais ou educacionais, propiciando assim a inclusão.
A escola inclusiva às crianças com necessidades especiais diz respeito à identificação das mesmas e a remoção de barreiras, o que implica na coleta contínua de informações valiosas para atender o desempenho dos alunos para planejamento e estabelecimento de metas neste sentido. A inclusão também pressupõe um maior envolvimento entre a família e a escola e entre a escola e a comunidade, onde todos buscam uma educação de qualidade para todas as crianças com necessidades especiais. É importante destacar que uma educação inclusiva de qualidade está fundamentada no direito de todos os alunos receberem uma educação de qualidade que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça suas vidas, pontua Fávero et al (2009). 
A criança com deficiência por muito tempo teve sua imagem associada à incapacidade, à limitação e à doença, pontua Mazzota (2001), o que acabou ganhando força e se cristalizando, embora a deficiência seja apenas caracterizada por seu aspecto biológico. Diante dessa realidade, originaram-se as ações de adaptação do sujeito à sociedade, todavia, desacompanhadas da busca por transformações sociais que excluíssem as barreiras estruturais e humanas impostas à pessoa com deficiência, obstando assim que suas limitações transformassem-se em uma forma de proporcionar novas possibilidades a este ser humano. 
Deste modo, passou a imperar a dificuldade da sociedade em se prontificar para a aceitação desses alunos, fazendo com que sejam discriminados e possuam muitas dificuldades à acessibilidade e validação de seus direitos. Importante destacar diante destes aspectos a imprescindibilidade dos professores valorizarem os fatores responsáveis e as características das deficiências, bem como as metodologias específicas para os deficientes e as barreiras vencidas pelo respeito, acolhimento e apoio às famílias dos educandos com necessidades especiais
2. DESENVOLVIMENTO 
A compreensão da prática pedagógica na Educação Inclusiva no Ensino Regular exige uma análise minuciosa que vai além de conteúdos motores, tratando-se do reconhecimento do papel do professor em atuar como mediador de experiências que envolvam aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais, contribuindo diretamente para a formação integral dos estudantes. Neste sentido, é fundamental considerar o conhecimento do docente, as intencionalidades pedagógicas e os contextos nos quais as praticas se desenvolvem.
O principal objetivo do presente estudo é elaborar uma compreensão a respeito da definição dessa modalidade de ensino, bem como suas características, diferenciação e aplicabilidade específica, em cada caso, afinal, atualmente a preocupação, tanto com o seu bem estar, quanto com a qualidade e a forma que esse estudante aprende, são amplamente discutidas, fim de analisar quais as estratégias metodológicas, estruturais e de capacitação profissional são necessárias para que a Inclusão seja realmente efetiva no contexto educacional e, consequentemente, na sociedade como um todo.
 Para organizar os conteúdos desse projeto, de maneira lógica e estruturada, primeiramente definiu-se o tema: Educação Especial e Inclusiva. Em seguida apresentaram-se alguns apontamentos históricos, com ênfase na história da Educação Especial e Inclusiva no Brasil. Conceituou-se Educação Especial e Educação Inclusiva, e as Práticas Pedagógicas e Inclusão Escolar, e Cenário Educacional frente à Inclusão no Brasil.
2.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
Conforme o artigo 6º da Constituição Federal, a Educação, juntamente com alimentação, saúde lazer e outros, é uma dos direitos sociais que devem ser assegurados a todos os cidadãos, e desta forma é necessário conceber que, independente de suas necessidades, físicas, cognitivas, afetivas e sociais, todas as pessoas devem ter garantida a frequência e permanecia nas instituições de ensino. Isso despertou a necessidade da criação de políticas que viabilizassem a Educação Especial e Inclusiva, como maneiras de cumprir tal determinação. De acordo com Alencar (2014), tanto a Educação Especial quanto a Educação Inclusiva, surgiram como metodologias diferenciadas e, até mesmo, inovadoras do paradigma pedagógico, relacionada às práticas metodológicas, legislativas, conceituais e administrativas do campo da Educação. 
Na Educação Inclusiva, pois ao tomar ciência das dificuldades enfrentadas tanto pelos professores, quanto pelos alunos em relação à necessidade de adaptações no espaço físico ou em atividades em sala de aula, em algum material especifico para auxiliar o processo de ensino aprendizagem, a necessidade de um profissional especializado para trabalhar com estudantes com deficiência intelectual ou mesmo a falta de acesso ao Atendimento Educacional Especializada (AEE), entre outras dificuldades. Todas essas questões despertaram-me o interesse de pesquisar sobre quais as práticas pedagógicas os professores podem desenvolver para a inclusão de estudantes com deficiência intelectual. De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, no trabalho didático e pedagógico dentro das salas de aula, a inclusão:
[...] postula uma reestruturação do sistema educacional, ou seja, uma mudança estrutural no ensino regular, cujo objetivo é fazer com que a escola se torne inclusiva, um espaço democrático e competente para trabalhar com todos os educandos, sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais, baseando-se no princípio de que a diversidade deve não só ser aceita como desejada. (BRASIL, 2001, p. 40).
