Entrevista - Conceito e Procedimentos.

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UFCG
DISCIPLINA: INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO II
PROFESSOR: ROSILDO R. BRITO
 
A ENTREVISTA JORNALÍSTICA:
AS ETAPAS DO PROCESSO DE CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DA INFORMAÇÃO 
( ANTES,DURANTE E DEPOIS) 
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CONCEITO ABRANGENTE: 
A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Trata-se do principal mecanismo e técnica de captação de informação do jornalista. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido, em que as declarações são citadas entre aspas, ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue“. 
A ENTREVISTA JORNALÍSTICA: CONCEITOS
DEFINIÇÃO:
define “A entrevista é uma técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas“ (Luiz Beltrão, em ‘A imprensa informativa; São Paulo, Folco Masucci’)
HISTÓRICO DO SURGIMETNO DA ENTREVISTA NO JORNALISMO
1936 – JAMES GORDON BENNET – NEW YORK HERALD – 
DA CRÔNICA AO GÊNERO INFORMATIVO
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CLASSIFICAÇÃO DA ENTREVISTA JORNALÍSTICA
1 COMO GERADORAS DE MATÉRIAS
A– DE ROTINA
B- CARACTERIZADA
2. QUANTO AOS ENTREVISTADOS
A – INDIVIDUAL
B – DE GRUPOS
3 QUANTO AOS ENTREVISTADORES
A – PESSOAL (EXCLUSIVA)
B – COLETIVA
4- QUANTO AO CONTEÚDO
A – INFORMATIVA;
B – OPINATIVA
C- ILUSTRATIVA OU BIOGRÁFICA
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1. A PRIMEIRA ETAPA: O ANTES 
1. O AGENDAMENTO DA ENTREVISTA (contato e local da entrevista)
CONTATO DIRETO COM O ENTREVISTADO OU;
ASSESSOR DE IMPRENSA
1.1 ESCOLHA DO LOCAL PARA A ENTREVISTA:
PRERENCIALMENTE O TERRITÓRIO DO ENTREVISTADO
1.2 OS TRÊS MELHORES LOCAIS ADEQUADOS PARA UMA BOA ENTREVISTA: 
RESTAURANTE; 
AVIÃO;
ESCRITÓRIO DO ENTREVISTADO
1.1 ESCOLHA DO LOCAL PARA A ENTREVISTA:
PRERENCIALMENTE O TERRITÓRIO DO ENTREVISTADO
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2. O DRESS CODE DO ENTREVISTADOR
 ESTILO DE VESTIMENTA ADEQUADO A OCASIÃO E AO ENTREVISTADO 
3. A PESQUISA
UMA BOA ENTREVISTA REQUER CONHECIMENTO SOBRE O ENTREVISTADO
Afirma Carlos Tramontina que "a estratégia mais produtiva é aquela baseada na informação: jamais um entrevistado experiente conseguirá fugir das perguntas ou esconder os fatos se diante dele estiver sentado um entrevistador cheio de informações". 
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ENTREVISTA
A DIVERSIDADE TÉCNICA E CIRCUNSTANCIAL
( A entrevista presencial e não presencial e o uso dos diversos meios de conversação)
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4. O MEIO INSTRUMENTAL DA ENTREVISTA 
(A ENTREVISTA MEDIADA)
O CONTATO PESSOAL COM O ENTREVISTADO AINDA É O IDEAL POR VÁRIOS MOTIVOS.
ENTREVISTA PELO TELEFONE 
VANTAGENS: 
ENCURTA DISTÂNCIAS E ECONOMIZA TEMPO E RAPIDEZ NAS REPOSTAS.
DESVATANGENS: 
ELIMINA A COMUNICAÇÃO INTEGRAL; 
RETIRA E ESPONTÂNEIDADE DA FALA E 
PODEM INDUZIR A ERROS E ENGANOS SOBRE A ORIGINALIDADE DA ENTREVISTA
4.1 RÁDIO E INTERNET: VANTAGENS E DESVANTAGENS
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 "O telefone é um meio muito útil para a apuração de informações, mas suprime algumas condições facilitadoras da entrevista, tais como o ambiente controlado e a presença do outro” . (Nilson Lage, 2008).
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ENTREVISTA POR E-MAIL E OUTROS MEIOS VIRTUAIS DE COMUNICAÇÃO (CHAT´S, MSN, ETC)
VANTAGENS E DESVANTAGENS: OFERECE AS MESMAS VANTAGENS E DESVANTAGENS JÁ APRESENTADAS. 
OBS: CONTUDO, É IMPORTANTE RESSALTAR QUE AS HABILIDADES DO MANUSEIO DAS FERRAMENTAS VIRTUAIS, TAIS COMO A AGILIDADE E DESTREZA DO ENTREVISTADOR E ENTREVISTADO NO PROCESSO DE DIGITAÇÃO, FAZ DIFERENÇA NO RESULTADO DA ENTREVISTA.
ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:
ACORDAR PESSOALMENTE OU VIA FONE, A ENTREVISTA COM A FONTE; 
CONVENCER O ENTREVISTADO AO FORMATO ‘VAI E VEM’, RETRUCANDO AS PERGUNTAS JÁ RESPONDIDAS E ESTAR ATENTO AO TEOR DAS RESPOSTAS CONFRONTANDO-AS COM O PERFIL DO ENTREVISTADO.
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USO DE GRAVADOR
RECOMENDÁVEL NO CASO DE:
DEPOIMENTOS;
ENTREVISTA PINGUE-PONGUE;
ENTREVISTAS EM OUTRAS LÍNGUA
VANTAGENS:
PRESERVAÇÃO DA FALA DO ENTREVISTAD NA ÍNTEGRA;
POSSIBILIDADE DE INTEGRAÇÃO MAIOR ENTRE O ENTREVISTADOR COM O ENTREVISTADO (OLHO NO OLHO);
SERVE COMO REGISTRO DOCUMENTAL DA ENTREVISTA;
AJUDA O JORNALISTA EM ENTREVISTAS LONGAS.
DESVANTAGENS:
INTIMIDAÇÃO DO ENTREVISTADO MEDIANTE EQUIPAMENTO;
OCASIONAM PAUSAS QUE QUEBRAM O RITMO DA ENTREVISTA (EX: MUDANÇA DE FITA OU BATERIA);
DEFEITO NO APARELHO.
OTIQUETA PARA USO DO GRAVADOR: sempre comunicar ao entrevistado acerca do uso do gravador e deixá-lo a vontade quanto ao uso do equipamento.
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USO DO BLOCO DE ANOTAÇÕES
 RECOMENDÁVEL PARA TODAS AS OCASIÕES (inclusive quando no uso de gravador)
Orientações: 
Utilizar palavras-chave ditas pelo entrevistado;
Anotações sobre questionamentos a serem feitos;
Anotações de observações importantes ou sugestões para a edição da entrevista
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ORIENTAÇÕES FINAIS PARA A FASE DE PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA
Marque a entrevista com antecedência;
Informe o entrevistado sobre o tema e a duração do encontro;
Prepare-se para gravar a entrevista e poder reproduzir com absoluta fidelidade eventuais declarações curiosas, reveladoras ou bombásticas;
Vista-se de modo adequado a não destoar do ambiente em que será feita a entrevista, para não inibir ou agredir o entrevistado;
Prepare o terreno para cada pergunta. As coisas mais indiscretas podem ser indagadas se o jornalista tiver o cuidado de ir-se conduzindo com habilidade. 
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SEGUNDA ETAPA: O DURANTE
O EMPREGO CORRETO DO TRATAMENTO; 
A INTRODUÇÃO DA ENTREVISTA;
A FORMULAÇÃO DAS PERGUNTAS;
SABER OUVIR O ENTREVISTADO;
CONTROLE DO EGO (SÍNDROME DO CLARK KENT)
TRUQUES PARA UMA BOA ENTREVISTA;
PERGUNTA DELICADA: COMO FAZÊ-LA?;
ENTREVISTADOS DIFÍCEIS: COMO LIDAR COM ELES.
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O EMPREGO CORRETO DO TRATAMENTO
Regra geral prescrita pelos manuais de redação e pela boa educação, pede que tratemos o entrevistado, a princípio, sempre por “senhor” e “senhora”.
Afora esse tratamento, os mais usuais são “você” ou chamar o entrevistado pelo cargo que ocupa (sobretudo, se político)
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A FORMULAÇÃO DAS PERGUNTAS
Perguntar não é fazer discurso.
Objetividade, clareza e concisão ao máximo:
das palavras, as mais simples, das mais simples, a menor.
SABER OUVIR O ENTREVISTADO
Mais atenção e menos ego: eis a regra básica para o combate à síndrome de clark kent
A INTRODUÇÃO DA ENTREVISTA
“uma entrevista deve ser uma conversa e, para começar, exige um mínimo de cordialidade, simpatia e descontração” (Oyama, 2008).
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CONDUÇÃO DA ENTREVISTA: DICAS
Não deixe de abordar temas considerados "sensíveis" pelo entrevistado. Faça perguntas diretas e ousadas. Insista quantas vezes achar necessário se o entrevistado se recusar a responder a alguma pergunta;
Evitar perguntas fechadas, isto é, que só admitem monossílabos 
como resposta;
Ao ouvir uma resposta-bomba, o entrevistador não deve revelar entusiasmo porque essa reação pode levar o entrevistado a pedir o cancelamento da declaração, receoso das consequências.
