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Unidade 5 - Sistemas de Comunicação Corporativa Fazer o uso da ferramenta Customer Relationship Management é uma estratégia de gestão de relacionamento com o cliente voltada ao entendimento e à antecipação das suas necessidades. É uma filosofia, uma estratégia e um processo que estão ligados diretamente com os três principais pilares do marketing. Desde o início dos anos 2000, as novas mídias intensificaram a interação dos clientes com as corporações, exigindo soluções que criem oportunidades inéditas de coleta de dados sobre o comportamento de compra e uso dos produtos e serviços e informações sobre o nível de satisfação. Diante dessa nova realidade, proporciona às organizações se tornarem mais competitivas e inovadores, aprimorarem suas ofertas a partir da análise da grande quantidade de dados coletados. Essa transformação histórica, concomitantemente, deu mais poder ao cliente e exigiu das corporações respostas mais efetivas. Por outro lado, esse acesso às informações nos traz a reflexão sobre a importância da ética e, nesse sentido, também a questão da transparência como a base do compliance da marca. A segurança da marca advém da sua capacidade em conquistar a confiança do cliente. A mudança da arquitetura da informação está levando a um processo de descentralização que abole o conceito de liderança. A comunicação corporativa deve atuar como elemento de apoio ao negócio em dois níveis: • Nível operacional: concebendo, organizando e operando atividades de comunicação propriamente dita em dois âmbitos, da comunicação externa e da comunicação interna. • Nível estratégico: influenciando a alta direção por meio da visão e da sensibilidade do comunicador. CRM e o Cliente Interativo Customer Relationship Management é uma estratégia de gestão de relacionamento com o cliente voltada ao entendimento e à antecipação das suas necessidades. É uma filosofia, uma estratégia e um processo que estão ligados diretamente com os três principais pilares do marketing. O CRM é utilizado para coletar os dados dos clientes, armazená-los e facilitar cruzamentos desses dados. Apesar de ser um grande desafio, a identificação do cliente feita pela empresa é um fator decisivo nas iniciativas de relacionamento "one to one". O CRM é uma ferramenta voltada para o processo de foco, aquisição, transação, atendimento, retenção e construção de relacionamento de longo prazo com os clientes. É um conjunto de processos e tecnologias que geram relacionamentos com clientes efetivos e potenciais e com parceiros de negócios por meio do marketing, das vendas e dos serviços, independentemente do canal de comunicação. O CRM é uma abordagem que coloca o cliente no centro dos processos do negócio, sendo desenhado para perceber e antecipar as necessidades suas atuais e potenciais, de forma a procurar supri-las da melhor forma. Trata-se, sem dúvida, de uma estratégia de negócio, em primeira linha, que posteriormente se consubstancia em soluções tecnológicas. É assim um sistema integrado de gestão com foco no cliente: constituído por um conjunto de procedimentos/processos organizados e integrados em um modelo de gestão de negócios. Os softwares que auxiliam e apoiam essa gestão são normalmente denominados sistemas de CRM. Os processos de gestão que assentam em CRM estão, sem dúvida, na linha da frente, em termos estratégicos, não apenas em marketing, mas, também, a médio prazo, ao nível econômico- financeiro. Com efeito, empresas que conhecem profundamente os seus clientes, do que precisam e em que perfil de consumidor se enquadram, conseguem criar respostas personalizadas, antecipando as suas vontades e respondendo de forma precisa aos seus desejos atuais. O objetivo é o de alcançar maior qualidade, um contato mais significativo, por meio de uma melhor informação, melhor timing e, acima de qualquer coisa, de uma cultura empresarial mais proativa e com reação. Cada contato que é efetuado com os clientes é decisivo, sendo o CC encarado como ferramenta de cariz estratégico no que toca à gestão de relacionamento, desempenhando um papel central em uma estratégia de CRM. A tecnologia responderá apenas à estratégia da empresa a esse nível, auxiliando na captura de dados acerca do cliente e de fontes externas e na consolidação de uma data warehouse central, de modo a tornar a estratégia global de CRM mais inteligente. Adicionalmente, integra o marketing e as tecnologias de informação já existentes, de forma a dotar a empresa de meios eficazes e integrados de atender, reconhecendo e cuidando do cliente em tempo real. As aplicações de CRM transformam os dados recolhidos em informação que, quando disseminada, permite a identificação do cliente e a compreensão do seu perfil. As plataformas de CRM alicerçam-se em processos centrados no cliente, disseminados por toda a organização. Verifica-se a utilização exaustiva de informação relacionada com o cliente, integrando as áreas de marketing, vendas e serviços, percebendo-se criação de valor para o mesmo. Antes de implementar, é importante observar qual o modelo de relacionamento com o cliente a empresa pretende adotar, sendo necessário, várias vezes, redesenhar os processos de atendimento. Aqui importa perceber dimensões como: Como será feita a abordagem