Na concepção de Braga (2014), a inclusão escolar proporcionar uma efetiva inserção do aluno na sociedade, convivendo com colegas que, nem sempre, apresentam as mesmas características e limites. Isso possibilitaque a visão de justiça, igualdade e diversidade se consolide mais amplamente, proporcionando, aos poucos, que a Educação Especial venha sendo substituída pela Educação Inclusiva, na maioria dos casos.
2.2 APONTAMENTOS HISTÓRICOS
A inclusão de alunos com necessidades especiais, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação seja uma questão muito discutida no cenário educacional, essa preocupação nem sempre existiu, ou, segundo Anjos (2017), não era valorizada da mesma maneira que na atualidade, pois na antiguidade o deficiente era considerado impuro, que não tinha alma, logo, ficava à parte da sociedade, sendo, muitas vezes, assassinado ou deixado para que morresse. Anjos (2017) afirma que, entre o século IV e XIV, devido à expansão do Cristianismo na idade Média, ocorreu uma mudança sutil nessa visão.
De acordo com Anjos (2017, p.2):
Entre os séculos XIV e XVI, com o movimento renascentista, uma nova concepção de mundo e de homem começa a surgir: o homem começou a ser tomado como o centro de tudo. Isso porque, como desenvolvimento da ciência, a própria religiosidade passou por transformações. Nesse contexto, os homens começaram a se preocupar em explicar como os processos de desenvolvimento humano poderiam assumir caminhos diferentes, por ausência ou deformação de órgãos e estruturas orgânicas, ou pelo não funcionamento adequado dos mesmos (ANJOS, 2017, p.2).
Para Bianchetti (1995), no século XIX, foram inaugurados os primeiros institutos e hospitais destinados ao atendimento de deficientes. Esses, porém consideravam o público como meros doentes, logo os direcionamentos eram relacionados ao tratamento e cura da condição do paciente, e não ao seu progresso. No início do século XX, a chamada fase de Integração, as crianças julgadas menos afetadas pelas deficiências eram inseridas em escolas comuns, porém não havia nenhuma adaptação para que se ensino fosse eficaz.
Bianchetti (1995) considera que a efetiva preocupação com a Educação Especial e Inclusiva só ocorreu recentemente, cujo marco histórico considerado principal, foi a Declaração de Salamanca, no ano de 1994. Nesse documento estabeleceram-se diretrizes para a inclusão de pessoas com deficiência; consolidou-se o conceito de Educação Inclusiva e institucionalizaram os manicômios. 
Dessa forma entende-se que esse documento é um referencial importante na luta pelo direito de Inclusão, seguindo o princípio de que todas as crianças possuem o direito de aprender juntas, independente das dificuldades ou diferenças que possam apresentar. Seguindo esses mesmos objetivos, a modalidade de Educação Especial e Inclusiva passou a ser considerara como uma Política Educacional oficial a partir de 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394∕96).
3. EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Especial é definida, pela Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação (1994) como:
Um processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de deficiências, condutas atípicas ou altas habilidades, que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamentando-se em referenciais teóricos e práticos, compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado. O Processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus superiores de ensino. Sob esse enfoque sistêmico, a educação especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos conscientes e participativos (BRASIL, 1994, p.17)
A Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva para estudantes com Deficiência Intelectual envolve a adoção de estratégias diferenciadas que considerem as necessidades individuais e ofereçam os suportes necessários para o desenvolvimento acadêmico, social e emocional desses alunos. São várias as adaptações que podem e devem ser feitas para que esses estudantes tenham sucesso no processo de aprendizagem.
Para Inácio (2011), na Educação Especial, ou seja, onde o aluno frequenta uma instituição direcionada somente aos estudantes com as mesmas especificidades, os benefícios são: a estrutura física que já se apresenta adaptada para recebê-los; os profissionais que atuam nessa escola possuem capacitação adequada; os materiais didáticos são direcionados, especificamente, para esse público, as tecnologias assistivas vêm de encontro com as necessidades, entre outros. Porém, nesse contexto, a criança acaba não estabelecendo contatos com realidades distintas, o que limita sua perspectiva em relação a relacionamentos interpessoais. 
