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Latrocínio O latrocínio é o 'roubo seguido de morte'. Mas se, por exemplo, um criminoso matou a vítima e só depois subiu no carro e o roubou. Logo, no exemplo, o roubo ocorreu depois da morte, ou seja, o roubo foi precedido (e não ‘seguido’) de morte. E isso também é latrocínio. O que caracteriza o latrocínio não é se a morte ocorreu antes ou depois do roubo. O que o caracteriza é que a morte é o meio para que o criminoso alcance seu desejo: o roubo. No latrocínio, a morte ocorre como meio para se conseguir um fim: subtrair com o patrimônio da pessoa, não importando se a morte aconteceu antes ou depois (por exemplo, para evitar que a vítima chamasse a polícia ou reagisse). Forma tentada Existe a tentativa de latrocínio. Neste caso, o sistema jurídico brasileiro - através de decisões da sua Corte Suprema, construiu o entendimento seguinte, resumido nas fórmulas: Tentativa Quando o autor tenta roubar e tenta matar - latrocínio tentado; Quando efetua o roubo e tenta matar - latrocínio tentado. Consumação Quando mata e rouba - latrocínio consumado; Quando o sujeito mata e tenta roubar – latrocínio consumado. (SUM. 610 STF) Podemos, sim, ter um roubo e um homicídio ao mesmo tempo, em vez de um latrocínio. Tudo depende de qual era a intenção do criminoso. Se a intenção do criminoso era matar e roubar, há um homicídio e um roubo pois ele tinha dois objetivos diferentes. Se a intenção era matar para roubar, temos um latrocínio, pois ele tinha apenas um objetivo (roubar), e a morte da vítima foi o meio que ele usou para alcançar aquele objetivo.
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