ao cliente? Que procedimentos ou eventos devem ser gerados? Qual é o plano de comunicação a adotar? De forma a responder esses desafios, procede-se ao levantamento rigoroso dos processos existentes e à sua documentação, de montante a jusante, podendo ser necessário redesenhar ou levar apenas a um reenquadramento dos mesmos e eventualmente à adição de mais-valias, pelo fato de passar a existir suporte de tecnologia de informação orientada para o cliente. A partir daqui é selecionada a solução de informação e consequente implementação. A seleção da solução de informação é baseada nas fases anteriores, sendo validadas as características das soluções disponíveis, determinada pelo modelo de relacionamento a seguir no futuro. Ao nível da implementação do sistema, os passos passam por configurar o modelo de relacionamento na tecnologia adquirida e implementar a estratégia de relacionamento com o cliente, incluindo um conjunto de ferramentas de apoio, como telemarketing, canais virtuais de relacionamento e terminais de ponto de venda. Importa nesta altura ter em conta os aspectos que contribuem para o sucesso desta fase: • 1. Foco nos processos, não na tecnologia. As TIC são apenas um meio para alcançar os objetivos; • • 2. Envolvimento, comprometimento e acompanhamento da gestão de topo; • • 3. Seleção da tecnologia de acordo com o negócio; • • 4. A tecnologia deve preencher necessidades específicas do negócio; • • 5. Perceber como as funcionalidades são realizadas e compreender a arquitetura global do sistema; • • 6. Apoio e formação aos utilizadores; • • 7. Competência multidisciplinar da equipe de projeto; • • 8. Estabelecimento de etapas e prioridades; • • 9. Consistência da integração do sistema. As novas mídias intensificaram a interação dos clientes com as corporações, exigindo soluções de gestão e, ao mesmo tempo, criando oportunidades inéditas de coleta de dados sobre o comportamento de compra e uso dos produtos e serviços e informações sobre o nível de satisfação. Esse novo contexto também proporcionou às organizações mais competitivas e inovadores aprimorarem suas ofertas a partir da análise da grande quantidade de dados coletados. Essa transformação histórica, concomitantemente, deu mais poder ao cliente e exigiu das corporações respostas mais efetivas. De forma resumida, o Marketing One-to-One indica quatro passos para realizar esta nova estratégia com o cliente: Identificar: perceber com grande sensibilidade quem são os seus clientes, colhendo dados e principalmente mensurando suas ações nos diversos pontos de contato, sejam on-line ou off-line. Diferenciar: ter uma ferramenta adequada que permita segmentar clientes e prospects. Interagir: estabelecer umdiálogo contínuo com esses clientes, de maneira a incrementar constantemente o conhecimento sobre cada um deles, especialmente quanto a suas necessidades, seus desejos e seu comportamento. Personalizar: adaptar sua oferta de acordo com a individualidade de seus clientes. O consultor Paul Greenberg acredita que o CRM evita que as organizações fiquem para trás na nova economia do século XXI. Para ele, ser retardatário agora significa clientes perdidos e sérios prejuízos. Mas, como não se atrasar quando os clientes estão mudando à "velocidade da luz"? De acordo com Greenberg, o CRM é uma estratégia que reúne as mais avançadas tecnologias para a empresa chegar mais rápido a este século. CRM na Velocidade da Luz, de Greenberg, publicado no Brasil pela editora Campus, é um livro extremamente prático. Com ele, o leitor conhecerá os principais conceitos relacionados a essa ferramenta, os tipos de tecnologia, os diferentes usos, os fornecedores e, assim por diante, além de algumas das dimensões do CRM, como a SFA (automação da força de vendas), a EMA (automação do marketing), o PRM (gestão do relacionamento com os parceiros) e o SRM (gestão do relacionamento com o estudante). Compliance e Gestão de Risco da Imagem Vemos todo tipo de variável ser analisada nos cálculos de risco dos negócios, mas é praticamente desconhecida a inclusão, nesses cálculos, da análise do risco da imagem corporativa. Danos provocados por problemas com a imagem são amplamente conhecidos, alguns de intensidade e amplitude devastadoras para projetos isolados, ou mesmo para a reputação de organizações que até então gozavam de prestígio e reconhecimento. Curiosamente, por outro lado, são de amplo domínio as várias metodologias testadas e adotadas por muitas organizações ao redor do mundo que se dedicam a reverter ou reduzir efeitos de crises, de algum episódio que tenha afetado suas imagens e suas reputações. São as reconhecidas metodologias de gestão de crise de imagem, frequentemente associadas a cursos preparatórios de porta-vozes e outros representantes da organização perante a imprensa e a sociedade em geral, os já bem difundidos media training. Seguindo essa lógica, é fácil constatar que existem metodologias testadas e prontas para reagir a um advento danoso à imagem. Porém, medidas capazes de identificar e mitigar riscos potenciais contra a imagem, decorrentes das atividades regulares de uma organização, não mereceram, até aqui, o mesmo nível de tratamento. Na realidade, são desconhecidas metodologias bem difundidas de gestão de risco da imagem institucional. Risco