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10 - Sexologia forense e obstetrícia
Medicina Legal, Deontologia e Bioética (Universidade Luterana do Brasil)
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10 - Sexologia forense e obstetrícia
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SEXOLOGIA FORENSE
CONCEITO
→ É a parte da medicina legal que trata das questões 
médico-biológicas e perícias ligadas a delitos contra a 
dignidade e liberdade sexual
Violência sexual
OMS: “uso intencional da força ou poder físico de fato 
ou como ameaça contra a pessoa, grupo ou 
comunidade que cause ou tenha possibilidade de causar 
lesões, morte, danos psicológico, transtorno do 
desenvolvimento ou privações” 
Fatores:
 Socioeconômicos
 Todas classes sociais
 Crescimento populacional (periferias)
 Desemprego
 Drogas
 Alcoolismo
 Falta de justiça
 Insegurança
 Cultural
Legislação: 
 Código penal, 
 TÍTULO VI, Dos crimes contra a dignidade 
sexual
 CAPITULO I, dos crimes contra a liberdade 
sexual 
 Estupro
 Art. 213- Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Pena: Reclusão- 6 a 10 anos
 Violação sexual mediante fraude
 Art. 215- Ter conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou 
outro meio que impeça ou dificulte a livre 
manifestação da vontade da vítima.
Pena: Reclusão 2 a 6 anos
 Assédio sexual:
 Art. 216- Constranger alguém com o intuito de obter
vantagem ou favorecimento sexual, prevalendo-se o 
agente de sua condição de superior hierárquico ou 
ascendência, inerentes ao exercício de emprego 
,cargo ou função.
 Pena: Detenção 1 a 2 anos 
CÓDIGO PENAL - Capitulo II, dos crimes contra 
vulnerável.
Estupro de vulnerável:
Art. 217- Ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso 
em menor de 14 anos
Pena: Reclusão 8 a 15 anos
Incorre na mesma pena quem praticar ações descritas 
com alguém que enfermidade ou deficiência mental 
não tenha o necessário entendimento para o ato ou 
não possa oferecer resistência.
Corrupção de menores
Art. 218- Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer 
lascívia de alguém.
Pena: Reclusão 2 a 5 anos
 Crimes contra a dignidade sexual a pena é 
aumentada da metade se o agente é 
ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, 
cônjuge, companheiro, curador, tutor, ou 
qualquer tipo de autoridade sobre ela. 
 Lei 11.106 de 28 Março de 2005;
 Revoga o crime de adultério – NÃO HÁ 
PUNISSÃO PARA ADULTÉRIO, APENAS PODE 
OCORRER INDENISAÇÃO 
 Raríssimas condenações
 “Pois ofende apenas a honra do cônjuge e não 
da sociedade como um todo, portanto não deve 
ser tutelado pelo direito penal” 
 Sedução;
 Não é crime
 Se a mulher tiver entre 14 e 18 anos
 Não for vítima de enganação
 Tiver pleno entendimento de seus atos 
Perícia:
 Local adequado
 Respeito a dignidade
 Respeito a privacidade
 Higiênico
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 Sigilo, respeitar confidencias
 Condições técnicas, ventilado, iluminado, mesa 
ginecológica, material de coleta, especulo, 
 SEMPRE ACOMPANHA POR FAMILIARES 
ADULTOS OU ALGUÉM DA CONFIAÇA DA/O 
PERICIADO 
 Aceitar recusa
 Respeitar o limite da periciada
 Assistência médica tem prioridade
Exame: Cuidados
→ SALA DE ESPERA EXCLUSIVA.
→ POSSIBILIDADE DE OPTAR POR ATENDIMENTO FEITO 
POR EQUIPE DE GINECOLOGISTAS DE SEXO FEMININO 
COM HORÁRIO MATUTINO E VESPERTINO. 
→ PREZAR OS ASPECTOS ÉTICOS DO ATENDIMENTO: 
 PRESENÇA DE AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO 
LEGAL NA SALA DE EXAME; 
 AVALIAR CASO A CASO A PRESENÇA DE 
FAMILIAR NA SALA DURANTE A CONFECÇÃO 
DO HISTÓRICO; A
 BSTER-SE DE PRECONCEITOS E JUÍZO DE 
VALORES; 
 RESPEITO À DOR EMOCIONAL DA VÍTIMA.