Segundo o autor supracitado, a Educação Especial deve possuir um caráter complementar ou suplementar ao ensino regular, podendo ser oferecido no contra turno escolar, baseado em um Plano de Desenvolvimento Individual- PDI, personalizado a cada aluno.
4. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INCLUSÃO ESCOLAR
As práticas pedagógicas referem-se às ações, estratégias e métodos utilizados pelos professores e educadores no processo de ensino-aprendizagem, e são fundamentadas em teorias educacionais e visam facilitar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências por parte dos estudantes, estimulando seu interesse e contribuindo para sua aprendizagem. Uma prática pedagógica eficaz busca engajar os alunos, promover a construção ativa do conhecimento, estimular a criatividade, desenvolver habilidades críticas e de resolução de problemas, e adaptar-se às necessidades e estilos de aprendizagem dos estudantes
Para Carvaho e Netto (1994, p. 59), a prática pedagógica é uma prática social e envolve vários fatores.
A prática pedagógica, nessa perspectiva, é uma prática social e como tal é determinada por um jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas necessidades e possibilidades próprias a seus atores e própria à realidade em que se situam. (CARVALHO; NETTO, 1994, p.59)
Para os autores a prática pedagógica vai além das atividades escolares dentro das instituições de ensino, pois envolve fatores externos que vão influenciar de forma direta e de forma indireta o processo do ensino-aprendizagem tanto do professor quanto do aluno.
A prática pedagógica vai refletir a realidade vivenciada pelo professor nas experiências cotidianas, tanto pessoal como profissional, também reflete a formação inicial e continuada desse profissional, os recursos disponibilizados pela escola, a diversidade de alunos na classe, envolve também a gestão escolar, o ambiente escolar, entre outros fatores.
Na perspectiva da Educação Inclusiva, a prática pedagógica busca garantir o acesso, a participação e o sucesso de todos os alunos, independentemente de suas características, habilidades, necessidades ou condições socioeconômicas. É importante também pensar não somente no acesso à escola, mas a permanência e o desenvolvimento educacional de qualidade para todos os alunos.
A Lei Brasileira de Inclusão/Estatuto da Pessoa com Deficiência, de nº 13.146, traz uma parte exclusiva sobre a educação inclusiva:
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (BRASIL, 2015, p. 9).
Para que a educação na perspectiva inclusiva seja efetiva nas escolas, é preciso o reconhecimento e conscientização pelos professores, gestores e toda comunidade escolar, sobre os problemas existentes nas instituições, que por muitas vezes naturalizam a exclusão do aluno dentro do ambiente escolar ao invés de incluir este aluno. Isso acontece no tipo de atividade, na forma como se fala, no tratamento com o aluno, e também nos próprios espaços escolares que não são preparados para a inclusão.
São muitas as barreiras enfrentadaspara a concretização de uma educação na perspectiva inclusiva, o que vai influenciar diretamente nas práticas pedagógicas desenvolvidas em cada instituição de ensino. Esses obstáculos vão além das atitudes, estão também na arquitetura escolar, na tecnologia e na comunicação. As barreiras não estão apenas no ambiente escolar, também estão presentes na urbanização das cidades, nos tipos de transportes, em prédios públicos. Carvalho (2007) fala sobre as barreiras à aprendizagem:
Barreiras à aprendizagem (temporárias ou permanentes) fazem parte do cotidiano escolar dos alunos (deficientes ou ditos normais) e se manifestam 23 em qualquer etapa do fluxo de escolarização. Barreiras existem para todos, mas alguns requerem ajuda e apoio para o seu enfrentamento e superação, o que não nos autoriza a rotulá-los como alunos com “defeito‟ (CARVALHO, 2007, p. 60).
A inclusão vai além da Inclusão escolar, pois quando a escola abre as portas para todas as pessoas, a inclusão acontece também na área social pois as relações na escola também acontecem em outras esferas não somente na parte de ensino e aprendizagem, é o que afirma Sassaki (2002). 
A Educação Inclusiva é um compromisso contínuo, que requer adaptação e flexibilidade para garantir que todos os alunos tenham oportunidades iguais de aprendizagem e desenvolvimento. Para que isso se torne realidade, as práticas pedagógicas inclusivas devem ser prioridade, pois cada atividade deveria ser personalizada para cada necessidade ou de forma que abranja o desenvolvimento de todos.
5. LEGISLAÇÃO PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
Segundo Anjos (2017), existe uma série de princípios norteadores básicos da Educação Especial, alicerçados na dignidade, liberdade e igualdade, definidos a partir de leis e diretrizes da legislação brasileira. 