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‘TRUQUES’ PARA UMA BOA ENTREVISTA
“ A entrevista é a arte da conquista” (Regina Echeverria)
A entrevista é, antes de mais nada, a arte da conversação de cunho persuasivo (Oyama)
Uma dica:
“Eu me finjo de bobo, que não sei das coisas, para que o entrevistado sinta-se mais forte, superior a mim e seguro de si. Nessa situação ele fica mais à vontade, revela mais coisas e abre a guarda. É aí que eu entro”. 
(Alexandre Garcia em entrevista concedida na qual falava sobre as estratégias que exige muito domínio da situação. in “Técnica da Entrevista”, Pedro Celso Campos. 
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PERGUNTA DELICADA, COMO FAZÊ-LA?
 “A pergunta delicada, lembra Sérgio Dàvila, deve ser feita ao final da entrevista e com muita delicadeza...” (Oyama, 2008)
ENTREVISTADORES DIFÍCEIS, COMO LIDAR COM ELES?
A postura e habilidade psicológica do entrevistador deve variar conforme os diversos tipos de entrevistados considerados 'difíceis'.
Dentre os mais comuns estão: hostil; evasivo; prolixo; disperso; fragilizado; marginalizado e o mil vezes entrevistado.
(ver capítulo “Entrevistados difíceis, com lidar” em A arte de entrevistar bem pp 60 a 81) 
PERGUNTAS QUENÃO QUEREM CALAR!
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TERCEIRA ETAPA: O DEPOIS
 A EDIÇÃO: pode-se fazer uma série de coisas, dentre as quais, cortar palavras e frases redundantes, emendar pensamentos correlatos que tenham ficado dispersos – desde que isso não altere o que o entrevistado disse.
			Isso se justifica pelo motivo de que se trata de uma mudança de linguagem (oral para escrita) em que a primeira é, em geral, desorganizada e descontínua.
 A regra geral é: degravar, organizar e 'pentear'
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ORIENTAÇÕES PARA CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS
“Dá para tirar aquela parte?”
 “O entrevistado é dono da entrevista até o momento em que ela for publicada e, nessa condição, tem o direito de retificar o que disse” (Manual de Redação de O Globo” .
Por fim, assim como em várias outras situações na rotina da prática jornalística, a regra que prepondera para o profissional da informação é o bom senso. Lembrando que a conquista da fonte é algo imprescindível para o jornalista, mas isto, não deve ser maior que a divulgação da veracidade dos fatos, seja ela qual for.
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A FONTE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
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A FONTE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
CONCEITO: 
Em síntese pode-se compreender como sendo toda pessoa, instituição ou documento a que recorre o jornalista para produção de matéria jornalística.
CLASSIFICAÇÃO:
1 – PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA
2 – OFICIAL, OFICIOSA E INDEPENDENTES
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A FONTE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA
E O CÓDIGO DE ÉTICA
			Votado em Congresso Nacional dos Jornalistas, o código está em vigor desde 1987: O Código de Ética do Jornalista fixa as normas a que deverá subordinar-se a atuação do profissional, nas suas relações com a comunidade, com as fontes de informação, e entre jornalistas. Dentre os vários princípios éticos que devem ser respeitados estão:
 
I - Do direito à informação
Art. 1o - O acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse.
Art. 2o - A divulgação de informação, precisa e correta, é dever dos meios de comunicação pública, independente da natureza de sua propriedade.
Art. 3o - A informação divulgada pelos meios de comunicação pública se pautará pela real ocorrência dos fatos e terá por finalidade o interesse social e coletivo.
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A FONTE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA
“O trabalho do jornalista deve ser centrado no trabalhador brasileiro comum. Essa é a grande autoridade a quem devo procurar.”
 Caco Barcelos (Em entrevista concedida à revista Imprensa, em dezembro de 2001).
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TEXTO 1
A ENTREVISTA ENQUANTO UM DEBATE PLURAL
TEXTO 2
A ENTREVISTA JORNALÍSTICA NA PERSPECTIVA DIALÓGICA: OUTRO OLHAR SOB A PRÁTICA DA ENTREVISTA
ANÁLISES INTERPRETATIVAS DOS TEXTOS
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
OYAMA, Tahís. A arte de entrevistar bem. São Paulo: Contexto, 2008
LAGE, Nilson. Reportagem:teoria e técnica da entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2005.
MEDINA, Cremilda. Entrevista, o diálogo possível. SP:Ed. Àtica, 2000.
Site visitado:
A técnica da entrevista. Pedro Celso Campos. 
In: webmail.faac.unesp.br 
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Há quem defenda de que depois de realizada, a entrevista pertence ao entrevistador e esse pode fazer o que pretender...
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