Exame:
 Identidade, nome, idade, profissão
 Histórico
 Condições psicológicas
 Lesões corporais, despir e visualizar (descrever)
ANAMNESE
 TIPO DE OCORRÊNCIA,COM BASE NO RELATO 
DA VÍTIMA.
 DATA / HORÁRIO / LOCAL DA OCORRÊNCIA.
 DEFINIR O AGRESSOR (ART 226 CP prevê 
aumento de pena quando o autor é 
ascendente, padrasto/madrasta ,tio, irmão, 
cônjuge, companheiro, tutor, curador, 
preceptor ou empregador da vítima ou por 
qualquer outro título tem autoridade sobre 
ela).
 PERGUNTAR SOBRE VIOLÊNCIA FÍSICA E 
PSÍQUICA.
 PERGUNTAR SOBRE GRAVE AMEAÇA.
 PERGUNTAR SOBRE USO DE PRESERVATIVO E SE
HOUVE EJACULAÇÃO.
 PERGUNTAR A DATA DA ÚLTIMA 
MENSTRUAÇÃO.
 SE A VÍTIMA É SEXUALMENTE ATIVA, DEFINIR 
SE FAZ USO DE MÉTODO CONTRACEPTIVO E EM
QUE DIA OCORREU A ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL
CONSENTIDA.
 Coito anal:
1-Exame do períneo
2-Exame da mucosa anal, hematomas, rupturas, 
fissuras, etc..
3-Esfíncter anal, tônus, aspecto
4-Coleta de material (interno ou externo)
 Estupro: 
Art. 213- Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Masculino ou feminino
Ato libidinoso= esfera sexual, obsceno, lesivo, sem 
pudor. Ex. coito ectópico, masturbação, apalpações, 
contatos voluptuosos constrangedores, etc..
Conjunção carnal:
 Introdução completa ou incompleta do pênis na 
vagina com ou sem ejaculação.
Violência presumida:
 Menor de 14 anos 
 Enfermidade mental A ENFERMIDADE TEM DE 
SER PERCEPTÍVEL MESMO PARA UM 
OBSERVADOR LEIGO (MESMO AO OBSERVADOR
LEIGO)
 Enfermidade física que impeça resistência
Violência real:
 Sinais de reação da vítima
Violência psíquica, grave ameaça
Perícia em casos de estupro:
1- Histórico, fatos propriamente ditos, relações prévias, 
partos, temporalidade, etc..
2- Exame subjetivo: Desenvolvimento mental (mesmo ao
observador leigo)
3- Exame genérico: Descrever o mais minuciosamente 
possível todas lesões encontradas
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4- Exame específico, ginecológico
- Genitais externos
- Exame das mucosas vaginal
- Exame do hímen, rupturas, sangramentos, 
hematomas
- Gravidez
ATENTAR PARA:
- Esperma na vagina
- Presença de fosfatase acida, glicoproteína P30 
(agentes vasectomisados)- Doenças sexualmente transmissíveis
- Material para pesquisa de DNA
HÍMEN:
- Estrutura fibrosa recoberta por mucosa em 
ambos os lados (face vaginal e vulvar) que 
delimita a vulva da vagina.
- Por vezes rígida e vascularizada
- Duas bordas- Borda livre e borda de inserção
- Altura do hímen (= orla) é distancia entre as 
duas bordas
- Óstio: é o espaço delimitado pela borda livre
Classificação do hímen (Oscar Freire)
Orifício
A- Sem orifício
B- Com orifício 
 1- Puntiforme
 2- Circulares, ovalares ou elípticos
 3- Em fenda
 4- Triangulares ou trilabiados
 5- Multiangulares
 6- Dois orifícios (Septos)
 7- Três ou mais orifícios
 8- Cribiformes
C- Atípicos
- Múltiplos
- Hímen complacente, que permite a cópula sem 
se romper – POR SER MUITO ELÁSTICO OU POR 
TER O ÓSTIO MUITO AMPLO
- Óstio amplo (altura himenal exígua)
- Elástico
- Exame complexo, exige experiência do 
examinador
Carúnculas mirtiriformes ou mitriformes → São 
retalhos do hímen roto, pelo coito ou parto
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FATORES DA COMPLACENCIA HÍMENAL 
 Membro viril pequeno , afilado
 Óstio himenal muito grande, rodeado por orla 
estreita
 Borda franjada, coroliforme 
Hímen muito elástico
Hímen normal pode apresentar:
 ENTALHE – insinuação em direção a borda de 
inserção – pode ser confundido com uma 
ruptura parcial por coito
 Pregas
 Saliências
 Sulcos
 Trabéculas
 Incisuras
 Criptas
 Pilares
 Pontes
RUPTURA X ENTALHE
 Ruptura= geralmente completa, bordos 
regulares, assimétricos, justapostos, ângulos em 
“V”, sangrantes, em cicatrização (sangrantes, 
inflamadas)
 Se não atingir a borda de inserção é incompleta, 
se atingir a parede borda de inserção é completa
e sugere sempre ato sexual.
