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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 1 AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS – FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 Prof. ERICK MOURA Olá pessoal, Bom revê-los aqui para mais um encontro. Espero que tenham gostado da aula anterior. Nessa aula vamos abordar os seguintes tópicos para a disciplina de AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC: => Considerações sobre a Execução Orçamentária e Financeira. Eventualmente irei inserir alguns temas relacionados para que possamos cercar o assunto da melhor forma possível, assim como questões de outras Bancas que se aproximam da técnica da FCC, ok ? Todos prontos? Agora vamos adiante ! AULA 5 ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS 1 - Considerações sobre a Execução Orçamentária e Financeira. 2 - Revisão em Tópicos e Palavras-Chave. 3 – Questões de Prova. 1 - Considerações sobre a Execução Orçamentária e Financeira. 1.1 – A DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Pessoal, vamos falar de novo sobre a LOA e lembrar que devemos encarar o tema EXECUÇÃO em 2 PLANOS: ORÇAMENTÁRIO e FINANCEIRO. A LOA confere DOTAÇÕES do orçamento às UNIDADES SETORIAS ORÇAMENTÁRIAS, ou simplesmente UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS – UOs. No entanto, elas terão que ser descentralizadas, a fim de que as UNIDADES ADMINISTRATIVAS – UAs executem efetivamente o orçamento. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 2 As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que as UAs possam executar a despesa orçamentária. As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois: • não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); e • não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais. Assim, todos os CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS, bem como os ADICIONAIS, se descentralizam das seguintes formas: 1) quando a descentralização de CRÉDITOS envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a descentralização interna de CRÉDITOS, também chamada de PROVISÃO. 2) quando ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa de CRÉDITOS, também denominada de DESTAQUE Na descentralização de CRÉDITOS, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente para se atingir o objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente. Deve-se respeitar integralmente a classificação funcional e a estrutura programática. Desta forma, a diferença se dá pelo fato de que a execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade. Importante destacar que a descentralização de crédito externa dependerá de celebração de convênio ou instrumento congênere. Estes devem disciplinar como se atingir o objetivo pretendido, bem como as obrigações e as relações entre as partes. De acordo com o disposto no art. 35 da Lei nº 10.180/2001, a execução de despesas por meio de descentralização a outro ente da Federação processar-se-á conforme os mesmos procedimentos adotados para as transferências voluntárias. Assim teremos empenho, liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão na receita e na AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 3 despesa do ente recebedor dos recursos-objeto da descentralização, identificando-se como recursos de convênios ou similares. IMPORTANTE ! • As descentralizações de créditos orçamentários devem ocorrer em projetos ou atividades. • Em regra, as transferências voluntárias realizadas entre entes da Federação que devem ser classificadas como operações es- peciais. Erick, você falou em classificações institucional, funcional, programática e econômica. O que é isso ? Então.....Vamos destrinchar. 1.1.1 – CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL DA DESPESA Ela reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: ÓRGÃO ORÇAMENTÁRIO e UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - UO. De acordo com o artigo 14 da Lei nº 4.320/64, unidade orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações de CRÉDITO são confiadas às unidades orçamentárias responsáveis pela realização das ações. No caso da União, o código da classi- ficação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária. Exemplo: 39250 Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT 3 9 2 5 0 UNIDADE ORÇAMENTÁRIA ÓRGÃO ORÇAMENTÁRIO Sendo que, no exemplo: • Órgão Orçamentário => MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES • Unidade Orçamentária => AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES – ANTT AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 4 Relembrem do que colocamos em encontros passados. Uma UO não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa. Temos como exemplos os fundos especiais e as Unidades Orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”. 1.1.2 – CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA A classificação funcional divide as dotações orçamentárias em funções e subfunções, a fim de se “responder” à pergunta: “Em que área de ação governamental a despesa será realizada ?” A Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão estabeleceu a atual classificação funcional da despesa no Brasil. Tal classificação se compõe de um rol de funções e subfunções prefixadas, com o intuito de se agregarem os gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. Também se representa a classificação funcional por meio de cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função. Os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. Já falamos antes sobre a definição de FUNÇÃO e SUBFUNÇÃO, de modo que não iremos reprisar os conceitos, mas apenas dar um exemplo com os códigos. Exemplo: 12365 – Despesa relacionada com a Educação Infantil no âmbito do Ministério da Educação 1 2 3 6 5 FUNÇÃO SUBFUNÇÃO AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 5 Sendo que, no exemplo: • FUNÇÃO => MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO • SUBFUNÇÃO => EDUCAÇÃO INFANTIL Destacamos que a função “Encargos Especiais” (atenção para não confundir com Operações Especiais) é uma AGREGAÇÃO NEUTRA, pois abarca as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço aser gerado no processo produtivo corrente, tais como: • Dívidas • Ressarcimentos. • Indenizações. • Outras afins. No âmbito da União, as ações dos ENCARGOS ESPECIAIS estarão relacionadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que constarão apenas da LOA, não integrando o PPA. Conforme art. 91 do Decreto-Lei nº 200/67, utiliza-se a dotação global denominada “Reserva de Contingência” como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no inciso III do art 5º, LRF. Como o DL 200/67 só cita a Reserva de Contingência da União, permite-se no Brasil que atos das demais esferas de Governo também estabeleçam essa Reserva. Sob a coordenação do órgão responsável pela destinação da Reserva de Contingência, esta será identificada nos orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e subfunção, bem como à estrutura programática. O “x” no código acima representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento. Para consolidarmos, as RESERVAS DE CONTINGÊNCIA são as despesas que se destinam ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos. Também se incluem como RESERVAS DE CONTINGÊNCIA as despesas destinadas a fazer frente a eventos fiscais imprevistos e à abertura de créditos adicionais. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 6 OBSERVAÇÃO O BRASIL ADOTA A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. (Não existe a classificação funcional-programática no Brasil) CAIU NA PROVA ! 91 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Na Portaria nº 42, de 14/04/1999, as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente são denominadas: a) encargos especiais. b) despesas adicionais. c) reservas de contingências. d) despesas derivadas. e) encargos extraordinários. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). A referência é o § 2º, do art. 1º, da Portaria nº 42/1999, que assim reza: “A função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.” 1.1.3 – ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Este assunto já foi amplamente discutido em nossas aulas, mas cabe uma breve revisão para nos situarmos no assunto. Falamos que toda ação do Governo se estrutura em programas que são voltados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual – PPA para o período de quatro anos. A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e organização, que são implementadas por meio de um sistema de classificação. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 7 Esse sistema está estruturado com o intuito de atender às exigências de informação demandadas pelos os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os cidadãos em geral. O art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999 estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Em respeito ao pacto federativo e às peculiaridades de cada membro da Federação, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas. Assim, cada um estabelecerá sua estrutura própria de acordo com o que autoriza a referida Portaria. A Estrutura Programática se divide em: ¾ Programa (já visto) ¾ Ação (já visto) ¾ Subtítulo/Localizador do Gasto Vamos ver o que está faltando: Ö SUBTÍTULO/LOCALIZADOR DE GASTO A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações. No entanto, a correta localização do gasto permite ter maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas alocadas, bem como evidencia o foco, os impactos e os custos da ação governamental. No âmbito federal, detalham-se as atividades, os projetos e as operações especiais em subtítulos. Os subtítulos são utilizados, especialmente, a fim de se identificar a localização física da ação. Desta forma, não se pode alterar a finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. A localização do gasto poderá ser nacional, abranger o exterior, poderá ser por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, se for necessário. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 8 IMPORTANTE Ö Se a localização do gasto for identificável, é vedada na especificação do subtítulo referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário. Ö O subtítulo representa o MENOR NÍVEL de categoria de programação O produto e a unidade de medida de um SUBTÍTULO serão os mesmos da ação orçamentária. O SUBTÍTULO será detalhado por: • esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento) • grupo de natureza de despesa • modalidade de aplicação • identificador de resultado primário • identificador de uso • fonte de recursos Vamos ver como é a Estrutura Programática do Orçamento completa: AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 9 Para consolidar, segue um exemplo: Erick, quais são os componentes da programação física ? São as METAS FÍSICAS. Meta física é a resposta da pergunta: “Quanto se pretende desenvolver?” Podemos entendê-la também como a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. Elas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas de acordo com os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Destacamos que o critério para regionalização de metas é o da localização dos beneficiados pela ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado, ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa seja paga de forma centralizada. Para encerrarmos o tema ESTRUTURA PROGRAMÁTICA, colocaremos a diferenciação entre Programação Qualitativa e Programação Quantitativa, por meio de mais um quadro sinótico. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 10 PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA Ö O Programa de Trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de estimar o orçamento. Ö Do ponto de vista operacional, o Programa de Trabalho, ou Programa, compõe-se dos seguintes blocos de informação: • Classificação por Esfera. • Classificação Institucional. • Classificação Funcional. • Estrutura Programática. QUANTITATIVA Ö A programação física define: • QUANTO se pretende desenvolver do produto. Ö A programação financeira define: • O QUE adquirir, com quais recursos. CAIU NA PROVA ! 92 - (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito daprogramação qualitativa do orçamento público no Brasil. a) É a organização do gasto público de forma a proporcionar a identificação dos programas com a classificação funcional e econômica da despesa. b) É a organização do orçamento em uma estrutura funcional e econômica de forma a permitir ao administrador público o cumprimento das políticas públicas. c) É a organização do orçamento em projetos claramente definidos, inclusive com as especificações dos montantes financeiros a eles alocados. d) É a organização do orçamento em programas orçamentários, que são compostos por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 11 e) A programação qualitativa está relacionada com o alinhamento dos gastos aos programas e às políticas públicas. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (d). A referência do item (d) está no tópico 2.2.1.1 do Manual Técnico do Orçamento – MTO, versão 2010. 1.1.4 – CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA Vimos na aula demonstrativa que a DESPESA PÚBLICA se classifica, quanto à natureza econômica, em DESPESA CORRENTE e DESPESA DE CAPITAL. De acordo com o art. art. 12 da Lei nº 4.320/64, a despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: • DESPESAS CORRENTES Ö Despesas de Custeio Ö Transferências Correntes • DESPESAS DE CAPITAL Ö Investimentos Ö Inversões Financeiras Ö Transferências de Capital Antes de defini-las, vamos colocar um novo esquema para podermos revisar o tema. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 12 Erick, mas você disse que as Despesas Correntes se dividiam em Despesas de Custeio e Transferências Correntes. Vocês têm razão, mas essa é a definição da Lei nº 4.320/64 e temos que estar atento ao comando e à abordagem da questão. As Despesas de Custeio se dividem, segundo os manuais da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em Pessoal e Encargos Sociais e Juros e Encargos da Dívida. De outra forma, as Transferências Correntes correspondem às Outras Despesas Correntes. Ok Erick, mas você também disse que Despesas Correntes se dividiam em Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de Capital. Estão com a razão de novo, mas vai depender do que falamos sobre o que a Banca pedirá. As Transferências de Capital correspondem à Amortização da Dívida, de acordo com o que consta nos manuais da STN. Antes de fazermos nossos esquemas sinóticos, vamos a um mnemônico que facilita para guardarmos a classificação econômica das DESPESAS PÚBLICAS, de acordo com a STN. DESPESAS CORRENTES PeJOu • Pessoal e Encargos Sociais • Juros e Encargos da Dívida • Outras Despesas Correntes DESPESAS DE CAPITAL IIA Ö Investimentos Ö Inversões Financeiras Ö Amortização da Dívida Frase completa: “A Despesa do PeJOu, ele IIA” Agora sim, todos prontos para as definições ? Vamos nessa.... AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 13 DESPESAS CORRENTES ÓTICA CONCEITO Despesas de Custeio Lei Ö dotações para manutenção de serviços anteriormente criados. Ö além das dotações destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Pessoal e Encargos Sociais STN • decorrem do efetivo exercício, no setor público, de: Ö cargo Ö emprego ou Ö função de confiança • decorrem do pagamento referentes a proventos de: Ö aposentadorias Ö reformas Ö pensões • decorrem das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários • decorrem da contribuição a entidades fechadas de previdência. • decorrem de outros benefício assistenciais, tais como: Ö soldo Ö gratificações Ö adicionais Ö outros direitos remuneratórios, previstos na estrutura remuneratória dos militares • decorrem do ressarcimento de pessoal requisitado. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 14 • decorrem da contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público. • decorrem dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1o, da LRF. Juros e Encargos da Dívida STN • são as despesas relativas ao pagamento de: Ö juros. Ö comissões. Ö outros encargos relativos aos contratos decorrentes de operações de crédito internas e externas. Ö dívida pública mobiliária. Transferências Correntes Lei • dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. • incluem as dotações para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Outras Despesas Correntes STN • decorrem da: Ö aquisição de material de consumo Ö pagamento de diárias Ö contribuições Ö subvenções Ö auxílio-alimentação Ö auxílio-transporte Ö outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 15 CAIU NA PROVA ! 93 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) É exemplo de despesa corrente: a) Aquisição de imóveis. b) Juros da dívida pública. c) Inversões financeiras. d) Amortização de empréstimos recebidos. e) participação no capital de empresas. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (b). Basta lembrarmos de nosso mnemônico: “A Despesa do PeJOu, ele IIA”. PeJOu • Pessoal e Encargos Sociais • Juros e Encargos da Dívida • Outras Despesas Correntes IIA Ö Investimentos Ö Inversões Financeiras Ö Amortização da Dívida Os itens (a), (c), (d) e (e) se referem à DESPESAS DE CAPITAL. 94 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Os juros e encargos da dívida interna e externa do ente público são um exemplo de: a) despesa extraordinária. b) por mutação patrimonial. c) de capital. d) extra-orçamentária. e) despesa corrente. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 16 Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (e). Mais uma questão para matarmos com o mnemônico: “A Despesa do PeJOu, ele IIA”. 95 - (FCC/TÉCNICO – CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os estágios da despesa pública são, em ordem cronológica, a) fixação, liquidação, empenho e pagamento. b) previsão, lançamento, empenho e pagamento. c) previsão, empenho, fixação e liquidação. d) fixação, empenho, liquidação e pagamento. e) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (d). Essa questão é para relembrarmos a AULA DEMONSTRATIVA e do mnemônico relacionado às fases ou estágios da despesa que são: “FELP” = FIXAÇÃO – EMPENHO – LIQUIDAÇÃO - PAGAMENTO. No caso dos estágios da receita, temos o “PLAR” = PREVISÃO – LANÇAMENTO – ARRECADAÇÃO – RECOLHIMENTO. 96 - (FCC/TÉCNICO – ORÇAMENTO – MPU/2007) É exemplode despesa corrente: a) encargo da dívida pública. b) aquisição de imóveis. c) constituição ou aumento de capital de empresas comerciais ou financeiras. d) constituição ou aumento de capital de empresas industriais. e) amortização da dívida pública. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). Mnemônico: “A Despesa do PeJOu, ele IIA”. Os itens (b), (c), (d) e (e) se referem à DESPESAS DE CAPITAL. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 17 97 - (FCC/TÉCNICO – ORÇAMENTO – MPU/2007) As dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, são classificadas no orçamento como: a) investimentos. b) inversões financeiras. c) transferências correntes. d) despesas adicionais. e) despesas de custeio. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (e). Vide art. 12, da Lei nº 4.320/64. Lembrar que a idéia de CUSTEIO se relaciona com MANUTENÇÃO. Erick, e o que são SUBVENÇÕES ? São as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio de alguma entidade beneficiada. As subvenções se dividem em: • SUBVENÇÕES SOCIAIS: destinam-se a: • instituições públicas • instituições privadas • SUBVENÇÕES ECONÔMICAS: destinam-se a: • empresas públicas • empresas privadas Devemos observar que quem tem FINALIDADE LUCRATIVA NÃO PODE RECEBER SUBVENÇÕES SOCIAIS, por isso destacamos no esquema anterior. O nosso cérebro acha que uma subvenção é uma forma de auxílio ou contribuição, o que não é verdade. Assim, as Bancas têm abordado o tema querendo confundir ao dizer que: “EMPRESAS COM FINS LUCRATIVOS NÃO PODEM RECEBER caráter assistencial ou cultural SEM finalidade lucrativa COM finalidade lucrativa caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 18 SUBVENÇÕES”. Isso é ERRADO, pois PODEM RECEBER SUBVENÇÕES ECONÔMICAS. Além disso, conforme temos no inciso VIII, do art. 167, da CF/88, HÁ A NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPECÍFICA para a utilização de recursos orçamentários para se conceder subvenções com o intuito de suprirem necessidades ou déficit de empresas, fundações ou fundos. A Lei nº 4.320/64, no art. 19, reforça esse entendimento ao registrar que o orçamento NÃO CONSIGNARÁ AJUDA FINANCEIRA, a qualquer título, a EMPRESA DE FINS LUCRATIVOS. EXCETO: se se tratar de SUBVENÇÕES cuja CONCESSÃO tenha sido expressamente AUTORIZADA em LEI ESPECIAL. 98 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais são consideradas como: a) investimentos. b) inversões financeiras. c) subvenções econômicas. d) transferências de capital. e) despesas de custeio. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (c). De acordo com a alínea “b”, do § único do art. 18, da Lei nº 4.320/64, temos o seguinte: “Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.” Pessoal, não deixem de ler os arts. de 16 a 18 da Lei nº 4.320/64, pois eles eventualmente têm sido cobrados em sua literalidade nas provas de concursos. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 19 99 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) As transferências efetuadas pelo ente público destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, são denominadas: a) subvenções sociais. b) suprimentos de fundos. c) variações passivas. d) restos a pagar. e) transferências de capital. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). De acordo com o inciso I, do § 3º do art. 12, da Lei nº 4.320/64, temos o seguinte: “Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;” Agora vamos às DESPESAS DE CAPITAL DESPESAS DE CAPITAL ÓTICA CONCEITO Investimentos Lei • dotações para: • o planejamento e a execução de obras • obras relativas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização de outras obras • os programas especiais de trabalho – PETs (Ex.: créditos extraorçamentários voltados exclusivamente para as vítimas de uma enchente). AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 20 • aquisição de: ¾ instalações ¾ equipamentos ¾ material permanente • constituição ou aumento do capital de empresas que NÃO sejam de caráter COMERCIAL ou FINANCEIRO. Investimentos STN • decorrem de despesas com: • softwares • planejamento e a execução de obras • a aquisição de imóveis considerados necessários à realização de outras obras • a aquisição de: ¾ instalações ¾ equipamentos ¾ material permanente Inversões Financeiras Lei • dotações para a: • aquisição de imóveis ou de bens de capital JÁ EM UTILIZAÇÃO • aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie JÁ CONSTITUÍDAS DESDE QUE A OPERAÇÃO NÃO IMPORTE AUMENTO DO CAPITAL AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 21 • constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas QUE POSSUEM OBJETIVOS COMERCIAIS OU FINANCEIROS INCLUSIVE OPERAÇÕES BANCÁRIAS OU DE SEGUROS Inversões Financeiras STN • decorrem de despesas orçamentárias com a: Ö aquisição de imóveis ou bens de capital => já em utilização Ö aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie => já constituídas => desde que a operação não importe aumento do capital Ö constituição ou aumento do capital de empresas Ö outras despesas classificáveis como Inversões Financeiras. Transferências de Capital Lei • dotações para: Ö amortização da dívida pública Ö investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços Amortização da Dívida STN • decorrem de despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do: Ö principal Ö atualização monetária Ö atualização cambial da DÍVIDA PÚBLICA - Interna - Externa - Contratual - Mobiliária AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 22 OBSERVAÇÃO ¾ Considera-se MATERIAL PERMANENTE o material de DURAÇÃO SUPERIOR A DOIS ANOS. 100 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Para efeito de classificação da despesa,considera-se material para consumo o de duração inferior a: a) dois meses. b) três meses. c) seis meses. d) um ano. e) dois anos. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (e). A referência é o § 2º, do art. 15, da Lei nº 4.320/64, que dispõe exatamente o que está na questão. 101 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Classificam-se como despesas de capital os encargos relativos: a) às despesas de exercícios anteriores. b) à aquisição de imóvel já em utilização. c) ao pagamento de juros sobre a dívida pública. d) ao suprimento de fundos. e) à manutenção de bens imóveis. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (b). Item (a) e (d) – as despesas de exercícios anteriores – DEA e os suprimentos de fundos são assuntos que veremos mais adiante. Mas, mesmo que não saibamos no momento, registramos que a DEA pode ser uma despesa AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 23 de capital ou uma despesa corrente. Para tal, teremos verificar qual foi a origem da DEA. No entanto, os suprimentos de fundos são se referem a despesas correntes, pois a legislação assim determina. Por favor, revejam essa questão após comentarmos os 2 assuntos. Os itens (c) e (e) se referem a despesas correntes. 102 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações destinadas à constituição ou ao aumento do capital de entidades ou empresas, que visem a objetivos comerciais ou financeiros, são classificadas no orçamento como: a) despesas de custeio. b) investimentos. c) inversões financeiras. d) transferências correntes. e) despesas adicionais. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (c). Questão fundamentada no inciso III, do § 5º, do art. 12, da Lei nº 4.320/64. 103 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações para amortização da dívida pública constituem: a) transferências de capital. b) subvenções sociais. c) subvenções econômicas. d) despesas extra-orçamentárias. e) superveniências passivas. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). O fundamento da questão fundamentada está na parte final do § 6º, do art. 12, da Lei nº 4.320/64. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 24 104 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) As dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços para o ente público que fornecerá os recursos, são denominadas: a) subvenções econômicas. b) transferências de capital. c) subvenções sociais. d) transferências correntes. e) despesas extra-orçamentárias. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (b). O fundamento da questão fundamentada está nas partes inicial e intermediária do § 6º, do art. 12, da Lei nº 4.320/64. Observem que as Bancas adoram os conceitos de SUBVENÇÕES ECONÔMICAS, INVERSÕES FINANCEIRAS e TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL, pois seus conceitos não são de simples assimilação. Mas com vocês, isso não vai acontecer, ok ? 1.2 - A PROGRAMAÇÃO E A DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA Esses assuntos estão ligados de forma intrínseca ao tema da EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. 1.2.1 - A PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA Considera-se PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA o conjunto de ações voltadas para o estabelecimento do FLUXO DE CAIXA do TESOURO para o período de um exercício financeiro. Seu principal objetivo é garantir às UOs os RECURSOS FINANCEIROS necessários e suficientes para que se executem e alcancem as finalidades propostas pelo PROGRAMA DE TRABALHO. Assim, a PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA busca alcançar o equilíbrio entre a RECEITA ARRECADADA e a DESPESA REALIZADA. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 25 Para tal, adotam-se como referências a RECEITA ESTIMADA (ou PREVISTA), os limites e a demanda orçamentários da despesa, bem como se haverá déficit ou superávit, ou seja, a tendência do resultado. A Secretaria do Tesouro Nacional – STN administra o sistema de programação financeira da União. Além disso, os Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF e as Unidades Gestoras compõem o sistema. A Programação Financeira é composta por 2 fases que são a SOLICITAÇÃO e a APROVAÇÃO. A SOLICITAÇÃO se faz por meio de um documento formal chamado de Proposta de Programação Financeira – PPF. As unidades executoras fazem suas solicitações juntos aos seus órgãos SETORIAS que, por sua vez, o fazem junto ao ÓRGÃO CENTRAL (STN). A APROVAÇÃO dos RECURSOS FINANCEIROS solicitados cabe à STN que os libera para os ÓRGÃOS SETORIAS. Estes, após aprovação em seu nível, autorizam os valores às unidades que executam efetivamente o orçamento, ou seja, as UGs. Na fase de APROVAÇÃO, o documento utilizado entre os atores envolvidos se chama Proposta de Programação Aprovada – PPA. Em termos contábeis, ou seja, no âmbito da CONTABILIDADE PÚBLICA, o registro dessas etapas da programação se dá por meio da NOTA DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA – NF. 1.2.2 - A DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA Ao se passar pelas fases de solicitação e aprovação, efetuam-se as DESCENTRALIZAÇÕES DE RECURSOS FINANCEIROS. Nesse momento, as unidades e órgãos que fazem parte do sistema de programação financeira transacionam as disponibilidades. Essa movimentação de se descentralizar RECURSOS FINANCEIROS, possui 3 tipos de procedimentos (“CoReS”), que são: ¾ COTA: • é a fase que inicia a descentralização financeira. • é a transferência de disponibilidades do órgão central da programação financeira para os órgãos setoriais do sistema. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 26 • depende de arrecadação efetiva de disponibilidades pelo Tesouro Nacional. • é condicionada ao montante de compromissos/vínculos de recursos financeiros adotados pelo órgão. ¾ REPASSE: • é a descentralização dos recursos financeiros que se vinculam ao orçamento e que foram recebidos da STN sob a forma de COTAS. • ocorre quando os órgãos setoriais do sistema de programação financeira transferem as disponibilidades a outro órgão. ¾ SUBREPASSE: • é a descentralização dos recursos financeiros que se vinculam ao orçamento, sendo efetuada pelos órgão setoriais para UOs ou UAs integrantes de sua própria estrutura. Para encerrarmos, vamos trazer um diagrama que consolida os 2 planos da EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ÓRGÃO CENTRAL SOF FINANCEIRA ÓRGÃO CENTRAL STN UNIDADE ORÇAMENTÁRIA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA B UNIDADE ADMINISTRATIVA A UNIDADE ADMINISTRATIVA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA B UNIDADE ADMINISTRATIVA B UNIDADE ADMINISTRATIVA B D O TA ÇÃ O D O TA ÇÃ O C O TA PRO V ISÃ O PRO V ISÃ O SU B‐REPA SSE SU B‐REPA SSE C O TA REPASSEDESTAQUE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 27 MNEMÔNICO Do De P DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DoDeP DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA CoReSDICA: Basta lembrar que a cor do dinheiro é verde e associar à descentralização de $$$. CAIU NA PROVA ! 