A autora destaca que as convicções que baseiam as leis estão relacionadas a: Igualdade; Integração; Individualização; Desenvolvimento; Potencialidades; Epistemológico; Efetividade e Dignidade.
De acordo com Gil (2017) o principal marco inicial da Educação Especial e Inclusiva no Brasil foi a promulgação da Constituição, dita cidadã, do ano de 1988, principalmente no art. 205, onde a educação é definida como um dever do Estado e um direito a todos os cidadãos.
Outras leis e diretrizes brasileiras relacionadas à Educação Especial e Inclusiva, citadas por Gil (2017) são:
· Portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 1.793/94, determina inserção de assuntos sobre a Inclusão nos currículos dos cursos de formação de docentes; 
· Lei nº 9.394/96 LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
· Decreto nº 298/99- Define a Educação Especial como uma modalidade transversal oferecida em todos os níveis e modalidades de ensino; 
· Resolução CNE/CEB nº 2/2001- Garante a matrícula de todos os alunos; 
· Lei nº 10.436/2002- Reconhece a Libras como um meio legal de comunicação e expressão; 
· Portaria MEC nº 2.678/2002- Institui normas e diretrizes, em todas as modalidades de ensino, que aprovam o projeto da grafia em braile; 
· Programa de acessibilidade no ensino superior (Programa incluir)2005-Determina o acesso de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior;
· Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva (2008): Enfatiza a inclusão; 
· Plano nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem limite) 2011- Direciona a elaboração de salas de recursos multifuncionais, acessibilidade, educação bilíngue, entre outros.
· Portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 1.793/94-determina inserção de assuntos sobre a Inclusão nos currículos dos cursos de formação de docentes; 
· Lei nº 9.394/96 LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
· Decreto nº 298/99- Define a Educação Especial como uma modalidade transversal oferecida em todos os níveis e modalidades de ensino; 
· Resolução CNE/CEB nº 2/2001- Garante a matrícula de todos os alunos; 
· Lei nº 10.436/2002- Reconhece a Libras como um meio legal de comunicação e expressão; 
· Portaria MEC nº 2.678/2002- Institui normas e diretrizes, em todas as modalidades de ensino, que aprovam o projeto da grafia em braile; 
· Programa de acessibilidade no ensino superior (Programa incluir)2005-Determina o acesso de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior; 
· Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva (2008): Enfatiza a inclusão; 
· Plano nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem limite) 2011- Direciona a elaboração de salas de recursos multifuncionais, acessibilidade, educação bilíngue, entre outros.
6. CENÁRIO EDUCACIONAL FRENTE À INCLUSÃO NO BRASIL
De acordo com Zimmermann (2018), tanto a Educação Especial quanto a Educação Inclusiva são modalidades de ensino que tem por objetivo a inserção do aluno deficiente no ambiente escolar, sejam em escolas específicas para esse público, ou em salas de aula regulares. O cenário educacional contemporâneo mostra a necessidade, cada vez maior, dos profissionais ligados à Docência estarem familiarizados com essa realidade, e, consequentemente, melhores preparados para esse tipo de situação. 
A verdadeira Educação Especial e Inclusiva não é um processo fácil, rápido ou definido com ações simples. Segundo as concepções de Zimmermann (2018, p.01):
A luta pela escola inclusiva, embora seja contestada e tenha até mesmo assustado a comunidade escolar, exige mudança de hábitos e atitudes. Pela sua lógica e ética nos remete a refletir e reconhecer, que se trata de um posicionamento social, que garante a vida com igualdade, pautada pelo respeito às diferenças.
A uma discussão ampla em relação à inclusão de alunos com necessidades Especiais em ambientes escolares, porém é crucial analisar quais as circunstâncias enfrentadas em cada caso específico. Para isso é relevante, entre outros fatores, um levantamento das condições de acessibilidade da escola, bem como, com a escolha do material didático, que deve ser condizente com as especificidades do estudante incluso. 
Se por um lado, alguns pesquisadores relacionados à docência defendem que, atualmente, a Educação Especial é o melhor caminho, outros acreditam que, somente através da Inclusão é possível proporcionar um desenvolvimento potencializado dos estudantes que apresentam algum tipo de deficiência.
Segundo Bedaque (2014) muitos profissionais de educação que atuam na rede regular, nem sempre possuem o direcionamento ou conhecimento prévio suficiente para o atendimento de alunos com necessidades especiais. Dessa forma é aconselhável que esse estudante participe de encontros realizados para suplementar os conteúdos e as defasagens, decorrentes de sua deficiência ou dificuldade, nas salas de recursos multifuncionais, pelo chamado Atendimento Educacional Especializado- AEE.