 Entalhe= Pouca penetração na orla, simétricos 
sem justaposição das bordas, bordas revestidas 
por epitélio
 Problema: ?
 Ruptura parcial cicatrizada X entalhe congênito
RUPTURA HIMENAL 
→ Sangrantes 2-4 dias
→ descrição – método do relógio ou quadrantes
→ mais comum nos quadrantes posteriores
→ pode ser completa ou incompleta
- CICATRIZAÇÃO – 2-30 dias
Virgindade:
• É a absoluta falta de prática de conjunção 
carnal. 
• O conceito de “virgindade” perante a lei 
brasileira, está ligado à ocorrência ou não de 
conjunção carnal e não só à integridade do 
hímen.
• Assim, para afirmarmos ou negarmos a 
virgindade, teremos que, além do estudo do 
hímen, analisar dois outros elementos periciais: 
a presença de espermatozoides na vagina e na 
gravidez.
→ o conceito de virgindade também está muito ligado 
ao conceito de pureza para a sociedade. Mesmo que não
haja conjunção carnal, a mulher pode não ser mais 
virgem.
Gravidez: 
• A gestação traz implícito o defloramento, mesmo 
não havendo conjunção carnal no sentido estrito e 
portanto independentemente do estado do hímen 
Espermatozóides na vagina: 
• Se for encontrado esperma na vagina, 
pressupõe que houve conjunção. No entanto, o 
tempo superior a 48 horas entre a perícia e a 
prática sexual e os próprios cuidados higiênicos da 
mulher dificultam ou impedem o seu encontro.
• O uso de preservativos por parte do homem 
praticamente elimina a positividade desse exame.
• Também se considera, por presunção, que houve
conjunção carnal quando se constata a presença 
de sêmen, podendo ser encontrado, em média, até 
27h após 
Encaminhamento de vítimas de agressão sexual, é 
fundamental para:
• O diagnóstico e prevenção da gravidez
• Prevenção de doenças sexualmente 
transmissíveis (DST)
• Distúrbios psíquicos pós-agressao
Os quesitos presentes no laudo de conjunção carnal :
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primeiro: se a paciente é virgem;
segundo: se há vestígio de desvirginamento recente;
terceiro: se há outro vestígio de conjunção carnal 
recente;
quarto: se há vestígio de violência e, no caso afirmativo, 
qual o meio empregado;
quinto: se da violência resultou para a vítima 
incapacidade para as ocupações habituais por mais de 
trinta dias ou perigo de vida, ou debilidade permanente, 
ou incapacidade permanente para o trabalho, ou 
enfermidade incurável, ou deformidade permanente, ou 
aceleração de parto, ou aborto – resposta especificada;
sexto: se a vítima é alienada ou débil mental;
sétimo: se houve outra causa, diversa de idade não 
maior de 14 anos, alienação ou debilidade que a 
impossibilite de oferecer resistência 
Ato libidinoso diverso da conjunção carnal É a prática 
de satisfazer completa ou incompletamente, com ou sem
ejaculação o apetite sexual
 Ex. coito anal, vestibular, oral, toques, 
apalpadas, contatos voluptuosos, etc..
 Devem ser caráter sexual, obseno e lesivo ao 
pudor mínimo.
Exame:
 1- Histórico
 2- Questões subjetivas, retardo mental 
condições emocionais→(mesmo ao observador 
leigo).
 3- Exame geral, lesões corporais, sinais de luta
 4- Exame específico 
- Posição de “prece maometana”, genupeitoral
- Iluminação adequada
- Ânus normal, fenda antero-posterior, fechado, 
pregas anais, mucosa de cor rosada
- Equimoses, escoriações, hematomas, edema, 
fissuras da mucosa, hemorragias.....