105 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO - MPU/2007) Na execução orçamentária e financeira, os termos destaque e repasse estão relacionados, respectivamente, com: a) obtenção de autorização para créditos extraordinários e créditos especiais. b) fixação da reserva de contingências e liberação financeira de créditos adicionais. c) autorização de despesa orçamentária e previsão de receita extra- orçamentária. d) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros. e) autorização de despesa extra-orçamentária e arrecadação de receita orçamentária. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (d). Depois de nosso esquema e de nossos mnemônicos, fica fácil de responder essa. Não se esqueçam de fixarem os 2 planos: ORÇAMENTÁRIO e FINANCEIRO. MNEMÔNICO Co Re S AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 28 Pessoal, vamos tratar do assunto “COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA DOS GASTOS PÚBLICOS”. Logo de cara, segue um.... MANTRA ! COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA DOS GASTOS PÚBLICOS COMPONENTE DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA META FÍSICA COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA • NATUREZA DE DESPESA - CGME ¾ C - CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA ¾ G – GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA ¾ M - MODALIDADE DE APLICAÇÃO ¾ E – ELEMENTO DE DESPESA • IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO • IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC • IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO Para o entendimento inicial, devemos rever o quadro que apresentamos sobre a Estrutura Programática do Orçamento completa. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 29 Com esse quadro, iremos iniciar a descrição dos conceitos que ainda não abordamos e que fazem parte dos COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA. NATUREZA DE DESPESA - ND De acordo com os arts. 8º, 12 e 13 da Lei nº 4.320/64, combinado com o Anexo II da Portaria Interministerial nº 163/2001, a classificação por natureza de despesa é o conjunto de informações orçamentárias que formam um código decimal. Este código identifica a discriminação da despesa orçamentária. Ele é composto pelos números que informam a categoria econômica, o grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento da despesa (mnemônico: “CGME”). No sistema orçamentários, a ND tem o seguinte código composto por 6 algarismos: 1º Dígito 2º Dígito 3º Dígito 4º Dígito 5º Dígito 6º Dígito C G M E AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 30 C - CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA G – GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA M - MODALIDADE DE APLICAÇÃO E – ELEMENTO DE DESPESA FRASE MNEMÔNICA “A NATUREZA DE DESPESA É O COMANDO GERAL DO MINISTÉRIO ESTADUAL” (ND => CGME) CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA Nesse assunto já estamos mestrados.... Mesmo assim, cabe o registro dos códigos da CATEGORIA ECONÔMICA DAS DESPESAS, que são: 3 - Despesas Correntes 4 - Despesas de Capital Ainda temos outro código da Categoria Econômica. De acordo com o art. 8º da Portaria Interministerial SOF-STN nº163/2001, para efeito de identificação, utiliza-se a Categoria Econômica “9” como Reserva de Contingência. Por favor, não se esqueçam de sempre olhar o modelo que passamos, a fim de facilitar o entendimento de nossas explicações. GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA - GND É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Vejamos os códigos do GND: 1 - Pessoal e Encargos Sociais 2 - Juros e Encargos da Dívida 3 - Outras Despesas Correntes 4 - Investimentos 5 - Inversões financeiras 6 - Amortização da Dívida 9 - Reserva de Contingência AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 31 MODALIDADE DE APLICAÇÃO - MA Destina-se a indicar se os recursos serão ou não aplicados por meio de transferência financeira. Incluem-se nesse conceito as transferências decorrentes de • descentralização orçamentária para: ¾ outras esferas de Governo ¾ seus órgãos ou entidades • descentralização orçamentária direta para: ¾ entidades privadas sem fins lucrativos ¾ outras instituições • descentralização orçamentária direta para: ¾ unidade detentora do crédito orçamentário ¾ outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Seu principal objetivo é a eliminação da dupla contagem dos recursos descentralizados ou dos transferidos. Os códigos da Modalidade de Aplicação são: 20 - Transferências à União 30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal 40 - Transferências a Municípios 50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos 60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos 70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais 71 - Transferências a Consórcios Públicos 80 - Transferências ao Exterior 90 - Aplicações Diretas 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social 99 - A Definir AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 32 A partir de agora, mostraremos algumas definições de Modalidades de Aplicação para facilitarmos o entendimento. 20 - Transferências à União São as despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, por meio de transferência de recursos financeiros à União. Incluem-se nessas transferências, as realizadas para as entidades da administração indireta da União. 71 - Transferências a Consórcios Públicos São as despesas efetuadas por meio de transferência de recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107/2005. Tais transferências objetivam a execução dos programas e ações dos respectivos entes consorciados. 90 - Aplicações Diretas Ocorre quando as Unidades Orçamentárias - UOs utilizam/aplicam diretamente os créditos alocados para as UOs. Também abrangem os créditos oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, desde que ocorra no âmbito da mesma esfera de governo. 99 - A Definir É uma Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamentária da Reserva de Contingência e da Reserva do Regime Previdenciário Próprio dos Servidores. Enquanto não houver sua definição, é proibida a execução orçamentária, pois é uma “Modalidade Provisória”. Ao se definir, ela entra em um dos códigos anteriores. ELEMENTO DE DESPESA Seu objetivo é a identificação dos objetos de gasto. Citamos como exemplos: • vencimentos e vantagens fixas • juros • diárias • material de consumo • serviços de terceiros prestados sob qualquer forma AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 33 • subvenções sociais • obras e instalações • equipamentos e material permanente • auxílios • amortização• outros que a administração pública utiliza para atingir suas finalidades. Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial nº 163/2001. Trazemos alguns exemplos para ilustrar o assunto. 01 - Aposentadorias e Reformas Despesas orçamentárias com pagamentos de inativos civis, militares reformados e segurados do plano de benefícios da previdência social. 03 - Pensões Despesas orçamentárias com pensionistas civis e militares; pensionistas do plano de benefícios da previdência social; pensões concedidas por lei específica ou por sentenças judiciais. 04 - Contratação por Tempo Determinado Despesas orçamentárias com a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de acordo com legislação específica de cada ente da Federação, inclusive obrigações patronais e outras despesas variáveis, quando for o caso. 92 - Despesas de Exercícios Anteriores Despesas orçamentárias com o cumprimento do disposto no art. 37 da Lei nº 4.320/1964, que assim estabelece: “Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 34 99 - A Classificar Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a classificação em elemento específico, vedada a sua utilização na execução orçamentária. IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO Seu objetivo é completar a informação relativa à aplicação dos recursos. Além disso, visa indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais. IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO - IDOC Identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. O número do IDOC também é utilizado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos, a fim de identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos. Quando os recursos não se destinarem a contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será 9999. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO Tem caráter indicativo e seu objetivo é auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO. Este identificador deve constar no PLOA e na respectiva LOA em todos os grupos de natureza da despesa – GNDs. De acordo com o § 5º do art. 7º do LDO 2010, nenhuma ação terá, ao mesmo tempo, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, exceto as relativas à reserva de contingência. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 35 OBSERVAÇÃO • Na base do Sistema Orçamentário de programação, a Ação e o Subtítulo (Localizador de Gasto) são identificados por um código alfanumérico de 8 dígitos. • O 1º desses dígitos identificará o tipo de ação, conforme o seguinte: ¾ 1, 3,5 ou 7 = Projeto “(ímPares)” ¾ 2, 4, 6 ou 8 = Atividade “(pAres)” ¾ 0 = Operação Especial “(zero lembra O)” ¾ 9 = Ação não Orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos na União, mas que participa dos programas do PPA) CAIU NA PROVA ! 106 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Considere o seguinte código de um programa de trabalho: 36 Ministério da Saúde 211 Fundação Nacional da Saúde 10 Saúde 302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0004 Qualidade e Eficiência do SUS 3863 Implantação/Ampliação de Unidade de Saúde do SUS O número que designa o projeto é: a) 3863 b) 302 c) 211 d) 10 e) 0004 Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 36 Pessoal, nesse tipo de questão não precisamos saber os números, mas sim a sequência do código, como veremos nas explicações a seguir. De acordo com os tópicos 2.2.1.3 e 2.2.2.3.5 do MTO-2010, temos a seguinte correspondência entre os código apresentados. ÓRGÃO: 36 Ministério da Saúde UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 211 Fundação Nacional da Saúde FUNÇÃO: 10 Saúde SUBFUNÇÃO: 302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial PROGRAMA: 0004 Qualidade e Eficiência do SUS AÇÃO: 3863 Implantação/Ampliação de Unidade de Saúde do SUS Por fim, devemos lembrar que, se a AÇÃO tem seu 1º dígito como um nº ímpar (3), estaremos diante de um PROJETO. 107 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Considere o seguinte código de um programa de trabalho: 39 Ministério dos Transportes 201 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem 26 Transporte 782 Transporte Rodoviário 0663 Segurança nas Rodovias Federais 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária O número que designa a subfunção é : a) 39 b) 26 c) 782 d) 0663 e) 2324 Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (a). De acordo com os tópicos 2.2.1.3 e 2.2.2.3.5 do MTO-2010, temos a seguinte correspondência entre os códigos apresentados. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 37 ÓRGÃO: 39 Ministério dos Transportes UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 201 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem FUNÇÃO: 26 Transporte SUBFUNÇÃO: 782 Transporte Rodoviário PROGRAMA: 0663 Segurança nas Rodovias Federais AÇÃO: 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Nesta questão a AÇÃO tem seu 1º dígito como um nº par (2), logo estamos diante de uma ATIVIDADE. 108 - (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) São componentes da programação financeira dos gastos públicos: a) funcional programática, classificação econômica e modalidade de aplicação. b) projeto e/ou atividade, programa e classificação econômica. c) órgão central de programação financeira, órgão setorial financeiro e unidade executora. d) natureza da despesa, categoria de programação financeira e modalidade de aplicação. e) natureza da despesa, modalidade de aplicação, grupo de natureza da despesa e categoria econômica. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (e). O item (e) está de acordo com o tópico 2.2.3 do Manual Técnico do Orçamento - MTO 2010. 1.3 – DESPESA PÚBLICA: RELACIONAMENTO DO REGIME ORÇAMENTÁRIO COM O REGIME DE COMPETÊNCIA Precisamos entrar um pouco na área da Contabilidade Pública de forma a aprofundarmos esse tema. É comum encontrarmos na doutrina contábil a interpretação do artigo 35 da Lei nº 4.320/1964, de que na área pública o regime contábil é um AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 38 regime misto, ou seja, regime de competência para a despesa e de Caixa para a receita. No entanto, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assimcomo qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Assim, aplica-se o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, tanto na receita quanto na despesa. Na verdade, o artigo 35 da Lei nº 4.320/1964 refere-se ao regime orçamentário e não à contabilidade aplicável ao setor governamental. É a partir do artigo 83 é que a referida Lei trata da Contabilidade. Desta forma, a Lei nº 4.320/1964, em seus artigos 85, 89, 100 e 104, determina que as variações patrimoniais deverão ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária. Observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à execução financeira e patrimonial. Além disso, os fatos modificativos terão que ser levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de determinado exercício. Logo, com o objetivo de evidenciar o impacto no Patrimônio, deve haver o registro da despesa em função do fato gerador, observando os Princípios da Competência e da Oportunidade. No entanto, em alguns casos, como no registro de despesas antecipadas, deve ocorrer o registro do empenho, da liquidação e do pagamento em contas específicas antes da ocorrência do fato gerador. Além disso, deve-se observar a proibição de se efetuar a realização de despesa sem prévio empenho. Porém, é possível compatibilizar e evidenciar, de maneira harmônica, as alterações patrimoniais e as alterações orçamentárias ocorridas na entidade, cumprindo assim, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o disposto na Lei nº 4.320/64. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 39 2 – Revisão em Tópicos e Palavras-Chave. A partir deste momento vamos rever os principais tópicos desta aula, por meio de quadros ou colocação de tópicos e palavras-chave. • descentralizações de créditos orçamentários => movimentação do orçamento => mantidas => classificações institucional, funcional, programática e econômica => UAs => executar a despesa orçamentária • CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS, bem como os ADICIONAIS: Ö descentralização interna de CRÉDITOS = PROVISÃO Ö descentralização externa de CRÉDITOS = DESTAQUE • descentralização de CRÉDITOS => serve para se atingir o objetivo previsto pelo programa de trabalho IMPORTANTE ! • As descentralizações de créditos orçamentários devem ocorrer em projetos ou atividades. • Em regra, as transferências voluntárias realizadas entre entes da Federação que devem ser classificadas como operações especiais. • CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL DA DESPESA dois níveis hierárquicos: ÓRGÃO ORÇAMENTÁRIO e UNIDADE ORÇAMENTÁRIA – UO • unidade orçamentária => agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias • código da classificação institucional => cinco dígitos => dois primeiros = identificação do órgão => os demais = unidade orçamentária. • CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA: Em que área de ação governamental a despesa será realizada ?” • Função “Encargos Especiais” (não confundir com Operações Especiais) => AGREGAÇÃO NEUTRA AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 40 • ações dos ENCARGOS ESPECIAIS => relacionadas aos programas do tipo "Operações Especiais" => constam apenas da LOA => não integram o PPA • RESERVAS DE CONTINGÊNCIA => despesas que se destinam ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos • RESERVAS DE CONTINGÊNCIA => também para despesas destinadas a fazer frente a eventos fiscais imprevistos e à abertura de créditos adicionais OBSERVAÇÃO O BRASIL ADOTA A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. (Não existe a classificação funcional-programática no Brasil) • ESTRUTURA PROGRAMÁTICA: União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação. • cada ente estabelecerá sua estrutura própria de acordo com o que autoriza a Portaria nº 42/99 • Estrutura Programática se divide em: ¾ Programa ¾ Ação ¾ Subtítulo/Localizador do Gasto • SUBTÍTULO/LOCALIZADOR DE GASTO => localização do gasto => maior controle governamental e social => evidencia o foco, os impactos e os custos da ação governamental IMPORTANTE Ö Se a localização do gasto for identificável, é vedada na especificação do subtítulo referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário. Ö O subtítulo representa o MENOR NÍVEL de categoria de programação AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 41 • SUBTÍTULO => detalhado por: ¾ esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento) ¾ grupo de natureza de despesa ¾ modalidade de aplicação ¾ identificador de resultado primário ¾ identificador de uso ¾ fonte de recursos • Estrutura Programática do Orçamento: • Meta física => “Quanto se pretende desenvolver?” • Metas Físicas => indicadas em nível de subtítulo => agregadas => projetos, atividades ou operações especiais. • Critério para regionalização de metas => localização dos beneficiados pela ação AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 42 DIFERENCIAÇÃO ENTRE PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA E PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA Ö O Programa de Trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de estimar o orçamento. Ö Do ponto de vista operacional, o Programa de Trabalho, ou Programa, compõe-se dos seguintes blocos de informação: • Classificação por Esfera. • Classificação Institucional. • Classificação Funcional. • Estrutura Programática. QUANTITATIVA Ö A programação física define: • QUANTO se pretende desenvolver do produto. Ö A programação financeira define: • O QUE adquirir, com quais recursos. • Despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: ¾ DESPESAS CORRENTES Ö Despesas de Custeio Ö Transferências Correntes ¾ DESPESAS DE CAPITAL Ö Investimentos Ö Inversões Financeiras Ö Transferências de Capital AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 43 DESPESAS CORRENTES PeJOu • Pessoal e Encargos Sociais • Juros e Encargos da Dívida • Outras Despesas Correntes DESPESAS DE CAPITAL IIA Ö Investimentos Ö Inversões Financeiras Ö Amortização da Dívida • Frase completa: “A Despesa do PeJOu, ele IIA” DESPESAS CORRENTES ÓTICA CONCEITO Despesas de Custeio Lei Ö dotações para manutenção de serviços anteriormente criados. Ö além das dotações destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Pessoal e Encargos Sociais STN • decorrem do efetivo exercício, no setor público, de: Ö cargo Ö emprego ou Ö função de confiança AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 44 • decorrem do pagamento referentes a proventosde: Ö aposentadorias Ö reformas Ö pensões • decorrem das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários • decorrem da contribuição a entidades fechadas de previdência. • decorrem de outros benefício assistenciais, tais como: Ö soldo Ö gratificações Ö adicionais Ö outros direitos remuneratórios, previstos na estrutura remuneratória dos militares • decorrem do ressarcimento de pessoal requisitado. • decorrem da contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público. • decorrem dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1o, da LRF. Juros e Encargos da Dívida STN • são as despesas relativas ao pagamento de: Ö juros. Ö comissões. Ö outros encargos relativos aos contratos AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 45 decorrentes de operações de crédito internas e externas. Ö dívida pública mobiliária. Transferências Correntes Lei • dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. • incluem as dotações para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Outras Despesas Correntes STN • decorrem da: Ö aquisição de material de consumo Ö pagamento de diárias Ö contribuições Ö subvenções Ö auxílio-alimentação Ö auxílio-transporte Ö outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. ¾ As subvenções se dividem em: • SUBVENÇÕES SOCIAIS: destinam-se a: • instituições públicas • instituições privadas • SUBVENÇÕES ECONÔMICAS: destinam-se a: • empresas públicas • empresas privadas caráter assistencial ou cultural SEM finalidade lucrativa COM finalidade lucrativa caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 46 • NÃO CONSIGNARÁ AJUDA FINANCEIRA => EMPRESA DE FINS LUCRATIVOS => EXCETO SE => SUBVENÇÕES => CONCESSÃO AUTORIZADA => LEI ESPECIAL DESPESAS DE CAPITAL DESPESAS DE CAPITAL ÓTICA CONCEITO Investimentos Lei • dotações para: • o planejamento e a execução de obras • obras relativas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização de outras obras • os programas especiais de trabalho – PETs (Ex.: créditos extraorçamentários voltados exclusivamente para as vítimas de uma enchente). • aquisição de: ¾ instalações ¾ equipamentos ¾ material permanente • constituição ou aumento do capital de empresas que NÃO sejam de caráter COMERCIAL ou FINANCEIRO. Investimentos STN • decorrem de despesas com: • softwares • planejamento e a execução de obras • a aquisição de imóveis considerados necessários à realização de outras obras AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 47 • a aquisição de: ¾ instalações ¾ equipamentos ¾ material permanente Inversões Financeiras Lei • dotações para a: • aquisição de imóveis ou de bens de capital JÁ EM UTILIZAÇÃO • aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie JÁ CONSTITUÍDAS DESDE QUE A OPERAÇÃO NÃO IMPORTE AUMENTO DO CAPITAL • constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas QUE POSSUEM OBJETIVOS COMERCIAIS OU FINANCEIROS INCLUSIVE OPERAÇÕES BANCÁRIAS OU DE SEGUROS Inversões Financeiras STN • decorrem de despesas orçamentárias com a: Ö aquisição de imóveis ou bens de capital => já em utilização Ö aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie => já constituídas => desde que a operação não importe aumento do capital AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 48 Ö constituição ou aumento do capital de empresas Ö outras despesas classificáveis como Inversões Financeiras. Transferências de Capital Lei • dotações para: Ö amortização da dívida pública Ö investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços Amortização da Dívida STN • decorrem de despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do: Ö principal Ö atualização monetária Ö atualização cambial OBSERVAÇÃO ¾ Considera-se MATERIAL PERMANENTE o material de DURAÇÃO SUPERIOR A DOIS ANOS. • PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA => FLUXO DE CAIXA do TESOURO • garantir às UOs os RECURSOS FINANCEIROS necessários e suficientes para que se executem e alcancem as finalidades propostas pelo PROGRAMA DE TRABALHO • PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA busca alcançar o equilíbrio entre a RECEITA ARRECADADA e a DESPESA REALIZADA • DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA => DESCENTRALIZAÇÕES DE RECURSOS FINANCEIROS da DÍVIDA PÚBLICA - Interna - Externa - Contratual - Mobiliária AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 49 • Descentralizar RECURSOS FINANCEIROS => possui 3 tipos de procedimentos PLANOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA MNEMÔNICO Do