No trecho a seguir, retirado da LDB, é possível perceber algumas especificações que caracterizam a dinâmica de inclusão no cenário educacional brasileiro:
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. (BRASIL, 1996, p.35)
É notório que, embora existam escolas destinadas, especificamente, aos portadores de necessidades especiais, a preferência é de que o ensino seja oferecido, sempre que possível, em instituições regulares de ensino. Assim, independente da modalidade escolhida, o cuidadoem relação à preparação dos ambientes, bem como a capacitação dos profissionais, são cruciais para um resultado positivo e satisfatório, de maneira global a todos os envolvidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao concluir está pesquisa muito se é discutido a respeito de incluir um aluno com algum tipo de deficiência ou déficit de aprendizagem em um ambiente escolar. Alguns pesquisadores acreditam que o melhor seria que esses permanecessem em instituições específicas para seu tipo de dificuldade, ou seja, a denominada Educação Especial, já outros afirmam que a melhor opção seria incluí-los em escolas regulares através da Educação Inclusiva, a fim de que esse contato contribua no desenvolvimento cognitivo e social desses indivíduos.
Embora, por muitos anos esse público tenha sido considerado inferior aos demais em questão de educação, recebendo um atendimento meramente assistencialista, nota-se que o cenário atual proporciona, a cada dia, maiores e melhores condições ao portador de necessidades especiais. Dessa forma é indispensável que os profissionais que atuam na educação estejam capacitados para atender as especificidades dos alunos, seja por meio da Educação Especial ou da Educação Inclusiva.
É preciso considerar que nem não existe um parâmetro predefinido sobre qual a melhor metodologia a ser utilizada, ficando sob responsabilidade da equipe multidisciplinar, composta por professores, médicos e especialistas, analisar cada caso, de maneira isolada, no intuito de preservar a qualidade de ensino e o direcionamento mais apropriado, a cada aluno especificamente.
A luta pela educação inclusiva continua. Por uma formação continuada efetiva, por recursos necessários para a inclusão, por mais AEEs nas escolas regulares, por mais políticas públicas. E por mais pesquisas nesta área da educação, pois a cada dia o mundo evolui e as pesquisas na área da educação inclusiva também não podem parar.
Tanto a Educação Especial quanto a Educação Inclusiva, embora com algumas determinações diferenciadas, devem contribuir para a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, por meio de estratégias pedagógicas que o ajudem a compreender suas dificuldades e, principalmente, a interagir melhor com a sociedade, de maneira geral.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Débora do Nascimento Fernandes de. Educação Inclusiva, Política Educacional e Direitos Humanos: Uma reflexão sobre a legislação Brasileira. São Paulo: Realize, 2014.
ANDRADE, Maria da Conceição Aparecida. Práticas pedagógicas com crianças em situação de deficiência intelectual nos anos iniciais do ensino fundamental. Dissertação Universidade Federal de Ouro Preto. 2021.
ANJOS, Adriana Domingos dos. A Importância da Educação Especial e sua Inclusão. 2017. Disponível em: https://www.pedagogia.com.br/artigos/educacaoespecialinclusao/index.php. Acesso em: 30 mar. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394/1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação e Cultura. Brasília: Presidência da República, 1996.
BEDAQUE, Selma Andrade de Paula. Por uma Prática Colaborativa no AEE: Atendimento Educacional Especializado. 1ª Ed. Curitiba: Appris, 2014.
BERTOLDE, Fabricia Zanelato; LARCHERT, Jeanes Martins. Alunos com deficiência no ensino regular: matrícula e prática docente. 2019.
FREITAS, Lêda Gonçalves de; SILVA, Carla Cristie de França; FUKUDA, Cláudia Cristina e NETO, Gustavo Francisco. Práticas pedagógicas na educação inclusiva: revisão sistemática. 2021.
GALICIANI, Gabriella Giovanna; CUSTÓDIO, Thais Paes e SILVA, Milene Bartolomei. Estratégias pedagógicas de intervenções para crianças com deficiência intelectual AEE. 2018.
INÁCIO, Inês de Brito Duarte Inácio. A Atitude dos Professores em Relação às Vantagens da Educação Inclusiva. 2011. Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/3012/relatorio_ines_inacio.pdf?s equence=1. Acesso em: 24 mar. 2020.
PIMENTEL, S. C. Práticas educacionais inclusivas: com a palavra atores sociais da educação na Bahia. Curitiba: CRV, 2022.
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