- Relaxamento do esfíncter, paralisia anal reflexa 
(1 a 2 dias)
- Dor ao toque retal
- Fissura anal na junção dos quadrantes 
posteriores
- Esperma no canal retal
- Lesões mais graves e evidentes em crianças
- Mais complexos em vítimas pederastia passiva
Abuso sexual de Crianças
É a exploração de menor pelo adulto com finalidade de 
prazer lascivo
Ex. Carícias genitais, contato oro genital e vice-versa, 
coito anal ou vaginal, masturbação, visualizar 
pornografia, etc.. 
Suspeitar quando:
- Mudança de comportamento
- Medo de determinadas pessoas
- Medo de lugares
- Recusa ao exame
- Uso de expressões ligadas ao ato sexual
- Insinuação sobre praticas sexuais
- Ruptura do hímen
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OBSTETRÍCIA FORENSE
Estupro 
- Conjunção carnal
- Violência ou grave ameaça 
Conjunção carnal é a intromissão parcial ou total do 
pênis em ereção na vagina, com ou sem ruptura do 
hímen, com ou sem orgasmo, resultando do amplexo 
heterossexual.
Gravidez: 
A gestação traz implícito o defloramento 
(DESVIRGINAMENTO), mesmo não havendo conjunção 
carnal no sentido estrito e portanto independentemente
do estado do hímen.
Ruptura himenal na ausência de conjunção carnal
 Acidentes (laceração de períneo)
 Doenças venéreas (sífilis)
 Práticas libidinosas (masturbação ou introdução de 
objetos na vagina).
Conjunção carnal sem ruptura himenal 
Cópula vestibular ou coito nas coxas
Anatomia do pênis
Hímen dubitativo 
A contaminação venérea fala a favor da existência de 
conjunção, mas não tem caráter absoluto, podendo ter 
outra origem ou mesmo estar vinculada à prática de atos
libidinosos diversos da conjunção carnal
OBSTETRÍCIA FORENSE
→ Estuda aspectos médico-legais relacionados com 
fecundação, gestação, parto, puerpério, além dos crimes 
de aborto e infanticídio.
Fecundação:
É a união do óvulo, macrogameta produzido no ovário, 
com o espermatozóide, microgameta, produzido nas 
glândulas testiculares do homem, formando a célula ovo
ou zigoto.
Fecundação pode ser a consequência de :
- conjunção carnal;
- ato libidinoso diverso de conjunção carnal;
- fecundação artificial: em união dos gametas fora do 
organismomaterno 
Inseminação artificial: processo para a introdução 
artificial do gameta masculino no sistema e genital 
feminina, podendo ser:
a) homóloga: feita com sêmen do próprio marido. É 
plenamente aceita pelo código de ética médica e pelo 
direito 
b) heteróloga: feita com o sêmen de um doador, fora do 
matrimônio; punida pelo código penal quando realizada 
sem o consentimento do marido
Métodos contraceptivos: 
a) cirúrgicos: laqueadura o ligadura de trompas, nas 
mulher, ou dos ductos deferentes, no homem 
b) mecânicos: preservativo, diafragma, dispositivo 
intra-uterino (DIU) 
c) químicos: espermaticidas 
d) hormonais: anticoncepcionais orais 
f) fisiológicos: coito interrompido, tabelinha 
 
Gravidez
Corresponde ao período posterior à fecundação, na qual 
o embrião passa desenvolver-se, até o parto. 
a) Sinais de presunção
b) Sinais de probabilidade
c) Sinais de certeza 
a) sinais de presunção:
- amenorreia: ausência de menstruação;
- sinais mamários: maior volume e pigmentação no das 
mamas;
- alterações gastro intestinais: náuseas, vômitos, 
constipação;
- alterações cardiovasculares: edema nos membros 
inferiores;
- alterações na pele: máscara gravídica (pigmentação 
acentuada no rosto)
b) Sinais de probabilidade:
 São sinais específicos e frequentes na gravidez, 
identificados no exame ginecológico pela alteração da 
forma, consistência e topografia do útero. 
Isoladamente ainda não definem o diagnóstico de 
gravidez.