De P DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA - DoDeP DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA - CoReS MNEMÔNICO Co Re S DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ÓRGÃO CENTRAL SOF FINANCEIRA ÓRGÃO CENTRAL STN UNIDADE ORÇAMENTÁRIA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA B UNIDADE ADMINISTRATIVA A UNIDADE ADMINISTRATIVA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA B UNIDADE ADMINISTRATIVA B UNIDADE ADMINISTRATIVA B D O T A Ç D O T A Ç C O TA PR O V ISÃ PR O V ISÃ SU B - SU B - C O TA REPASSE DESTAQUE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 50 MANTRA ! COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA DOS GASTOS PÚBLICOS COMPONENTE DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA META FÍSICA COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA • NATUREZA DE DESPESA - CGME ¾ C - CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA ¾ G – GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA ¾ M - MODALIDADE DE APLICAÇÃO ¾ E – ELEMENTO DE DESPESA • IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO • IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC • IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO • NATUREZA DE DESPESA => “CGME” C - CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA G – GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA M - MODALIDADE DE APLICAÇÃO E – ELEMENTO DE DESPESA FRASE MNEMÔNICA “A NATUREZA DE DESPESA É O COMANDO GERAL DO MINISTÉRIO ESTADUAL” (ND => CGME) AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 51 OBSERVAÇÃO • Na base do Sistema Orçamentário de programação, a Ação e o Subtítulo (Localizador de Gasto) são identificados por um código alfanumérico de 8 dígitos. • O 1º dessesdígitos identificará o tipo de ação, conforme o seguinte: ¾ 1, 3,5 ou 7 = Projeto “(ímPares)” ¾ 2, 4, 6 ou 8 = Atividade “(pAres)” ¾ 0 = Operação Especial “(zero lembra O)” ¾ 9 = Ação não Orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos na União, mas que participa dos programas do PPA) • DESPESA PÚBLICA => aplica-se o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, tanto na receita quanto na despesa • CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA X Y Z W TT KK CATEGORIA ECONÔMICA ORIGEM ESPÉCIE RUBRICA ALÍNEA SUBALÍNEA MNEMÔNICO COERAS AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 52 • Códigos da origem para as receitas correntes e de capital: • SUBALÍNEA => Corresponde ao nível mais analítico da receita • Exemplo de Natureza da Receita: CÓDIGO 1.1.1.2.04.10 EXEMPLO CÓDIGO DE NATUREZA DA RECEITA 1.1.1.2.04.10 1 = RECEITA CORRENTE 1 = RECEITA TRIBUTÁRIA 1 = IMPOSTOS 2 = IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA 04 = IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA 10 = PESSOA FÍSICA RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 53 3 – QUESTÕES DESTA AULA 91 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Na Portaria nº 42, de 14/04/1999, as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente são denominadas: a) encargos especiais. b) despesas adicionais. c) reservas de contingências. d) despesas derivadas. e) encargos extraordinários. 92 - (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) Assinale a opção verdadeira a respeito da programação qualitativa do orçamento público no Brasil. a) É a organização do gasto público de forma a proporcionar a identificação dos programas com a classificação funcional e econômica da despesa. b) É a organização do orçamento em uma estrutura funcional e econômica de forma a permitir ao administrador público o cumprimento das políticas públicas. c) É a organização do orçamento em projetos claramente definidos, inclusive com as especificações dos montantes financeiros a eles alocados. d) É a organização do orçamento em programas orçamentários, que são compostos por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. e) A programação qualitativa está relacionada com o alinhamento dos gastos aos programas e às políticas públicas. 93 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) É exemplo de despesa corrente: a) Aquisição de imóveis. b) Juros da dívida pública. c) Inversões financeiras. d) Amortização de empréstimos recebidos. e) participação no capital de empresas. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 54 94 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Os juros e encargos da dívida interna e externa do ente público são um exemplo de: a) despesa extraordinária. b) por mutação patrimonial. c) de capital. d) extra-orçamentária. e) despesa corrente. 95 - (FCC/TÉCNICO – CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os estágios da despesa pública são, em ordem cronológica, a) fixação, liquidação, empenho e pagamento. b) previsão, lançamento, empenho e pagamento. c) previsão, empenho, fixação e liquidação. d) fixação, empenho, liquidação e pagamento. e) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento. 96 - (FCC/TÉCNICO – ORÇAMENTO – MPU/2007) É exemplo de despesa corrente: a) encargo da dívida pública. b) aquisição de imóveis. c) constituição ou aumento de capital de empresas comerciais ou financeiras. d) constituição ou aumento de capital de empresas industriais. e) amortização da dívida pública. 97 - (FCC/TÉCNICO – ORÇAMENTO – MPU/2007) As dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, são classificadas no orçamento como: a) investimentos. b) inversões financeiras. c) transferências correntes. d) despesas adicionais. e) despesas de custeio. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 55 98 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais são consideradas como: a) investimentos. b) inversões financeiras. c) subvenções econômicas. d) transferências de capital. e) despesas de custeio. 99 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) As transferências efetuadas pelo ente público destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, são denominadas: a) subvenções sociais. b) suprimentos de fundos. c) variações passivas. d) restos a pagar. e) transferências de capital. 100 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Para efeito de classificação da despesa, considera-se material para consumo o de duração inferior a: a) dois meses. b) três meses. c) seis meses. d) um ano. e) dois anos. 101 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Classificam-se como despesas de capital os encargos relativos: a) às despesas de exercícios anteriores. b) à aquisição de imóvel já em utilização. c) ao pagamento de juros sobre a dívida pública. d) ao suprimento de fundos. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 56 e) à manutenção de bens imóveis. 102 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações destinadas à constituição ou ao aumento do capital de entidades ou empresas, que visem a objetivos comerciais ou financeiros, são classificadas no orçamento como: a) despesas de custeio. b) investimentos. c) inversões financeiras. d) transferências correntes. e) despesas adicionais. 103 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) As dotações para amortização da dívida pública constituem: a) transferências de capital. b) subvenções sociais. c) subvenções econômicas. d) despesas extra-orçamentárias. e) superveniências passivas. 104 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) As dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços para o ente público que fornecerá os recursos, são denominadas: a) subvenções econômicas. b) transferências de capital. c) subvenções sociais. d) transferências correntes. e) despesas extra-orçamentárias. AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 5 PROFESSOR: ERICK MOURA Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 57 105 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO - MPU/2007)
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