e Imagem se articulam na comunicação organizacional pelo menos de três formas diferentes. A primeira é no risco de comunicar a imagem. Sabe-se que muitos erros são cometidos no trabalho de promoção e posicionamento de marcas. Muitas campanhas acabaram por posicionar de forma equivocada produtos e serviços, por vezes valiosos e inovadores, conduzindo-os ao fracasso. São clássicos nos estudos publicitários os resultados negativos da campanha da Coca-Cola com o produto New Coke (1983), e da Pepsi com a Crystal Pepsi (1992). Ambas as empresas cometeram erros de avaliação do próprio mercado consumidor, foram incapazes de perceber a ambiguidade e imprecisão das mensagens veiculadas e colocaram em risco o futuro dos seus próprios produtos posicionados, líderes em suas posições, já consumidos amplamente por clientes exigentes por continuidade. Em boa medida, toda comunicação é um risco, pois ela trafega sobre um campo ambivalente, polissêmico e impreciso, a linguagem: "Comunicar é sempre um ato de risco. Campos semânticos e afetos estão sempre atuando na superfície do contexto, no entre-jogo dos intercomunicantes, e também nas profundezas, em níveis não acessados conscientemente durante o ato comunicante" (COOREN; TAYLOR; VAN EVERY, 2006, p. 17). A segunda forma que articula o binômio se expressa pela comunicação de risco, um processo que objetiva influenciar a opinião pública a compreender o perigo potencial gerado pela atuação de uma determinada atividade empreendedora. "Em última instância, levar as pessoas a entenderem a natureza e o grau de um perigo, as chances ou a probabilidade de sua ocorrência e as consequências desse perigo e do risco assumido para suas vidas. Um exemplo é o entendimento de informações tais como: não fume, pois um em cada doze fumantes contrai câncer. Essa compreensão permitirá que as pessoas possam tomar decisões, precedidas de esclarecimentos, sobre como lidar com uma situação nova, tendo consciência e poder para escolher entre submeter-se ou não ao perigo e ao risco apontado. Viver é gerenciar riscos!" (ALVES, 2007, p. 98). A terceira forma, cuja abordagem nos interessa, é o da gestão do risco da imagem corporativa. Do ponto de vista da gestão do patrimônio, no caso o patrimônio intangível - imagem, reputação, confiança -, nada deveria nos surpreender mais do que a sua ausência nas metodologias de gestão de risco. É sabido que problemas com a imagem provocam paralisação de projetos, cancelamento de contratos, suspensão de fornecimento de insumos, restrições de crédito e toda sorte de prejuízos com grande impacto sobre os empreendimentos. Finalizando este tópico, segue uma palavra de esperança para a comunicação nas empresas brasileiras que pode fazer prevalecer a tendência de aumento da confiança em nossas organizações de negócios, como uma forma de superar suas dificuldades. Confiança nas empresas, uma arma contra a crise O processo de comunicação é essencial para a manutenção do relacionamento nas diversas formas, assim chegamos mais um final de unidade ressaltando a importância da comunicação corporativa, desta forma precisamos compreender que o uso e cominações de ferramentas são indispensáveis A comunicação corporativa deve atuar como elemento de apoio ao negócio em dois níveis sendo eles o operacional atuando na concepção, organizando e operando atividades de comunicação propriamente dita em dois âmbitos, da comunicação externa e da comunicação interna e nível estratégico influenciando a alta direção por meio da visão e da sensibilidade do comunicador. Logo no início da unidade vimos o CRM como uma fonte de possibilidade estratégica para a gestão de relacionamento é uma delas, entendemos que se trata de um conjunto de processos e tecnologias que geram relacionamentos com clientes e com parceiros de negócios através do marketing, das vendas e dos serviços, independentemente do canal de comunicação. E por fim, abordamos a Compliance e a gestão de risco da imagem, compreendemos que a questão da ética nos traz a compreensão da questão da transparência como a base do compliance da marca. Assim, a segurança da marca advém da sua capacidade em conquistar a confiança do cliente. -------- Questão 01 Em quais níveis a comunicação corporativa deve apoiar a empresa? Nível operacional e nível estratégico. -------- Questão 02 Customer Relationship Management é uma estratégia de gestão de relacionamento com o cliente voltada ao entendimento e à antecipação das suas necessidades. É correto afirmar que: O CRM é utilizado para coletar os dados dos clientes, armazená-los e facilitar cruzamentos desses dados. -------- Questão 03 A segurança da marca advém da sua capacidade em conquistar a confiança do cliente. Nesse sentido, a ética corporativa vem se tornando uma das prioridades das organizações. Qual tem sido outra prioridade na busca pela segurança da marca? Sustentabilidade. -------- Questão 04 De forma resumida, o Marketing One-to-One indica quatro passos para realizar uma nova estratégia com o cliente, sendo elas: Identificar, Diferenciar, Interagir e Personalizar. -------- Questão 05 Qual é o principal objetivo da transparência para os públicos internos e externos da corporação? Conquistar de forma sistemática a confiança dos públicos e construir uma boa reputação. --------