→ Beta-HCG teste de gravidez 99% de precisão
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c) Sinais de certeza
- presença de batimentos cardiofetais (BCF), audíveis 
com o estetoscópio de Pinard a partir da 18ª semana e 
com monitores eletrônicos desde oitava semana;
- movimentos fetais ativos e passivos, percebidos a 
partir da 18ª semana;
- RX do esqueleto fetal, radiológica visível entre a 12ª e 
a 14ª semanas;
- ecografia ou ultra-sonografia, estabelecendo 
diagnóstico na quarta semana.
Puerpério:
 É o período que se estende do fim do parto até a volta 
do organismo materno ao estado anterior à gravidez. 
Retorno ao estado fisiológico normal
Não deve ser confundido com o estado puerperal, 
conceito este que se aplicar a casos de infanticídio. 
Estado puerperal é estado psicótico pós parto em que a 
mãe por algum motivo não encontra-se em seu devido 
juízo.
a) Sinais de parto recente ( em mulher viva ou morta):
Externos:
- edema de vulva e grandes lábios;
- roturas hímenais no primeiro parto;
- roturas do períneo;
- eventuais sinais de episiotomia; incisãolateral realizada
na hora do parto para ampliar o canal do parto
- presença de lóquios: - secreção sero-sanguinolenta que
acompanha a involução do útero.
 * rubra, até terceiro dia
 * flava, até o oitavo dia
 * alba, até décimo segundo dia
- mamas túrgidas eliminando colostro;
- involução do útero, que é palpável:
 * primeiro dia na cicatriz umbilical;
 * quinto dia 6 cm acima do púbis;
 * 12º dia atrás do púbis.
 
Internos: Recente
- Edema, roturas e equimoses na mucosa vaginal;
- Colo uterino globoso, cheio de coágulos ou lóquios 
 -Útero gravídico 
b) Sinais de parto antigo ( em mulher viva ou morta) :
 Externos: antigo 
- pigmentação dos mamilos e da linha alba (linha escura 
que vai do umbigo ao véu pubiano) 
- cicatrizes no períneo 
- sinais de episiotomia (incisão realizada para ampliar o 
canal de parto) 
- hímen reduzido a um carúnculas mirtiformes (roturas 
antigas do hímen, cicatrizadas, em forma de tubérculos)
- alterações do colo uterino
Abortamento 
Abortamento, sob o ponto de vista jurídico, é 
interrupção da gravidez em qualquer fase da gestação, 
com morte do concepto e sua consequente expulsão ou 
retenção.
Do ponto de vista obstétrico, é a interrupção da 
gravidez com feto ainda não viável, isto é, até vinte 
semanas de gestação, pesando até 500 g e com altura 
calcâneo-occipital máxima de 16,5 centímetros
→ até 20 SG
→ ATÉ 500g
→Altura calcâneo occipital mácima de 16,5cm
O aborto pode ser classificado:
a) Espontâneo 
Ocorrem quando condições materno-fetais 
endógenas impedem o procedimento da gestação. 
b) Acidental 
Ocorre quando fatores traumáticos, tóxicos ou 
infecciosos (em circunstâncias eventuais), 
provocam a morte do feto
 
c) Provocado
Ocorre quando agentes externos, com 
intuito de interromper a gestação, são 
intencionalmente aplicados sobre a mulher 
grávida.
Aborto provocado: 
Puníveis:
- provocado: resulta da própria ação da gestante
- sofrido: provocado sem consentimento da gestante
- consentido: praticado por terceiro, com permissão da 
gestante
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Não-Puníveis:
- Necessário ou terapêutico: aborto realizado pelo 
médico para salvar a vida da gestante 
- Sentimental, piedoso ou moral: em caso de gravidez 
resultante de estupro
-Aborto eugênico : anencefalia 
 
Aborto punível 
O aborto eugênico, visando evitar o nascimento 
de criança defeituosa, é considerado crime pela 
legislação brasileira, apesar de algumas associações 
médicas considerarem que o defeito genético e a 
malformação do feto justificam o aborto (exceto 
anencefalia) 
O aborto social, GRAVIDEZ INDESEJADA praticada
por motivos econômicos, morais ou até estéticos, não 
apresenta qualquer justificativa legal, apesar de sua alta 
incidência.
Quando se pretende interromper uma gravidez, como 
nos casos previstos em lei, a evacuação uterina por: 
 - Curetagem ou sucção, nas primeiras doze semanas ou
menos de gestação. A curetagem por sucção é associada
a menos complicações do que é curetagem cruenta.
-Nas gestações mais avançadas, procura-se 
promover previamente a expulsão fetal, utilizando 
para isso o misoprostol
Diagnóstico de Aborto Provocado 
a) realidade do abortamento 
Sinais recentes
- sinais de gravidez pré existente 
- sinais de parto recente 
- sinais de puerpério imediato ( primeira 
semana) 
- sinais de puerpério tardio (três semanas 
seguintes).
b) manobras abortivas
-Colo do útero: Identificação da presença de 
corpo estranho ou sinais de pinçamento, no caso de 
curetagem 
-Superfície corporal: Presença de contusões, 
queimadura ou eventuais lesões corporais 
Sangue: Pesquisando beta-HCG 
Quando ocorrer nascimento de feto viável, estaremos 
diante de parto prematuro e a caracterização penal a 
ser estabelecida aplica-se à situação de aceleração de 
parto. 
Verificando a morte posterior do feto, em consequência 
de sua prematuridade, caberá a discussão quanto ao 
delito a ser qualificado: Aborto ou aceleração de parto.
De qualquer maneira, não é possível falar de aborto sem 
que haja demonstração de gestação prévia e sem provas 
segura de que tenha sido provocado.
Infantícidio 
É a morte, pela própria mãe, do recém-nascido 
durante ou logo após o parto, sob influência do estado 
puerperal. São elementos do crime de infanticídio:
Tipificação 
- própria mãe;
- durante o parto ou logo após ; 
- influencia do estado puerperal;
- recém-nascido com vida extra-uterina.
O crime é executado pela mãe, sem auxílio ou 
indução, sem planejamento prévio, como resultado de 
gravidez ilícita, dissimulada durante sua evolução, e com 
parto clandestino e sem a assistência, não admite 
coautor. 
A expressão " durante ou logo após o parto " 
compreende a fase de expulsão, desde a ruptura da 
bolsa, a insinuação do feto pelo canal vaginal até o seu 
desprendimento da vulva e o instante imediatamente 
após. Do ponto de vista médico-legal, o parto termina 
com o completo desprendimento fetal, mesmo que o 
recém-nascido ainda permaneça ligado à placenta pelo 
cordão umbilical
O estado puerperal 
É um quadro de obnubilação e confusão mental que 
segue o partoÉ desencadeado por fatores físicos, representados pela 
dor; químicos, proporcionados pelas alterações 
hormonais; e psicológicos, precipitados pela tensão 
emocional. 
Trata-se de um quadro de difícil determinação pericial, 
sendo muito discutida, do ponto de vista médico-legal, a 
sua real existência. 
Baixado por Aleksandra Sagrilo (sharapin41@gmail.com)
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Não deve ser confundido com o puerpério, nem como 
os estados de depressão pós-parto e de psicose 
puerperal. 
NATIMORTO
A vida extra uterina é caracterizada, 
fundamentalmente, pela respiração, se o feto não 
respirou, houve morte intrauterina ou durante o trajeto
pelo canal de parto.
A violência durante o parto é caracterizada pela
ocorrência de sufocação direta, esganadura, 
afogamento ou ferimentos contundentes, 
principalmente no couro cabeludo.
Docimásia de Galeno
Docimásias (do grego: dokimos – eu provo) = Prova
1º tempo - mergulha-se o bloco das vísceras torácicas na
água: havendo flutuação houve respiração 
2º tempo - sem retirar o bloco da água, separam-se os 
pulmões e após secionar os hilos dos órgãos observa-se 
se há flutuação 
3º tempo - ainda sob a água, separam-se os lobos 
pulmonares, e se cortam em pequenos fragmentos para 
verificar o comportamento de cada um deles: se 
afundam, o pulmão não respirou; caso flutuem, houve 
respiração.
4º tempo - os fragmentos secionados no tempo anterior 
são espremidos, sempre sob a água, contra a parede do 
recipiente observando-se a saída de pequenas bolhas de 
ar junto com sangue; abandonados os fragmentos, estes 
também vêm à superfície quando, então, a prova se 
considera positiva.
Baixado por Aleksandra Sagrilo (sharapin41@gmail.com)
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